sexta-feira, janeiro 16, 2009

FLORBELA ESPANCA, LOU SALOMÉ, IRIS MURDOCH, FERNANDA BOTELHO, ANNE BRADSTREET, DESEJO & EDUCAÇÃO

 

DESEJO, A HISTÓRIA DE UM POEMA EM CANÇÃO A minha música “Desejo” nasceu de sopetão. Foi assim mesmo: teibei. Tudo começou um dia quando a namorada me ligou de manhã com um convite para o almoço. Estava eu, na época, como redator geral de uma emissora de rádio, carregado de trabalho até as pestanas. Coisa de louco. Toda manhã era correria da grande, iniciada pelas 4 da madrugada e só se concluía por volta do meio dia, quando eu entrava no ar para apresentar outro programa jornalístico. Era uma barra ter que preparar um jornal com uma crônica diária que ia pro ar às 7 em ponto, elaborar notícias para serem veiculadas de meia em meia hora, até fechar o programa noticioso de meio dia. Estafante, porém, tarefa deliciosa demais. Foi exatamente no meio dessa loucura, que recebi a intimação com hora e local marcados e, não tendo escapatória, aceitei. Afinal, era uma convocação irrecorrível. Lá, por volta das 13 horas, eu cheguei todo avexado, como sempre. O suor correndo da tampa aos fundos aumentava mais o meu vexame. Entretanto, era hora de relaxar da labuta diária e tomar ciência da razão do convite. Foi quando de forma inexorável e com cara de poucos amigos, a namorada tascou: - Sabe que dia é hoje, Luiz Alberto Machado? Ih! Pelo soletrado do meu nome completo, sabia que coisa boa não viria para minha banda. - Sei -, respondi. - Então, me diga que dia é hoje? - Sexta-feira! - Sexta-feira de que mês? - Sexta-feira, 18 de abril de mil novecentos e…. -, soltei sem nem saber direito mesmo que ano era (acho que foi de 86, 87 ou 88, por aí, um desse). - Certo. E o que isso representa, Luiz Alberto Machado? -, cada vez que ela dizia meu nome de forma repuxada, enfática e detalhada, mais eu percebia que o mar não estava para peixe. - Hum?!? - Isso mesmo, senhor Luiz Alberto Machado. O que representa o dia de hoje? Gente, eu vasculhei todos os arquivos do cérebro e só me vieram à memória as comemorações do Dia de Monteiro Lobato e, por causa disso, o Dia Nacional do Livro Infantil, também Dia do Amigo, aniversário de morte de Einstein e… (era me lembrando e gaguejando em voz alta, e ela só sim, sim, sim…. e que mais?). Vixe, que aperto! Que mais? Será que esqueci algo importante? Danada dessa minha ignorância, sempre passando batido em tudo. Ô memoriazinha essa para me deixar sempre na mão. - Que mais? -, indaguei com a cara mais atarantada de quem perdeu o bonde do mundo e com a sensação mais cínica de que estava passando em branco por algo que não deveria jamais farrapar. - Sim, isso mesmo, senhor Luiz Alberto Machado. - Peraí -, pedi arrego e fiquei matutando enquanto tapiava com pedido de cerveja. - Hum…. deixa ver, 18 de abril, é… e…. -, rebuscava até dos registros acásicos para minha salvação naquele momento cilada e ingerindo ligeiramente a cerveja. Que saia-justa! E me arrependi de ter aceitado o convite na hora. - Pois é, senhor Luiz Alberto Machado. Já que não se lembra, vou refrescar sua cabecinha tola: hoje é meu aniversário. E agora vou deixá-lo num mato sem cachorro: cadê meu presente? Minha nossa! E agora? Procurei terra no chão, não encontrei. Procurei um buraco para me socar e nada. Danou-se! Como sair dessa, hem? Não deu outra. Com o riso mais amarelado impossível, peitei: - Surpresa! O seu presente está na mala do carro! Queria mesmo ver a sua carinha de invocada! Peraí, deixa eu tomar uns goles que já vou trazer o seu presente. Fiz o que pude para empurrar com a barriga a situação. O que eu tinha para dar de presente? Nada. Sair correndo para comprar àquela hora só confirmaria que eu esqueci bonitinho da data. Não podia. Tinha que sair do aperto de qualquer jeito e tome gole e as catracas do quengo fumaçando. Gente, que viela! Pensei comigo: agora tô fudido mesmo. E tome gole de cerveja e blá blá blá. - Luiz Alberto Machado não enrole, cadê meu presente? As ideias davam nó no juízo quando arrisquei: - Vou buscar, dois minutos só. Virei o copo, saí do restaurante sem saber o que fazer enquanto ela me acompanhava com o olhar aos mínimos movimentos. Abri a mala do carro e só tinha uns papéis, dois gravadores e o violão. Ih! E agora? Fiquei remexendo na mala do carro como que estivesse procurando algo. De vez em quando eu voltava o olhar para ver a situação e ela lá vigilante, inexorável. Fiz uma procura demorada mexendo nas coisas, remexia tudo, revirava, mãos na cabeça, coração saindo pela boca, garganta seca, a terra rodando, a coisa ficando feia, quando resolvi pegar um calhamaço de papel, um dos gravadores e o violão. Voltei atrapalhado, papel voando, gravador se espatifando no chão me fazendo voltar para pegar outro providente gravador, apanhei o rebentado e segui pra mesa. Quando me sentei, ela cruzou os braços e fez a cara mais reprovadora do mundo. Ora botava as mãos nos quartos com ar nada açucareiro, ora se fechava com a mão no queixo, sobrancelhas cerradas e olhar interrogativo de quem vai mandar ver numa sentença pra lá de condenatória. Ah essa minha mania de estar sempre pulando aperto. Sempre assim. Contudo, não dei o braço a torcer e comecei a dedilhar o violão dizendo: - Olha só, o seu presente está pronto, só que não decorei ainda. Vou ver se me lembro detalhadamente. É assim…. E fiquei enrolando versos criados na hora, cantarolando uma melodia que não existia e fazendo e refazendo tudo, sempre dizendo que havia lembrado, eita, já esqueci, ah, lembrei de novo, sim, é isso e assim foi. Ao cabo de meia hora mais ou menos de peitica e peleja, eu disse: - É isso, seu presente é esse: Quero ficar no seu coração / E assim poder sonhar / Toda aventura que pintar da emoção / Toda fervura que brotar da sua mão / Para iluminar a reticência que aprumou a minha vida / E um dia ser feliz e nada mais / Quero ficar no seu coração / E assim me agasalhar / Do frio impune que semeia a solidão / E feito imune repetir a sensação / Que vai para lua na volúpia mais fervida / E um dia ser feliz e nada mais / E quando o jeito de você virar absoluta adoração / Será o véu perfeito e a ternura abraçará minha ilusão / Quero o meu destino a confundir-se com o seu / E sermos um, o que a sina prometeu / E o que sobrar de nós será um ninho verdadeiro / E um dia ser feliz e nada mais. Gente, verdade! Do jeito que fiz, ficou. Enrolei tanto que a música ficou prontinha com a letra e tudo. Ufa! Como estava em processo de criação não deu para acompanhar as feições que ela deve ter exposto na maior das desconfianças. Só sei que ao terminar de cantá-la todinha (devidamente registrada no gravador para não perdê-la e nem confiar na memória), eu abri os olhos e flagrei um lindo sorriso dela. - É pra mim? -, perguntou-me com o jeito de menina angelical e com as faces risonhas de quem ganha um presente daqueles sonhados e que muito gostou. - Sim, pra você. É sua. - Não acredito! - Verdade. Vou copiar a letra agorinha aqui para que você guarde como o meu presente pro seu aniversário. E copiei a letra numa folha, coloquei a data e assinei. Pronto, estava dado o presente. Passaram-se os anos, o namoro se foi, mas a música ficou. Incorporei a letra nos meus livros publicados “Paixão Legendária”, de 1991, e na antologia “Primeira Reunião”, de 1992. E eu sempre cantarolei a canção nas minhas modestas apresentações musicais, em recitais, saraus, lançamentos e por aí, até o dia, muito tempo depois, em que Derinha Rocha pegou uma câmara e me filmou cantando a dita canção. A minha performance não estava lá grande coisa, mas gostei e aceitei a indicação de abrir uma página no YouTube. Por causa disso a coisa pegou e com poucos dias tinha mais 2 mil acessos. Fiquei, claro, maravilhado com isso. Por causa disso, em 2007 (ou foi 2008?), a Sônia Mello me liga e diz que quer gravar essa e outras músicas minhas. Sonia Mello? Exatamente a cantora que nos anos 70 e 80 gravou uma penca de long-playngs só com músicas de Roberto & Erasmo Carlos. Eu mesmo já havia me apaixonado por ela só por causa da capa de um dos discos em que ela está encostada num SP2 (lembram? Era o carro dos meus sonhos de adolescente!). Oxe! Então, um pedido desses a gente não nega, né? Fiquei mais assanhado que pinto no lixo. E todo atabalhoado fiz atender seu pedido. Peguei o violão, gravei do jeito que saiu, passei pro computador e enviei duas: “Desejo” e “Aurora/Minha Voz”. Fiquei com o coração na mão. A expectativa, nossa! Um abismo de espera. Quando ela falou comigo pedindo as músicas, ela me disse que era para integrar um projeto de um cd que ela estava gravando sob o título de “Destino” e que, entre outras músicas, uma delas era uma feita pela respeitável dupla Roberto & Erasmo exclusivamente para ela. Ora, estar ao lado dos compositores mais aclamados pela população brasileira, não era coisa para se relevar, não acha? E apois, foi. Quando dei por nada na vida, recebo um mail e uma ligação dela. - Luiz, dá uma olhada e me diz se Desejo ficou ao seu gosto. Como é? Abri a caixa de mail e lá estava. Ouvi, ouvi, reouvi e não me contive. Estava bem demais com o arranjo que o Guga Mendonça fez. Nossa, dessa vez o presentão era meu. E o melhor ainda estava por vir. É que ao invés de “Destino”, ela nomeou seu disco “Desejo”, ou seja, a minha música se tornava o carro-chefe do seu projeto. E Roberto & Erasmo? Claro, não só inseriu a música deles, como também a minha “Aurora/Minha voz”. Nossa, uma festa! Em 2008, mais de 20 anos depois da criação da música, me encontro com a Sônia Mello e ela me entrega o cd em mãos. Fiquei tão abestalhado que falei pelos cotovelos, a ponto de me esquecer uma coisa importante: de agradecer. Pois, foi. Veja que sujeito mais melepeiro sou eu. Esqueci do aniversário da musa, esqueci de agradecer também a intérprete. Coisa de ingrato brabo. uando é em 2010, “Desejo” me proporciona mais um momento de alegria: foi premiada com o primeiro lugar no FEMI 2010 (Festival da Música Independente), promovido pelo Projeto Sociocultural Vozes do Meu Brasil e do Clube Sua Arte na Rede, que reuniu no Japão mais de 64 mil composições do planeta, peneiradas para 60 avaliações, resultando em 20 escolhidas. Eita! Realmente foi. Fiquei todo ancho, chega me senti maior que o meu próprio tamanho (desce, desgraçado!). Só me restava uma coisa: a minha gratidão pela interpretação e iniciativa da Sônia Mello. Também do flagrante para criação dos clipes (primeiro, o meu solo; depois, a homenagem à Mônica Belucci com a canção na voz de Sônia) feitos pela saudosa Derinha Rocha. E mais ainda agora quando a querida Memei Correa realiza mais uma expressão de sua arte, primeiro com a interpretação de Sônia Mello e, em seguida, com a minha apresentação no show Crônica de amor por ela, em 2011, ao me presentear com mais esses clipes para essa canção. Se sou merecedor ou não, não importa, o fato é que essa canção tem sido agraciada pela simpatia de pessoas tão especiais para mim, o que já é o suficiente para me fazer feliz além do mérito. Nada mais justo, então, demonstrar para vocês que fizeram dessa canção o meu grande prêmio, por isso, o meu muito obrigado eterno. PS: Publicado originalmente no dia 13/08/2010 no Tudo Global e todos os registros da canção no BlogAgenda. Veja mais Crônica de amor por ela. Veja mais aqui & aqui.


DITOS & DESDITOS - O Bem é único, está acima do ser, promove nosso sentido de realidade como o sol promove a vida na Terra. As virtudes, as outras formas morais, são aspectos desta idéia central, compreendidas progressivamente como partes interligadas ao Bem. Os atributos da Divindade podem também (na teologia cristã) ser deduzidos a partir de um conceito intuitivo original de Deus. Deve ser lembrado que Platão está se referindo a metáforas, mitos, imagens: não há “outro lugar platônico” similar ao “outro lugar cristão”. O que é mais elevado, como Eckhart observou, está dentro da alma. Pensamento da escritora e filósofa irlandesa Jean Iris Murdoch (1919-1999), que escreveu vinte e seis romances, dois livros de poesia, um de contos, seis peças teatrais e diversos títulos sobre Filosofia, entre eles um sobre o racionalismo romântico de Sartre (1953), A soberania de Deus (1970), O fogo do Sol (1977), A metafísica como um guia para moral (1992) e Os existencialistas e os místicos (1997).

ALGUÉM FALOU: A vida é sempre a mesma para todos: rede de ilusões e desenganos. O quadro é único, a moldura é que é diferente. Há uma primavera em cada vida: é preciso cantá-la assim florida, pois se Deus nos deu voz, foi para cantar! E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada que seja a minha noite uma alvorada, que me saiba perder...para me encontrar.... É pensando nos homens que eu perdoo aos tigres as garras que dilaceram. Se penetrássemos o sentido da vida seríamos menos miseráveis. A ironia é a expressão mais perfeita do pensamento. Eu quero amar, amar perdidamente. Amar só por amar. Pensamento da poeta portuguesa Florbela Espanca (1894-1930). Veja mais aqui.

O AMOR – [...] No mais profundo de si mesmo, o nosso ser rebela-se em absoluto contra todos os limites. Os limites físicos são-nos tão insuportáveis quanto os limites do que nos é psiquicamente possível: não fazem verdadeiramente parte de nós. Circunscrevem-nos mais estreitamente do que desejaríamos. [...] Quanto maior o desejo, maior a subordinação. [...]. Trechos da poeta e psicanalista russa Lou Andreas-Salomé (1861-1937), extraída da obra escrita por Stéphane Michaud (Asa, 2001), dando conta de que ela era intrépida, arrapazada, de cabelos curtos e frisados, um olhar independente e firme, uma personalidade enigmática e uma tendência imaginativa, que a levava a fechar-se na solidão de um mundo encantado. Veja mais aqui.

GRITOS DA MINHA DANÇA – [...] Estou a ver-me daqui a algum tempo sentada numa cadeira de esplanada. O dia é estival e o sol, claro e pleno. Temperatura amena. Sinto-me bem. Então agarro a minha Caran d’Ache de estimação (passe a publicidade), abro o meu caderno A4, disposta a estabelecer um breve contrato escrito entre mim e o ambiente circundante – e então acabou-se, não há nada para escrever, bloqueei. [...] Tudo à minha volta assume um cariz gerôntico. Estou a viver como uma espécie em vias de rápida extinção, ao lado da minha irmã, também ela invadida pela poeira branca do tempo, a esboroar-se rapidamente. [...] Não sinto nostalgia do passado. Pois que fiz eu na minha vida que mereça a sacralização das lágrimas fora de prazo? Escrevi uns livros que o tempo vai escorrer para a poeira das coisas esquecidas. [...]. Trechos da obra Gritos da minha dança (Presença, 2003), da escritora portuguesa Fernanda Botelho (1926-2007).

DOIS POEMAS - ANTES DO NASCIMENTO DE UMA DE SUAS CRIANÇAS - Neste mundo inconstante tudo morre, / E um dia ao riso a adversidade ocorre. / Nenhum laço tão forte ou amizade / Fica, se a morte chega de verdade. / As coisas do passado não se cassam, / Coisas comuns que, oh!, sempre, sempre passam. / Cedo que a mim a morte desintegre, / Mais cedo é que ela ceife quem te alegre. / Nós somos ignorantes, mas o amor / Me manda que isto eu venha a te compôr, / Pra que quando o nó que nos fez só uma / Se desfaça, em ti eu viva, embora eu suma. / Se eu viver nem metade da existência, / Que o resto Deus te dê de recompensa. / As faltas que tu sabes que possuo, / Enterrem-nas na cova onde me incluo; / E se alguma virtude houver em mim, / Vívida viva em tua alma e, alfim, / Quando não mais sentires dor, como eu, / Ama quem antes já te protegeu. / Se tuas perdas com ganhos se atestam, / Olha esses bebezinhos que me restam. / E se amares a ti mesma, ou me amares, / Guarda-os das detrações dos mais vulgares. / E se o acaso te mostrar meu verso, / Dê tristes honras a meu fim adverso / E beija este papel por bem dos teus / E receba este último e amargo Adeus. PARA MEU QUERIDO E AMOROSO MARIDO - Se alguma vez dois foram um, então certamente nós. / Se alguma vez foi um homem por sua esposa amado, então você. / Se alguma vez foi feliz uma esposa com um homem, / Comparem-se comigo, vós mulheres, se puderem. / Mais do que minas de ouro valorizo seu amor / Ou do que todas as riquezas do Oriente. / Tal qual rios que não se extinguem é o meu amor, / Nem deve senão o amor por você recompensar. / Seu amor é tal que de modo algum retribuir eu posso. / Que os céus muitas vezes o recompensem, eu suplico. / Que perseverar possamos enquanto vivermos / E quando não mais vivermos, que para sempre viver possamos. Poema da poeta estadunidense inglesa Anne Bradstreet (1612-1672).


A EDUCAÇÃO - A educação tem assumido importante papel nas pautas de discussões mundiais, depois, principalmente, da Conferência Mundial de Educação para Todos, realizada em março de 1990, em Jontien, na Tailândia, onde foram debatidas as necessidades de se compreenderem tanto os instrumentos fundamentais da aprendizagem, como a alfabetização, a expressão oral, a aritmética e a solução de problemas; quanto o conteúdo básico da aprendizagem nos  conhecimentos, capacidades, valores e atitudes, de que necessitam os seres humanos para sobreviver, desenvolver plenamente suas possibilidades, viver e trabalhar dignamente, participar plenamente do desenvolvimento, melhorar sua qualidade de vida, tomar decisões fundamentadas e continuar aprendendo. Essa importância da educação se reproduz no re-encaminhamento de propostas, revalorização e restauração de realidades, possibilitando um refazer paradigmático adequado às novas realidades proporcionadas pela pós-modernidade, no sentido de acompanhar a velocidade transformadora que caracteriza o tempo presente com as suas mutações constantes e peculiares, exigindo de cada um que se encontre antenado com a habilidade especializada, para que o indivíduo possa agir tanto na direção de metas individuais, quanto na coletividade e no seu meio. Neste tocante, observa Arroyo (1999:36) que: A educação moderna vai se configurando nos confrontos sociais e políticos, ora como um dos instrumento de conquista da liberdade, da participação e da cidadania, ora como um dos mecanismos para controlar e dosar os graus de liberdade, de civilização, de racionalidade e de submissão suportáveis pelas novas formas de produção industrial e pelas novas relações sociais entre os homens. Desta forma, a educação se reposiciona no sentido de alcançar uma amplitude multicultural, se propondo a analisar, criticamente, os currículos monoculturais atuais e procurando formar criticamente os professores, para que mudem suas atitudes diante dos alunos mais pobres ou com problemas de aprendizagem, e elaborarem estratégicas instrucionais próprias a educação das camadas populares, procurando, antes de mais nada, compreendê-las na totalidade de sua cultura e de sua visão de mundo. Ou seja, como bem diz Gadotti (2000:42) "uma estratégia de alfabetização, numa concepção multicultural, deveria partir do relato da experiência do trabalho e de vida deles mesmos, isto é, da biografia dos próprios educandos e não do desenho das letras que é uma técnica anticientífica". Além disso, a educação se articulando com uma política de formação para os direitos humanos, inicialmente centrada no mero estudo e conhecimento dos direitos humanos, e em sua difusão, derivando posteriormente para uma necessidade de aprofundar na matéria. Mais ainda, na ampliação do debate de sua função para a igualdade, na necessidade de propor mudanças mais profundas, que partam da aceitação do próprio sexo, dos diferenciais raciais, das potencialidades e das limitações pessoais, do conhecimento do outro e a convivência enriquecedora de ambos, em condições reais de igualdade de oportunidades. Isso, enfim, levando a um processo que se destine ao desenvolvimento, inicialmente ligada ao âmbito da cooperação, que não se isole dos problemas mais diretamente e amplamente observados, na tentativa de compreender os conflitos se socorrendo de uma explicação global, o que demanda uma resposta cultural diferente, um novo comportamento de indivíduos e sociedades em relação a outras culturas, opondo-se a toda manifestação de discriminação e violência, em favor da justiça (Gadotti, 2000; Yus, 1998; Bordenave & Pereira, 1977).Assim, a escola, neste sentido,  na observação de Gaddotti (2000:41) "(...) precisa atuar num cenário policultural numa época de globalização da economia e das comunicações, de acirramentos das contradições inter e intrapovos e nações, época do ressurgimento do racismo e de certo triunfo do individualismo" necessitando, portanto, de uma educação, uma ética e uma cultura da diversidade. Tal colocação chama a atenção para que nesse contexto global, duas dimensões, a seu ver, devem ser destacadas, dentre as quais, a dimensão interdisciplinar, experimentando a vivência de uma realidade global que se inscreva nas experiências cotidianas do aluno, do professor e do povo, articulando o saber, o conhecimento, a vivência, a escola, a comunidade, o meio ambiente, que é o objetivo da interdisciplinaridade traduzida na prática por um trabalho escolar coletivo e solidário; e uma dimensão internacional, engajando as crianças e adolescentes para viver no mundo da diferença e da solidariedade entre diferentes, preparando o cidadão para participar de uma sociedade planetária, sendo local, como ponto de partida, internacional e intercultural como ponto de chegada (Gadotti, 2000). Neste sentido, defende-se que a escola não deve apenas transmitir conhecimento, mas, também, preocupar-se com a formação global dos alunos, numa visão onde o conhecer e o intervir no real se encontrem. Para isso é preciso saber trabalhar com as diferenças, isto é, é preciso reconhecê-las, não camuflá-las, e aceitar que para se conhecer, precisa-se conhecer o outro. Assim, a escola precisa fazer a síntese entre continuidade e ruptura em relação à cultura de massa, partindo para respeitar a identidade cultural das crianças e adolescentes populares (Gadotti, 2000). É nesta direção que se encaminha o processo educacional para exercício da cidadania, na aquisição de uma consciência de direitos e deveres consignados no processo democrático, construída como um  processo oriundo da prática social e política das classes. Neste sentido, Arroyo (1999:79) defende que "a luta pela cidadania, pelo legítimo, pelos direitos, é o espaço pedagógico onde se dá o verdadeiro processo de formação e constituição do cidadão. A educação não é uma precondição da democracia e da participação, mas é parte, fruto e expressão do processo de sua constituição". O que quer dizer que o conhecimento, a informação e uma visão mais ampla dos valores, são a base para a cidadania em sociedades plurais, cambiantes e cada vez mais complexas, nas quais a hegemonia do Estado, dos partidos ou de um setor social específico tende a ser substituída por uma pluralidade de instituições em equilíbrios instáveis, que envolvem permanente negociação dos conflitos para estabelecer consensos. (Mello: 1998). A necessidade de se voltar as atenções para a cidadania frente a era de competitividade atual que provoca uma luta desigual entre os indivíduos, via aprimoramento, competência e qualificação, traz à lume uma série de questionamentos necessários ao resgate do cidadão mediante as mudanças implementadas pela política da nova ordem expressa através da globalização, vez que os mercados precisam de indivíduos preparados que sejam capazes de desempenhar todo o tipo de atividades e tarefas que definam as novas formas de trabalho, pelo fato que, indivíduos com um nível mais alto de formação, são os que melhores se adaptam às exigências de um mercado de trabalho mutante. O compromisso com a construção da cidadania pede, necessariamente, uma prática voltada para a compreensão da realidade e dos direitos e responsabilidades em relação à vida pessoal inserida na coletividade e, consequentemente, com o seu meio. Isso se reflete de forma tal, no sentido de que o homem não pode mais pensar na vida ou no seu bem-estar, prescindindo de inerências fundamentais que estão peculiarmente interligadas ao seu convívio social, político, educacional, ambiental, dentre outras. E a educação tem sido fortalecida nessa busca de encontro entre a realidade e a consciência cidadã. Neste sentido, observa Bordenave & Pereira (1977:78) que: (...) a educação é um processo social indispensável à formação da mentalidade dos cidadãos de uma sociedade e, assim, inequivocamente, fundamental para a construção das estruturas cognitivas (no nível do indivíduo) e conceituais (no nível da produção social do conhecimento) que lastreiam o desenvolvimento de uma sociedade. Isto quer dizer que será necessário um redimensionamento na exploração das potencialidades produtivas individuais arregimentadas para uma consciência cidadã que qualifique o atual modelo e consagre a liberdade e a igualdade como meio de alcançar o fim educacional no desenvolvimento almejado. E, diante desse fato, a educação é convocada, prioritariamente, para expressar uma nova relação entre o desenvolvimento e os diversos fatores que possam contribuir para associar o crescimento econômico à melhoria da qualidade de vida sem prejuízo à consolidação dos valores humanos. A educação, portanto, vai se dirigindo a levar o ser a um ato cognoscente, tornando indispensável o diálogo, a crítica fundada na criatividade, estimulando a reflexão e ação verdadeira dos homens sobre a realidade, atenta às mudanças e que corresponda à condição dos homens no contexto do exercício da cidadania. Assim, defende Ferreira (1993:221) que "a educação para a cidadania precisaria empenhar-se em expurgar de cada homem as crenças, as fantasias, as ilusões e, quem sabe, as paixões que em nada contribuem para o desenvolvimento de uma consciência crítica". Com isso, observa, então, que as pessoas precisam do conhecimento sistemático para chegar a ser cidadãos, tratando que a cidadania vai além da aquisição do conhecimento de conteúdos sistematizados, necessitando a racionalidade técnica, com o interesse de dominação, ligada aos princípios epistemológicos do positivismo, trabalhando com os pressupostos da predição e controle, com o pressuposto do consenso social; a hermenêutica, cujo interesse é a comunicação, filiada à perspectiva da fenomenologia, na qual o binômio intencionalidade/significação é o ponto fundamental; e a emancipatória, cujo interesse básico é a libertação do homem, e avança na crítica às relações sociais, nas quais se estabelecem os óbices à emancipação dos homens: as relações de poder, as normas e as significações elaboradas pelo próprio sistema. Assim, a cidadania aparece como o resultado da comunicação intersubjetiva, através da qual indivíduos livres concordam em construir e viver numa sociedade melhor (Ferreira, 1993; Giroux, 1986). Mediante isso, destaca-se que educar o homem para a cidadania, significa, então, prepará-lo para viver em sociedade de classe, seguindo padrões de uma política necessária à existência de um mínimo de consenso social. Neste sentido, apreende-se que o homem precisará estar sintonizado de forma equilibrada consigo e com o seu ser, enquanto indivíduo coletivo, agindo interativamente e sendo co-responsável por seus aspectos positivos e negativos advindos das metamorfoses da atualidade.
A EDUCAÇÃO PARA A VIDA E PARA O TRABALHO - Com a promulgação da Constituição Federal do Brasil de 1988, principalmente, a partir do seu art. 205, que define as regras que regerão as coisas afeitas à educação e que será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento do cidadão, preparando-o para a cidadania e qualificando-o para o trabalho. Tais determinações levaram à Lei 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996, estabelecendo as diretrizes e bases da educação nacional, reafirmando que a educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. O que quer dizer que fica especificado que as práticas sociais e políticas e as práticas culturais e de comunicação, são integrantes do exercício do cidadão. Inspirada nos princípios da liberdade e nos ideais de solidariedade humana, a presente LDB passou a ter a finalidade de desenvolver o educando de forma a prepará-lo para o exercício da cidadania e sua qualificação para a vida e para o trabalho. A sua característica fundamental é tratar a educação delineando princípios norteadores suficientemente maleáveis para que o ensino aconteça em cada momento e em cada local de acordo com as condições necessárias e características próprias, valorizando a integração da escola com o mundo real e do trabalho, além do aproveitamento pela escola, de todo e qualquer conhecimento ou habilidade adquiridos pelo educando em sua vida (Dornas,1997). Tal lei, entretanto, defende que a aprendizagem não esteja condicionada apenas a conteúdos específicos da pedagogia tradicional, mas que além da instrução conteudística de um currículo pré-estabelecido, estejam presentes, transversalmente, temas outros que possibilitem a formação do sujeito, a globalização do conhecimento, a preparação para o trabalho e o exercício da cidadania. Neste tocante, comenta Carneiro (1998:10) que: O texto da 9394/96 oferece um espaço de flexibilidade para que os sistemas de ensino operem, criativamente os seus ordenamentos. A lei respalda a prática da autonomia pedagógica e administrativa e da gestão financeira como condição para a escola executar, realmente, o seu projeto pedagógico. A Lei abrangente como se constata, trata dos princípios básicos, da estrutura do ensino, do calendário escolar, da incumbência de todos, da gestão democrática no ensino público, da competência do estabelecimento de ensino, da educação infantil, passando pela educação especial, à distância e experimental, até o superior, calcada na estética da sensibilidade, na política da igualdade e na ética da identidade, orientando, assim, as escolas pelos valores apresentados nos fundamentos de interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, no respeito ao bem comum e à ordem democrática e no fortalecimento dos vínculos da família, os laços de solidariedade humana e tolerância recíproca. Com isso, a escola proposta será aquela que se direcionará a produzir cidadãos e cidadãs alfabetizadas na compreensão, na atitude crítica e no uso de linguagens várias, dentre elas as audiovisuais e as da informática, no contexto de indivíduos com um conhecimento cultural de base que lhes permita situar a informação e dar-lhe sentido, como, por exemplo, o de integrarem-se a um mercado de trabalho possibilitando o processo de inclusão, além de se tornarem mais solidários e tolerantes. E, neste sentido, a LDB se organiza a partir dos princípios da estética da sensibilidade, que estimula a criatividade, o espírito inventivo, a curiosidade pelo inusitado, a afetividade para facilitar a constituição de identidades capazes de suportar a inquietação, conviver com o incerto, o imprevisível e o diferente; a política da igualdade, no reconhecimento dos direitos humanos e exercício dos direitos e deveres da cidadania como fundamento da preparação do educando para a vida civil com condutas de participação e solidariedade, respeito e senso de responsabilidade, pelo outro e pelo público; e a ética da identidade, que se constitui a partir da estética e da política, para o ideal do humanismo num processo de construção de identidades, pelo desenvolvimento da sensibilidade e pelo reconhecimento do direito à igualdade, além do reconhecimento da identidade própria e do outro. Sedimentada a partir destes pressupostos, a LDB dedica do art. 58 ao 60, todo aparato legislativo para desenvolvimento da educação especial, como sendo a modalidade de educação escolar oferecida preferencial para educandos portadores de necessidades especiais. Tais artigos tratam do atendimento educacional, da oferta, do sistema através de currículos, métodos, técnicas, recursos, dentre outros, visando a terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido, bem como da formação para o trabalho visando a efetiva integração na vida em sociedade e o acesso igualitário aos benefícios. Será, portanto, desenvolvido, em seguida, todo o processo de desenvolvimento da educação especial no sentido de que possibilite a inclusão do portador de deficiências físicas no contexto educacional.

REFERÊNCIAS
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ALONSO, Myrtes. Formar professores para uma nova escola. In: O trabalho docente: teoria & prática. São Paulo: Pioneira, 1999
ARROYO, Miguel et alli. Educação e cidadania: quem educa o cidadão? São Paulo:       Cortez Editora, 1999.
BELLONI, Maria Luiza. O vídeo na pré-escola. Rio de Janeiro: Tecnologia Educacional, v.28 (144) 30-36, jan/fev/mar, 1999
BERBAUM, J. Aprendizagem e formação. Porto: Porto, 1993
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