Mostrando postagens com marcador Camilla Läckberg. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Camilla Läckberg. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, agosto 31, 2023

LINDA KNAUSGARD, PATRICIA CHURCHLAND, ELEANOR HIBBERT & PERNAMBUCO POPULAR

 

 Imagem: Acervo ArtLAM.

Ao som dos álbuns Molécula Azul (2020), A flor que gira (2019), Cósmico Samba (2011), A Hora do Meio-Dia: "ofuscante, tanta claridade oculta o mito e deseja a noite" (2002), O Bárbaro (s/d) e Disfarce (1999), da cantora, compositora, instrumentista, professora e escritora Luama Socio, que é formada em Letra pela UNESP, mestre em Teoria Literária e doutora em Filosofia pela USP, e editora da revista Katawixi.

 

VALER SEM UMA NEM DUAS, TODAS... - Daqui prali é quase nada: há sempre a sensação de que a colheita já passou do ponto. Mesmo assim aposto no imprevisível: ainda não achei a peça que falta no quebra-cabeça, olvidando da ampulheta no relógio que perdi. Sei de antemão: o que passou pegou atalho pro futuro – cada passante com a sua própria Caverna de Platão, coisa de quem estupora misturado no indevido. Estou pronto pro improviso, mas sei: há sempre o risco da queda. Ah, vou no tinindo, afinal quem não proseia, antes de chegar já se foi. Há quem vá no acordo ou não, e dessa passa pra outra, às vezes pra pior. Enquanto isso atento ao que disse Carolyn Janice Cherry: A ignorância matou o gato; a curiosidade foi enquadrada!... É perfeitamente normal escrever lixo - desde que você edite de maneira brilhante... Rio-me de quase tudo. E, apesar da manhã ensolarada, a correria dos que vão ou chegam parece mais a vida se acabando antes do tempo e pisoteando os que ficaram pelo caminho. Adivinho itinerário, ovelha desgarrada e o desassossego. Escapo de dementadores, afinal já me dizia Rebecca West: A conversa é uma ilusão. Há apenas monólogos que se cruzam... Você deve sempre acreditar que a vida é tão extraordinária quanto as músicas dizem. Confesso: ao meu redor tudo é tão inextricável quanto impreciso, enteléquia arruinada e o inevitável. Salutar ouvir Camilla Läckberg feito epitalâmio: Seria mais fácil não se importar, ir com a maré e se preocupar com um dia de cada vez... Nunca se deve considerar uma coisa como certa se for apenas quase certa... Porque se você não se permitir amar, você correrá o risco de perder tudo... A vida é sempre um mistério pendular, tempespaço entre dizeres e falácias. Mas digo: se a verdade for uma mulher nua e crua eu quero, senão prefiro uma mentira bem contada. Do contrário, lá vou eu como quem veio da Nebulosa do Anel para a galáxia do Sombreiro: um caminho para ir sozinho. E aos que perduram digo: até mais ver.

 

UM POEMA: A VIDA NÃO VIVIDA

Imagem: Acervo ArtLAM

Um palco ao ar livre, madrugada, \ Todos os movimentos seguem o ritmo, uma coreografia fixa, os bailarinos dançam balé \ Um homem segura um relógio, no final tudo o que ouvimos é o tique-taque do relógio \ (uma transição dos movimentos coreografados da dançarina para o simples tique-taque do relógio) \ Eu pedi para uma nova era começar \ Aqui entre nós \ Relâmpagos (se mostra) \ Você pode escolher um conhecimento para levar com você \ Apenas um \ Você pode escolher como achar melhor, a liberdade é sua, mas se as limitações são o que você deseja eles estão disponíveis \ (Dê corda no relógio) \ O que vai morrer vira começo, deixe tudo \ Minhas memórias? Sim, eles também. \ Lembrar não será possível. \ Você morre. Todos nós morremos \ Bem desse jeito? Sim, de certa forma, de certa forma não \ Você não poderá escolher quando \ Mas isso vai acontecer \ O que você sabe sobre a nova era? \ Você tem experiência. \ O que você vê na sua frente. \ Não adianta ter medo. \ Bom, bom, isso mesmo \ Cumprimente o novo com confiança, seja justo \ Quem é você, aquele que vai nos explicar tudo? \ Nunca, sem tais pensamentos, mude a melodia e ouça o que é quase inaudível \ E ainda assim cresce \ Os mortos: cresce, cresce, cresce \ Levante-se quando eu falo com você \ Você é um homem violento? \ Eu tenho ideias, pensamentos. \ Qual, se posso perguntar? \ Como você governa sem violência? \ Tudo depende de você acreditar em mim, em cada palavra minha \ Não pense nem por um momento que vou te revelar algo sobre mim \ Os mortos: Sobre mim, eu, eu, eu, eu, eu, eu, eu \ O homem que falou de uma nova era anda com o relógio fora do palco \ Lá vão eles, todos tolos \ Eles não vão voltar, estamos sozinhos aqui, estamos livres, e ainda assim não \ Eu não entendo nada, agora diga o que você quer dizer \ A vida passou, não vai voltar \ Agora todos devem se curar \ Já estamos mortos? \ O murmúrio dos mortos está por trás dele, embaixo dele, murmure livremente \ Quantos, dois ou três, cinquenta, cem mil, setecentos mil e trinta? \ Vá em frente, apenas deite-se ali. \ Ele aponta para os mortos, seu murmúrio \ Seu sono será sem sonhos \ Eu amo meus sonhos \ Então fique aí, aí você poderá sonhar \ É tão fácil assim, mas algumas palavras, ele ri \ Tudo começa de novo. \ Isaque, Ismael, o sacrifício e o deserto \ O murmúrio dos mortos: Isaque, Ismael, o sacrifício \ Trovões, relâmpagos, em seu clarão vemos o balé dos dançarinos \ Todos observam enquanto dançam, cada um em sua mente, pensamentos, se pudéssemos ouvi-los \ Aplausos \ Apenas olhe Isaque e Ismael se abraçam e riem \ Isaac: Veja o balé. \ Eles estão dançando Ismael: Me encanta ver isso, me encanta \ Isaac: Então você está seguro, só os seguros podem se deliciar assistindo a dança \ Ismael: Talvez \ Eles riem \ O homem do relógio entra. \ O Homem: O tempo está passando. \ Não se esqueça. \ Isaac: Nos encontramos e já devemos nos separar \ Ismael: Assim está escrito \ Ismael dá um beijo de despedida em seu irmão, deve ir imediatamente \ Sentiremos falta um do outro? \ Através dos milênios \ Até a próxima. \ Isaque e Ismael caem nos braços um do outro \ Assista ao balé novamente \ O balé novamente em plena luz do dia \ Ismael: O que vê-los dançar faz com você? \ Isaac: Isso me faz doer \ Isaac: Verdadeiramente, estou sofrendo, estou sofrendo \ Ismael: Esse é o anseio pela vida não vivida \ Uma eternidade depois \ Bem cumprido \ Isaque \ Ismael \ Ouça isso, não poupe detalhes, eles sussurram um para o outro, \ a paisagem de seus pensamentos é projetada atrás deles. \ Um pássaro voa pela paisagem e cai diante de Isaque e Ismael. \ É a morte, o condor, o orgulhoso emissário da morte. \ É apenas um pássaro. \ Um pássaro você diz, se fosse uma pomba já estaríamos comemorando, mas o condor, com asas para carregá-lo do inferno e voltar \ Tão rápido em separar pensamentos, \ Ismael, meu irmão \ O que você está pensando? \ Os prados pelos quais passei quando criança. \ Pensamentos, esperança talvez tão simples quanto isso \ Sim, esperança e saudade \ Aqueles que vivem muito. \ Só eles? \ Sim. \ Só eles.

Poema da escritora sueca Linda Bostrom Knausgard.

 

RAINHA DESTE REINO - [...] Vale a pena lutar pela liberdade; vale a pena pagar um preço alto por isso, porque morrer pela liberdade é deixar esta vida em um tumulto de glória que destrói nossas fraquezas passadas e nos torna um com os heróis. [...]. Trecho extraído da obra Queen of This Realm (Fawcett, 1986), da escritora Jean Plaidy, pseudônimo da escritora britânica Eleanor Hibbert (1906-1993), autora de frases lapidares tais como: Como os amantes podem ser estúpidos! Mas se não fossem, não haveria história... Um país ganha mais com um ano de paz do que com dez anos de guerra... Veja mais aqui.

 

BRAINTRUST: O QUE A NEUROCIÊNCIA NOS DIZ SOBRE A MORALIDADE - [...] A ciência é o grande antídoto para o veneno do entusiasmo e da superstição. [...]. Trecho extraído da obra Braintrust: What Neuroscience Tells Us about Morality (Princeton University Press, 2012), da filósofa canadense Patricia Smith Churchland, que noutra de suas obras, Conscience: The Origins of Moral Intuition (W. W. Norton & Company, 2019) expressa que: [...] A certeza é inimiga do conhecimento. [...] Em geral, aqueles que se anunciam como tendo um julgamento moral superior ou um acesso único à verdade moral precisam ser olhados com desconfiança. Não é raro que haja grandes vantagens – em dinheiro, sexo, poder e auto-estima – em estabelecer-se como uma autoridade moral. O resto de nós pode ser facilmente explorado quando concordamos com essas afirmações oficiais. Muitos golpistas se proclamam gurus morais, dispostos a dizer ao resto de nós como nossa consciência deve se comportar. Eles podem parecer autoritários porque são especialmente carismáticos ou especialmente espirituais ou especialmente firmes em suas convicções. [...] É tentador acreditar que a nossa consciência pode ser aproveitada para transmitir verdades morais universais e que, enquanto prestarmos atenção à nossa consciência, a nossa escolha será de fato a escolha moralmente correta. O facto desconfortável que tem de ser levado em conta, no entanto, é este: as pessoas conscienciosas divergem frequentemente sobre o que a sua consciência lhes ordena fazer e, portanto, diferem nas suas [...] A convicção sincera não é, infelizmente, uma garantia de decência moral. [...] Posso ansiar pela certeza, mas tenho que viver fazendo o melhor que posso. [...] A própria ciência não julga valores morais. Quando todos os fatos disponíveis estiverem disponíveis, ainda poderemos enfrentar as perguntas “O que devemos fazer? [...] A certeza sobre a postura moral de alguém pode ser reconfortante, mas tende a nos alertar para os danos que estamos prestes a causar. [...] Viver em comunidade normalmente aumenta as chances de sobrevivência e prosperidade. Podemos compartilhar comida e nos aconchegar contra o frio; podemos nos organizar para atacar as presas ou para nos defendermos uns dos outros contra invasores. [...] Se a nossa sociabilidade motiva o cuidado com os outros, também é verdade que somos dados ao ódio. Nós, humanos, regularmente temos prazer em odiar aqueles que consideramos estranhos. Tendemos a achar o ódio energizante. [...] O primeiro e mais básico ponto evolutivo é que os principais alvos e beneficiários da sociabilidade são os descendentes. Por que? Porque os bebês mamíferos são imaturos ao nascer e certamente morrerão sem cuidados. As tartarugas bebés, depois de eclodirem dos ovos, imediatamente escavam para sair da areia, descem para a água e começam a procurar comida. Nenhum pai está por perto, nem é necessário [...] Por mais confuso que seja, o melhor conselho talvez seja permitir-se uma ampla experiência de vida e exposição à condição humana em toda a sua beleza e horror. Faça o seu melhor, mas mesmo assim você cometerá erros [...] Se eu fosse uma criatura solitária como uma salamandra, nada disso me incomodaria. Eu não teria conflitos morais, nem consciência social. Eu alimentaria, acasalaria e botaria meus ovos. Eu não me preocuparia com outras salamandras, nem mesmo com aquelas que eclodem dos meus próprios ovos. Eu cuidaria de minhas próprias necessidades e não me importaria nem um pouco com os outros. Mas sou um mamífero e, como outros mamíferos, tenho um cérebro social. Estou programado para me preocupar, especialmente com aqueles a quem estou apegado. [...]. Veja mais aqui e aqui.

 

PERNAMBUCO POPULAR

O dom de comover lhe pertence, pois seu toque esbarra na emoção do outro...

Extraído da obra Pernambuco popular: um toque de mestre (Relicário Produções, 2005), de Raul Lody, fotografia de Fred Jordão e Roberta Guimarães, reunindo a obra de Ana das Carrancas, J. Borges, Mestre Salú, entre outros grandes mestres da arte popular de Pernambuco. Veja mais aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.



quinta-feira, fevereiro 17, 2011

TAYLOR CALDWELL, CAMILLA LÄCKBERG, JULIO CORREA, NANCY WAKE, KATIA KIMIECK & LITERÓTICA: IRMÃ DA NOITE

 
A arte da pintora, escultora, ilustradora e arte-educadora Katia Kimieck. Veja mais abaixo e aqui & aqui.


A IRMÃ DA NOITE – Imagem: Woman, by Katia Kimieck - Sempre fui bem recebido pelas cunhadas. Uma delas, a Valbânia, foi aquela que mais me chamou a atenção. E tudo começou por nada. Bastou certa tarde, a gente conversando, de forma inadvertida, meu braço roçou seus seios. Um choque. E me arrepiei na hora com aqueles ductos duros, provocantes, pareciam mais insistentemente me chamando praqueles assanhamentos libidinosos que nos levam ao delírio dos prazeres. Doutra feita, estava eu vasculhando algo e ela roçou seus seios num dos meus braços. Pareceu acidental, mas era provocação demais para que eu pudesse passasse em branco, sem ao menos demonstrar que aquilo buliu com a minha libido. E, depois disso, passei a olhá-la mais fixamente, fuzil na mira, dentes aguçados, preparando os apetrechos da caça. Uma vez flagrei sua língua lambendo os lábios e me fitando permanentemente. Fiquei sem jeito. Não sei como sua irmã não vira tudo aquilo. Eu só ficava inquieto e sem poder fazer nada, mas com toda gula armada para digerir aquele banquete que me chamava de banguelo. Certa feita num restaurante, a namorada saiu um instante e ficamos sozinhos. O papo estava acalorado. Foi quando ela disse-me: - Isso me dá um tesão danado... - O quê? -, perguntei-lhe. Não obtive resposta porque a namorada já estava de volta à mesa para continuar o papo anterior. Que coisa! Não dava uma dentro, nada de oportunidades abertas para que eu pudesse colocar meu trem nos trilhos. Lembro bem que certa noite eu estava dormindo e me acordei com a certeza de que alguém estava me bolinando. Mas não vi ninguém. Olhei dos lados e investiguei o ambiente e nenhuma alma viva além da namorada que dormia sono solto estava ali. Nunca acreditei em fantasmas, mas desconfiava que algo de inusitado ocorrera e a minha excitação estava me atordoando. Quando fechei os olhos percebi alguém se movimentar no ambiente, não deu pra ver quem era. Mas fiquei comigo: é a cunhada. Levantei-me, fui até o banheiro no corredor e percebi barulho de pisadas pela casa. Parei à porta e fiquei espreitando. Nada. Entrei, levantei a tampa da privada e dei descarga. Corri até a porta e fiquei de mutuca e logo percebi a porta do quarto da cunhada se fechar. Pensei comigo: vou lá? Menino, fica quieto. Não vai arrumar sarna pra se coçar. Fiquei na dúvida: vou ou não vou? E fui. Quando cheguei na porta, coloquei a mão no trinco e não tive coragem de abri-lo. Fiquei alguns segundos ali em pé, esperando qualquer reação do lado de dentro. Deu para ouvir ela se arrumando na cama. Pensei melhor e retornei pro quarto da namorada. Não seria daquela vez. Certa tarde fui à casa da namorada e todos haviam saído, exceto a Valbânia que se encontrava lá em trajes sumários. Ela abriu-me a porta com um sorriso e me saudou com beijos à face, dando-me a oportunidade de sentir o fragor do seu perfume natural. Mais uma vez senti-lhe os seios robustos roçar os meus. Era tentação demais. Adentramos conversando quando ela me chamou para mostrar um vídeo. Era um clipe denominado “A cunhadinha”. Não tinha a mínima idéia do que seria exibido, mais logo me deu a sensação de que se tratava de um vídeo pornô. E era. Ela sentou-se do lado e com um dos seus dedos entre os lábios, percebi que o mordiscava enquanto a atriz atuava na felação. Deu pra perceber sua excitação contaminando todos os meus nervos. Fiz de tudo para manter a sensatez e deixei que ela percebesse que eu apenas estava grudado na cena ao que parece mais a excitava. Enquanto a cena transcorria mais ela ficava com exclamações que me deixavam numa sinuca de bico, sem saber o que fazer. Quando o vídeo terminou, ela ousou soltar de forma espantada uma surpreendente expressão demorada: - Uau! Fitei-lhe o rosto afogueado e eu já sem um pingo de juízo estava pronto para abocanhá-la, quando a porta abriu-se e quase todos nos flagravam ali com a boca e tudo na botija dela. Tirou um fino. O fuzuê dos que chegavam era grande e minha cabeça rodopiava com o coração na mão, os pés sem terra, o mundo todo para me condenar. E para me recompor deu trabalho. A namorada chegou aos beijos apaixonados e nem notou que estávamos ali, eu e Valbânia, prontos para virar caça e caçador um do outro. Vertigem braba. Logo a namorada levou-nos os 3 para o bar que ficava ao lado da residência dela. Eu todo sem jeito, não sabia onde colocar as mãos, cheio de pernas, a cabeça a mil e a volúpia queimando toda minha carne. Logo a namorada trouxe-me uma cerveja gelada e foi colocar uma música apaixonada na vitrola para mim e zarpou para arrumar as coisas lá pra dentro, deixando-nos a sós novamente. Enquanto ela tomava providências, a irmã flertava comigo. Valbânia cada vez mais tinhosa e sensual fitava-me com a resistência de quem quer virar a cara pro perigo e me deixar em palpos de aranha. Insistia em ver-me atordoado com aquilo tudo, sacando minha agonia de ser pego pela namorada com licenciosidade pra banda da irmã dela.  Parecia uma tocaia que eu não via como sair ileso. Parecia uma armadilha para consumar a minha infidelidade. Parecia uma arapuca impossível de me desvencilhar. Estava na encruzilhada sem saída. Foi quando para tornar a situação mais aguda, Valbânia convidou-me para dançar a canção romântica, uma daquelas da gente só ficar mexendo as pernas sem sair do lugar. Era o que ela queria. Colou seu corpo no meu e suas coxas se insinuaram firmes entre as minhas. Senti seu ventre roçando o meu, quando meu membro ficou buliçoso e mais se avolumava com seus achegamentos safados. No meio do nosso embalo, ela ainda teve o topete de gritar pra irmã: - Mulher, teu namorado dança muito bem! Dá vontade da gente perder a cabeça! Ambas riram. Minha namorada veio, deu-me um beijo na boca e disse pra irmã: - Esse é o meu gostoso, o macho mais tesudo do universo -, e saiu nem aí pro que estava acontecendo entre eu e sua irmã. Foi então que Valbânia aproveitou-se e mais se esfregava em mim e ninguém dando conta no recinto. Corpos colados, ela prendia e soltava a respiração excitada no meu ouvido. Ronronava, manhava e saltava dengos roçando os lábios no meu rosto. E mais apertava o meu corpo contra o seu insinuando passos como que me levando para algum esconderijo. E rodopiava nos meus braços e me fazendo presa de seus arrochos. Quanto mais suspirava, mais se apertava em mim caçando uma toca para se entregar, enquanto suas mãos bailavam alisamentos no meu pescoço, ombros, peito, quadris, até que uma das suas mãos deslizou por meu corpo até se apoderar do meu membro assanhado já babando rijo de deixar mancha na calça. - Hummmm!... -, e sentiu nos dedos seus dedos o registro da minha gosma que já melava, até levá-los à boca como que degustando o meu sabor e mais ela impava, sôfrega e alucinada, ora alisando, ora apertando meu pênis já meleguento e pronto para invadir-lhe todas as intimidades. Num rodopio maior, ela me soltou puxando para pularmos na piscina vazia. Sabia que ela estava caçando canto para nosso incêndio. E ali me beijou farta e despudoradamente remexendo o zíper da minha calça e já trazia entre as mãos o meu caralho louco por todas as suas remexidas. Loucura total. Qualquer um podia chegar à beira da piscina e ver-nos beijando abrasados. Seria o flagra e ela nem aí. Eu assustado com o risco, não conseguia conciliar a sedução e a horagá do imprevisível. - Essa mulher é louca! -, disse-me para mim mesmo. E parece que ela leu meus pensamentos dizendo: - Você acha que sou louca, né?  Respondi-lhe com movimento afirmativo de cabeça. Não tinha nem como dizer qualquer palavra, ela me dominava por completo. Foi quando ela me tomou pela mão, subiu a escadaria da piscina e de forma nem aí pra quem tivesse me arrastou até o quarto que servia de depósito de bebida, abriu e mal trancou a porta, encostou-se na parede, acocorou-se e mandou beijos muitos, lambidas, abocanhadas e chupadas na minha pica com sede e fome de milênios. Confesso que esmoreci e me rendi aos seus apelos felatórios. E se alguém abrisse a porta? E se visse ali aquilo tudo acontecendo? Eu não sabia se mandava ver ou se me precavia da tragédia que seria aquilo tudo acaso fôssemos vistos. Quando ela percebeu que eu estava para lá de excitado pronto para ejacular, ela levantou-se e me puxou para o canto arranchando-se sobre a mesa, desvencilhando-se das vestes e me trazendo para dentro de suas pernas abertas com a sua vagina quente em fogo e molhada de me deixar lavado de prazer, com um entra-e-sai de amor que me fez locomotiva louca a reverberar grunhidos loucos por seus trilhos imensuráveis, a me fazer navegação rasgando os mares rumo ao centro dos oceanos, a me fazer nave singrando o universo até o íntimo de toda galáxia perdida dentro dela. Quando já estava por um triz ela me puxou com força, fazendo-me deitar na mesa e ela montou para cavalgar a loucura do seu desejo, gritando alto e sem-vergonha, até alcançar o ápice de seu orgasmo para meu delírio no gozo, até cair trêmula, arreada e sem fuso, totalmente estirada sobre meu corpo, transpirando como louca e com a boca no meu ouvido repetindo em sussurro: gostoso.... gostoso.... gostoso.... gostoso.... E dormiu. Eu até me esquecera de como íamos sair dessa. © Luiz Alberto Machado.. Veja mais aquiaqui.


DITOS & DESDITOS: Bem, você sabe, quando o diabo envelhece, ele se torna religioso. Pensamento da escritora sueca Camilla Läckberg.


ALGUÉM FALOU: Odeio guerras e violência, mas se vierem a seguir, não vejo por que as mulheres deveriam apenas cumprimentar nossos homens com um adeus orgulhoso e depois tricotar as máscaras de esqui. Pensamento da espiã e agente britânica Nancy Wake (1912- 2011) da Special Operations Executive (SOE), durante a segunda grande guerra, procurada pela Gestapo porque sua cabeça valir 5 milhões de francos. Sobre a sua trajetória o drama-documentário Nancy Wake, the White Mouse (2014), dirigido por Mike Smith e estrelado pela atriz Rachael Blampied, como também uma minisserie australiana Nancy Wake (1987).

QUEM O DINHEIRO? - Quem ganha o dinheiro que ganhamos: o governo ou nós? Devíamos recordar aos governos um dos grandes Mandamentos: Não roubarás! Mas, em toda a história do mundo, houve outra coisa a não ser governos ladrões? Frase da escritora britânica Taylor Caldwell (Janet Miriam Holland Taylor Caldwell, 1900-1985), que também assinou os pseudônimos de Marcus Holland, Max Reiner e Miriam J. Rebach.

O RIO É UM GRANDE POETAÉ o rio um grande poeta / que vai cantando seus sonhos / de amor e de liberdade / com a guitarra do vento. / O rio, um grande poeta / que diz um poema imenso / numa linguagem de Deus. / Não o culpeis pelos mortos / que os bandidos lhe atiram / desesperados de medo, / para escapar ao castigo / que chegará justiceiro. / O rio, um grande poeta / que diz seu poema imenso. / É o rio grande poeta / que vai cantando... cantando... / e a magia de seu estro / está gerando, amorosa, / o canto do homem novo, / como ranger de protestos / de todos os esqueletos / das vítimas que, covarde, / jogou em seu leito o ódio. / O rio, um grande poeta / Que cantará o canto novo. Poema do poeta paraguaio Julio Correa (1890-1953).



Veja mais sobre:
A poética aristotélica, Erich Fromm, Georges Bataille, Eliete Negreiros, Rufino, Walter Hugo Khouri, Arthur Braginsky, Helena Ramos, El Tomi Müller, Fernando Fiorese & A primeira estética da arte dramática aqui.

E mais:
Primeiro encontro: o vôo da língua no universo do gozo aqui.
Ao redor da pira onde queima o amor aqui.
Por você aqui.
Moto perpétuo aqui.
O uivo da loba aqui.
Ária da danação aqui.
Possessão Insana aqui.
Vade-mécum – enquirídio: um preâmbulo para o amor aqui.
A mulher: todo dia é dia da mulher aqui.
Cordel na Escola aqui.
Teoria Geral do Crime & Direito Penal aqui.
Responsabilidade civil, dano estético & erro médico aqui.
As trelas do Doro aqui.
Marcela, a musa primeira dama aqui.
Fecamepa aqui e aqui.
Palestras: Psicologia, Direito & Educação aqui.
Livros Infantis do Nitolino aqui.
&
Agenda de Eventos aqui.

CRÔNICA DE AMOR POR ELA
Leitoras comemorando a festa Tataritaritatá!
(Arte by Isis Nefelibata)
Veja aqui e aqui.

CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Paz na Terra:
Recital Musical Tataritaritatá - Fanpage.
Veja  aqui e aqui.






NOÉMIA DE SOUSA, PAMELA DES BARRES, URSULA KARVEN, SETÍGONO & MARCONDES BATISTA

  Imagem: Acervo ArtLAM . Ao som dos álbuns Sempre Libera (Deutsche Grammophon , 2004), Violetta - Arias and Duets from Verdi's La Tra...