
RÁDIO
TATARITARITATÁ:
Hoje na
Rádio Tataritaritatá especiais com o saxofonista, flautista,
arranjador e professor de música Mauro
Senise interpretando músicas do seu álbum Danças + Alergia de viver, Olinda
Guanabara & Chegando a Japeri; da pianista e diretora musical russa Elena Bashkirova interpretando concertos de Mozart, Brahms
& Shostakovich; do pianista e compositor Luiz Avellar Improvisando no
piano, Rio de Janeiro & bailarina; e a maravilhosa,
divertidíssima, engajada, premiada e internacionalzada cantora, violonista e
compositora Célia Mara, cantando
Solidão Urbana, Anamaria, We’re not alone & Fábrica de armas. Para conferir é só ligar o som e curtir.
A ESCOLA DE GRAMSCI - [...]
A escola é o
instrumento para elaborar os intelectuais de diversos níveis. A complexidade da
função intelectual nos vários Estados pode ser objetivamente medida pela
quantidade de escolas especializadas e pela sua hierarquização: quanto mais
extensa for a “área” escolar e quanto mais numerosos forem os “graus verticais”
da escola, tão mais complexo será o mundo cultural, a civilização, de um
determinado Estado [...]. Trechos
extraídos dos Cadernos do cárcere
(Vol.2 – Civilização Brasileira, 2001), do
filósofo, cientista político e comunista italiano, Antonio Gramsci
(1891-1937). Veja mais aqui, aqui, aqui e aqui.
O PAPEL DA CIÊNCIA - [...] Já que a ciência não pode encontrar sua legitimação ao lado do conhecimento,
talvez ela pudesse fazer a experiência de tentar encontrar seu sentido ao lado
da bondade. Ela poderia, por um pouco, abandonar a obsessão com a verdade e se
perguntar sobre seu impacto sobre a vida das pessoas: a preservação da
natureza, a saúde dos pobres, a produção de alimentos, o desarmamento dos
dragões (sem dúvida, os mais avançados em ciência!), a liberdade, enfim, essa
coisa indefinível que se chama felicidade. A bondade não necessita de
legitimações epistemológicas. Com Brecht, poderíamos afirmar: “Eu sustento que
a única finalidade da ciência está em aliviar a miséria da existência humana”.
Trecho extraído da obra Filosofia da
ciência: introdução ao jogo e as suas regras (Loyola, 2000), do psicanalista, educador, teólogo e escritor Rubem Alves
(1933-2014). Veja mais aqui e aqui.
A LENDA DOS CEM – [...] Da mata
chegava outra espécie de alarido. Em coro repicavam as seriemas, as maracanãs
se comunicavam aos berros, esvoaçavam ruidosos tetéus; em negro, os urubus;
cautelosos, os rapinantes. Abriam caminho aos animais pequenos, que
deconsetados deixavam o próprio abrigo á procura de tocas talvez inexistentes.
Raposas, como bêbadas, varavam o descampado, coelhos trocavam saltos sem
proveito, pebas se topavam cegos, obtusos, enquanto as preás, mais cautelosos,
quedavam nas fendas dos pedregais. Mas a ninguém interessava aquilo. [...]
Trecho extraído da obra A lenda dos cem (Bagaço, 2008), do
premiadíssimo escritor Gilvan Lemos (1928-2015). Veja mais aqui e aqui.
CANTARES DE HILDA HILST – IV – Eu não te vejo / quando teu ódio
aflora. / Como poderia / ver teu ódio e a ti. / Iludida / por uma só labareda
da memória? / Cegos, não somos dois. / Devorados e vastos / temos um nome:
EFÊMEROS. Poema dos Cantares de perda
e predileção, extraído da obra Cantares
(Globo, 2004), da poeta, dramaturga e ficcionista Hilda Hilst (1930-2004). Veja mais aqui e aqui.
PROFESSORES NA BIBLIOTECA FENELON BARRETO
Participando
com professores da rede pública de ensino nos eventos da Biblioteca Fenelon
Barreto.
Veja mais:
A arte musical de Elena Bashkirova aqui.
&
LEMBRANÇAS E TRADIÇÕES DA MATA SUL
Oh oh Palmares, Ô verde azul
Oh oh Palmares!
É capital da Mata Sul
Corre o Rio Una
Grita pela liberdade
No silencio vai em frente
Oh meu Deus que tanta saudade
Nos dias de hoje, já não existe felicidade
Minha paz foi destruída pelo inverno da verdade
Oh oh Palmares, Ô verde azul
Oh oh Palmares!
É capital da Mata Sul
No Redondinho, nas ruas e todas as praças
O povo achava graça e o que é bom existe aqui.
Carrossel, caboclinho de Rabeca,
A bandinha de Veludo
E o guerreiro faz a festa.
Oh oh Palmares, Ô verde azul
Oh oh Palmares!
É capital da Mata Sul
A terra é fértil, as sementes são poéticas
Em cada rua e cada esquina
A história é sempre esta.
A Meia-Noite, cantava o seresteiro
O poema ovacionado pra seu amor verdadeiro.
Oh oh Palmares, Ô verde azul
Oh oh Palmares!
É capital da Mata Sul.
Música & letra
de autoria de Atonmirio Barros (Miro Barros), parceiro do escritor Juarez
Carlos na peça teatral O Herói
Nordestino. Veja a entrevista de ambos aqui.