SOMOS AS NOSSAS GLÂNDULAS ENDÓCRINAS – O senso
comum tem convencionado ser o cérebro o órgão mais importante do organismo
humano. Pra quem não sabe, há quem diga que no topo da cabeça tudo é cérebro e,
na verdade, não é bem assim. Contribuem para isso as visões mecanicistas,
deterministas e fragmentadas das especializações médicas, bem como os manuais
anatômicos, neurocientíficos, neurológicos, neupsicológicos e neuroanatômicos,
tratando tudo por partes, separando e tratando uns de forma robusta quase
beirando a absoluta verdade, enquanto outras são tratadas com meros registros,
confundindo e produzindo conceitos que sequer representam uma mínima parte do
que se aborda, fato que tem levado a equívocos e mal-entendidos. A despeito de
tudo isso, adota-se uma perspectiva neuroanatomofisiológica, deixando claro que
todo o corpo humano é uma maravilha, não havendo apenas um único órgão a se
destacar, mas o todo, uma vez que cada uma das mínimas partes do corpo humano
estão sistêmica, complexa e reciprocamente integradas e articuladas umas com as
outras. Daí ser possível entender que não há uma ou outra parte com maior ou
menor importância, tendo em vista que todas se encontram mutuamente
interagindo. A guisa de modesto esclarecimento, faz-se necessário observar que
o Sistema Nervoso é dividido em duas partes: os Sistemas Central e Periférico.
O Sistema Central é composto pelo encéfalo - do qual o cérebro é um dos seus
componentes -, e a medula espinal. E o Sistema Nervoso Periférico é composto
por nervos, gânglios e terminações nervosas. Do ponto de vista funcional, destaca-se
que o Sistema Nervoso é dividido em somático e visceral, e ambos são
subdivididos em aferentes e eferentes. Convém enfatizar que no Sistema Visceral
eferente encontra-se o Sistema Nervoso Autônomo que é dividido em Simpático e
Parassimpático, importante para o fator homeostático, ou seja, para o
equilíbrio de todas as atividades do corpo humano. É preciso articular a este
Sistema Autônomo, um outro que se encontra completamente esparso e quase
desarticulado de todo sistema nervoso na maciça maioria dos manuais: o sistema
endócrino. A importância do conhecimento acerca das glândulas endócrinas se
torna relevante, tendo em vista que são as mesmas responsáveis por grande
parte, senão por todo funcionamento do corpo humano. Este sistema é formado
pelas glândulas pineal, pituitária ou hipófise, tireóide, supra-renais,
gônadas, timo, pâncreas, entre outras. Veja-se, por exemplo, a glândula pineal,
conhecida como o terceiro olho, portal entre os eus psíquico e físico,
representando por isso a consciência e o físico de expressão como um
transformador que processa a transferência da inteligência psíquica para a
objetiva. A hipófise ou pituitária é considerada a principal de todo sistema,
atuando no desenvolvimento e crescimento, na regulação do sono, no esforço
contínuo, na cura de doenças e na sexualidade. A tireóide atua no crescimento e
na pele, cabelos e produção de energia, afetando todos os hábitos físicos e
mentais. As paratiroides atuam no equilíbrio e controle nervoso e muscular,
regulando o fluxo entre os sistemas nervosos simpático e espinal, aliviando a
dor e no estabelecimento de uma condição harmônica. As supra-renais atuam nos
músculos, nos sistemas circulatório e digestivo, bem como na pressão sanguínea
e como centro das emoções. O pâncreas atua no metabolismo do açúcar por ser a
sede da insulina, tão necessária ao corpo físico. As gônadas são as glândulas
sexuais, ou seja, os ovários, seios e útero na mulher, e os testículos, pênis e
próstata no homem, desenvolvendo o papel da geração e da reprodução. O timo
atua na defesa e manutenção de ordem física do corpo, controlando os testículos
e o ovário, interagindo com todas as outras glândulas, além do mais, articulado
com a hipófise e as gônadas, envolve tanto a sexualidade como a
homossexualidade. Vê-se, outrossim, a quantidade de inúmeras interlocuções e
correlações existentes nas glândulas entre si e os demais órgãos e atividades
do corpo humano. Além do mais, estudos médico-científicos assinalam que o
desenvolvimento adequado ou inadequado de cada uma dessas glândulas, influencia
diretamente na personalidade individual, definindo-se comportamentos e condutas
pelas quais cada um de nós somos identificados na vida cotidiana. Essas
pesquisas chamam atenção de médicos, psicólogos, professores e sociedade em
geral, no sentido da necessidade de se estudar e compreender o funcionamento
das glândulas endócrinas, para melhor entendimento acerca dos diversos
comportamentos e patologias que acometem de forma diversa o ser humano.
Assinalam conclusivamente estes estudos que nós somos as nossas glândulas
endócrinas, entendidas como sendo os centros psíquicos, pelos quais podemos nos
tornar os arquitetos do nosso próprio destino, ou adversamente malfeitores,
ditadores ou malévolos, por conta do seu funcionamento inadequado ou
insatisfatório. Por essa razão, asseguram que uma forma de promover o
equilíbrio e a ativação de todas as glândulas endócrinas satisfatoriamente para
plenitude da saúde, é a manifestação da alegria, esperança, amor, fervor
espiritual e outras emoções inspiradoras. Trata-se, portanto, de uma condução
de suma importância diante uma realidade sobrecarregada de situações desalentadoras,
depressivas, imprevisíveis e adversas que tanto permeiam a atualidade. © Luiz Alberto Machado. Direitos
reservados. Veja mais aqui.
Imagem: Sistema Endócrino
AS
GLÂNDULAS ENDÓCRINAS – [...] É raro no
ser humano glândulas endócrinas normalmente equilibradas: existem tantos tipos
diferentes de desequilíbrio quantas glândulas endócrinas há. Nosso ambiente e
as possibilidades de expressão ainda são por demais inibidores. Quando um homem
conseguir a liberdade por que tanto anseia, então, sim, encontrará o verdadeiro
equilíbrio. [...]. Nossas invejas,
ódios, medos, luta pela riqueza, pelo poder, pela posição, nossos desejos
carnais e as superstições apelam para o suprimento da secreção adrenal – a
secreção da luta ou da atividade – até que as glândulas se esgotam [...]. Cada passo da rotina cotidiana da vida, cada
fase da felicidade, de pensamento ou sentimento, é um episódio da reação
endócrina do indivíduo. [...] As
endócrinas formam a mente e também o físico. Sua evolução depende das
atividades dessa glândula. [...] Um
desejo jamais nasce apenas do cérebro, pois este não tem o poder de se carregar
de energia. Ele só pode armazenar e transmitir, pois a fonte de energia está
nas glândulas endócrinas. [...] O
cérebro, ou órgão pensante, é formado e ativado pela presença de iodo, que dá
condutividade elétrica, e do fósforo, que é um dos ingredientes mais vitais do
cérebro. Estes são fornecidos pela glândula tireóide, e para isso ela tem de
ser sadia. [...]. o cérebro ou a
mente racional é o local de gravação ou o órgão transmutador e, tal qual o
disco fonográfico, só pode registrar os impulsos que lhe são enviados e
transmitir o que foi meditado e registrado. [...] Quando a sociedade alcançar uma atitude mental pura com relação ás
funções da vida, e quando a matéria da saúde normal puder ser ensinada nas
escolas de modo que as crianças adquiram uma visão geral das forças
construtivas existentes dentro delas – as glândulas endócrinas -, então as
ralas futuras tornar-se-ão mais desenvolvidas mental e espiritualmente, pois
compreenderão seus impulsos e controlarão e usarão com inteligência as forças
interiores que lhes foram dadas por Deus. [...]. Trechos extraídos da obra As glândulas: nossas guardiães invisíveis
(Renes, 1977), do médico e cientista estadunidense M. W. Kapp. Veja mais aqui & aqui.
CIÊNCIA
& QUESTÕES PSIQUICAS – [...] Milhões
de pessoas pensam que quando estamos tratando de questões psíquicas, estamos
lidando com coisas sobrenaturais e não-científicas, que nenhuma relação têm com
as verdades cientificas. Realmente, a pessoa comum parece pensar que uma
ocorrência psíquica, de qualquer natureza, é contraditória à ciência, ou uma
exceção às leis cientificas. Enquanto o mundo tiver esta opinião comum quanto
às questões psíquicas e os princípios psíquicos, os buscadores terão de lutar
contra a ignorância e as trevas [...] que
os princípios psíquicos verdadeiros são, também, fatos científicos. [...].
Trechos extraídos da obra Ensaios de um
místico moderno (Renes, 1965), do escritor, ocultista e místico Dr. Ph.D Harvey Spencer Lewis (1883-1939), Veja
mais aqui,
aqui & aqui.
O TEXTO
VIRTUAL E OS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO - [...] O
fenômeno da internetização e, consequentemente, por força do emprego das novas
tecnologias da informação, da hipertextualização, por exemplo, permite uma
coleção de informações multidimensionais disposta em rede para a navegação
rápida e intuitiva [...] A comunicação eletrônica e seus múltiplos recursos
ainda não são totalmente conhecidos, mas é para esse processo que mergulhamos e
para o qual estamos destinados no século XXI, quando importantes transformações
científicas darão suporte às novas aspirações de autores e profissionais, cada
vez mais ansiosos. [...]. Trechos extraídos da obra O texto virtual e os sistemas de informação: nova leitura das propostas
de Ítalo Calvino (Thesaurus, 2005), de Elmira Simeão e Antonio Miranda.
Veja mais aqui & aqui.
LIBERDADE INDÍGENA - [...]
O que mais apreciamos e mais nos falta
nos tempos atuais é a liberdade. A complexidade da vida, a sofisticação das
relações sociais, o crescimento gigantesco das instituições e a inundação
desenfreada das informações geram sentimentos de prisão e de angústia.
Parece-nos que a liberdade foi enviada ao cativeiro. E como ansiamos pela
liberdade, o dom mais precioso, pelo qual construímos a nossa identidade e
moldamos nosso destino! [...] Essa
liberdade, sonho dos redimidos, parece uma utopia, mas nossos índios mostram
sua possibilidade e também sua ridente realidade. Trechos extraídos da obra
O casamento entre o céu e a terra: contos
dos povos indígenas do Brasil (Salamandra, 2001), escritor, teólogo e professor universitário Leonardo Boff. Veja mais aqui, aqui e aqui.
MÚSICA NAS ESCOLAS - [...]
É preciso, em nome do resgate da alegria
escolar, tomarmos consciência das verdadeiras carências pedagógicas no domínio
do ensino musical e projetar um plano estratégico, transparente e inovador, que
tenha objetivos claros e bem definidos que possam ser efetivados no cotidiano
da vida escolar. [...] Se o
verdadeiro objetivo é aproximar o aluno da música, levando-o a gostar de
ouvi-la, apreciá-la e compreendê-la, é preciso, com urgência, preencher o vazio
musical no cotidiano escolar, o qual, ao mesmo tempo, como num acellerando,
deixa-se escapar aos nossos olhos e, como num allargando, deixa-se escapar aos
nossos ouvidos. Não podemos permitir que a música se cale nas escolas
brasileiras. [...]. Trecho da obra O
ensino de música na escola fundamental (Papirus, 2003), da pianista e
professora Alicia Maria Almeida Loureiro.
Veja mais aqui.
A HISTÓRIA DE HOJE - [...]
Atualmente, já não aceitamos uma
narrativa história cujo ritmo seja marcado apenas, e principalmente, por
dinastias, batalhas, ministérios, tratados, etc.; o quadro que se vislumbra,
após um estudo deste tipo, parece-nos por demais estreito. Além de grandes
personagens e grandes acontecimentos políticos – na verdade, mais do que a
estes – aspiramos conhecer para cada período e cada sociedade, o quadro
técnico, econômico, social e institucional; as pulsações conjunturas; os
movimentos da população; a vida das grandes massas; e não somente a dos grupos
dominantes; os movimentos e relações sociais; a psicologia coletiva. E não
apenas a dos “personagens históricos”. Ainda mais, aspiramos entender os
mecanismos que explicam as concordâncias e discordâncias existentes entre os
diversos níveis de uma determinada sociedade, queremos ter desta uma imagem tão
integrada e global quanto possível. Do acontecimento à estrutura; da curta à
longa duração; do individual ao coletivo: em todos os planos considerados será
fácil constatar o processo de ampliação e aprofundamento que caracteriza a
visão atual da história. [...]. Trecho extraído da obra Os métodos da história (Graal, 1983), de
Ciro Flamarion Cardoso e Héctor Pérez Brignoli. Veja mais aqui.
OS MISTÉRIOS DE ELEUSIS – Eleusis tinha o hábito de morrer. Assumia
diariamente novas formas. Um espetáculo a que eu ia me acostumando. Sem jamais
saber se ela era o gato de plumas leves, vapor de ácido, que me contemplava. Ou
havia se transformado em água de um rio em tormenta, para deste modo viver um
estado difícil. Sempre lhe perguntei se não seria esta dor exagerada. [...]
Então eu a imaginava convertida em tudo
que lhe acendesse a paixão, sem poder resistir à tentação de se provar, e sair
forte. Seu amor pelos solos estranhos haveria de prevalecer. Mas ela não
aproveitava da minha ausência. Bastava olhar para ela. E por muito tempo viveu
assim. Em nenhum momento pretendeu transferir-se para outra terra, ou mencionou
a riqueza de outrora, ainda que eu a estimulasse. No entanto, agora que não
deixava a casa, eu não a sentia minha. [...]. Trecho do conto Os mistérios de Eleusis, extraído da
obra Sala de armas (Aché, 1973), da
escritora Nélida Piñon. Veja mais aqui, aqui e aqui.
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artista plástico Élon Brasil.
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