A arte
da atriz italiana Magali Nöel
(1932-2015) que atuou na comédia dramática Amarcord
(1973), do cineasta italiano Federico
Fellini. Veja mais abaixo.

DITOS & DESDITOS – O passado não
está simplesmente ali na memória, tem de ser articulado para se transformar em
memória. Pensamento do professor e pesquisador alemão Andréa Huyssen.
POESIA & CIÊNCIA – [...] Resguardemo-nos
de retirar de nossa ciência sua parte de poesia [...] Seria uma espantosa tolice acreditar que,
por exercer sobre a sensibilidade um apelo tão poderoso, ela devesse ser menos
capaz de satisfazer também nossa inteligência. [...] Trechos extraídos da
obra Apologia da história, ou, O ofício
do historiador (Zahar, 2001), do historiador francês Marc Bloch (1886-1944), um dos fundadores da Escola dos Annales.
VIDAS
DESPERDIÇADAS - [...] devemos levar em
consideração ‘as comunidades virtuais’ [...] ‘onde’ é fácil entrar e ser abandonado [...] quando a identidade perde as âncoras sociais que a faziam parecer
‘natural’, predeterminada e inegociável, a ‘identificação’ se torna cada vez
mais importante para os indivíduos que buscam desesperadamente um ‘nós’ a que
possam pedir acesso [...]. Trechos extraídos da obra Vidas desperdiçadas (Jorge Zaha, 2005), do
sociólogo polonês Zygmunt Bauman (1925-2017) que na obra Identidade (Jorge Zahar, 2005),
expressou que: [...] Você é excluído do
espaço social em que as identidades são buscadas, escolhidas construídas
[...] Feridos pela experiência do
abandono, homens e mulheres desta nossa época suspeitam ser peões no jogo de
alguém, desprotegidos dos movimentos feitos pelos grandes jogadores e
facilmente renegados e destinados à pilha de lixo quando eles acharem que eles
(os peões) não dão mais lucro [...]. Veja mais aqui.
EPISODIO NO LAGO DE GENEBRA
- [...] Que trabalhasse, ou então que o mandassem
embora; duas mulheres objetaram violentamente que ele não tinha culpa da sua
desdita e que era um crime tirarem as criaturas das suas terras e dos seus
lares, a fim de as mandarem para países estranhos. [...] Durante a discussão, que se tornava cada vez
mais agitada, o olhar esquivo do fugitivo erguia-se inquieto. Estava suspenso
dos lábios do gerente, o único, neste tumulto, a que ele podia tornar compreensível
o seu destino. Parecia sentir vagamente o alvoroço que a sua presença
provocava. Embaraçado e ainda inconsciente, quando diminuiu o barulho, ergueu,
implorante, em silêncio, as duas mãos para ele, como as mulheres fazem diante
de uma imagem. O que este gesto tinha de toante comoveu, irresistivelmente cada
um de per si. [...]. Trechos extraídos do conto do escritor, dramaturgo,
jornalista e biografo austríaco Stefan
Zweig (1881-1942). Veja mais aqui e aqui.
AMEI COM TANTA DOÇURA
QUE QUASE VIRO GARAPA
Eu gosto da formosura,
Mas sou muito precavido,
Para ser correspondido
Amei com tanta doçura;
Num perco a compostura
Mas de mim ninguém escapa,
Aproveito a minha etapa,
Acreditem se quiser,
Ontem comi tanto mel
Que quase viro garapa.
CANTIGA POPULAR
A benção, mamãe de Loanda.
- Deus abençoe, meu filho Nogueira.
Meu filho vá me dizendo,
O que foi que viu lá na feira.
- Eu vi foi Cirino doido,
Metido de cartucheira,
Com 400 caifás.
Cem adiante, cem atrás,
Cem dum lado,
Cem do outro,
Tapa num, bufete noutro,
É assim que um homem faz.
NAS FORNALHAS DO INFERNO
EU VI O DIABO DANÇANDO
Num dia triste de inverno
Bem pra lá do Rancho Fundo,
Juntinho do fim do mundo,
Nas fornalhas do inferno,
Eu vi no barco do averno
Virgilio e Dante falando,
Dum lado a morte pescando
Com jereré de brocados
Na dança dos renegados
Eu vi o diabo dançando.
QUANDO CHEGUEI NA ESTAÇÃO
O TREM JÁ TINHA PARTIDO
Pus o embrulho no chão,
Corri pra bilheteria,
O bilheteiro já saia,
Quando cheguei na estação:
Aumentou a minha aflição,
Agucei os meus sentidos,
Senti um grande ruído,
E vi a fumaça no ar,
Ouvi a máquina apitar
O trem já tinha partido.
QUANDO O SOL VEM NASCENDO
A LUA ESTÁ DESCANSANDO
Toda lavoura crescendo,
Ribeiros correndo pro mar,
Passarinhos a gorjear,
Quando o sol vem nascendo.
Alegria, no campo vivendo,
Os idealistas sonhando,
O universo se agitando,
Lutando pelo futuro
O mundo sai do escuro
A lua está descansando.
VI UM POETA DORMINDO
NO COLO DA POESIA
Na mente a musa sentida,
Achei a rima suprema,
Repousando num poema,
Vi um poeta dormindo.
Dum lado, a gloria sorrindo,
Na loucura da alegria
Sem saber o que fazia
Levou o vate de braço
E sacudiu no regaço
No colo da poesia.
RAYMUNDO ALVES DE SOUZA – Nascido em Panelas, em 1884, Raymundo Alves de Souza viveu em Palmares onde morava sua avó e onde se formou artisticamente, destacando-se entre os poetas, escritores e artistas locais do passado. Foi aluno da mãe do poeta Ascenso Ferreira, foi pro seminário desistindo depois da ordenação, passando a trabalhar no barracão do Engenho Japaranduba, quando se torna mestre alfaite. Daí, colaborou com jornais e revistas pernambucanos e de outros estados. Tornou-se ator, casou-se, estreitou amizade com Ascenso Ferreira, casa-se de novo quando vai pro Recife, re-casou-se e vai se casando infinitamente, tornou-se vereador palmarense pelo PSD, fundando a Academia Palmarense de Letras. Em 1979, foi publicado o primeiro e único número do caderno cultural Nova Caiana, em Palmares, “Vida & Poesia de Raimundo Alves de Souza”, sob a coordenação editorial de Juhareiz Correya. Posteriormente seus poemas foram incluídos na antologia “Poetas dos Palmares”, edição de 1987. Em 1988 foi publicado pelas Edições Bagaço o livro “Celeiros d´alma – antologia poética”.
FONTES:
CORREYA, Juhareiz (Coord). Poetas dos Palmares. Recife/Palmares: FUNDARPE/Fundação Casa da Cultura Hermilo Borba Filho, 1987.
SOUZA, Raymundo Alves. Celeiros d´alma – antologia poética. Palmares: Bagaço, 1988.
A arte
da atriz italiana Magali Nöel
(1932-2015) posando para o cineasta italiano Federico Fellini (1920-1993). Veja mais aqui.
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