Frutos
(Música & Letra de Luiz Alberto Machado)
DITOS & DESDITOS - Precisamos tirar
sarro de e ridicularizar as imagens da mídia que buscam nos manter, dividem-nos
novamente uns aos outros por idade, classe e raça, e insistem que passamos
tanta energia psíquica em nossos rostos, roupas e corpos que nada é deixado
para idéias, mudança social ou política. Pensamento da jornalista e
colunista feminista estadunidense Susan Douglas. Veja
mais aqui e aqui.
ALGUÉM FALOU: O mal não é
apenas um defeito provisório num arranjo progressivo. Os seis milhões de judeus
mortos nos campos de concentração, a renovação da tortura nas guerras
coloniais, não provém da multiplicidade mal arranjada – mas sim da liberdade
perversa do homem, do gosto da destruição, da mentira, da vontade de potência,
das paixões, do orgulho da carne e do espírito. Pensamento do filósofo francês Claude Tresmontant
(1925–1997).
TRUISMES - [...] Em seguida, a faca cava. O manobrista lhe dá dois
pequenos empurrões para fazê-lo através da casca, após o qual é como se a longa
lâmina estivesse derretendo em afundando até o cabo através da gordura do
pescoço. No início, o javali não
não relata nada, ele permanece esticado por alguns segundos para pensar um
pouco. Sim! Ele então entende que
ele está morto e uiva em gritos abafados até que ele possa mais. [...] Eu sei
quantos problemas e angústia esta história pode causar, não vai perturbar as
pessoas. Eu sei que o editor que
vai concordar em tomar carregar este manuscrito terá problemas sem fim. A prisão sem dúvida será
não poupado, e quero pedir-lhe perdão imediatamente pelo inconveniente. [...] eu
imploro ao leitor, o leitor desempregado em particular, que me perdoe por estes
palavras indecentes. Mas, infelizmente, não estarei perto de uma indecência
neste livro; e Eu imploro a todas as pessoas que possam ficar chocadas
que agradem Peço desculpas por isso. [...] Eu tinha
ganhado um pouco de ervilha, talvez dois quilos, porque comecei a ter
constantemente com fome; e esses dois quilos foram distribuídos harmoniosamente
por toda a minha ninguém, eu vi no espelho. Sem nenhum esporte, sem nenhuma atividade particular,
minha carne estava mais firme, mais lisa, mais gorda do que antes. eu vejo hoje que esse
ganho de peso e essa tremenda qualidade da minha carne sem sem dúvida foram os
primeiros sintomas. [...] A grande rede
que me empregou vendia todos os tipos de perfumes de que eu precisava
experimentar várias partes do corpo, esperando que vissem o bem ou o mal,
demorou Tempo. Instalei os clientes nos grandes sofás das salas,
devia-lhes explicar que apenas um corpo relaxado revela toda a paleta de um
perfume, eu havia seguido um curso de formação como massagista. [...] Posso imaginar como deve ser chocante e desagradável ler
uma jovem que se expressa dessa forma, mas devo também dizer que agora não sou
mais exatamente o mesmo de antes, e que esses tipos de considerações estão
começando a fuga. [...] Na praça eu sempre encontrava botões de ouro, era
primavera de novo, e eu os mastigava lentamente em segredo, eu os achei com
gosto de manteiga e gordura do prado [...] Quando chegou
o verão não encontrei tantas flores e me encontrei caí estupidamente na grama,
e no outono descobri as castanhas [...] eu
descasque-as com facilidade, castanhas, minhas unhas ficaram muito duras e mais
coubers do que antes. Meus dentes eram muito fortes também [...] eu
tinha constantemente com fome, eu teria comido qualquer coisa. Eu teria comido cascas,
frutas sobreamadurecidas, bolotas, minhocas. [...] Um
cavalheiro colocou uma jovem montada em mim e ela demorou, tão fraca quanto Eu
estava, que eu estava batendo em toda a sala para cima e para baixo com a
garota rindo nas minhas costas. Todos aplaudiram, foi a primeira vez que Eu era a rainha
de uma festa, mas teria comido algo. [...] Eu precisei
ficar nas minhas patas traseiras e esticar o pescoço e doer muito tentando me
alimentar, mas essa era a regra do jogo [...] eu chorei por causa disso. gratidão por todas aquelas pessoas que me
deram comida.[...]. Trechos extraídos da obra Truismes (P.O.L, 1996), da escritora e psicanalista francesa Marie
Darrieussecq.
DOIS POEMAS - I – Para
que deus (eu) me perdoasse era necessário / que eu comesse. No mundo
psicológico das minhas / ideias, caía a última estrela. No mundo psicológico / das
minhas ideias, era inata a ideia de deus. No mundo / psicológico da minha
infância, caía o último / deus. No mundo inglês da minha infância, caía / a
mônada. A mônada perscrutava ricamente / o mundo. II – ó meu fôlego que corres
pelas beiras / onde o infinito mar conjuga braço de terra/ a côncava marinha,
olha a triste península / anelar: olha o coração que oscila/ fazer-se tufo, e
as pedras despontadas / findarem-se / no fluxo. Poemas
da poeta italiana Amelia Rosselli (1930–1996).
HISTÓRIA DA ARTE – Um último desafio depende da forma como olhamos
para a realidade artística e cultural de Portugal. É útil - relevante,
justificado ... - aplicar a esta realidade as categorias desenvolvidas para
descrever e estudar fenômenos existentes em contextos completamente diferentes? Trecho extraído do ensaio do
historiador da arte portugues Luís de Moura Sobral (1943-2021), autor da obra Pintura e poesia na
época barroca (Estampa, 1994), que trata
do período de 1670 e seu contexto, os manuscritos e os textos, o poeta e
acadêmico Bento Coelho, os singulares, Ekphrasis das imagens de Filostrato à
galeria de Marino, La Galleria dos Singulares, A pintura é como Poesia, entre
outros assuntos.