A arte
do pintor, desenhista, escultor, escritor e professor uruguaio Torres García
(1874-1949).
O DESTERRO DAS CENAS & PALAVRAS: O MEMENTO MÍNIMO PÂNICO DE ARRABAL - A
Espanha e o desaparecimento do pai ainda criança. Para quem foi preso e julgado
por seu engajamento durante o regime franquista, a fuga e o exílio: tido por
perigoso e impedido de retornar ao seu país. Nascem, então, as narrativas que
eclodiram aos borbotões: de Baal
Babilônia (1977) às cenas de ¡Adiós Babilonia! (1992), a jovem serial killer sonhadora
pelas ruas de Nova York. Outras com Fiesta y ritos de la confusión (1963),
El entierro de la sardina (1966), a novela La torre herida por el rayo (1983),
La piedra iluminada (1985), La virgen roja (1987), Un teniente
abandonado (1988), La hija de King Kong (1988), La extravagante
cruzada de un castrado enamorado (1989), El mono (1994), Levitación
(2000), Porté disparu (2000), Champagne pour tous (2002) e La
matarife en el invernadero (2003), novelas que garantiram prêmios. As obras
poéticas La piedra de la locura (1963) e Mis humildes paraísos (1985),
ilustradas por Picasso, Dalí, Magritte, granjearam prestígio. A obra dramática completa
com mais de duas dezenas de textos teatrais reunidas em dois volumes que começa
o El triciclo (1953), passando por Guernica (1959), El Jardín
de las delicias (1967), Bestialidad erótica (1968), El Cielo y la
Mierda (1972), El cementerio de automóviles (1959), O Arquiteto e o Imperador da Assíria (1967),
entre outras, o fazem até hoje um dos autores mais encenados no mundo. A obra
cinematográfica que compreendem sete longas-metragens, entre eles: o drama Viva
la muerte (1971), inspirado em sua própria infância e que se passa
no final da Guerra Civil Espanhola, contando a história de Fando, um menino
cujo pai foi entregue às autoridades como um suposto comunista por sua mãe
simpatizante da falange; o Iré como un caballo loco (1973),
que mostra a
viagem daquele que matou a mãe e fugiu para o deserto, onde conheceu uma
personagem fantástica e seguem para Paris para conhecerem a civilização
moderna, a aparente felicidade e as contradições que esconde; o El árbol
de Guernica (1975), centrada na guerra civil espanhola, iniciada em 1936; Borges:
una vita di poesia (1992), que enfoca as últimas
intervenções públicas de Borges, ocorridas em Tóquio, Genebra e Milão, poucas
semanas antes de sua morte em 14 de junho de 1986; La
odisea del Pacífico (1980) e El cementerio
de automóviles (1959). Do seu poema Clitoris: em qualquer
inocência (2007), a verve poética, vida, carne e sangue: Janela do mar para a tempestade e suas ondas
/ Sol da amêndoa para o dardo e a suas trombetas / Lua do crepúsculo para o que
é lascivo e seus caprichos / Carne do impudico para o desejo e seus tumultos / Concubina
do púbis para o macho e seus males / Pimenteira da fusão para a alcova e suas
tigresas / Harmonia da verticalidade para o carnívoro e seus boquetes / Selo de
ejaculação para o criador e suas alucinações / Joia do orgasmo para flauta e
seus dedos / Pleno de existência para a intimidade e seus ritos / Oficina do
amor para o martírio e suas brasas / Coração do espasmo para a ejaculação e a
lambida / Flor do furor para o sádico e suas mordidas / Moinho de delícias para
a pistola e seus tiros / Margarida de Eros para o libidinoso e seus raios / Nicho
de enigma para a penetração e os seus raios / Ostra de adoração para o tronco e
seus carnavais / Botão de ligar o cacete e seus caprichos / Rosa de beijos para
o adorador e seus charutos / Grelo de loucura para o bulício e suas dileções / Concha
de sedução para o precioso e seus hímens / Escudo de delírio para o que é
rouxinol e seus caprichos. / Topete de ardor para a fantasia e seus nós / Mandolina
de calor para a flecha e suas intrigas / Morango de dilúvio para o delirium e o
seus tremens / Ninho de culto para o marquês e suas ataduras / Gaveta de ereção
para o clavicórdio e suas paixões / Tufo de sortilégio para a adaga e os seus
toques. / Tesouro de febre para o falo e suas queimaduras / Cetro da chama para
a cerimônia e seus frenesis. Este, Fernando Arrabal. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja
mais aqui, aqui, aqui e aqui.
DITOS & DESDITOS - Os maiores problemas do
mundo são o resultado da diferença entre como a natureza funciona e a maneira
como as pessoas pensam. Pensamento do biólogo, pensador sistêmico, epistemólogo
da comunicação e antropólogo inglês Gregory Bateson (1904 – 1980). Veja
mais aqui.
ALGUÉM FALOU: Eu
amo o bem e a alegria. Eu odeio o mal e a dor. Eu quero ser feliz. E não estou
enganado em crer que as pessoas, os anjos e até mesmo os demônios tenham estas
mesmas inclinações. Assim como nossos olhos precisam de luz para ver, nossa
mente precisa de ideias para poder conceber. Pensamento do filósofo francês Nicolas
Malebranche (1638-1715). Veja mais aqui.
UM ESTRANHO EM GOA - [...] Senti-me
naquele momento na pele de um mergulhador aprisionado numa síbita noite de
sépia. Aquilo não parecia a simples escuridão que resulta da ausência de luz,
mas antes algo de poderoso e de maligno, como se o negrume estivesse sendo
segregado pelo chão. Um chão-choco, um monstruoso animal das profundezas.
[...] Trechos da obra Um estranho em Goa
(Gryphus, 2000), do escritor angolano José Eduardo Agualusa. Veja mais
aqui.
O BEIJO - Esperei que me amasse, / E ele minha boca
beijou, / Mas sou como um pássaro ferido / Que para o sul não voou. / Pois
embora eu saiba que ele me ame, / Esta noite meu coração está abatido; / Seu
beijo não era tão maravilhoso / Como em todos os sonhos que eu havia tido.
Poema da poeta estadunidense Sara
Teasdale (1884-1933).
Veja
mais sobre:
Tem horas que até o amor fala grego, Lev Vygotsky, Rachel de Queiroz, Ledo Ivo,
Chick Corea & Friedrich Gulda, William
Shakespeare, Jean-Luc Godard, Auguste
Rodin, Agnolo Bronzino & Marina Vlady aqui.
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A saga
do Padre Bidião aqui.
Villa
Caeté aqui.
A poesia
do cordel de Chico Pedrosa, Bob Motta & Jorge Filó aqui.
A poesia viva de Raymundo Alves de Souza aqui.
Cordel
Ais coisa qui tu me diz..., de Bob Motta
aqui.
Literatura
de cordel: Mulher cariri, cariri mulher, de Salete Maria – Cordelirando aqui.
Cordel
do Meio Ambiente, de Marcos Maciel -
Janduís – RN aqui.
O evangelho
de José Saramago aqui.
Cordel
do quebra pau no STF, de Bob Motta aqui.
&
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
Leitoras comemorando a festa Tataritaritatá!
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CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
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Terra:
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Musical Tataritaritatá - Fanpage.