A VIDA, SERES & COISAS – Aciona o
botão, tudo funciona! Contata-se: a engenhosidade humana é magnífica. Tudo
começa com ideia, noites a fio, asas à imaginação, a forma, planos feitos e
refeitos para corporificar o pensado, teoria e prática se complementam: quanto
mais saber, melhor fazer, esse o riscado. Vai-se ao jeito, tira isso, bota
aquilo, não deu certo, torna a ajeitar, recomeça, borrachas e riscos, remonta,
aprimora, cálculos e conferências, enfim, na horagá, o toque e tudo pronto, a
botada, expectativas misturadas aos ânimos e desânimos, cansaço, tudo às mil
maravilhas. É hora da festa, chega dá gosto de ver, louros e aplausos,
comemorações. E a vida prossegue. Um dia lá pras tantas, enguiça; não há de ser
nada, reparos, ajustes, reposições, daí a pouco, tudo volta ao normal, alívio
com o funcionamento. E a vida segue adiante. Desgastes, afolosamentos,
lubrificações, novas reposições, consertos, adaptações, gambiarras, reajustes,
engrenagens, ignições, interruptores, chaves e maçanetas, simulações,
abordagens, controle, contagens, esperimentações, amostragens, a prova dos nove
e a hora do vamos ver, o funcionamento dos relógios no tempo, a fiação
elétrica, os motores pras ruas, águas e ares, a mimese da divindade. A vida
segue, um dia pifa de vez e não mais, substituições e aumento do lixo: nada se
perde e tudo se transforma, o tempo passa, a erosão do espaço, o
reaproveitamento, do físico pro metafísico e vice-versa. Assim com os seres, as
coisas. © Luiz Alberto Machado. Veja mais aqui.
POEMA PARA LEA
quando
a gente ama
não reclama
da cama
do berço dos braços
do suor em bagaços
deitado
em cima da gente
quando a gente ama
a gente se sente
demente
& se faz descrente
do mundo inteiro
quando a gente ama
dançam na gente
garras de chama
& a boca gemente
de gozar se derrama
na gente-semente
na gente somente
quando a gente ama
da cama
do berço dos braços
do suor em bagaços
deitado
em cima da gente
quando a gente ama
a gente se sente
demente
& se faz descrente
do mundo inteiro
quando a gente ama
dançam na gente
garras de chama
& a boca gemente
de gozar se derrama
na gente-semente
na gente somente
quando a gente ama
Poema
para Léa,
música de Paulo Diniz sobre poema de Juareiz Correya,
inserida no álbum Vamos que eu já vou
(Emi-Odeon, 1977), de Wanderléa, com
arranjos de Egberto Gismonti. O poema faz parte da obra Americanto amar América & outros poemas (Nordestal, 1975), de Juareiz Correya. Veja mais aqui.
Veja
mais sobre:
A sexta
é dia da deusa, da musa, rainha, poeta, mulher, a literatura de Goethe & Machado de Assis, O gozo fabuloso de Paulo Leminski, a música de Alexandra
Stan, o Parque Barigui de Curitiba
& a arte de Luciah Lopez aqui.
E mais:
Na volta
da jurema, Arrowsmith de Sinclair Lewis, Confúcio & Alfred Doeblin, Semiologia & comunicação lingüística de Eric
Buyssens, a música de Guinga, a
pintura de Ida Zami, Quadrinhos & Laerte Coutinho aqui.
O espelho da alma humana de Machado de Assis aqui.
Brincarte
do Nitolino, Espírito da liberdade de Erich Fromm, Corpo & tempo de Antonio Carlos Secchin, Rainha Margot de Alexandre Dumas, a música de João Gilberto, a arte de Bibi Ferreira & Judy
Garland, o cinema de Jean Dréville & Isabelle Adjani, a pintura de Gustave Courbet & Welington Virgolino aqui.
Vamos
aprumar a conversa, O mundo como vontade de representaçãod e Arthur Schopenhauer, A casa das belas
adormecidas de Yasunari Kawabata, Ifigencia de Eurípedes, a música de Richard Strauss, Arteterapia de Selma
Ciornai, Jardim das delícias de Geraldo
Carneiro, a arte de Mae West, a escultura de Francisco Brennand, a ilustração
de Jules Feiffer, a pintura de John
Constable & Peter Paul Rubens aqui.
A
entrega total dos namorados aqui.
Bloomsday,
Ulysses & James Joyce aqui.
Da vida,
meio a meio, Sobre o suicídio de Karl Marx, Canção do
dia de sempre de Mário Quintana, A estrutura do todo de Andras Angyal, a música de Frescobaldi & Jody Pou, a
fotografia de Mário Cravo Neto, a
pintura de Mario Zanini & Arna
Baartz aqui.
O poema
nasce na solidão, Letters de Carl Gustav Jung, A psicologia
educacional de David Ausubel, Manuscritos
de Felipa de Adélia Prado, Salvador Dali, o cinema de Jean-Pierre Sinapi & Cristiana Reali, a música
de Cynthia Makris, a pintura de Catherine
Abel & a arte de Luciah Lopez aqui.
Andejo
da noite e do dia, A cultura da educação de Jerome Bruner, A
alegria de Giuseppe Ungaretti, O caminho interior de Graf Dürckheim, a música
de Ricardo Tacuchian, a fotografia de Ana Carolina Fernandes, a coreografia de Célia
Gouvêa, a pintura de Tess Gubrin & a arte de Kerry Lee aqui.
&
FALANDO DE AMOR
[...] O homem compreende o mundo, intelectual e
emocionalmente, através do amor e através da razão. Seu poder de raciocínio
habilita-o a penetrar a superfície e aprender a essência do seu objeto,
relacionando-se diretamente com este. Seu poder de amor habilita-o a romper a
muralha que o separa de outra pessoa e a compreender esta. Conquanto o amor e a
razão sejam apenas duas formas diferentes de compreender o mundo e nenhuma
delas possa existir sem a outra, elas são manifestações de poderes diferentes,
o da emoção e o do pensamento [...].
Trecho
da obra Análise do homem (Zahar, 1978), , do filósofo, sociólogo e psicanalista
alemão Erich Fromm (1900-1980), veja mais aqui.
[...] Eu sinto que ela me ama!... ela me é
sagrada. Todo desejo emudece em sua presença. Não sei o que sinto quando estou
junto dela: é como se toda a minha alma estivesse subvertida. [...]
Trecho
extraído da obra Werther (Abril,
1971), do poeta, filósofo e cientista alemão Johann Wolfgang von Goethe (1749-1832). Veja mais aqui e aqui.
[...] Ele a tinha em seus braços, seu rosto, como
uma flor molhada para seus lábios. E todos os seus vãos temores se desfizeram
como fantasmas ao amanhecer. O que o espantava agora era o fato de ter
continuado a discutir com ela por cinco minutos, com todo o espaço da sala
entre eles, quando teria bastado tocá-la para tornar tudo tão simples.
[...].
Trecho extraído
do livro A época da inocência
(Companhia das Letras, 2013), da escritora e designer estadunidense Edith Wharton (1862-1937). Veja mais
aqui.
Ainda que os amantes se percam / O amor
persistirá / E a morte não terá nenhum domínio.
Poema do
poeta inglês Dylan Thomas (1914-1953). Veja mais aqui.
A ARTE DE ALEXANDRA GORCZYNSKI
A arte
da artista multimídia Alexandra Gorczynski.
PROGRAMA TATARITARITATÁ
Lamento informar
que devido problemas técnicos não foi possível levar ao ar a estreia do
programa Tataritaritatá. Minhas desculpas e tão logo esteja definido o retorno
do programa, informo aos amigos & amigas. Obrigado a todos & vamos
juntos. Beijabrações.