sábado, agosto 18, 2007

NIETZSCHE, VALÉRY, HENRY MILLER, BLANCHOT, GOFFMAN, ADALBERTO FERREIRA, CONHECIMENTO & TECNOLOGIA


A BICHARADA DA ENROLAÇÃO - Gente, num era pra isso não, mas já estou me acostumando: dia sim, dia não, outro sim, outro não e depois sim espoca uma saraivada de broncas que, depois de meio mundo de denúncia, a torto e a direito, maior buruçu dos infernos de quase chegar a entender que este é o país da presepada, pois o que a gente vai vendo do remexido nos escândalos na tv, todo santo dia, só deixa ou de queixo caído ou, o pior, se acostumando que a coisa não tem mesmo jeito. Verdade! A coisa sempre bota pra feder como se fosse apenas um peido que catinga como a praga, mas só tem casacudo perfumadíssimo no meio, aí, como sempre, lá vem o enterro voltando com um mundiça que dá em quadrilhas que andam fraudando, ou surrupiando, ou engalobando, ou pintando o sete no arrepio da lei. Ora, lei é o que mais tem aqui! Tanta mesmo, da gente já de todo abiscoitado da confusão, sair perguntando: pra quê tanta lei meu Deus, apesar da compulsoriedade, jamais será cumprida. Pois é, mas todo dia flagram fraudes, surrupiados, engalobações e afanações de todo tipo. E quando flagram as coisas no Brasil é de se cantar "Aleluia", pois todo mundo já estava careca de saber de tudo e não via nenhuma providência de autoridade alguma. Quando inventam de apurar, a coisa sai estampada nas tvs, rádios e jornais, maior embucentamento e cascaviado macho de gabinetólogo aparecer dando resposta de instante em instante para dizer que agora vai. E parece mesmo: agora vai! Santa credulidade essa nossa, hem? Agora encontrar o nome dos envolvidos é que é ela. Alguém sabe? Alguém viu? Ah, sim, sai uma lista de cara sendo preso pela Polícia Federal, autuado, indiciado e, pelo jeito, parece mais que lascado pro resto da vida. Maior boi de fogo. Três dias depois, tudo esquecido, os caras tudo soltos, o inquérito quando não cheio de falhas, emperra, quase desanda, mas vai pra justiça assim mesmo se arrastando até quando se der fé de que nada vai pra frente ou passa a limpo por aqui. Se fosse eu, ôxe, já estava no opróbrio popular e trancafiado. Mas como aqui a lei, a polícia e a cadeia são somente para cachorro-do-rabo-fino, os casacudos caga-raios e os de cima da lei e do governo estão nas benesses de pertencer ao reino dos céus. Porque, gente, o que tem de nego graúdo no meio das trapalhadas todas que desarrumam esse Brasil, ôxe, é tanto que escapa pelo ladrão. Se tiver um sujeitinho de tope menor, ah, vai logo pro cadafalso não passando mesmo de mero bode expiatório. Pois é. Mesmo com todo esse alarido de moralidade assim de veneta, a incredulidade é tanta que a gente até acha graça. E que não é nada engraçado, mas não tem de ser de outra forma, afinal tudo vira piada da maior sem-graceza. Até agora, justiça só serve mesmo para ladrão de galinha esfomeado, ou melhor, para pé-rapado. Os outros, ah, esses compram qualquer conivência, vez que o negócio da trapaça já está tão enraizado na índole do brasileiro, que até, preconceituosamente, os racionais - será mesmo? - acham de nomear os irracionais nas suas estripulias. Não sabiam? Verdade. Fraude mesmo tem uma representação no reino dos animais: gato por lebre, que significa: passar rasteira nos bestas. E a manchete, com isso, bem que podia ser assim: raposa passa gato por lebre no leão. Nossa, seria mais sintomática, porque o que se descobre de falcatrua que não dá em nada, já deu pro gasto e hoje não tem mais graça. Tanto que o brasileiro que sempre gostou de sapecar manganção no bicho - a meu ver, o verdadeiro bicho é o homem porque é o mais esquisito! -, é afeito a um joguinho de azar na águia, no pavão, isso do primeiro ao quinto, com centena, dezena ou milhar, ou seca na cabeça. E tem das suas: arruma gato na energia, jacaré na água, macaco na nota, isso tudo para burlar o abestalhado desavisado, pois, pra quem não sabe, chapéu de otário é marreta. É o jeitinho cordial de se livrar das mazelas. Se não dá certo, paga mico; se for flagrado, vira avestruz; não ensina a ninguém o pulo do gato, tá doido? E quando o negócio enfeia, cada macaco no seu galho, pt já era e saudações. Mas tudo isso está no anedotário popular e, quase sempre, são coisas de pouca monta. A bronca mesmo é com os tubarões. Ah, esses ninguém mexe, claro, tem dinheiro no banco - mesmo que o banco nem queira saber de onde vem o dinheiro mais sujo que se possa imaginar -; tem posse e é todo pavoneado com uma penca de cheleléu servil, tudo uns baba-ovos e lambecus, e isso no judiciário, no executivo e no legislativo. O poderoso que arrota feito trovão também tem mugido maior que boi ferrado; quando mexe no que é seu - que normalmente é tomado à força dos outros -, dá mais latido que cão esfomeado; isso sem contar com a sabedoria e astúcia dos símios mais aparentados como o de tirar proveito em qualquer circunstância de flagrante prejuízo. E mais: sem contar com a boquinha que todo passarinho caboeta traz para facilitar as entradas e saídas de verbas mais escusas. Isso será que tem jeito? Avalie. É, muita roubalheira macha, me dá até a idéia de que fraudulência tem a ver com flatulências: umas fedem, mas passam; outras saem tão furtivamente que nem a gente mesmo sente que largou o peidorreiro. Pode? Parece que os caras ou tomam perfume, ou se entopem com suco de graviola. Ta na hora da gente aprumar a conversa e tataritaritatá. Salve, salve esse Brasil de todos nós e de ninguém! Bié, bié, glup, glup (Luiz Alberto Machado). Veja mais aqui.



PENSAMENTO DO DIA – [...] Assim como a mão não pode soltar o objeto ardente sobre ela, que sua pele se funde e se cola, a imagem, a ideia que nos torna loucos de dor, não pode arrancar-se da alma, e todos os esforços e os rodeios da mente para desfazer-se delas a atraem até elas. Extraído da antologia Mauvaises Pensées & autres (Ruvages, 1942), do filósofo e poeta do Simbolismo francês, Paul Valéry (1871-1945). Veja mais aqui, aqui e aqui.

GENEALOGIA DA MORAL – [...] algo existente, que de algum modo chegou a se realizar, é sempre reinterpretado para novos fins, requisitado de maneira nova, transformado e redirecionado para uma nova utilidade, por um poder que lhe é superior, de que todo acontecimento do mundo orgânico é um subjugar e assenhorear-se, e todo subjugar e assenhorear-se é uma nova interpretação, um ajuste, no qual o “sentido” e a “finalidade” anteriores são necessariamente obscurecidos e obliterados. [...]. Trecho extraído da obra Genealogia da moral: uma polêmica (Companhia das Letras, 1998), do filósofo alemão Friedrich Nietzsche (1844-1900). Veja mais aqui, aqui e aqui.

A VIOLÊNCIA E A SOCIEDADE – [...] A sociedade procura desviar para uma vítima relativamente indiferente, uma vítima “sacrificável”, uma violência que talvez golpeasse seus próprios membros, que ela pretende proteger a qualquer custo. Todas as qualidades que tornam a violência terrificante – sua brutalidade cega, o absurdo de seus rompantes – não existem sem contrapartida: elas são inseparáveis de sua estranha tendência para arremessar-se sobre vítimas substitutas, o que permite ludibriar esta inimiga e lançar-lhe, no momento oportuno, apresa derrisória que irá satisfazê-la. [...]. Trecho extraído da obra Manicômios, prisões e conventos (Perspectiva, 1974), do cientista social, antropólogo, sociologo e escritor canadense Ervin Goffman (1922-1982).

O CONHECIMENTO & A TECNOLOGIA – [...] São três formas de lidar com uma mesma matéria prima: o conhecimento. É através da educação que o ser humano, num primeiro momento, obtem conhecimentos. Ainda através da educação, ele consegue interpretar estes conhecimentos, analisá-los, julgá-los e enfim buscar e gerar novos conhecimentos. No momento em que busca e cria conhecimentos, sistematizando-os de alguma forma, passa a fazer ciência. Quando esta ciência é aplicada ao dia-a-dia do ser humano e da sociedade em que ele vive, buscando novas e mais interessantes formas de realizar suas tarefas, às vezes como novos produtos ou mesmo novos materiais, temos a tecnologia. [...] Trecho extraído de Educação, ciência e tecnologia (Unesco, 2004), de Antônio Bragança.

A HORA DOS ASSASSINOS – [...] Dá-lhe um nome feio: traição. Mas é justamente essa índole traiçoeira do rebelde que o diferencia do resto do rebanho. É sempre traiçoeiro e sacrílego, se não literalmente pelo menos em espírito. Comporta-se, no fundo, como um traidor porque tem medo de sua própria humanidade, que o aproximaria de seu semelhante. [...]. Trecho extraído da obra A hora dos assassinos: um estudo sobre Rimbaud (L&PM, 2004), do escritor norte-americano Henry Miller (1891-1980). Veja mais aqui, aqui e aqui.

A POESIA – [...] A poesia não é dada ao poeta como uma verdade e uma certeza de que ele poderia aproximar-se; ele não sabe se é poeta, mas tampouco sabe o que é a poesia, nem mesmo se ela é; ela depende dele, de sua busca, dependência que, entretanto, não o torna senhor do que busca mas torna-o incerto de si mesmo e como que inexistente. [...]. Extraído da obra O espaço literário (Rocco, 2011), do escritor, ensaísta, romancista e crítico literário Maurice Blanchot (1907-2003).



Veja mais Literatura de Cordel, Anita Malfatti, Toninho Horta, Francis Ford Coppola, Anaxágoras de Clazómenas, A mãe da Lua, Semiologia da Representação & Selmo Vasconcellos aqui.


E mais também Tavito, Angela Yvonne Davis, Antonio Callado, Jane Fonda & Giovanni Lanfranco aqui.
 
PS: Gente, no momento estou lendo o deliciosíssimo livro "No caroço do juá" do poeta pernambucano José Adalberto Ferreira. No meio da leitura flagrei esta preciosidade:

HÁ UM GRITO DE DOR ATRAVESSADO
NA GARGANTA DO POVO BRASILEIRO

José Adalberto Ferreira

A pobreza, sem dúvida, é a platéia
que, durante as campanhas, bate palma
pra quem diz: se eu ganhar, dou minha alma
mas é só se eleger, muda de idéia
no Brasil, se criou uma alcatéia
que conhece propina pelo cheiro
tem leão disfarçado de cordeiro
aliás, quase tudo é disfarçado
Há um grito de dor atravessado
na garganta do povo brasileiro.


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CRÔNICA DE AMOR POR ELA

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sábado, julho 07, 2007

SOLANO TRINDADE, KESSELRING, FRED ALLEN, VICTOR SEGALEN, ZILBERMAN, ALDO ROSSI, SCHURIAN, VERDET, OTTO RUDOLF & FECAMEPA



QUANDO UM PAÍS VIVE SÓ DE NHENHENHÉM, NÃO DÁ OUTRA: O PENCÓ ENGANCHA NA CORNICE E NADA VAI PRA FRENTE!! - Gentamiga, vamos aprumar a conversa! É que desde que os perós invadiram Pindorama, que o FECAMEPA começou na maior lambança por aqui. Por isso mesmo, não sei porque ainda insistem nessa história eufemista de descobrimento quando, na verdade, o que houve de mesmo, foi uma invasão despranaveada. Só os Fabos que insistem nessa coisa. Aliás, foi com a bagunçada de coreto desses perós e outras trepeças maledicentes. que apareceram os primeiros Fabos: os mamelucos. Esses trastes, cuspindo no prato que comeram, foram os maiores carniceiros dizimando os nativos. Os mamelucos pulverizaram tudo. E com eles vieram os Fabos graúdos que chegaram aos baronatos, coronelatos, descaratos e o escambau! Pintaram e bordaram nas capitanias de toda colônia, massacraram, afanaram, se arrumaram e empombaram tudo ao longo desses quinhentos anos e lá vai teibei, contando nos últimos duzentos anos com a participação especial da maçonaria e do clero para embananar mais ainda a colônia, o reino, o império, a arrumação da independência e a criação duma republiqueta totalitária disfarçada de liberal, com arroto destemido e impunidade a toda prova. Ao longo desses séculos todos, pintaram o FECAMEPA multicolorido com o Brasil com o bafo quente dos seus peidos fedorentos e fiapos do bigode, fazendo com o país aquela cena nas linhas iniciais duma obra de Foucault: fizeram dos seus interesses, arroubos e mijados como se fossem cavalos. Pegaram, então, o primeiro cavalo e amarraram na perna direita da patriamada; outro, na perna esquerda. Depois, um na mão direita; mais outro na mão esquerda. Mais um pelo pescoço. E, por via de dúvidas, um mais raçudo amarrado pelos culhões. E puxaram e puxam o Brasil em todas as direções da gente só ficar esperando o estraçalhado, vez que ora um puxa para noroeste, outro pro sudeste, enquanto os outros, ao mesmo tempo, seguem direções opostas: nordeste, centro-oeste, norte, sul, sotavento, barlavento, pra casa da peste ou rumo cacete a quatro. Resultado: por esta razão, se tivesse que representar o Brasil numa figura geométrica teria que ser um multipolígono com ultra porrilhões de ângulos, que poderia ser identificado tal deformidade como um quaqualígono ou coisa parecida de tão disforme que se parece. U-hu! A culpa disso? Os Fabos de sempre. Se bem que os Fabos possuem uma tipologia que envolve outras subespécies. Mas fiquemos nas principais, então. Em primeiro lugar, vêm os Fabos bicudos que são os casacudos das altas esferas governamentais, do Executivo, do Legislativo, do Judiciário e da mão invisível, claro! Os fode-tudo, não sobra nada, a não ser o reino deles. Também os Fabos meia-boca, aqueles que pinotam o tempo todo entre a administração pública e a iniciativa privada, só se arrumando e dando nó-cego em tudo. Outro atraso de vida. Por fim, os Fabos lhelheguelhés, os porranenhuma que só vivem de trampolinagens, compadrio e arrumadinhos, peiticando a paciência dos outros e melando qualquer perspectiva exitosa. Agora o pior: quando um desses três ou todos ao mesmo tempo aprumam a munheca para trabalhar um desacerto, só dá contraproducência e um azarão da gota que vem pra gente de empenar tudo e não ter esperança de encontrar nem o túnel, quanto mais a luzinha miúdíssima no fim. Infelizmente tenho que dizer que a esmagadora maioria dos trelosos Fabos está entre os que aprontam todas e, depois, com a consciência pesando mais que elefante no quengo, choram de joelhos aos pés da cruz pedindo perdão. São conhecidos como papa-hóstias que, ao se acharem perdoados, voltam a delinqüir. Melhor: trelar à toa. Azar o nosso, né? E ainda se mostram que não querem papo com religião, pode? Outra substancial parcela dos Fabos está entre aqueles que são do contra e berram nos templos seus protestos com o evangelho no sovaco: deixam de dar cagadas às claras para, às escondidas e entre tramóias e orações, amarrarem o Brasil e todos em nome do senhor. É outra trupe endemoninhada mesmo, viu? Uma parcela bem menor, não fede nem cheira: ora ateístas, ora corintheanos, dão uma de neonazistas, pintam de samaritanos, consertam como espiritualistas, fazem todo jogo, levam tudo nas coxas, dão salto solto, bundacanasca, plantam bananeira, vendem a mãe e se julgam reais brasileiros. Por isso digo, o Brasil nunca será um país de verdade enquanto existir um Fabo promovendo o FECAMEPA por aqui. Ih, bronca da peste erradicar essas pragas, viu? Como diz o Magela Ceguinho: - É muito difícil. Tenho dito. Vamos aprumar a conversa & tataritaritatá! (Luiz Alberto Machado). Veja mais aqui.


DITOS & DESDITOS - Uma celebridade é uma pessoa que trabalha duro a vida inteira para se tornar conhecida e depois passa a usar óculos escuros para não ser reconhecida. Pensamento do comediante estadunidense Fred Allen (1894-1956).

ALGUÉM FALOU: Minha amante tem as virtudes da água: um sorriso claro, gestos fluidos, uma voz cristalina e cantando gota a gota. Pensamento do médico naval, etnógrafo, arqueólogo, escritor, explorador, linguista e crítico literário francês Victor Segalen (1878-1919).

POBREZA & GLOBALIZAÇÃO – [...] É preciso considerar que um bom número de grupos sociais – sociedades pastoris, agricultores de culturas rotativas, caçadores e coletores, mas também desempregados, sem-teto, meninos e meninas de rua, pessoas desalojadas – não tem as mínimas condições de participar do comércio internacional. Ora, o combate à pobreza deveria dirigir-se prioritariamente àqueles que estão excluídos, totalmente ou de maneira considerável, do ‘processo de troca’ do mercado [...]. Trecho extraído da obra Ética, política e desenvolvimento humano: a justiça na era da globalização (EDUCS, 2007), do filósofo suíço Thomas Kesselring.

IDENTIDADE DA NAÇÃO – [...] Cada nação formula uma imagem de si mesma, mas sua carnadura provém dos textos literários. Eles se tornam canônicos, quando respondem positivamente a esse desiderato ideológico, amarrando as pontas da construção social, para criar a impressão de unidade [...]. Trecho extraído de Cânone literário e história da literatura (Organon, 2001), da professora e pesquisadora Regina Zilberman. Veja mais aqui.

ARQUITETURA DA CIDADE – [...] por arquitetura da cidade podem se entender dois aspectos diferentes: no primeiro caso, é assimilar a cidade a um grande artefato, uma obra de engenharia e de arquitetura, mais ou menos grande, mais ou menos complexa, que cresce no tempo; no segundo caso, podemos nos referir a entornos mais limitados da cidade inteira, a fatos urbanos caracterizados por uma arquitetura própria, portanto, por uma forma própria. Nos dois casos, percebemos que a arquitetura não representa mais que um aspecto de uma realidade mais complexa, de uma estrutura particular, mas ao mesmo tempo, sendo o dado último verifi cável dessa realidade, constitui o ponto de vista mais concreto com o qual se pode encarar o problema [...]. Trecho extraído da obra A arquitetura da cidade (Martins Fontes, 1995), do arquiteto italiano Aldo Rossi (1931-1997). Veja mais aqui.

ARTE FANTÁSTICA – A obra Arte fantástica (Taschen,2005), do psicólogo, sociólogo e antropólogo austríaco Walter Schurian, reúne trabalhos artísticos focados em temas fantásticos e surreais, começando com "Toteninsel" de Böcklin e incluindo Dorothea Tanning, Max Ernst, os bonecos de Hans Bellmer, o pintor australiano Sidney Nolan, os monstros de Giger, o papa Cattelan e os híbridos dos irmãos Chapman, bem como a pintura surreal de Magritte e Delvaux, o trabalho místico e sensual de Gustav Klimt e os auto-retratos de sonho de Frida Kahlo. Artistas: Balthus, Hans Bellmer, Arnold Böcklin, Fernando Botero, Maurizio Cattelan, Jake e Dinos Chapman, Salvador Dalí, Paul Delvaux, Peter Doig, Alfred Kubin, James Ensor, Max Ernst, Ernst Fuchs, Frida Kahlo, Gustavo Klimt, Joana Miró, Sidney Nolan, Odilon Redon, Dorothea Bronzeamento, Franz von Stuck, Andrew Wyeth. Cada livro na série de arte e movimento de arte, incluindo introdução detalhada rico em fotografias, além de uma linha do tempo dos eventos mais importantes nos setores políticos, culturais, científicos, esportivos, entre outros, que ocorreram durante o período de tempo, descrição e interpretação da obra, retrato do artista e informações biográficas. Veja mais aqui.

CONTO AFRICANO - [...] Uma noite, um velho viu um morto iluminado pelo luar. O velho reuniu uma quantidade de animais e lhes disse: “Qual de vocês quer atravessar o morto ou a lua para a outra margem do rio?”. Duas tartarugas se apresentaram: a primeira, que tinha patas compridas, pegou a lua e chegou sã e salva à outra margem; a segunda, tinha patas curtas, pegou o morto e se afogou. É por isso que a lua morta volta sempre, ao passo que o homem morto, nunca. [...]. Extraído da obra O céu, mistério, magia e mito (Objetiva, 1987), do astrônomo, historiador e matemático Jean-Pierre Verdet. Veja mais aqui e aqui.

TEM GENTE PASSANDO FOMETrem sujo da Leopoldina / correndo correndo / parece dizer / tem gente com fome / tem gente com fome / tem gente com fome / Piiiiii / Estação de Caxias / de novo a dizer / de novo a correr / tem gente com fome / tem gente com fome / tem gente com fome / Vigário Geral / Lucas / Cordovil / Brás de Pina / Penha Circular / Estação da Penha / Olaria / Ramos / Bom Sucesso / Carlos Chagas / Triagem, Mauá / trem sujo da Leopoldina / correndo correndo / parece dizer / tem gente com fome / tem gente com fome / tem gente com fome / Tantas caras tristes / querendo chegar / em algum destino / em algum lugar / Trem sujo da Leopoldina / correndo correndo / parece dizer / tem gente com fome / tem gente com fome / tem gente com fome / Só nas estações / quando vai parando / lentamente começa a dizer / se tem gente com fome / dá de comer / se tem gente com fome / dá de comer / se tem gente com fome / dá de comer / Mas o freio de ar / todo autoritário / manda o trem calar / Pisiuuuuuuuuu. Poema extraído da obra Cantares do meu povo (Fulgor, 1961), do poeta, folclorista, pintor, ator, teatrólogo, cineasta e militante Solano Trindade (1908—1974).

A ARTE DE OTTO RUDOLF SCHATZ
A arte do pintor austríaco Otto Rudolf Schatz (1900-1961).



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E mais também Tom Jobim, Virginia Woolf, William Somerset Maughan, Adelaide Cabete, Pompeu Girolamo Batoni & Renata Bonfiglio Fan aqui.






CRÔNICA DE AMOR POR ELA
Leitora Tataritaritatá!
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Vamos mesmo aprumar a conversa & tataritaritatá!!!!!

ANNE CARSON, MEL ROBBINS, COLLEEN HOUCK & LEITURA NA ESCOLA

    Imagem: Acervo ArtLAM . Ao som do álbum Territórios (Rocinante, 2024), da premiada violonista Gabriele Leite , que possui mestrado em...