
DITOS & DESDITOS - O
coração tem imbecilidades que a estupidez desconhece. Para você parecer culto é
só ficar de olho no que o outro cara ignora. Capacidade de saber cada vez mais
sobre cada vez menos, até saber tudo sobre nada. Fique tranquilo: sempre se
pode provar o contrário. Esta é a verdade: a vida começa quando a gente
compreende que ela não dura muito. A verdade é que a maior parte das pessoas
foge de tentações que nem se dão ao trabalho de tentá-las. Não devemos
resisitir às tentações: elas podem não voltar. Certas coisas só são amargas se
a gente as engole. Se você agir sempre com dignidade, pode não melhorar o
mundo, mas uma coisa é certa: haverá na Terra um canalha a menos. Com muita
sabedoria, estudando muito, pensando muito, procurando compreender tudo e
todos, um homem consegue, depois de mais ou menos quarenta anos de vida,
aprender a ficar calado. A gente só morre uma vez. Mas é para sempre. Viver é
desenhar sem borracha. Pensamento do escritor,
dramaturgo, tradutor, desenhista, humorista e jornalista Millôr Fernandes (1923-2012). Veja mais aqui.
ALGUÉM FALOU: Amizades
são coisas frágeis, e requerem muito mais cuidado que todas as outras coisas
frágeis que existem. Nossa verdadeira obrigação é sempre encontrada indo em
direção dos nossos mais dignos desejos. Pensamento do escritor estadunidense Randolph Bourne (1886-1918).
A CASA - Um estrangeiro nato perdeu os seus sapatos. Ele os tinha
esquecido em sua casa e jogado a casa em um rio. Ou será que a própria casa
tinha se jogado no rio? O estrangeiro nato foi de rio em rio. Certa vez ele
encontrou um velho debaixo d’água com uma tabuleta pendurada no pescoço: AQUI
CÉU. O estrangeiro perguntou: Como assim, céu? O velho encolheu os ombros e
apontou para a tabuleta. A casa voltou a aparecer, mas em um lugar
completamente diferente. E, provavelmente, era outra casa, pois ela não se
recordava mais dos sapatos do estrangeiro. Mais tarde, a casa perdeu sua porta. Texto da escritora romena Aglaja Veteranyi (1962-2002).
Veja mais aqui e aqui.
A POESIA & A
POETA - A poesia é o desafio do não-dizer, a
impossibilidade de dizer algo. A matemática tem semelhança com esse estado de
ser. Em ambas há manifestação do divino, algo tão perfeito que transcende tudo.
Quero brincar meus amigos de ver beleza nas coisas. Costuro o infinito sobre o
peito. Você nunca conhece realmente as pessoas. O ser humano é mesmo o mais
imprevisível dos animais. Há sonhos que devem permanecer nas gavetas, nos
cofre, trancados até o nosso fim. E por isso passíveis de serem sonhados a vida
inteira. Há sonhos que devem ser ressonhados, projetos que não podem ser
esquecidos... Amamos tanto e a perda é cotidiana e infinita. Amar é coisa de morrer
e de matar... mas tem som de sorriso. Ama-me, é tempo ainda. A
poética da escritora e dramaturga Hilda
Hilst (1930-2004). Veja mais aqui.
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mais sobre:
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voltas que o mundo dá, Carlos Drummond
de Andrade, Jane
Duboc, François Ozon, Catherine Abel, Sheila Matos, Valeria Bruni Tedeschi, Niceas Romeo Zanchett & direito ao meio ambiente saudável aqui.
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danação aqui.
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Ao redor
da pira onde queima o amor aqui.
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A poesia
de Mário Quintana aqui.
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CRÔNICA DE AMOR POR ELA - LITERÓTICA
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