FECAMEPA: BOTE NHENHENHEM NA MELECA NACIONAL!!! (Imagem: outdoor dos alunos do segundo ano do curso de Publicidade e Propaganda das Faculdades Barão de Mauá premiado pela Central de Outdoors, em 2005. Autores: Anderson Teixeira, Mateus Silveira, Ronaldo Viana e Sérgio Salas (Recolhido por Ana Peluso). -Gentamiga do meu Brasil cipopau!!! A indignação é grande. Não é moleza, nem dá para disfarçar. Chega uma hora que a gente pensa que este país de gatunildos e ladronaldos não tem mais jeito mesmo! Isto porque a gente vai pro trampo, escapole das adversidades, leva tudo nos peitos, faz tudo para manter a integridade e a reputação, quando vem uns caras que a gente escolhe para nos representar no panteão da Nação, aí é quando a decepção pega pesado e a gente canta aquela Carta à República, do Milton Nascimento e Fernando Brant (Veja o trecho da canção abaixo na Epígrafe). Daí, uma pergunta: como ter um país melhor quando a esculhambação reina impune? Então veja aqui e aqui.
Imagem: Reclining female, do artista plástico húngaro Miklos Mihalovits (1888-1960).
Curtindo o premiado álbum A Love Supreme
(Impulse Records, 1965), do saxofonista e compositor de jazz norte-americano John
Coltrane (1926-1967). Veja mais aqui, aqui e aqui.
EPIGRAFE - [...] mas eu não posso esconder a amargura ao ver que o sonho anda pra trás e a mentira voltou. Ou será mesmo que não nos deixara. A esperança que a gente carrega é um sorvete em pleno sol. O que fizeram da nossa fé? O que fizeram da nossa fé? Eu briguei, apanhei, eu sofri, aprendi, eu cantei, eu berrei, eu chorei, eu sorri, eu saí pra sonhar meu País e foi tão bom, não estava sozinho, a praça era alegria sadia o povo era senhor e só uma voz, numa só canção. E foi por ter posto a mão no futuro que no presente preciso ser duro que eu não posso me acomodar quero um País melhor", trecho da música Carta à República, de Milton Nascimento & Fernando Brant. Veja mais aqui, aqui, aqui e aqui.
AÇÃO – O termo ação, do latim actio, que
compreende ação, atividade, movimento, segundo o Dicionário de termos literários (Cultrix, 2004), de Massaud Moisés, usualmente é confundido
com assunto, enredo, historia e argumento, quando designa a sequencia de
acontecimento ou de atos no transcurso de um conto, novela, romance, peça teatral
ou poema narrativo. Uma vez que se encadeiam segundo a lei da causa e efeito,
os acontecimentos ou atos organizam-se num enredo, que pelo seu rumo apresenta
começo, meio e fim. Ressalvados casos específicos, a ação sempre engloba mais
de uma personagem. Assim, a narração de uma obra constitui a totalidade dos
acontecimentos ou atos que envolvem todos os figurantes em cena. Entretanto,
pode ser concebida como a soma de ações das personagens individualmente
consideradas ou em pequenos grupos. Aristóteles, o primeiro dos teóricos a
doutrinar acerca da matéria, postulava a unidade da ação. Aceita por Horácio e
a maioria dos preceptistas da Renascença e séculos posteriores, essa noção veio
a integrar, com a de tempo e espaço, a chamada regra das três unidades. Para os
formalistas russos, o vocábulo ação seria substituído com vantagem por fábula,
na medida em que este rotula o conjunto de acontecimentos ligados entre si e
que nos são comunicados ao longo da obra. E para designar a ação particular de
cada protagonista, sugerem o vocábulo função, entendendo-se por função um ato
(ou ação) da personagem, definido do ponto de vista de sua significação no
curso da ação (ou intriga). Etimologicamente, a ação implica movimento, e neste
sentido encontra no teatro o seu lugar mais adequado. Nas estruturas narrativas
(conto, novela, romance) duas modalidades de ação podem ser observadas: a ação
exterior, quando as personagens se movem no tempo e no espaço; e a ação
interior, quando o conflito transcorre na sua mente. Veja mais aqui.
CIDADE – No livro Malagueta, Perus e Bacanaço (Civilização Brasileira, 1963), do
escritor João Antonio, destaco o
trecho da parte Cidade: Uma, duas, três,
mil luzes na Avenida São João! A curriola formada à esquina era de sete mais
uma mulher, que era amiga de um deles. Fala de bordel, falavam de casos
passados, antigamente febris para a baixa malandragem. Fulano fez, fez, acabou
lá na cadeia; beltrano deu sorte, levantou duzentos contos nos cavalos,
arrumou-se na vida – hoje é dono disto e daquilo; mas um outro, seu parceiro,
maconhava com exagero e endoideceu – ainda aí pelas ruas falando sozinho;
sicrana navalhou a cara da outra, que era sua costureira, mas andava com seu
homem. fosse chibar no diabo! Perus nem falava, nem ouvia, nem pensava nos
joguinhos de Vila Alpina; longe estava a contar as luzes da avenida, onde
bondes passavam rangendo e autos cortavam firme como tiros. Era costume do
menino enumerar coisas. Sabia, por exemplo, quantas bolas cinco fulano embocou
em tal partida, quantos bondes Casa Verde passaram em meia hora. Os luminosos
se apagavam, se acendiam, se apagavam, um dois, um... aquele exercício o
distraía. [...]. Veja mais aqui.
MUSA
& BLOG – Entre os
poemas do poeta, historiador, professor editor do blog História, Prosa e Poesia, Vilmar Antônio Carvalho,
destaco o Musa 87: Quem não teve uma musa
em 1987? / A minha era distante, meio calada, morena de congelar palavra mal
pronunciada / e avermelhar as faces do conquistador / com aquele olhar suave, inatingível... /
Certa vez deitei em seu colo e pude ver da Praça 13 de maio, Recife, / o que
era aquilo tudo, aquele medo misturado de esperança, / aquele fogo de construir
algo novo e desafiar os salões do luxo e da hipocrisia... / Não fizemos sexo,
não tivemos um coito, este estragaria tudo: / tivemos um amor pelo espaço
repleto de tantos sonhos e projetos! / Significou tanto, que daquele ano
somente me lembro dela... / No sétimo ano daquela década perdida, estudava mais
do que devia; / lia entusiasmado Marx e reservava qualquer desvio para Castoriadis;
/ Descobria os poetas ingleses e o fabuloso poema de Eliot; / Escrevia versos
para desfigurar os monótonos tons da filosofia, / porque eles me falavam dela
deitada sobre minha cama... / em qualquer uma daquelas tardes de jogar a
mochila sobre o chão, / ligar o rádio na estação do rock e fugir para depois do
tédio, / onde somente caberia seu corpo em trânsito no meu colchão... / Mas,
não fizemos sexo, não tivemos um coito, este estragaria tudo: tivemos um amor
pelo espaço repleto de hesitações deixadas em 87! / Depois, nunca mais aquele
tempo em que fui de fato poeta. Veja mais aqui e aqui.
A
DIVINA SARAH – A atriz
francesa Sarah Bernhardt
(1844-1923), teve uma vida repleta de acidentes, o primeiro deles, ainda
criança e que lhe perseguiu por toda vida. Aos quinze anos de idade, sua mãe
queria que ela se tornasse uma cortesã de luxo, quando ao receber a visita do
Duque de Morny, o meio-irmão de Napoleão III, foi introduzida no Conservatoire
de Musique et Déclamation. A partir de então, segundo Alexandre Dumas
Filho, ela representou mais de três mil papéis ao longo de sua vida,
descrevendo-a como uma mentirosa. Entretanto, ela foi premiada diversas vezes
por suas atuações a partir de seu ingresso na Comédia-Française, em 1862, com a
peça Iphigenie, de Racine. Posteriormente foi contratada pelo Teatro Gymnase e,
depois, no Teatro Odeon, no qual se especializou em representar as obras de
Racine, Alexandre Dumas, Edmond Rostand, Shakespeare, bem como a peça Salomé,
de Oscar Wilde, entre outros. Tornou-se, então, na atriz mais famosa do século
XIX, apresentando-se em palcos de diversos países. Na sua vida teve
envolvimentos e relacionamentos com o Príncipe de Ligne, Gustave Doré, Georges
Clarin, Victor Hugo, entre outros amores, inclusive com a pintora
impressionista Louise Abbema. Ela costumava dizer: "Eu, rezar? Nunca! Sou
uma ateia”. Além disso, ela foi a atriz pioneira a atuar no cinema, debutando
em 1900, com papel de Hamlet, no filme Le Duel d’Hamlet, estrelando
posteriormente mais outros filmes, bem como ser a primeira atriz-empresária do
mundo do espetáculo. O seu papel mais marcante foi o da peça A dama das
camélias, de Alexandre Dumas. Ela visitou o Brasil por quatro vezes, na ultima
dessas visitas sofreu um acidente que lhe gerou sérios problemas em sua perna e
que culminou, anos depois, em sua morte. Veja mais aqui e aqui.
AMÉLIA – O filme Amélia (2000), dirigido e roteirizado por Ana Carolina, conta a
história fictícia baseada numa das visitas ao Brasil da atriz Sarah Bernhardt,
em 1905. O elenco reúne atrizes do primeiro time do teatro e cinema
brasileiros: Marília Pêra, Béatrice Agenin, Camila Amado, Alice Borges, Betty
Gofman, Marcelia Cartaxo, Xuxa Lopes, Myriam Muniz e Cristina Pereira. Veja
mais aqui.
Veja mais Rajneesh, Alexander Soljenítsin, Alfred Musset, Hector Berlioz, Manoel
de Oliveira, Karl
Hofer, Drica Moraes, Catarina
Wallenstein, Namio Harukawa & Gal Monteiro aqui.
E mais também a cantora Sônia Mello, Paz,
Jacques Prévert, Milton Hatoum, Eric Fischl, Jonathan Larson, Madhu Maretiore
& Monica Bellucci aqui.
IMAGEM
DO DIA
Todo dia é dia da cantora e atriz Madonna.
CRÔNICA
DE AMOR POR ELA
A bibliotecária Tataritaritatá.