TATARITARITATÁ: VAMOS APRUMAR A CONVERSA - Literatura, Teatro, Música & Pesquisas de Luiz Alberto Machado (LAM). Show, cantarau, recital, palestras, oficinas, dicas & informações. Doações Chave Pix: luizalbertomachado@gmail.com
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terça-feira, março 31, 2015
HAYDN, DESCARTES, PAZ, OSHIMA, TUFIC, HUNT, NÊNIA DE ABRIL & MUITO MAIS NO PROGRAMA TATARITARITATÁ!!!!
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segunda-feira, março 30, 2015
HANNAH, VERLAINE, GOYA, THIAGO DE MELLO, KLEIN, ZÉ CELSO, VAN GOGH, CHAPMAN, MÉRY LAURENT, REDS & CANTARAU
CANTARAU – Pá! Sou som. Lá sou tom: lavratura. Na
noite escura eu sou o sol. E ao redor, a voz difusa é manhã cheia. Lá vem
colcheia: é um refrão de um brilho. E um estribilho dá-se no voo e tudo pode no
acorçoo em novo acorde abissal. Faz-se sarau na pedra dura. E a estrutura vai-se
sem nau. De mim eu sigo o meu devir pra ir de si a migo. E vou a vau: a
pontaria. A cantoria é meu aval. E como tal vem um fonema, quando o poema toma
grau. Bingo! Um cantarau nasceu domingo (Cantarau,
Luiz Alberto Machado). Veja mais aqui. E muito mais aqui & aqui.
Imagem: La Maja Desnuda, do pintor e gravador espanhol Francisco de Goya (1746-1828). Veja mais aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.
Ouvindo Collection (2001) da cantora e compositora estadunidense Tracy Chapman. Veja mais aqui e aqui.
A CONDIÇÃO HUMANA – O livro A condição humana,
da filósofa política alemã de origem judaica Hannah Arendt (1906-1975), trata
da condição humana desde a Grécia Antiga até a modernidade europeia, por meio
de um relato minucioso acerca da evolução e desenvolvimento histórico dos
contextos da essência humana, a partir
de uma análise acerca da Vita Activa e a condição humana, a distinção entre o
labor e o trabalho e ação, o político, o público, o privado, o
social, a questão proletária, a degradação e a banalização de conceitos, o
homem moderno, cada vez mais alienado e apolítico, a crescente apolitização do
homem, a condição humana diz respeito às formas de vida que o homem impõe a si
mesmo para sobreviver, como condições que tendem a suprir a existência do homem
e que variam de acordo com o lugar e o momento histórico do qual o homem faz
parte, o condicionamento pelos atos e pelo que se pensa e sente,
condicionamento pelo contexto histórico delineado pela cultura, amizades e
família, o labor como processo biológico necessário para a sobrevivência do
indivíduo e da espécie humana, o trabalho como atividade de transformar coisas
naturais em coisas artificiais, a ação como necessidade do homem em viver entre
seus semelhantes numa natureza eminentemente social, a “Vita Activa” como
ocupação, inquietude e desassossego, a religião cristã e as concepções gregas
na vulgarização da dignidade humana, as dicotomias de trabalho entre
improdutivo e produtivo, qualificação e não qualificação, intelectual e manual,
a visão marxista do trabalho produtivo, o processo de industrialização, o trabalho intelectual em
contraposição ao trabalho
manual, a ideologia do qualquer coisa que se faça tem que ser
necessariamente produtivo, tudo deve ser transformado em mercadoria, o valor de
troca, a força de trabalho como aquilo que o homem possui por natureza e que só
cessa com a morte, entre outros assuntos. REFERÊNCIA: ARENDT,
Hannah. A condição humana. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2007. Veja mais aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.
A PSICANÁLISE KLEINISTA - A psicoterapeuta austríaca Melanie Klein (1882-1960) foi o
principal expoente do pensamento da segunda geração psicanalítica,
desenvolvendo o kleinismo, transformando totalmente a doutrina freudiana,
criando, por sua vez, a psicanálise da criança e uma nova técnica de tratamento
e de analise didática. Em 1924, ela começou uma segunda análise e apresentou
num congresso de Salzburgo suas ideias sobre a organização do desenvolvimento
sexual, sobre a psicanalise de crianças pequenas, na qual começava a questionar
certos aspectos do complexo de Édipo. Em 1929 ela trata de uma criança autista
Dick, um caso célebre: aos cinquenta anos, ele não tinha mais nada a ver com o
menino fechado de outrora. Em 1932, ela publicou seu livro A psicanalise de crianças, no qual expõe a estrutura de seus
futuros desenvolvimentos teóricos, sobretudo o conceito de posição
esquizo-paranoide e posição depressiva, assim como a sua concepção ampliada de
pulsão de morte. Posteriormente, em 1955, escreveu Um estudo sobre a inveja e a gratidão, no qual desenvolveu o
conceito de inveja que articulava com uma extensão da pulsão de morte. O
kleinismo é uma escola comparada ao lacanismo, constituindo-se em um sistema de
pensamento a partir de suas ideias, modificando inteiramente a doutrina e a
clínica freudiana. Veja mais aqui, aqui, aqui e aqui.
FOGO DE FRÁGUA – No livro Vento Geral (Companhia das Letras, 1984) do premiadíssimo e
traduzido poeta amazonense Thiago de
Mello, destaco entre outros tantos e belos poemas do autor, o Fogo de Frágua: Sei que sou porque já fui / quando for no que serei. / O futuro se urde
em mim / agora (quando? passou) / no centro fugaz da frágua / do presente, cujo
fogo / se acende nas brasas / — que nunca se apagam — / e nas cinzas invisíveis
/ — que nunca se estriam — / de tudo que já passou. / Sei que sou porque já fui
/ quando for no que serei. Veja mais do poeta aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.
A VIDA TODA E NÃO VENDER UM
QUADRO SEQUER - Imagem: Nude woman reclining seen from the back (1887), do pintor Vincent Van Gogh. - O pintor
pós-impressionista holandês, Vincent Van
Gogh (1853-1890), abandonou gradualmente as escuras tintas nórdicas e a
conquista da luminosidade mediterrânea, ao mesmo tempo em que seu espírito,
longe do equilíbrio latino, se escureceu. Em Paris encontra um novo estilo,
quase primitivista, para pintar interiores, com personagens pequeninos que se tornaram
verdadeiros milagres da pintura por alusão, conferindo a mais profunda
significação a ambientes triviais. Na sua fase final, tornam-se antes raros os
personagens humanos, aparecendo a natureza com todos os seus mistérios. Sua
vida, enfim, corresponde em tudo à lenda popular do gênio incompreendido: nunca
na vida conseguiu vender um único quadro. Veja mais aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.
PARA SER CALUNIADO: NO
INTERNATO– No livro Para ser caluniado: poemas eróticos
(Brasiliense, 1985), do poeta francês Paul
Verlaine (1844-1896), destaco o poema No
internato: Com quinze e dezesseis
anos de idade, / No mesmo quarto cada uma dormia / Em noite de setembro, tão
sombria; / Rubores; olho azul; fragilidade. / Cada uma delas, pondo-se à
vontade, / Da fina camisola se despia. / A mais nova, seus braços estendia, /
E, mãos aos seios, beija-lhe a amizade./ Depois se ajoelha, e, depois, louca /
Cola a cabeça ao ventre, e com a boca, / Entre as sombras, mergulha no ouro
louro; / E enquanto isso, a menina vai, querida, / Com os dedos contar bailes
vindouros, / E inocente sorri, enrubescida. Já nas Obras Poéticas (Aguilar/Crisol, 1947) destaco o Arte Poética, na tradução de Augusto de
Campos: Antes de tudo, a Música. Preza /
Portanto, o Ímpar. Só cabe usar / O que é mais vago e solúvel no ar / Sem nada
em si que pousa ou que pesa. / Pesar palavras será preciso, / Mas com certo
desdém pela pinça: / Nada melhor do que a canção cinza / Onde o Indeciso se une
ao Preciso. / Uns belos olhos atrás do véu, / O lusco-fusco no meio-dia / A
turba azul de estrelas que estria / O outono agônico pelo céu! / Pois a Nuance
é que leva a palma, / Nada de Cor, somente a nuance! / nuance, só, que nos
afiance / o sonho ao sonho e a flauta na alma! / Foge do Chiste, a Farpa
mesquinha, / Frase de espírito, Riso alvar, / Que o olho do Azul faz
lacrimejar, / Alho plebeu de baixa cozinha! / A eloquência? Torce-lhe o
pescoço! / E convém empregar de uma vez / A rima com certa sensatez / Ou vamos
todos parar no fosso! / Quem nos dirá dos males da rima! / Que surdo absurdo ou
que negro louco / Forjou em joia este toco oco / Que soa falso e vil sob a
lima? / Música ainda, e eternamente! / Que teu verso seja o voo alto / Que se
desprende da alma no salto / Para outros céus e para outra mente. / Que teu
verso seja a aventura / Esparsa ao árdego ar da manhã / Que enche de aroma
ótimo e a hortelã…/ E todo o resto é literatura. Veja mais aqui, aqui e aqui.
VENTO FORTE PARA UM
PAPAGAIO SUBIR - O ator
e diretor de teatro José Celso Martinez
Corrêa é um dos mais importantes nomes do teatro brasileiro por sua forma
orgiástica e antropofágica de realizar suas encenações. Realizou em 1967 a
encenação do espetáculo-manifesto que se tornou emblemático do movimento
Tropicália, O Rei da Vela, de Oswald
de Andrade e, em 1969, Roda Viva, de
Chico Buarque. Atualmente tem desenvolvido trabalhos para teatro, cinema,
eventos culturais, artísticos e políticos, comandando o Teatro Oficina, a
exemplo sua participação em Encarnação do
Demônio (2008), de José Mojica Marins, e na encenação da sua peça Vento forte para um papagaio subir
(2008), tendo ao longo das últimas décadas construindo um dos mais originais
percursos dos palcos brasileiros. Veja mais aqui e aqui.
CORDEL (D) MADRUGADA - O poeta e ativista cultural do Grupo Artistas da Proa, Paulo Cesar Barros tem desenvolvido um extraordinário trabalho de
dinamização e difusão da poesia e das artes na cidade de Três Corações (MG),
meritório de aplausos e reconhecimentos. Em consonância com a manifestação de
apoio e aplausos da querida Meimei Corrêa, destacamos aqui os seus versos Cordel (d)madrugada: Que
haja mais amor, mais Poesia Dia e noite, noite e dia. Assim... Ainda que os
caminhos sejam de pedras As dores nos causem agonia E pra muitos tudo seja mera
Utopia Sempre será possível Viver Loucas e Belas Fantasias. Veja mais aqui.
REDS - O premiado drama biográfico Reds (1981) dirigido por Warren Beatty, com música de Stephen
Sondheim e Dave Grusin, roteiro do diretor e Trevor Griffiths, é baseado na
vida do jornalista e escritor socialista estadunidense John Reed que retratou a
Revolução Russa no seu livro Dez dias que
abalaram o mundo. A película foi premiada com quatro Oscars, incluindo o de
melhor diretor. Imperdível. Veja mais aqui.
HOMENAGEM DO DIA
MÉRY LAURENT
Anne Rose Suzanne Louviot – a Méry Laurent (1849-1900)
A atriz e musa de Stéphane Mallarmé,
Émile Zola, Marcel Proust, Edouard Manet, entre outros grandes artistas da
época. Veja mais aqui.
Veja mais sobre:
As dez vidas e a cabeça roubada, A natureza das coisas de Bernardino
Telesio, a música de Joana Holanda, a arte de Kevin Taylor, a pintura de Pedro Américo & Odilon Redon aqui.
E mais:
Dalzuíta: o infortúnio da prima da Vera aqui.
A paixão avassaladora quando ela é a
terrina do amor aqui.
Brincarte do Nitolino, O calor das coisas de Nélida Piñon, a
poesia de Augusto dos Anjos, a música de Igor Stravinski, a pintura de Joan
Miró, o teatro de Eugène Ionesco, o cinema de Graeme Clifford & Jessica Lange,
a arte de Frances Farme, As emoções de Suely Ribella, Papel no Varal &
Ricardo Cabús aqui.
Cordel do meio ambiente aqui.
Na avenida Jatiúca, Maceió, O império do efêmero de Gilles Lipovetsky, a História da
feiúra de Umberto Eco, o Deserto do real de Slavoj Žižek, Moema, a música de
Quinteto Armorial, a poesia de Juareiz Correya, a pintura de Victor Meirelles
& Felicien Rops, o cinema de Michael Winterbottom & Anna Louise Friel aqui.
Quando o futuro chega ao presente, Escritos de Michel Philippot, as
Fronteiras do Universo de Phillip Pullman, As contantes universais de Gilles
Cohen-Tannoudj, a música de Antonín Dvořák & Alisa Weilerstein, a pintura
de Willow Bader, a arte de Lorenzo Villa, a fotografia
de Katyucia Melo & a poesia de Bárbara Samco aqui.
Mais que tudo o amor, a poesia de Pablo Neruda, o teatro de
Antonin Artaud, o pensamento de Pierre Gringore, a música de Ana Rucner, a
fotografia de Daniel Ilinca, Mariza Lourenço
& Luciah Lopez aqui.
Brincando com a garotada, Lagoa Manguaba, a música de Maria Josephina Mignone, a
poesia de & William Blake & Joana de Menezes, a
literatura de Luiz Antonio de Assis Brasil, a pintura de Thomas Saliot
& Tempo de amar de Genésio Cavalcanti aqui.
Doro: querem me matar, O bom dia para nascer de Otto Lara Resende, a comunicação
interpessoal de John Powell, a poesia de Gilberto Mendonça Teles, o teatro de
Patrícia Jordá, a arte de Carmen Tyrrell, a música de Mona Gadelha, a Pena
& Poesia de Luiz de Aquino Alves Neto aqui.
Andarilho das manhãs e luares, O Homo ludens de Johan Huizinga, Todas
as coisas de Quim Monzó, a psicanálise de Françoise Dolto, a música de Gustav
Holst, a pintura de Ludwig Munthe, a arte de Elena
Esina & Tom Zine aqui.
História da mulher: da antiguidade ao
século XXI aqui.
Palestras: Psicologia, Direito & Educação
aqui.
A croniqueta de antemão aqui.
Livros Infantis do Nitolino aqui.
&
Agenda de Eventos aqui.
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Recital
Musical Tataritaritatá - Fanpage.
domingo, março 29, 2015
LIPOVETSKY, ECO, ŽIŽEK, MOEMA, ARMORIAL, FRIEL, JUAREIZ E A HISTÓRIA DA FEIÚRA.
NA AVENIDA JATIÚCA, MACEIÓ – Imagem: Praia de Jatiúca, Maceió – AL. - Vestidas lindamente naquelas
indumentárias próprias de quem vai ou saiu da ginástica, duas distintas jovens
filhas da classe média alta da cidade, conversavam animadamente sobre as
últimas baladas que postaram no Facebook das amigas, quando uma delas, chaveiro
no mindinho, inadvertidamente retirando seu celular último modelo da bolsa,
deixou justo pelos enganchos do chaveiro, cair sua carteira no chão. Elas
estavam tão espalhafatosamente exibindo seus penteados e apetrechos no meio do
converseiro exaltado, que nem se deram conta do imprevisto. Um garoto de rua,
descalço e sem horizonte, viu o que aconteceu e foi até lá, apanhou a carteira
e disse: - Moça! Uma delas irritadamente respondeu: - Sai pra lá, trombadinha,
tenho moeda pra esmola não. O garoto insistiu: - Moça! A outra muito mais irada
virou-se pro garoto e fez um sermão. No meio da reprimenda o menino mostrou pra
ambas a carteira de uma delas que havia caído. Logo a dona gritou: - Ladrão,
quer roubar minha carteira! Trombadinha! E entrou numa histérica gritaria
tomando do menino a carteira: - Trombadinha! Socorram, trombadinha! Gritava e
conferia um a um dos cartões de crédito, das cédulas do dinheiro, dos
documentos, enquanto o menino, olhos grandes na circunstância, ficou sem saber
o que estava acontecendo. Logo alguns salvadores de plantão acorreram e
imediatamente seguraram o menino pelo braço já aos puxavanques, não ouvindo o
que ele repetia: - A carteira dela caiu, fui entregar. Moucos e cegos por
justiça, logo uma viatura da polícia militar ia passando ao que chamaram
atônitos, desceram dois soldados que tomaram ciência do ocorrido, pegaram o
menino pelas orelhas e fundilhos, sacudiram-no no porta-malas e zarparam. Nunca
mais ninguém viu nem se ouviu falar daquele garoto. Veja mais aqui e aqui.
MOEMA – Imagem: Moema (Óleo sobre tela, 129 X 190 cm, 1866), do pintor e professor catarinense Victor Meirelles (1932-1903) - Uma das índias apaixonadas pelo conquistador Diogo Álvares (Caramuru, o Filho do Trovão) que morreu afogada nadando para acompanhar o navio que o levava de volta à Europa. A pintura de Victor Meirelles retrata a pose sensual do corpo morto da jovem índia, deitado à beira do mar, com a tanga presa apenas a um dos lados dos quadris, a perna esquerda apoiada numa rocha e os cabelos soltos espalhados na areia. Veja mais aqui.
O IMPÉRIO DO EFÊMERO – O livro O império do efêmero: a moda e seu destino nas sociedades modernas
(Companhia das Letras, 2009), do filósofo, professor e teórico da
Hipermodernidade Gilles Lipovetsky,
trata de temas sobre o feérico das aparências, a moda consumada, a sedução das
coisas, a cultura à moda mídia e os deslizamentos progressivos do social, entre
outros assuntos. Do livro destaco: A moda não pertence a todas as épocas nem a todas
as civilizações: essa concepção está na base das análises que se seguem. Contra
uma pretensa universidade transhistórica da moda, ela é colocada aqui como
tendo um começo localizável na história. Contra a ideia de que a moda é um
fenômeno consubstancial à vida humano-social, afirmamo-la como um processo
excepcional, inseparável do nascimento e do desenvolvimento do mundo moderno
ocidental. Durante dezenas de milênios, a vida coletiva se desenvolveu sem
culto das fantasias e das novidades, sem a instabilidade e a temporalidade
efêmera da moda, o que certamente não quer dizer sem mudança nem curiosidade ou
gosto pelas realidades do exterior. Só a partir do final da Idade Média é
possível reconhecer a ordem própria da moda, a moda como sistema, com suas
metamorfoses incessantes, seus movimentos bruscos, suas extravagâncias. A
renovação das formas se torna um valor mundano, a fantasia exibe seus artifícios
e seus exageros na alta sociedade, a inconstância em matéria de formas e
ornamentações já não é exceção mas regra permanente: a moda nasceu. [...] Torrentes
de “pequenos nadas” e pequenas diferenças que fazem toda a moda, que
desclassificam ou classificam imediatamente a pessoa que os adota ou que deles
se mantém afastada, que tornam imediatamente obsoleto aquilo que os precede. Com
a moda começa o poder social dos signos ínfimos, o espantoso dispositivo de
distinção social conferido ao porte das novidades sutis. Impossível separar
essa escalada das modificações superficiais da estabilidade global do vestir: a
moda só pôde conhecer tal mutabilidade sobre fundo de ordem; foi porque as
mudanças foram módicas e preservaram a arquitetura de conjunto do vestuário que
as renovações puderam disparar e dar lugar a “furores”. Certamente, não que a
moda não conheça igualmente verdadeiras inovações, mas elas são muito mais raras
do que a sucessão das pequenas modificações de detalhe. Veja mais aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.
HISTÓRIA DA FEIÚRA – Imagem: As tentações de Santo Antonio (1878), do pintor, desenhista, litógrafo e gravurista belga Felicien Rops (1833-1898). - O livro História da Feiúra (Record, 2007), organizado pelo escritor,
filósofo e bibliófilo italiano Umberto Eco,
sobre o feio no mundo clássico, um mundo dominado pelo belo, helenismo e
horror, a paixão e o martírio, a visão pancalista do universo, a dor de Cristo,
mártires, eremitas, penitentes, o triunfo da morte, o apocalipse: o inferno e o
diabo, monstros e portentos, o feio: o cômico e obsceno, a feiúra da mulher
entre a antiguidade e o Barroco, o diabo no mundo moderno, bruxaria, satanismo,
sadismo, physica curiosa, o resgate romântico do feio, o inquietante, torres de
ferro e de marfim, a vanguarda e o triunfo do feio, o feio dos outros, o Kitsch
e o Camp, o feio hoje, entre outros assuntos. Veja mais aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.
UMA PIADA DO ŽIŽEK – No livro Bem-vindo ao deserto do real! - Estado de Sítio! (Boitempo, 2003),
o filósofo, professor, teórico crítico e cientista social esloveno Slavoj Žižek conta a piada A tinta que falta, com o seguinte teor: Numa antiga anedota que circulava hoje na
falecida República Democrática Alemã, um operário alemão consegue um emprego na
Sibéria; sabendo que toda correspondência será lida pelos censores, ele combina
com os amigos: “Vamos combinar um código: se uma carta estiver escrita em tinta
azul, o que ela diz é verdade; se estiver escrita em tinta vermelha, tudo é mentira”.
Um mês depois, os amigos recebem uma carta escrita em tinta azul: “Tudo aqui é
maravilhoso: as lojas vivem cheias, a comida é abundante, os apartamentos são
grandes e bem aquecidos, os cinemas exibem filmes do Ocidente, há muitas
garotas, sempre prontas para um programa – o único senão é que não se consegue
encontrar tinta vermelha”. Veja mais aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.
AMERICANTO AMAR AMÉRICA – O excelente livro Americanto amar América e outros poemas do século XX – 40 anos de
poesia (Panamérica Nordestal, 2010), reúne os poemas e livros publicados do
poeta, editor e gestor cultural pernambucano Juareiz Correya. O livro traz desde as suas publicações no Jornal
Olho (1970), as antologias Poetas dos Palmares, os seus livros Um doido e a maldição da lucidez (1975),
Recity Recife Um (1976), O amor é uma canção proibida (1979), América Indignada (1986), entre outros
poemas e livros. Para conferir melhor clique aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui
e aqui.
THE LOOK OF LOVE – O filme The look of love (O olhar do
amor, 2013), do cineasta britânico Michael Winterbottom, roteiro de Matt
Greenhalgh e música de Antony Genn e Mark Slattery, conta a história do rei do
sexo proprietário de boates e editor de revistas pornográficas, Paul Raymond,
coroado pela imprensa em função do seu império de bilhões de libras na
Inglaterra. O destaque mesmo do filme fica a atriz britânica descendente de
irlandeses, Anna Louise Friel. Veja mais aqui.
Veja mais sobre:
Um dia no meio das voltas que o mundo dá, o pensamento de Alan Watts, a música de Tatiana Catanzaro, a
pintura de Joan Miró & Educação
para paternidade/maternidade aqui.
E mais:
Alvoradinha, o curumim caeté, a literatura de Lygia Fagundes Telles, a poesia de Manuel
Bandeira, o teatro de Qorpo Santo, o cinema de Tim Fywell & Ashley Judd,
Marilyn Monroe & Jayne Mansfield, a pintura de Fernando Botero, a música de
Roberto Carlos, Psicologia Social: infância, imagem & literatura aqui.
Eu & ela na festa do céu, Academia Virtual Sala de Poetas e Escritores (AVSPE),
Umbigocentrismo, Doro & a embromação do banco aqui.
Itinerância, O segredo das mulheres de Albertus Magnus, a literatura de
Bruce Chatwin & Eça de Queiroz, o teatro de Elias Canetti, a pintura de
Henri Rousseau, a música de Samantha Fox, Políticas Públicas, a
arte de Ana Claudia Talancón & Nobuo Mitsunashi aqui.
Maceió, uma elegia para os que ousam
sonhar, a literatura
de Mario Vargas Llosa & Autran Dourado, o teatro de Máximo Gorki, a música
de Sarah Vaughan, o cinema de Suzana Amaral, a pintura de Carl Barks, o
folclore de Luís da Câmara Cascudo, a arte de Dianne Wiest, a fotografia de
Jannyne Barbosa & A burrinha de padre aqui.
Pra tudo tem jeito, menos pro que não
pode ou não quer, A
consciência fragmentada de Renato Ortiz, A teoria e a prática de Adalberto
Marson, o teatro de Rubens Rewald, o cinema de Wayne Wang & Gong Li, a
pintura de Geraldo de Barros & Katia Almeida, a música de Paula
Morelembaum, a escultura de Émile Antoine Bourdelle, a coreografia de Eugenio
Scigliano, a entrevista de Ulisses Tavares, a arte de Lisa Yuskavage & Wanda Pepi, Baghavad Gita, Neuroeducação & Até tu, Zé
Corninho aqui.
Tudo tem seu lado bom & ruim &
vice-versa, a obra secreta de Hermes Trismegistus, A
linguagem de Ludwig Wittgenstein, O homem criador e sensato de Alan Watts, a
música de Mozart & Alicia De Larroch, a poesia de Mariana Ianelli, a
coreografia de Merce Cunningham, o teatro de Maria Adelaide Amaral &
Marília Pêra, o cinema de Don Ross & Christina
Ricci, a escultura de Aristide Maillol, a pintura de Johfra Bosschart
& Sharon Sieben, a fotografia de Luiz Cunha, a ilustração de Ana Starling,
Flor do Una de Juarez Carlos, a entrevista de Valquiria Lins, a arte de Rodrigo
Branco, A criança: Vygotsky e o Teatro & O evangelho segundo Padre Bidião aqui.
Precisamos discutir sobre os próximos 20
anos, As vitórias e
derrotas de Zygmunt Bauman, A vida íntima e privada de Fernanda Bruno, a
coreografia de Janice Garrett, a poesia de Carolina de Jesus, o teatro de
Tennessee William, o cinema de Jules Dassin &
Melina Mercouri, a entrevista de Rejane Souza, a arte de Arlinda Fernandes & Alessandra Tomazi,
a música de Irina Costa, Brincarte & Literatura Infantil, Luciah
Lopez & Canção de quem ama além da conta aqui.
Aprendi a voar nas páginas de um livro, o pensamento de Carl Gustav Jung, O homem e a sociedade de
Wilfred Ruprecht Bion, A atualidade de Georg Simmel, a escultura de Wilhelm Lehmbruck,
a literatura de Eduardo Caballero Calderón, o teatro de Oduvaldo Vianna Filho
& Helena Varvaki, a arte de Tracey Emin & Samuel
Szpigel, a entrevista de Katia Velo, a música de
Tarita de Souza, a fotografia de Rebeka Barbosa, a arte de Karen Robinson &
Luiz Paulo Baravelli, Cidadania nas Escolas, Por mais que a gente faça nunca
será demais & Do que fui e o que não sou mais aqui.
O que deu, deu; o que não deu, só na
outra, Platão, O
afeto e o apego de Edward John Bowlby, Nascente & a entrevista de Geraldo Azevedo, Sociedade sem escolas de Ivan Illich,
o teatro de Nelson Rodrigues, a pintura de Cândido Portinari, a música de Zap
Mama & Marie Daulne, a coreografia de Katherine Lawrence,
a fotografia de Ryan Galbrath & Mario Testino, a
poesia de Bastinha Job, o cinema de Shohei
Imamura & Misa Shimizu, A Notícia & Jamilton
Barbosa Correia, a arte de Rachel Howard, Depois das eleições & De
cara pro futuro, levando tudo nos peitos, munheca em dia & pé na tábua aqui.
&
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Recital
Musical Tataritaritatá - Fanpage.