Viva a vida ao máximo e nunca
hesite em perseguir seus sonhos. Realmente vale a pena... Cada dia é um
presente, não se esqueça! Agora vamos desligar nossos celulares e aproveitar...
Façam coisas incríveis como sempre fizeram. Aproveitem ao máximo. A dor é um
poder incrível, não deixe que ela te derrube, use-a...
Pensamento ao som de A
song of death, a song of pain (2022), Through Your Eyes (2018) e Unprecedented
(2016), da violinista, vocalista e soprano mexicana Marcela Bovio
(Marcela Alejandra Bovio García), integrante das
bandas Stream of Passion e Elfonia. Veja mais aqui.
Banquete
suntuoso de gororoba xucra inaugurando Fecamepa... – Toctoc! Quem é? Não
ouvi ô de casa, nem disse ô de fora! Quem será que era? Fui ver e de cara: era
peró como a praga, alvoroçados com estardalhaço de gansos do Capitólio romano. Pra
eles era uma festa portuguesa, com certeza: o Vira vira-homem, vira-bicho e
arrebita! Pois, pois! Pois, não! Aí entrou o Galo de Barcelos no Fado, com o
Bacalhau à Brás e Pastel de Nata, um fandango trazendo caldo verde, a chula na sardinha
assada, o corridinho com o cozido e a Francesinha no Cante alentejano. Tudo só
pra eles. E engrossou a presepada, no meio da festança: eu te benzo! Eu te
curo! E amanhã estaríamos todos duros aos pés da cruz no altar católico,
pagando o pato de infratores de todos os pecados. Como diziam: aqui disso não
havia e a Cascais, uma vez e nunca mais! Oxe! Toctoc! De novo? Oh, viva terra
de Espanha! E
a galegada da União Ibérica invadiu com Flamenco e castanholas; touradas de
Madri com Jota a sair de tapas, gaspachos e Pasodoble, churros e Muiñeira
galega, Jámon Serrano e Fabada asturiana, catalãos e bascos, tudo se
arranchando no maior espalhafato. Só deles. Maior irrupção esborrando o pandemônio
nas alicantinas da gandaia. Toctoc! Outra vez? E era: Viva a França! Era a
catinga perfumada com a expansão manufatureira calvinista arrombando
Tordesilhas, todos à La Page, o barrete frígio e muitos presentes de Paris e
dos huguenotes! E os salves à Antártica na Baía de Guanabara, à Equinocial no
Maranhão! E gritavam: Liberté! Égalité! Fraternité! E lá foi Cancã e Boeuf
Bourguignon com La Marseillaise, carneiros de Panúrgio, Le Coq & Marianne,
Bransle e Ratatouille com Manouche, Quadrilha e Cassoulet com Chanson Française,
Escargots de Bourgogne, croissant & baguete, Crème Brûlée e Macaron. E se
deram por convivas e nem foram convidados. Sobrou balbúrdia e o malho na
bigorna! Tudo pra eles. Toctoc! Agora danou-se tudo! Quem será dessa vez! E
era: Ó linda Nova Holanda! E o que
foi de batavo nassoviano com presentes luteranos de Armsterdã e o boi voando,
ah, passou da conta! Aí entornou o caldo e logo apareceu um Leão com tulipas,
moinhos de ventos andantes, todos com os dentes de fora e à tripa forra no Hakken
com Levenslied
e gado Holstein, Boeren Ploeg com o Stamppot, Almelose Kermis nos tamancos com
Stroopwafel, Horlepiep e Rozenwals com Kibbeling e Haring, tudo no maior fuzuê!
Quanta coisa estranha, Deus meu! Teve até quem emplacasse: Sou Flamengo e a nega Tereza, no maior embalo! E
se fartaram do açúcar adoçando o sangue escravo e arrastaram pau-brasil pra
desancar nossos nativos, E foram do ovo às maçãs porque um abismo chamava
outro, um absurdo respondia a outro. Fizeram a maior farra
e nem eram meus comensais. Transbordou escarcéu! Tô entendendo nada, que
negócio é esse? Quem era o anfitrião? Lá estava eu no meio de quatro fogos e
queriam que entregasse o pescoço à canga, enquanto se tratavam entre apertos de
mãos, tapinha nas costas e o meu destino ao Deus dará. Dançaram minha dança,
tomaram meu roçado e me deram lã de aço, espelhinhos & brebotes. Pra quê? Das
zis utilidades nenhuma era a necessidade minha. Do lado de fora gente estranha
escura acorrentada! Não era enfeite nem plateia, era claque mais chué! A casa era minha, hoje não
mais. Até o nome que eu tinha, não sobrou nem o de pai. O que eu falava se
apagou, me puseram outra língua porque queriam: sim, senhor! Essa é boa!
Sai-te! Desde então escorreguei à mingua, de nem mesmo sequer saber mais quem
sou. Tanta água desmanchou meu pirão, meu leirão e tudo ao meu redor. E agora, o
que a gente faz? Botamos tudo pra correr e a doença ficou: quem era daqui viu
nascer outrem e entre eles preferiam os das bandas dos enxotados. Como é que
pode? E teve até quem empunhasse bandeira estrangeira por golpes para nos
exilar, muitas e tantas vezes! O que é que há? Era o Fecamepa com um
monstrengo carnaval só folia e pacutia demais para aprumar! Até mais ver.
Chiquinha Gonzaga: Ó abre alas que eu quero passar! Eu sou da Lira, não posso negar!... Veja mais aqui, aqui, aqui, aqui, aqui & aqui.
Fernanda
Montenegro:
A palavra não é apenas um conjunto de sinais gráficos. Nela há sangue, suor
e lágrimas... Tenho um otimismo realista, porque a condição humana é falha.
Todos nós somos atores nesse palco que é o mundo... O teatro e a educação devem
caminhar juntos; educar não é só ensinar a ler e escrever, é ensinar a pensar e
sentir mundo de outras formas... Veja mais aqui, aqui & aqui.
Elfriede Jelinek:
Enquanto os homens forem
capazes de aumentar seu valor sexual por meio do trabalho, da fama ou da
riqueza, enquanto as mulheres só forem poderosas por meio do corpo, da beleza e
da juventude, nada mudará...
Veja mais aqui, aqui, aqui, aqui, aqui & aqui.
A GRANDE CONJUNÇÃO
Imagem: Acervo ArtLAM.
Você ainda não consegue vê-lo – tão pequeno \ poderia
ser um quimioton – \ mas afirma ter esperança, afirma \ para saber coisas que
você não sabe, \ se você pudesse encontrá-lo apenas \ talvez esta viagem de
acampamento valeu a pena depois de tudo \ mesmo a tenda não bem ancorada — \ uma
estaca desaparecida \ depois de tantos anos no porão — \ até o seu telescópio
desatualizado \ mais pesado do que precisa ser – \ mas você aponta para as
estrelas esperando \ para ver a primeira conjunção \ de Saturno e Júpiter em
oitocentos \ anos como se para fingir \ você ainda não está em quarentena \ se
você puder ver alguma coisa \ que não depende de nada \ você pode fazer mas
simplesmente \ é em si, maravilhoso e constante, \ se estás aqui ou não. Por fim,
\ aparece – e você acha que pode até \ Veja as quatro luas ao redor de Júpiter
\ anéis. Você se parabeniza – \ você é Galileu! E mais tarde, quando você
encontrar \ a estaca desonesta alojada por baixo \ uma caixa de discos de vinil
que você se pergunta \ se se imagina como uma agulha \ sobre uma terra plana \ jogando
tudo de uma vez.
Poema da escritora, roteirista e dramaturga
britânica Catherine Johnson.
NUNCA CONTENTAR... - Nunca se contente com nada
menos que extraordinário, senão a vida será uma droga. ... Pode ser uma droga
de qualquer jeito, mas é melhor ser uma droga com integridade, certo?... Pensamento da atriz, escritora e pintora britânica Ione Skye,
autora de obras como Say Everything: A Memoir (Gallery,
2025)
e My Yiddish
Vacation (Henry Holt and Co, 2014).
Veja mais aqui.
MUNDO DA MEMÓRIA
- Muitas pessoas acreditam que a memória funciona como um
dispositivo de gravação. Você apenas grava as informações, depois as acessa e
as reproduz quando quiser responder a perguntas ou identificar imagens. Mas
décadas de trabalho em psicologia mostraram que isso simplesmente não é
verdade. Nossas memórias são construtivas. Elas são reconstrutivas. A memória
funciona um pouco mais como uma página da Wikipédia: você pode entrar lá e
alterá-la, mas outras pessoas também podem... Pensamento
da psicóloga estadunidense Elizabeth Loftus, autora de obras como The Myth of Repressed Memory: False Memories
and Allegations of Sexual Abuse (1994), Witness for the Defense: The
Accused, the Eyewitness, and the Expert Who Puts Memory on Trial (1991) e Human
Memory: The Processing of Information (1976). Veja mais aqui, aqui, aqui
& aqui.
O AGENTE SECRETO
&
OS
SEGREDOS DO POEMA
ITINERARTE – COLETIVO ARTEVISTA MULTIDESBRAVADOR: