Imagem: Acervo ArtLAM.
Ao som do álbum Fanny
Mendelssohn-Hensel: The Year (Sony,2007), da compositora e pianista alemã Fanny Mendelssohn (1805-1847),
na interpretação da pianista Lauma Skride.
JAM SESSION (ou Guia prático de sobrevivência depois de tempos aloprados, até
quando!?) – Do chão nasci para andar, senão morria de primeira. Eu que nunca
esperei tempo ruim escapuli logo da barriga de mãe e ganhei o mundo nos ensaios
das fugas infantis e na ousadia adolescente que se iludia de tudo e nada sabia.
Só me dei conta no meio de voltas e revoltas: quem da terra se ausenta, alma
penada consome; e por onde sempre aquela lembrança rasteira leva consigo, em
casa instante aceso o cordão umbilical de quem pródigo um dia retorna. Foi nas
sobras do piso esburacado e falso, o teto a céu aberto, o horizonte no infinito
e um salto não saía do lugar. Quandonde se perde e no meio de uma gangorra
térmica, mais parecia um pé-de-vento carregado de relâmpagos e trovões,
apareceu-me não sei quem. Era como se descesse de um magnetar ou qualquer
asteroide perdido. Lá estava e, à primeira vista, pensei ser uma náiade tão
linda feito Gertrudes de Drummond – aquela mesmo que só o espelho e a mortuária
refletia apenas a si, ofuscando todos os demais. Assim era. E não fosse ela eu
só me teria no visinvisível. Pegou-me a mão para me dizer não mais, agora era a
saudita Sophia de Hanson com as suas mil faces, ou qualquer outra que
quisesse. Disse-me vinda de La Alcudia para me entregar a cornucópia. Hem? E tomou
a iniciativa entregando-me mais seixos falantes, pedras poéticas, até uma rocha
confessionária só para perpetuar a memória, na qual um pedregulho majestoso se
passava por um invocado de todos as deusas. Pediu-me, então, revelasse ali meus
remorsos e culpas. Como? Tirante a mitomania, não lembrava de nada grave, embora
reconhecesse alguns atos desabonadores em toda minha trajetória desvalida. Sorriu-me
como se fosse uma das Três Graças de Rubens e me dispôs um tapete voador
de borboletas para me transportar não sei para onde. Sei que fui longe, face ao
vento e seus cabelos pelos castelos, atóis, quantos lugares e logo me disse Yolanda Vargas Dulché: Em todos eles vivem famílias ricas que desfrutam de
conforto e luxo. Sem importar ou ignorar que o mesmo céu também protege muitos
deserdados da vida e da fortuna... O mundo de tão grande se apequenou em
suas mãos e me curou das feridas e pesadelos das guerras por décadas de
emigração. Leu-me a alma e disse Cedella Booker: Dê graças e louve para
que possamos nos sentirmos bem, vamos ficar juntos e nos
sentirmos bem... Mais aproximou-se e eu premiado da hora
ouvia-lhe nuns versos de Eve Merriam: Manhã é uma nova folha de papel para
você escrever... Sonho em dar à luz uma criança que vai perguntar:
Mãe, o que foi a guerra?... Quando algo é
muito bonito ou muito terrível ou mesmo muito engraçado para palavras, então é
hora de poesia... Bonita era ela com seu sexo prolongado na
cauda a vida bulindo no ventre, seios de manga-rosa com todos os mistérios da
clausura feminina, o gosto de Sol na boca indiscreta quase obscena com o
segredo de todas as volúpias, nem pensava nada porque emergia do fundo de seus
olhos todas as hestórias de gente e coisas. Eu, ah, todo argonauta de olhos e
lunetas improvisava às recaídas com as intenções confusas, porque ela inventava
um agitado litoral e nada mais restava intacto até onde o aceno se extinguiu,
para me dizer até como se fosse quase já, daqui pouco. Não era. E eu comigo
mesmo: não foi. Só.
DITOS &
DESDITOS
Imagem: Acervo ArtLAM.
[...] Uma
fábula chinesa muito antiga – anterior dez mil anos antes de Cristo – conta a
belíssima história de Xuá-Xuá, a fêmea humana que fez a extraordinária
descoberta do teatro.[...] Xuá-Xuá era a mais bela fêmea de sua horda e
Li-Peng, três anos mais velho, o mais forte dos machos. Naturalmente, eles se
sentiam atraídos um pelo outro, gostavam de ficar juntos, de nadar juntos, de
subir árvores juntos, sentir odores mútuos, se lamber, tocar, abraçar, fazer
sexo juntos, sem saber ao certo o que estavam fazendo. Era bom estar um com o
outro. Juntos. Eram felizes, tão felizes quanto dois pré-humanos podiam sê-lo.
Um belo dia, Xuá-Xuá sentiu que seu corpo se transformava: seu ventre crescia
mais e mais, além da elegância. Ela tornou-se tímida, teve vergonha daquilo que
se passava com seu corpo e decidiu evitar Li-Peng. Ele não compreendia nada do
que se passava. Sua Xuá-Xuá não era mais a que ele amava, nem no físico nem no
comportamento. Os dois amantes se distanciaram. [...]. Uma noite,
Xuá-Xuá sentiu seu ventre se mexer [...] Alguns meses depois, durante
uma linda manhã de sol, Xuá-Xuá deitou-se à margem de um rio e deu à luz um
menino. De longe Li-peng a observava, escondido atrás de uma árvore, incapaz de
qualquer ação: espectador amedrontado! [...] O bebê se desenvolveu
rapidamente: aprendeu a andar sozinho, a comer outros alimentos, além do leite
de sua mãe. Tornou-se mais independente. Algumas vezes, o pequeno corpo não
obedecia mais o grande corpo. Xuá-xuá ficou aterrorizada. Era como se ordenasse
às suas mãos que rezassem, e elas insistissem em lutar boxe. Atrás da sua
árvore, Li-peng observava o ela grande e o ela pequeno. Guardava sua distância,
observando. Uma noite, Xuá-xuá estava dormindo. Li-peng, curioso observava. Li-peng
não conseguia entender a relação entre Xuá-xuá e seu filho, e queria criar sai
própria relação com o menino. Quando Lig-lig-lé acordou, Li-peng tentou atrair
sua atenção. Xuá-xuá dormia quando os dois (pai e filho) partiram, como bons
companheiros. [...] Ensinou seu filho a caçar, pescar etc. Lig-lig-lé
estava feliz. Xuá-xuá ficou desesperada quando acordou e não viu o pequeno
corpo ao seu lado. Chorava cada vez mais e com maior sofrimento, gritava e
gritava, entre vales e montanhas esperando que seus gritos fossem ouvidos, mas Li-peng
e Lig-lig-lé estavam longe demais para ouvi-la, e quando a ouviram, mais se
afastavam.No entanto, como eles pertenciam à mesma horda, Xuá-xuá reencontrou
pai e filho alguns dias mais tarde. Tentou recuperar seu filho, mas o pequeno
corpo, mesmo tendo saído do seu ventre, obra sua — ele era ela! –, era também
outra pessoa com seus próprios desejos e vontades. A recusa de Lig-lig-lé em
obedecer à sua mãe levou-a a compreender que eles eram dois, e não apenas um.
Ela não queria estar junto de Li-peng; no entanto, esse era o desejo de
Lig-lig-lé: cada um havia feito a sua própria escolha. [...] Foi nesse
momento que se deu a descoberta! Quando xuá-xuá renunciou a ter seu filho
totalmente para si. Quando aceitou que ele fosse outro, outra pessoa. Ela se viu
separando-se de uma parte de si mesma. Então, ela foi ao mesmo tempo atriz e
espectadora. Agia e se observava: eram duas pessoas em uma só — ela mesma! Era
espect-atriz. Como somos todos espect-atores descobrindo o teatro o ser se
descobre humano. O teatro é isso: a arte de nos sermos a nós mesmos, a arte de
nos vermos vendo!
Trechos extraídos
do prefácio da obra Jogos para atores e não-atores (Civilização
Brasileira, 2008), do dramaturgo, ensaísta e escritor brasileiro Augusto
Boal (1931-2009). Veja mais aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui
e aqui.
O TEATRO – A arte teatral é para mim o que digo aqui: o Começo de Tudo! Tem
outro relato meu aqui. Dos cursos, encenações e apresentações que
foram muitas, uma eu fiz e saí por aí: O teatro na escola. E fui assim
levado pelo que disse Ana Mae Barbosa, no seu estudo Arte, Educação e
Cultura: [...] A Arte na educação como expressão pessoal e como cultura
é um importante instrumento para a identificação cultural e o desenvolvimento
individual. Por meio da arte é possível desenvolver a percepção e a imaginação,
apreender a realidade do meio ambiente, desenvolver a capacidade crítica,
permitindo ao indivíduo analisar a realidade percebida e desenvolver a
criatividade de maneira a mudar a realidade que foi analisada. [...].
Também a contribuição da professora Márcia Azevedo Coelho, no seu estudo
Teatro na escola: uma possibilidade de educação efetiva: [...] o
teatro além de promover a ampliação cultural e aperfeiçoamento pessoal,
estimula a troca de experiências, a busca de soluções para situações-problema,
a ampliação da tolerância no relacionamento e o espírito colaborativo,
fundamentais em uma comunidade escolar. [...]. Não menos relevante o artigo
da professora Juliana Cavassim, com a temática Perspectivas para o
teatro na educação como conhecimento e prática pedagógica (Revista
científica/FAP, 2008): [...] o teatro como conhecimento que é buscar
respostas para os questionamentos sobre o que é o mundo, o homem, a relação do
homem com o mundo e com outros homens nas teorias contemporâneas do conhecimento
que propõem novos paradigmas para a ciência como a complexidade do pensador
Edgard Morin [...]. Veja mais aqui, aqui e aqui.
O TEATRO NA
ESCOLA – No estudo Metodologia do Ensino de
Teatro (Papirus, 2001), o professor Ricardo Japiassu destaca que:
[...] Na rede pública, não é difícil constatar que o gerenciamento
autoritário das unidades de ensino, a carência de espaços adequados para o
trabalho com artes, a superlotação das classes, as instalações escolares
precárias e os baixos salários pagos aos trabalhadores da educação têm
afugentado a competência profissional [...] portanto, as pressões
sociais e políticas de economia de mercado em processo de globalização [...]
passaram a exigir a formação multilateral do educando, sinalizando a
valorização do teatro e das artes na escolarização dos sujeitos. [...].
Também a professora Olga Reverbel, na sua obra Jogos teatrais na
escola (Scipione, 1996) expressa que: [...] O professor deve adaptar as
atividades e ordem de aplicação de cada conjunto às condições de espaço, de
material colocado à disposição das crianças e, principalmente, partir da sua
própria percepção dos tipos de personalidade das crianças com quem trabalha. O
educador deverá adaptar o ensino a cada momento, a cada criança e a cada grupo.
[...] É preciso, ainda, entender que não necessariamente deve-se montar
espetáculos teatrais, mas sim que se realize atividades na própria sala de
aula, buscando, dessa forma, desenvolver a imaginação, a observação e a
percepção dos alunos, a fim de que essas contribuições se tornem práticas e
reais na vida do aluno, não só do ensino fundamental, mas em todas as etapas
escolares [...]. Com essa condução, o professor Javier Garcia, no
seu estudo Drama no desenvolvimento da educação emocional (EDUFRN, 2018),
destaca a importância e os benefícios promovidos pelo teatro na escola e
ressalta as suas contribuições, especificando e sintetizando cinco princípios
básicos, sendo eles: consciência emocional: ser consciente dos próprios
sentimentos; empatia: reconhecer e compreender os sentimentos dos demais; autocontrole:
regular de forma positiva os impulsos emocionais e comportamentais; habilidades
sociais e para a vida: planejar objetivos positivos e traçar planos para
alcançá-los; utilizar a comunicação e resolução de problemas de forma positiva
nas nossas relações. Na concepção do professor estes aspectos são importantes
na formação de um indivíduo e deveriam ser ensinados nas escolas da educação
infantil e em todas as etapas que se seguem, visto que a proposta é ensinar o
aluno a conhecer e controlar os próprios sentimentos, para que, dessa forma, possa
ter consciência da maneira mais adequada e positiva de atuar no mundo. Além
disso, esses aspectos, como demonstrado na fala do autor, estão diretamente
relacionados ao lado emocional do aluno, que pode ser desenvolvido com o drama.
Sua utilização gera, também, um clima de confiança para a expressão e
comunicação do educando com os demais colegas em sala de aula. Para além disso,
o professor García, ainda afirma que o Teatro traz outras contribuições, tais
como: promoção do desenvolvimento social; aquisição de autoconceito positivo; desenvolvimento
de aspectos emocionais, físicos, intelectuais; os alunos aprendem com o
trabalho em equipe; desenvolvem habilidades de memorização, recitação e
interpretação; aprendem a apreciar o sentido de responsabilidade e compromisso;
permite desenvolver funções variadas no processo de criação, por exemplo,
participar como plateia e como agente; e a integração de diferentes
habilidades: fala, escrita, expressão afetiva, coordenação motora, etc. Tem-se
com isso que as contribuições do teatro para a aprendizagem dos alunos do
ensino fundamental servem não apenas para a vida escolar, mas também para seu
crescimento pessoal e social, pois o teatro ensina a viver e, assim sendo, as
atividades devem ser planejadas pelos professores com esse olhar. É que é confirma
o estudo As contribuições do teatro para educação no contexto do ensino
fundamental (Núcleo do Conhecimento, 2022), do professor Adenildo Guedes
que enfatiza: [...] as contribuições do teatro para a aprendizagem e
desenvolvimento do aluno do ensino fundamental, assim como também em outras
etapas de ensino, estão relacionadas ao desenvolvimento de consciência
emocional; empatia; autocontrole; e habilidades sociais. Ademais, o teatro
contribui para a promoção do desenvolvimento social; aquisição de autoconceito
positivo; desenvolvimento de aspectos emocionais, físicos, intelectuais, de
memorização, recitação, interpretação e criação; trabalho em equipe; o sentido
de responsabilidade e compromisso; além de promover a integração de diferentes
habilidades, como: fala, escrita, expressão afetiva, coordenação motora etc.
Entretanto, é fato que algumas barreiras surgem nesse processo, como as
dificuldades que alguns professores possuem para incorporar o teatro em suas
práticas. Uma das razões dessas dificuldades é a falha na formação dos
professores e, embora isso seja um fato, não se pode atribuir a estes profissionais
toda responsabilidade pela aprendizagem do aluno. De outra forma, este mesmo
profissional não pode acomodar-se, pelo contrário, deve buscar meios de
contornar essa situação, pois ele também será beneficiado com o processo de
aprendizagem e desenvolvimento profissional e pessoal. Enfim, concluímos
que a inclusão do teatro no processo educativo é importante, dadas suas
contribuições para o aprimoramento na formação pessoal, acadêmica e na
ampliação da visão de mundo do indivíduo para a vida em sociedade. [...],
Veja mais aqui, aqui, aqui e aqui.
GARANTIA
Imagem: Acervo ArtLAM.
Ontem à noite eu
dormi, e quando acordei o beijo dela \ Ainda flutuava em meus lábios. \ Pois
havíamos perdido \ Juntos em meu sonho, através de alguma clareira obscura, \ Onde
os tímidos raios de luar mal ousavam iluminar nossa bem-aventurança. \ O ar
estava úmido de orvalho, entre as árvores, \ Os pirilampos escondidos acenderam
e se extinguiram. \ Bochecha colada na bochecha, o frio, a brisa quente da
noite \ Misturava nossos cabelos, nossa respiração, e ia e vinha, \ Brincando
com nossa paixão. \ Baixo e profundo \ Falou em meu ouvido sua voz: \ “E você
sonhou, Isso poderia ser enterrado? Isso pode ser sono? \ E o amor seja escravo
da morte! \ Não, o que quer que pareça, tenha fé, querido coração; isso é o que
é! \ Nisso eu acordei, e em meus lábios o beijo dela.
Poema da poeta
estadunidense Emma Lazarus (1849-1887). Veja mais aqui.
UTILIDADE DO
INÚTIL – [...] Não nos damos conta, de fato, de
que a literatura e os saberes humanísticos, a cultura e a educação constituem o
líquido amniótico ideal no qual podem se desenvolver vigorosamente as ideias de
democracia, liberdade, justiça, laicidade, igualdade, direito à crítica,
tolerância, solidariedade e bem comum. [...]. Trecho extraído
da obra The Usefulness of Useless Knowledge (Princeton, 2017), do
filósofo italiano Nuccio Ordine (1958–2023), que defende que: A
escola tem que formar hereges, não soldadinhos passivos... Numa entrevista ele expressou: Hoje, a tecnologia
nos faz entender que o passado é obsoleto, não conta para nada. Toda a ideia da
tecnologia é que o importante é o amanhã, não o dia de ontem. Essa é uma visão
consumidora da vida e da cultura. Observe, por exemplo, o que acontece com o
IPhone 17: consideram que os 16 modelos que o antecedem não servem para nada,
pois os novos programas e aplicativos deixam de ser lidos por esses modelos.
Essa é a forma como o mercado diz que você deve sempre comprar coisas novas. A
cultura da tecnologia está ligada a um consumismo permanente e eterno, cujo
principal objetivo é nos tornar consumidores permanentes, quase até a morte.
Temos que defender uma outra visão de mundo. Em Cem anos de solidão, Gabriel
García Márquez nos fala sobre o risco de perder a memória. O que significa
perder a memória? Há uma frase maravilhosa de Milan Kundera que pode descrever
tudo isso: “A luta do homem contra o poder é a luta da memória contra o
esquecimento”. Se esquecermos, se perdermos o contato com a memória, vamos
criar um mundo de bárbaros, um mundo de ignorantes, um mundo de gente que não
tem senso crítico para dizer não. Hoje, a tecnologia e seus dispositivos nos
fecham em um cárcere que não vemos, estamos felizes em viver nesse cárcere. Por
que será? Porque roubam a nossa intimidade em troca de coisas práticas muito
úteis, mas o preço que estamos pagando é muito alto.
DA INJUSTIÇA AO
RESGATE - Nunca subestime o poder de uma mulher
curiosa. Nunca tenha medo de desafiar o status quo. O conhecimento é a chave
para desbloquear o potencial humano. A ciência não tem gênero. A ciência tem o
poder de iluminar o mundo. A descoberta começa com a curiosidade. Seja corajosa
na busca pelo conhecimento. A igualdade de direitos para todos é um princípio
fundamental da humanidade. Todos nós temos uma responsabilidade para com o
nosso planeta. A alta temperatura do ar úmido tem sido frequentemente
observada. Quem nunca sentiu o calor ardente do sol que precede uma chuva de
verão? As linhas isotérmicas serão, eu acho, muito afetadas pelos diferentes
graus de umidade em diferentes lugares. Uma atmosfera com esse gás [dióxido de
carbono] poderia dar à nossa Terra uma alta temperatura; e se, como alguns
supõem, em algum período da história o ar se misturou a ele em uma proporção
maior do que no presente, um aumento de temperatura de sua própria ação, bem
como um aumento do peso, deve ter sido o resultado. Compreender o nosso planeta
é o primeiro passo para protegê-lo. Pensamento da cientista, inventora e
militante estadunidense pelos direitos das mulheres, Eunice Newton Foote
(1819-1888).
MEMÓRIA DA CENA
PERNAMBUCANA
[...] Vale
observar como ecoam as mesmas questões para novos grupos: divisão de funções, mecanismos
para viabilizar financeiramente, qualificação profissional, formação de
público, seleção de repertório; ou mesmo o enfrentamento da produção artística em
meio a períodos históricos turbulentos e de transição política. [...].
Trecho do
prefácio A herança, do dramaturgo Newton Moreno, na obra Memória
da cena pernambucana (Autores, 2005), organizado por Leidson Ferraz, Rodrigo
Dourado e Wellington Júnior. Veja mais aqui, aqui e aqui.