quinta-feira, abril 11, 2019

EMERSON, CHARLES PEIRCE, MARIA LUÍSA MENDONÇA, ARAKI NOBUYOSHI & BRINCAPRENDENSINAR NOVEDUCAÇÃO


BRINCAPRENDENSINAR, NOVEDUCAÇÃO – Muito se fala da educação brasileira, pudera. Começa pelo reducionismo de que ela é escolarização, aí tome gente quantitativamente enclausurada em insalubres situações de ensino-aprendizado, em detrimento de relações humanas qualitativas. O que se fala a respeito, quando muito, soletra, nada mais que isso, o decorado art. 205 da Constituição vigente, de que ela é direito de todos, dever do Estado e da família, promovida e incentivada com a colaboração da sociedade (!?), visando o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Tá. Há quem invoque da boca pra fora o art. 2º da LDB 9394/96 de que ela é inspirada nos princípios da liberdade e nos ideais da solidariedade humana, com a finalidade constitucional, sendo cravado no artigo anterior que ela abrange os processos formativos que envolvem a vida familiar, a convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais, como se ela fosse vinculada ao mundo do trabalho e à prática social. Ah, é? Tá. Peraí, com base nessas previsões legais, ou estão fazendo tudo errado, ou isso de lei não é no Brasil. Tire a prova dos 9 e veja por si mesmo! Das duas, uma. E se a gente olhar direitinho, sem microscópio ou telescópio mesmo, na verdade não passa de instituição modelada como se hoje fosse o mesmo do que foi dito antes de Jesus e encerrada ao propósito mecanicista-positivista de séculos atrás, sem considerar que estamos em pleno século 21. Nada mais obsoleto, não é? Somente liquidando a fatura: no Brasil ninguém gosta de ler, muito menos de estudar. Poderia ser diferente? Se não fosse um horror, seria na base do vai lá que seja. Seja lá o que for, basta passar a vista na tragédia para encontrar uma rede pública exaurida e ineficiente que se tornou reino da discórdia, violência e descaso – o Estado não cumpre a sua parte -, como uma rede particular que mais parece um quartel-sanatório no fabrico de ciborgues prontos e moldados para o mercado, religiões e homogeneidade da estupidez. Aí quando alguém diz que a educação brasileira é emburrecedora, não se esboça a mínima indignação por aí, só discurso naturalizado e prato feito nas inflamadas conversas das esquinas e salões. Da mesma forma, é senso comum atribuir a qualquer problema do país a solução na educação, sobretudo flagrado na fala de autoridades e políticos, com o argumento de que ela um dia se tornar prioridade na pauta das gestões, resolverá tudo que atrapalha a vida dos brasileiros e das brasileiras. De boca em boca, ora, ora. À primeira vista, uma coisa parece líquida e certa: que a prática educativa desconhece ou ignora o universo relativístico-quântico, ou seja, não há liga entre o que pratica e os dias atuais, apesar do uso indiscriminado das tecnologias que nos certifica a participação num mundo em rede e serial em cenários instáveis e alterados por associações e justaposições, com mudanças incessantes e uma variedade de rearranjos na dispersão de sentidos múltiplos e dinâmicos, criando uma ponte entre o científico-racional e o estético-emocional e vice-versa, avalie. Parece que está tudo muito equivocado ou o mecanicismo-positivista causou danos brabos para incapacitação de uma leitura real do mundo ao redor. Parece? Prefiro brincaprendensinar, uma noveducação. E vamos aprumar a conversa! © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais aqui.

DITOS & DESDITOS:
[...] A única maneira de descobrir os princípios sobre os quais algo deve ser construído é considerar o que vai ser feito com aquilo que foi construído, depois que foi construído. [...] O objeto de uma representação não pode ser nada além de uma representação, da qual a primeira representação é o interpretante [...] De fato, não é nada além da representação, ela mesma concebida como despida de vestimentas irrelevantes. Mas estas vestimentas nunca podem ser completamente despidas; apenas podem ser trocadas por algo mais diáfano. [...]
Trechox extraídos da obra Escritos coligidos (Abril Cultural, 1974), do filósofo, pedagogista, cientista, linguista e matemático estadunidense Charles Sanders Peirce (1839-1914), criador da Semiose que é o processe de significação e a produção de significados, sendo identificada como uma ação ininterrupta de uma cadeia sígnica infinita de mediações, da natureza da continuidade, onde imprecisão e indeterminação constituem o próprio arcabouço da sua lógica. Contraditório e controvertido, seus escritos contribuíram para a história da filosofia sem, no entanto, conseguir comunicar-se com alunos ou público: “Minha obra destina-se a pessoas que desejam perquirir; os que desejam filosofia mastigada, podem buscar outro rumo; há botequins filosóficos em todas as esquinas, graças a Deus”. Veja mais aqui

A ARTE DE MARIA LUÍSA MENDONÇA
A arte da premiada e belamente charmosa atriz, apresentadora de TV e diretora Maria Luísa Mendonça, que atua no teatro, cinema e televisão. No teatro ela estreou com a peça Vestida de Noive (1987) e, em seguida, Os gigantes da montanha (1991), Romeu e Julieta (1993), Valsa nº 6 (1994), Futebol (1995), Os sete afluentes do rio Ota (2002), Na selva das cidades (2011), Zulmira e a falecida (2012), entre outras. No cinema ela estreou no filme Corazón iluminado (1998), Carandiru (2003), entre outros longas, curtas e documentários. Na tevê, entre outros trabalhos, apresentou o programa Contos da meia noite (2004), na TV Cultura e o programa Revista do Cinema Brasileiro, na TV Brasil. Ela também é artista visual e realizou a exposição Eu me registrarei sob um nome falso, em 2016. Veja mais aqui e aqui.

A FOTOGRAFIA DE ARAKI NOBUYOSHI
A arte do fotógrafo japonês Araki Nobuyoshi, autor dos livros Sentimental Journey (Jornada Sentimental), Winter Journey (Jornada de Inverno), Tokyo Lucky Hole, Shino e mais de outros 350 livros, sendo considerado um dos artistas mais produtivos do mundo. Sobre suas obra foi realizado o documentário Arakimentari, de Travis Klose, em 2005. Veja mais aqui e aqui.
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A OBRA DE RALPH WALDO EMERSON
A literatura é o esforço do homem para se indenizar pelas imperfeições da sua condição. A natureza e os livros pertencem aos olhos que os vêem. A natureza está constantemente a misturar-se com a arte.
A obra do escritor e filósofo estadunidense Ralph Waldo Emerson (1803-1882) aqui, aqui, aqui e aqui.