segunda-feira, agosto 05, 2019

SOLJENÍTSIN, EUNICE KATUNDA, MURILLO LA GRECA, MARÍA BLANCHARD, & LUCIAH LOPEZ

Arte & foto da poeta, artista visual & blogueira Luciah Lopes. Veja mais abaixo.

120 ANOS DE MURILLO LA GRECA – Uma maravilhosa homenagem foi realizada no último sábado, na praça central da cidade palmarense, ao seu ilustre filho e saudoso pintor e professor Murillo La Greca. Falar deste que é, entre os grandes artistas palmarenses, uma figura icônica das artes figurante nos padrões internacionais, é trazer a constatação da luta resistente para se instaurar um histórico cenário que ficou no passado e que teima, apesar de todos os óbices e descasos, em se mostrar no presente. Por isso mesmo, valeu a pena. A importância de Murillo La Greca está nos afrescos da Basílica da Penha, no Recife; por ter sido ele professor da Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro; ter sido um dos fundadores da Escola de Belas Artes de Pernambuco que originou o atual Centro de Artes e Comunicação (CAC), da Universidade Federal de Pernambuco; pelo Museu que leva o seu nome e criado em 1985, no bairro recifense de Parnamirim; nas suas premiações nacionais e internacionais, na sua amizade com Cândido Portinari e na sua expressão artística. Entre as suas obras estão as premiadas obras Os últimos fanáticos de Canudos (1927), O fuzilamento de Frei Caneca, a Primeira aula de Medicina, entre outras. O evento palmarense promovido pelo Instituto de Belas Artes Vale do Una (IbaValeUna), presidido pelo poeta e artista visual Paulo Profeta, contou com a participação do multiartista imaginauta Ghugha Távora, do professor Clóvis Parízio, da apresentação teatral capitaneada por Atonmirio Barros e Juarez Carlos, da exposição da Associação dos Artesãos Palmarenses e de diversos artistas locais e da região, e de atividades desenvolvidas por artistas visuais oriundos da capital pernambucana e da localidade, afora uma considerável participação da comunidade palmarense prestigiando o evento. Aplausos para Palmares, nada mais meritório para registro que um evento desta envergadura nos anais da cultura e das artes palmarenses. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais abaixo e aqui.

DITOS & DESDITOS:
[...] o grande compositor é possuído também da vontade de interpretar – essa perseverança obstinada, instintiva e sublime em doar os seus sonhos, a despeito de todas as dificuldades, a um mundo mal-agradecido, desdenhoso e, muitas vezes, antagônico. Observamos outro dia uma formiga com um pedaço de folha na boca – carga tremenda para uma força – trabalhando por subir o plano inclinado de um tabuleiro de relva. Um professor, amigo nosso, colocou uma pedra no caminho da formiga. Esta. Conquanto ficasse confusa por alguns instantes, pôs-se depois a seguir o seu caminho, contornando a pedra. O professor continuou a colocar obstáculos no caminho do inseto, mas a cada passo persistia a formiga em contornar ou transpor o obstáculo e prosseguir em direção à sua meta. “Estou procurando fazer experiências com a formiga”, disse o professor. “Quero ver com quanta persistência pode ela lutar contra as dificuldades”. “E para que deseja o senhor ver uma coisa dessas?”, perguntamos. “Para que a humanidade possa aprender, com essa formiga, a ser sábia e forte”, replicou o professor. Reza a lenda oriental que Deus coloca obstáculos no caminho do gênio para que os anjos possam aprender com os homens a serem sábios e fortes. Essa sabedoria e essa força – que se chama beleza na linguagem da arte – é o estofo de que são feitos os grandes compositores. E é essa qualidade que transforma um sofredor humano num professor divino.
Trechos da introdução do livro Vida de grandes compositores (Globo, 1986), dos biógrafos Henry Thomas e Dana Lee Thomas, com a história de vida de Bach, Handel, Haydn, Beethoven, Schubert, Mendelsshon, Chopin, Schumann, Liszt, Wagner, Verdi, Gounod, Brahms, Tchaikovsky, Rimsky-Korsakov, Debussy. Puccini, Sibelius, Stravinsky e Villa-Lobos. Veja mais aqui e aqui.

A MÚSICA DE EUNICE KATUNDA
A vida e obra da compositora, regente, pianista e professora Eunice Katunda (1915-1990), é objeto do livro Eunice Katunda, musicista brasileira (Annablume, 2001), de Carlos Kater, contando a sua história e baseado em longa pesquisa, que inclui um levantamento do acervo de documentos da própria artista, além de ser um esboço biográfico da autora, torna-se com isso o único catálogo de suas obras e inclui a publicação de sua criação mais premiada e conhecida, Negrinho do Pastoreio. A sua obra encontra-se em CDs reunidos de Compositores Latino-Americanos (Sonopress, 1994), no livro Mulheres compositoras: elenco e repertório (Roswitha Kempf, 1987) de Nilcéia C. Baroncelli, na tese de doutoramento Louvação a Eunice: um estudo de análise da obra para piano de Eunice Katunda (Unicamp, 2009). Iracele Lívero, do artigo Katunda, Barbosa e Resesnde: compositoras brasileiras acima de qualquer suspeita (Musicologia Criativa - Actas do I Encontro Ibero-americano de Jovens Musicólogos: por uma musicologia criativa.: Tagus Atlanticus Associação Cultural, 2012, ). Eliana Monteiro da Silva e Amilcar Zani, e na dissertação de mestrado A obra para canto e piano de Eunice Katunda:três momentos (UFMG, 2009), de Melina de Lima Peixoto, trabalhando três canções Prenúncio do Sol(1961), Moda da Solidão-Solitude(1967) e Incelença das Ave-Marias(1972). Veja mais aqui.

A ARTE DE MARÍA BLANCHARD
Eu mudaria todo o meu trabalho por um pouco de beleza.
A arte da pintora espanhola María Blanchard (María Gutiérrez Cueto – 1881- 1932). Veja mais aqui.
&
IBAVALEUNA: 120 ANOS DE MURILLO LA GRECA
Evento realizado no último sábado, em Palmares-PE, em homenagem ao pintor e professor Murillo La Greca, promovido pelo Instituto de Belas Artes Vale do Una (IbaValeUna). Veja mais aqui e aqui.

A OBRA DE ALEXANDER SOLJENÍTSIN
Apenas aqueles que se recusam a subir na carreira são interessantes como seres humanos. Nada é mais chato do que um homem com uma carreira.
A obra o escritor, dramaturgo e historiador russo Alexander Soljenítsin (1918-2008) aqui e aqui.
&
OS POEMAQUARELAS DE LUCIAH LOPEZ
Lá fora ____________o frio
e eu me faço poema no mistério de todas as coisas.
Na pele o grito das letras e o reflexo da paixão que não morre
nunca________acorda o dia na resenha dessa espera de tantas horas.
Uma voz
Uma canção
E o Tempo Rei...
Os Poemaquarelas & outras artes da poeta, artista visual e blogueira Luciah Lopez aqui e aqui.