quarta-feira, agosto 15, 2012

MATILDE CAMPILHO, SABATINI, HALBWACHS, ELISA CEVASCO, EDGAR BURROUGHS, LE GOFF, MULHER & LITERÓTICA

 

A arte da fotógrafa inglesa Maureen Bisilliat.

 

A LOUCURA DE ÍSIS – (imagem: arte da fotógrafa inglesa Maureen Bisilliat) Ísis era só o desejo como se fosse um sonho: sorria nua com a língua de fora deslizando sobre os lábios. Era uma tentação deliciosamente constante. Bastava eu chegar e me ver, olhar pregado em mim, hora que fosse e logo se achegava com eterna volúpia, insaciável. Ousava um beijo e me lambia as faces, a repetir: eu quero! Lambia-me a pele do pescoço, os ombros – já demovendo minha camisa -, o muque, os braços, e mais se aninhava ajeitando-se ajoelhada para beijar e esfregar meu sexo requerido a toda hora e momento, enquanto ainda estava sob a minha calça: eu quero! Adorava ficar alisando mãos e lábios sobre o volume que se fazia, como se medisse meu pênis do pé à ponta, a ficar inquieta cada vez que ele dilatava estufado sob sua pressão: eu quero! Desabotoava a calça e enfiava a mão por baixo da minha cueca, a puxá-lo carinhosamente e esfregá-lo na ponta do nariz: é isso que eu quero! Logo beijava, lambia, engolia e não se contentava: dizia que era fome demais e já morria de sede demais de tanto que o queria nela – eu quero!. Ao me deixar quase sem sentido de tantas movimentações orais, logo obrigava escravo a lhe satisfazer todas as vontades: de quatro, de lado, pela frente, por trás, afogueada demais com sua mineirice gulosa: eu quero! Queria por que queria que eu escrevesse um poema com a baba do meu sexo por todo seu corpo, ela mesma saía desenhando letras e versos segurando-o, até, enfim, enfiá-lo por onde mais aprouvesse. Desta vez, ela queria diferente: deitou-me priápico obediente e se apossou boca, mãos e músculos a se esfregar, engolindo-o e salivando-o, até que luminosa exaltada, serviu-se dele como seu trono e gemeu e ruiu, tremeu e gritou, esfregava a vagina no meu púbis enquanto cavalgava com meu pênis atolado na sua compulsão anal. Pediu-me por tudo que eu deixasse assim, lambendo meu peitoril, deslizando no meu ventre e o seu desejo no meu prazer por trás. Desde esse dia em diante, nunca mais saciou: queria sempre mais. Eu, também. Veja mais abaixo e aqui e aqui.

 


DITOS & DESDITOS - A lógica de hoje é cultural... Como todos os conceitos, o de cultura depende do momento histórico e de onde você está... Uma coisa que eu acho muito interessante no conceito de cultura na tradição materialista é que você apreende sobre a sociedade através da cultura. Ela tem um poder cognitivo. Não é um conhecimento empírico, é um conhecimento que só as manifestações culturais podem te dar, porque elas materializam esses significados e valores da sociedade que são contraditórios. Pensamento da professora Maria Elisa Cevasco, autora das obras Para ler Raymond Williams (Paz e Terra, 2001) e co-editora de O espírito de Porto Alegre (Paz e Terra, 2003).

 

ALGUÉM FALOU: Estou vivo e uma realidade, ou sou apenas um sonho? Você está aqui por apenas um instante, e você não deve se levar muito a sério. Pensamento do escritor estadunidense Edgar Rice Burroughs (1875-1950), que também expressa: Nenhuma ficção vale a pena ser lida, exceto para entretenimento. Se diverte e é limpo, é boa literatura, ou algo do gênero. Se cria o hábito da leitura, em pessoas que não leriam de outra forma, é a melhor literatura. Em um aspecto, pelo menos os marcianos são um povo feliz, eles não têm advogados. Veja mais aqui.

 

MEMÓRIA & ESQUECIMENTO – [...] Para que nossa memória se beneficie da dos outros, não basta que eles nos tragam seus testemunhos: é preciso também que ela não tenha deixado de concordar com suas memórias e que haja suficientes pontos de contato entre ela e as outras para que a lembrança que os outros nos trazem possa ser reconstruída sobre uma base comum. [...] Não é na história aprendida, é na história vivida que se apoia nossa memória. Por história é preciso entender então não uma sucessão cronológica de acontecimentos e de datas, mas tudo aquilo que faz com que um período se distinga dos outros, e cujos livros e narrativas não nos apresentam em geral senão um quadro bem esquemático e incompleto. [...] Mas na escolha que deles faz, na importância que lhes atribui, o historiador se deixa guiar por razões que não tem nada a ver com a opinião de então, porque esta opinião não existe mais; não somos obrigados a levá-la em conta, não se tem medo que ela venha a se chocar, com um desmentido. Tanto isso é verdade que ele não pode realizar sua obra senão com a condição de se colocar deliberadamente fora do tempo vivido pelos grupos que assistiram aos acontecimentos, que com eles tiveram contato mais ou menos direto, e que deles podem se lembrar [...]. Trechos extraídos da obra La mémoire collective (PUF, 1968), do sociólogo francês Maurice Halbwachs (1877-1945), examinando as contribuições da história oral na ênfase que ela permite dar às "memórias subterrâneas" que, ao aflorarem em momentos de crise engendrando conflitos e disputas, silenciosamente subvertem a lógica imposta por uma memória oficial coletiva, bem como analisa a memória de dissidentes soviéticos, de  prisioneiros de campos de concentração e de trabalhadores forçados da Alsácia a fim de explorar os limites entre o "esquecido" e o "não dito", além do trabalho de "configuração" da memória. Veja mais aqui e aqui.

 

HISTÓRIA & MEMÓRIA - [...] A ligação com o passado começa por adquirir formas inicialmente exasperadas, reacionárias; depois, a segunda metade do século XX, entre a angústia atômica e a euforia do progresso científico e técnico, volta-se para o passado com nostalgia e, para o futuro, com temor ou esperança. Entretanto, na esteira de Marx, os historiadores esforçaram-se por estabelecer novas relações entre presente e passado. Marx tinha já denunciado o peso paralisado do passado de um passado reduzido à exaltação das memórias gloriosas É sobre os povos, por exemplo, o francês: O drama dos franceses, tal como o dos operários, são as grandes memórias. É necessário que os acontecimentos ponham fim, de uma vez por todas, a este culto reacionário do passado (1870, p.147), culto que, no fim do século XIX e início do século XX, foi um dos elementos essenciais das ideologias de direita e uma das componentes das ideologias fascistas e nazistas. Ainda hoje, o culto pelo passado alia-se ao conservantismo social, identificando-o Pierre Bordieu com categorias sociais em declínio [...]. A aceleração da história, por outro lado, levou as massas dos países industrializados a ligarem-se nostalgicamente às suas raízes: daí a moda retrô, o gosto pela história e pela arqueologia, o interesse pelo folclore, o entusiasmo pela fotografia, criadora de memórias e recordações, o prestígio da noção de patrimônio. Também em outros domínios a atenção pelo passado desempenhou um papel importante: na literatura, com Proust e Joyce, na filosofia, com Bergson, e, finalmente, numa nova ciência, a psicanálise. [...] A distinção passado/presente que aqui nos ocupa é a que existe na consciência coletiva, em especial na consciência social histórica. Mas torna-se necessário, antes de mais nada, chamar a atenção para a pertinência desta posição e evocar o par passado/presente sob outras perspectivas, que ultrapassam as da memória coletiva e da história. De fato, a realidade da percepção e divisão do tempo em função de um antes e um depois não se limita, em nível individual ou coletivo, à oposição presente/passado: devemos acrescentar-lhe uma terceira dimensão, o futuro [...] Pesquisa, salvamento, exaltação da memória coletiva não mais nos acontecimentos mas ao longo do tempo, busca dessa memória menos nos textos do que nas palavras, nas imagens, nos gestos, nos ritos e nas festas; é uma conversão do olhar histórico. Conversão partilhada pelo grande público, obcecado pelo medo de uma perda de memória, de uma amnésia coletiva, que se exprime desajeitadamente na moda retrô, explorada sem vergonha pelos mercadores de memória desde que a memória se tornou um dos objetos da sociedade de consumo que se vende bem. [...]. Trechos extraídos da obra História e Memória (EdUNICAMP, 2003), do historiador francês Jacques Le Goff (1924-2014). Veja mais aqui.

 

FILHA DA DOR - Minha segunda prisão foi quando eu estava a caminho do Araguaia. Saí de São Paulo, de ônibus, junto com a Elza Monnerat, que era dirigente do PCdoB. Quando chegamos a Marabá, ela me levou para um hotel. Quando vimos que o Exército estava na cidade, ela me deu a instrução para voltar para São Paulo, mas foi tarde demais. O hotel já estava cerca e, eu fui presa lá, onde passei a noite. Depois me levaram para o quartel e, de lá, para Belém, Brasília e São Paulo. Comecei a ser mais torturada em Brasília, no PIC (Pelotão de Investigações Criminais), porque antes eles não tinham muitas informações a meu respeito. Lá estava lotado de gente, a cela era imunda, cheia de baratas. Para o interrogatório, eu ia encapuzada, e eles gritando. E tinha pancadaria, ameaças, choque. Eles também me humilharam muito por eu ser japonesa. O meu maior medo era voltar para São Paulo, porque aqui eu sabia que a barra ia pesar. Quando eu voltei, dois meses depois de ser presa, fui direto para a Oban. Eles me torturaram mais pelo ódio que sentiam do que para obter informações. Eles sabiam que eu não tinha mais informação “quente” para oferecer. Passei por muita pancadaria, choque, xingamento. Diziam que eu era uma traidora, que o Brasil tinha sido generoso com a minha família, que eu devia estar ajoelhada beijando a bandeira. Depoimento da artista plástica Rioco Kayano, quando foi presa em 14 de abril de 1972, em Marabá (PA). Hoje vive em São Paulo e é funcionária aposentada da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), além de produzir painéis e bordados em bairros de periferia e no sertão de Minas Gerais para moradores de rua e para o Movimento dos trabalhadores Sem Terra (MST). Veja mais aqui, aqui e aqui.

 

SCARAMOUCHE - [...] é da natureza humana, suponho, ser fútil e ridículo. [...] Mas eu gosto da minha loucura. Há uma emoção nele desconhecida para uma sanidade como a sua. [...] Quando sabemos tudo o que quer que seja, nunca podemos fazer nada além de perdoar, madame. Essa é a verdade religiosa mais profunda que já foi escrita. Ele contém, de fato, toda uma religião – a religião mais nobre que qualquer homem poderia ter para guiá-lo. [...]. Trechos extraídos da obra Scaramouche (Civilização Brasileira, 1962), do escritor italiano Rafael Sabatini (1875-1950).

 

PRÍNCIPE NO ROSEIRAL - Escute lá / isto é um poema / não fala de amor / não fala de cachecóis / azuis sobre os ombros / do cantor que suspende / os calcanhares / na berma do rochedo / Não fala do rolex / nem da bandeirola / da federação uruguaia / de esgrima / Não fala do lago drenado / na floresta americana / Não diz nada sobre / a confeitaria fedorenta / que recebe os notívagos / para o café da manhã / quando o dia já virou / Isto é um poema / não fala de comoções / na missa das sete / nem fala da percentagem / de mulheres que se espantam / com a imagem do marido / aparando a barba no ocaso / Não fala de tratores quebrados / na floresta americana / não fala da ideia de norte / na cidade dos revolucionários / Não fala de choro / não fala de virgens confusas / não fala de publicitários / de cotovelos gastos / Nem de manadas de cervos / Escute só / isto é um poema / não vai alinhar conceitos / do tipo liberdade igualdade e fé / Não vai ajeitar o cabelo / da menina que trabalha / com afinco na caixa registadora / do supermercado / Não vai melhorar / Não vai melhorar / isto é um poema / escute só / não fala de amor / não fala de santos / não fala de Deus / e nem fala do lavrador / que dedicou 38 anos / a descobrir uma visão / quase mística / do homem que canta / e atravessa / a estrada nacional 117 / para chegar a casa / ou a algum lugar / próximo de casa. Poema da escritora portuguesa Matilde Campilho.

 

A MULHER HERÓICAO livro A mulher heroica: relatos clássicos de mulheres que ousaram desafiar seus papeis, de Allan B. Chinen, aborda temas como a rainha e o assassino: opressão e autolibertação, a esposa guerreira: a retomada do poder, Maria Morevna: os limites do poder, os três ovinhos e poder da intuição, a esposa sábia: astúcia e coragem, a mulher sem mãos: cura e vida selvagem, a mulher que veio do ovo: ressurreição e natureza, as duas irmãs e libertação, Emme e o resgate do verdadeiro self, a mãe e o demônio: retonando das irmãs, a princesa Mayra e Blenio: resgatando o príncipe, entre outras interessantes narrações. REFERÊNCIA CHINEN, Allan. A mulher heroica: relatos clássicos de mulheres que ousaram desafiar seus papeis. São Paulo: Summus, 2001. Veja mais aqui, aqui, aquiaqui.

DIREITO CONSTITUCIONAL E TEORIA DA CONSTITUIÇÃO – O livro Direito constitucional e teoria da constituição (Almeida, 2003), de J. J. Gomes Canotilho, trata sobre o ensino e a teoria, visão global da literatura sobre direito constitucional, constituição e constitucionalismo, constituição histórica e moderna, modelos historicitas e individualistas, modernidade constitucional e poder constituinte, o Estado Constitucional, problemas fundamentais na história e memória do constitucionalismo, forma constitucional e constituição, padrões estruturais do direito constitucional vigente, o princípio do Estado de Direito, o princípio democrático, o princípio da socialidade, os direitos e deveres fundamentais, sistema & estrutura e função dos direitos fundamentais, regime geral dos direitos fundamentais, regime dos direitos econômicos, sociais e culturais, a proteção dos direitos fundamentais, deveres fundamentais, regras e princípios do direito constitucional organizatório, organização do poder político e formas de governo, estrutura e função dos tribunais, as fontes de direito e as estruturas normativas, a lei, individualização e analise das categorias de leis, o decreto lei, os decretos legislativos regionais, o direito internacional e supranacional, os regulamentos, atos normativos atípicos, o procedimento legislativo, garantia e controle da constituição, direito processual constitucional, os processos de fiscalização da inconstitucionalidade e da ilegalidade, estados de necessidade constitucional e suspensão do exercicico de direitos fundamentais, metódica constitucional geral, metódica de direitos fundamentais, teoria da constituição e espaços normativos, sistema político, teorias da democracia, entre outros assuntos. Veja mais aqui, aqui, aquiaqui.

PSICOLOGIA E O COMPROMISSO SOCIAL – O livro Psicologia e o compromisso social (Cortez, 2003), organizado por Ana M. Bahia Bock, trata sobre o compromisso da psicologia, os desafios no campo metodológico e epistemológico, a construção de políticas públicas, prevenção DTSs/Aids, combate ao colonialismo cultural e promoção da psicologia brasileira e latino-americana, técnicas e métodos na psicologia, gestão do trabalho e desafios da saúde na educação, formação do psicólogo, contemporaneidade e efeitos da subjetivação, subjetividade e relações raciais no Brasil, saúde mental, o futuro da psicologia, entre outros assuntos. Veja mais aqui, aqui, aqui aqui.

A AVALIAÇÃO NO ENSINO SUPERIOR – Para tratar num trabalho acadêmico a temática da avaliação de aprendizagem no ensino superior, inicialmente deve-se proceder a uma revisão da literatura acerca da aprendizagem no ensino superior, noções, conceitos, definições e os sistemas da aprendizagem, a função da avaliação da aprendizagem no ensino superior, considerando-se seus princípios, aplicações e práticas, observando-se, também, o papel do professor nesse processo e a sua formação. Veja mais aqui, aqui, aquiaqui.

O SEXO NA HISTÓRIA – O livro “O sexo na História” da historiadora e romancista escocesa Reay Tannahill (1929-2007), aborda questões de sexo e sexualidade no mundo pré-histórico, o homem tornado senhor, o Oriente Próximo, Egito e Europa de 3.000 a.C até 1100 d.C, as primeiras civilizações, a Grécia, Roma, a Igreja Cristã, Ásia até a Idade Média e o mundo árabe, China, Índia, Islã, o mundo em expansão de 1100-1800 d.C., Europa, empreendimentos imperiais, Europa e América de 1500 a 1800, delineando o presente de 1800-1980, o século XIX e o grande debate. FONTE: TANNAHILL, Reay. O sexo na História. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1983. Veja mais aqui, aquiaqui, aqui e aqui.

ÍSIS, A PUTA DELE (Um texto erótico de Ísis Nefelibata) – Era intervalo de apresentação e ambos estávamos vestidos a caráter, cada um com seu personagem, envolvidos com o que se sucedia de todo aquele alvoroço na platéia. Era hora de uma pausa para um lanche entre eles e entre nós, de refazer as energias. Eu olhava para o calção dele e aquilo me enchia de idéias; o volume meio apertadinho naquele calção vermelho, me levava a mil idéias e não me contendo, ao entrarmos no camarim improvisado, tranquei a porta intencionalmente sem que ele percebesse. Sentei-me numa das poltronas para relaxar, mas eu queria mais ação do que mesmo descanso; minhas idéias burilavam os meus desejos e sem nenhuma cerimônia, sentei-me, levantei um pouco a saia e escancarei as pernas, deixando à mostra a calcinha vermelha que acompanhava nossas indumentárias. Ele tinha ido ao banheiro e ao voltar, se assustou com aquela pose e logo levou a mão no pau que na mesma hora, se mostrou crescer por dentro do calção. Por instantes, ele não sabia se vinha ou se só olhava, e alisava a ponta do cacete por cima do tecido. Joguei-lhe um beijo e descaradamente, me livrei da calcinha que fiz questão de jogar nele... ele a pegou, cheirou, beijou, lambeu e jogou de lado. A paisagem com certeza o agradou pois ele se livrou também do calção e pude ver aquela tora linda, deliciosa, dura e minha, a me apontar. Como sua criatividade está sempre em alta, ele correu ao balcão e pegou uma de suas carranquinhas usadas nas apresentações, daquelas réplicas pequenas das carrancas de boca aberta, dentes enormes, assustadoras para alguns, místicas para outros e para o meu menino, era a forma perfeita de fazer uma sacanagenzinha comigo naquela hora. Ele a trouxe até mim, afastou mais ainda as minhas pernas e botou a boca da carranquinha bem na minha buceta e me dizia ser o lobisomem zonzo a querer me devorar... Uau, aquilo me levou ao máximo da vontade de realmente ser conivente com aquela idéia libidinosamente deliciosa. Estiquei-me o quanto pude e senti a boca da escultura a me encostare ele me dizia indecências tipo: vou comê-la todinha, devorá-la... ahhhh, e eu respondia: devora-me, meu lobisomem, coma-me todinha que sou sua. E ele esfregava aquilo em mim e eu de olhos fechados imaginava que já era a boca mesmo do lobisomem a me chupar, lamber, sugar... ele punhetava diante do meu delírio, das frases sem pudor que eu também proferia, meu rebolar ali na poltrona, entregue ao lobisomem zonzo que de zonzo, nada tem, tem sim, é de sabido, de esperto, de gostoso. Eu me empinava toda, sentia aqueles dentões quase a me pegar também no cu. De repente, não mais suportando meus apelos e toda aquela cena completamente puta dele, ele jogou a escultura de lado e me esfregou o cacete nas entranhas molhadas, me lambuzou mais ainda com sua baba gostosa, foi da buceta ao cu, voltou até à buceta e me enterrou aquela pica de uma forma tão deliciosa que eu implorava que metesse fundo, com força, bem fundo e me fodesse como ele jamais havia fodido na vida. E ele socou gostoso, botou minhas pernas nos ombros dele e socou, socou, socouuuuuuuu, ahhhhh, socouuuuuuuuuuu enquanto eu esfregava os peitos junto com as mãos dele e implorava, fode sua puta, meu menino, fode, sou eu sua puta, adoro ser sua puta, soca tudo na sua puta... E ele socava, grunhia como um lobisomem, socava, socava até que me inundou todinha com sua porra morna, linda, deliciosa.. ele botou a cabeça na minha barriga, beijou-me o sexo cheirando porra, melada de porra e debruçou, procurando se refazer daquela aventura deliciosa, para voltarmos compostos para o palco. Eu... bem, eu queria mais, mas era momento de trabalhar... cada momento nosso é uma surpresa da vida, algo inesquecível e eu sempre quero mais, mais e muito mais... Ele e a puta dele voltaram ao palco felizes, realizados, sabendo que depois daquilo tudo, outras cenas, outras histórias, se fariam em todos os nossos amanhãs, em todos os nossos anoiteceres, amanheceres... Veja mais aquiaqui.

TATARITARITATÁ NA BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO DE SÃO PAULO – Estivemos, eu & a poeta Meimei Correa, do dia 10 até 13 de agosto, na Bienal Internacional do Livro de São Paulo. Lá registramos o movimento e tudo que pudemos ver nos dias que estivemos lá. Confira:



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