quinta-feira, agosto 16, 2012

MÁRGARA RUSSOTTO, LYGIA FAGUNDES TELLES, CHAPLIN, GRAÇA LINS & EDUCAÇÃO

 

A arte do artista e designer italiano Bruno Munari (1907-1998), que trabalhou sobre o tema do jogo, a infância e a criatividade em diversos campos das artes visuais e outros tipos de artes, como poesia, didática e literatura.

 


DOR DE MÃE – Ao coração sofrido de mãe e viúva pedagoga Darcy Andozia. – Ela era pedagoga e o marido jornalista, militavam entre os padres dominicanos até aquela terça-feira, 15 de janeiro de 1974. É que ela saiu para trabalhar com a dor do marido que já estava preso desde o dia anterior. No finalzinho da tarde o local de trabalho foi invadido, o terror: era a vez dela. Ela viu abrir a porta e entrar cinco homens armados com metralhadoras. Foi levada por eles e rodou por horas até ser levada para o Dops. Já passava da meia noite e o filho, Carlos Alexandre, com apenas um ano e sete meses, e a moça cuidadora, estavam lá. A criança estava com os lábios cortados pela violência dos policiais. E só depois soube que seu filho sofrera agressões policiais: tapas, choques elétricos e outras sevícias. Na madrugada daquela que seria uma terça interminável, ela foi levada para a sala de tortura. O algoz irritou-se com a presença do seu filho ali: levaram para casa dos pais dela em São Bernardo. Depois, ao retornar, foi colocada numa solitária com chacotas e latidos de cães. Ficou 43 dias presa e, ao ser liberta, foi cuidar do filho que se encontrava com seus pais. O marido passou 4 meses de tortura, saiu deprimido e a família desestruturada foi para Currais Novos. A discriminação: o menino cresceu e aos 5 anos era chamado de terrorista pelos colegas. Aí passou a se fechar em si, sequelas incuráveis, a ponto de ter fobia social. Ela resolveu trabalhar de professora sofrendo todo tipo de preconceito. O casal nunca conseguiu se superar dos abusos sofridos durante e depois da prisão. O filho cresceu e nunca conseguiu trabalhar, apesar de se tornar técnico em informática, porém retraído e muito agressivo. Foi criado com antipsicóticos e antidepressivos, afora carregar o peso de anistiado político e os efeitos dos anos de chumbo. Resultado: suicidou-se aos 40 anos de idade, ingerindo uma grande quantidade de remédios. Veja mais aqui, aqui e aqui.

 


DITOS & DESDITOSA morte é, antes de tudo, a mais antiga e fundamental função biológica e seus mecanismos foram desenvolvidos com a mesma atenção para os detalhes, a mesma preocupação com o máximo de vantagens para o organismo, a mesma abundância de informações genéticas para guiar os diferentes estágios, tudo enfim que estamos há muito acostumados a encontrar em todas as funções cruciais da vida. Pensamento do médico, educador, escritor e administrador estadunidense Lewis Thomas (1913-1993).

 

ALGUÉM FALOU: A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos. Pensamento do ator, diretor, escritor, comediante, músico, roteirista e compositor britânico Charlie Chaplin (1889-1977). Veja mais aqui e aqui.

 


GRAÇA LINS: DE AMORES E DE LIVROS - Ao prof. Brivaldo Leão, exemplo de militância política. - Tinha olhos muito verdes, brilhantes, cor de palha de cana ao sol. Os cabelos eram rentes ao ombro e presos por duas fivelas de tartaruga. O nome? Dionísia. Bem merecido. Gostava de um bom vinho, sobretudo, quando recolhido das garrafas em fins de festa da casa. Havia perdido o marido aos 17 anos e passou a viver de favor em casa de parentes com o filho pequeno – sua única herança. Descobri a palavra proibição quando entrei no quarto de Dionísia pela primeira vez e remexi alguns papéis antigos e amarelados à procura de folhetos de cordel. Irritada, puxava-me pra fora aos gritos. É que num birô, ela armazenava segredos desarrumados em cada gaveta. Percebia que sobravam brechas para guardar vidros com bicarbonato, caixas miúdas feitas com papel e cheias de pomada de algaroba para curar as impingens dos netos. Passava tardes lendo almanaques que apanhava na Farmácia do Povo. Abastecia a cabeça com adivinhas, receitas e curiosidades. Ao fechar o livrete, esquecia todas as informações de uma só vez. Talvez um jeito mágico de ler... Às vezes, um pensamento teimava em me dizer que Dionísia sabia apenas decodificar letras e frases. Compreender o que lia era um exercício muito difícil para ela. Assim, lia tudo, muito e sempre, mas pouco entendia. Um dia, tentando usar o sinal de interrogação que a professora ensinou em aula, fiz uma pergunta para mim mesma: “Por que uma leitora tão interessada como Dionísia podia desentender tanto?” Parece que a sua relação com os números era menos sofrida. Por isso, era exímia na arte de comercializar bugigangas. Inventou de vender a prazo –prática que exercia com perfeição. Comprava metros e metros de tecidos em tons sombrios com estampas sem graça e vendia. Em cadernetas feitas à mão, com folhas de cadernos gastos pelos netos, anotava desordenadamente débitos e créditos. Esquecia nomes, inventava sobrenomes e só memorizava mesmo os nomes em rima: Manoel do Carretel, Lina da Usina e Maria da ferida. Alguém sempre pagava duas vezes! Outros nada, quando o tecido era para fazer a mortalha de pagar promessa na procissão da padroeira. Dionísia era cheia de idéias. Guardava dinheiro em locais inusitados: a caixa do contador de energia elétrica e os buracos das fechaduras eram os seus cofres misteriosos e seguros. Sentia até, um indescritível prazer em encontrar cédulas novinhas, depois de longas procuras pelos lugares da casa. Ler, para Dionísia, era, também, um jeito de ocupar os espaços ociosos do dia. Engolia páginas e páginas de romances de amores que nunca teve e de histórias de um povo oprimido que eu sempre quis conhecer. Numa tarde cheia de mesmice, apresentou-me um folheto, amassado e gasto, com a figura do Jeca Tatu de Lobato. Pensei gulosa, ”quantos livros aquele birô era capaz de esconder ?” Ela apontava fascinada para as ilustrações da galinha e dos porcos usando botas para evitar doenças. Tudo aguçava a minha curiosidade em descobrir os tesouros mergulhados nas profundezas daquele birô. Passei a valorizar as ausências de Dionísia. Ela ia à feira, à padaria, conversava com vizinhos, mas voltava e conferia, pacientemente, as gavetas sempre fechadas daquele birô. Também tinha um hábito antigo de sentar-se à calçada, após o jantar com a família e repetia, dia após dia, a mesma frase, em tom solene : “Vou tomar um deforete !” ( para se deliciar com o ar fresco da noite). Em cadeira rangente, impregnada pelas canções de ninar que cantava para os netos, Dionísia ouvia os hinos evangélicos da igreja em frente a casa, e contava, ao final da noite, quantos homens o Beco do Engole-Homem engolia, fazendo críticas aos casados que subiam pra zona do baixo meretrício por aquele beco. Dentro de casa, o quarto fechado, escondia um mundo de histórias, romances imaginários. Eu pensava e sofria. “Que personagens habitavam aquele lugar sombrio , cheirando a azinhavre?” Passei a vigiar os passos de Dionísia, enquanto o birô adquiria a dimensão de uma biblioteca que vi, uma única vez, em filme de matinê do Cinema Apolo. Descobrindo as minhas incursões pelo quarto, economizou explicações, dizendo que, ali, só havia objetos sem valor e postais antigos da amiga Guiomar. Vieram os anos de chumbo. Dionísia acordou com a revolução verbal dos vizinhos, contando sobre camburões e blindados que tentavam desligar as “Ligas Camponesas”. Via tudo pelas frestas da janela, até um carro esquisito, com soldados iguaizinhos na roupa e nas ideias, que passou arrastando pedaços de uma escultura do “Palácio do Bambu” - alcunha da Prefeitura da cidade. O medo ficou vertical quando ouviu falar de fuzis guardados nos sacos de feijão e farinha dos sindicatos rurais, mesmo assim, cantarolava pelos corredores da casa o “quem sabe faz a hora”. A vizinha, Lica Preta, contou de um estudante metralhado na pracinha do Diário, em Recife,  e que tombou abraçado à bandeira de Cuba. “Ó céus! era  o filho de seu Severino”, pensei amargurada. Contou também, de um professor, que morava na rua de trás e foi levado pelos soldados em carro esquisito. Acho que era porque sabia demais. Tinha uma biblioteca de livros “proibidos”. Contam que quando foi preso, um milico apanhou um livro sobre o Cubismo e comentou com um subalterno que aquele deveria ser destruído imediatamente, pois era um livro sobre o Comunismo. Transtornada com as notícias, Dionísia passava mais tempo trancada no quarto, escondendo livros embaixo do colchão, rasgando panfletos que recebeu de Francisco Julião, que diziam ser o tal irmão de D. Júlia, a vizinha da casa alta. Remexeu papéis, cadernetas e até guardou um cinzeiro antigo, de um azul mais profundo que o medo de ver o birô escancarado. Naquela noite, em que a angústia havia se alastrado pela casa, ouvi vozes de alguém, tentando convencê-la a jogar fora os livros “vermelhos” da última gaveta. Escondida, fiquei ouvindo a lengalenga dos argumentos e das negativas. Ninguém falou em Jeca Tatu, talvez porque ele não era vermelho, ele até sofria de palidez ! Pela manhã , o caminhão de lixo da prefeitura levou Trotsky, Lênin, Marx e Zé da Luz – o tal que Lobato criou para apresentar Prestes aos seus leitores. Todos, todos, cobertos com palha de milho, cascas de abacaxi e folhas da Realidade – revista que ela colecionava. Lembro que, daquela revista, recortou apenas a imagem de um homem com uma foice, ao sol, num canavial, enegrecido pela tisna de palha de cana queimada e abaixo uma legenda mais negra ainda: “Nós somos a vida da nossa gente e morte de nossas vidas”. E aí, pensei fartamente: “Dionísia virou comunista !” Sem livros, nem panfletos, cantarolava o Hino da Internacional misturado a cânticos evangélicos que, somados, resultavam na ideia de um mundo paradisíaco, prometido na Bíblia e nos manifestos comunistas que lera. O meu olhar de menina começou a compreender que ela, realmente, lia e entendia, partilhava o que lia e se definia. Essa foi a leitura que escorreu do juízo de Dionísia e inundou a minha vida. Publicado originalmente em Contos Alados, Nº 05/ 1998, da escritora Graça Lins. Veja mais aqui, aqui, aqui e aqui.

 

AVARÍCIA & PEDANTISMO - A insegurança e o medo – esses os principais geradores da desesperada vontade de poder que se abre como um amplo leque diante do homem [...] Avarícia e pedantismo – pavões sem mistério passeando suas pompas e glórias num jardim mais artificial do que um cenário de teatro. Eu tenho – diz o primeiro. Eu sei – alardeia o segundo, ambos arrogantes como todos os fanáticos que se escravizam a uma disciplina cega, amordaçada por fórmulas e dogmas. [...] é preciso ser vidente no ofício de escrever. Toda criação é liberdade. [...] só através do amor é possível penetrar na complicada estrutura deste mundo, num ato de amor acaba por nos dar uma admirável lição de vida. Trechos extraídos do Prefácio escrito pela escritora Lygia Fagundes Telles (1918-2022), para a obra A arte de desaprender (Antares, 1981), de Luiz Carlos Lisboa. Veja mais aqui e aqui.

 

TERMOS DE COMPARAÇÃO - Enquanto meu pai / engarrafa molho de tomate / para o ano inteiro e prepara para salgar / sardinhas sicilianas de La Guaira, / duas para Sara , / duas para Enzo, / uma para a araba do outro lado da rua, / outra que / sempre vem alguém pedir, / escrevo um livro / sobre mulheres / que não salgam sardinhas / e escrevem outros livros / sobre os livros / que serão refutados e justificados / na fumaça sem sentido / das academias. /Com reverência de vez em quando para / não me deixar / mordiscar suas anchovas / louras e ácidas / com a obscena intenção / de alimentar novas teorias. / E livro após livro, entre sardinhas / e tomates, / a cena original escurece: / mestres solícitos, / seu fervor desaparece, / embora resistam um pouco / na atitude inclinada / de cum gran salis / e não é mais certo que medem / com seus dedos frágeis / o equilíbrio de cada sabor e coisas. A poeira efêmera e tenaz dessa / experiência / alada perdida / dificilmente é um resíduo / como meus livros. Poema da escritora italiana Márgara Russotto. Veja mais aqui.

 

A FORMAÇÃO DO PROFESSOR PARA O ENSINO FUNDAMENTAL – Para desenvolver trabalho acadêmico sobre esta temática, há a necessidade de se desenvolver uma abordagem histórica acerca da educação no contexto desde os jesuítas que compreendem da Colônia ao Império, deste até a República, A nova educação e o desenvolvimento no período entre 1930 e 1964, o tecnicismo e o golpe militar, a Constituição Federal de 1988 e a redemocratização, até as previsões constitucionais acerca da educação para desenvolvimento da fundamentação confeitual. A partir de então, dá-se a observância da LDB 9394/96, os parâmetros curriculares, o Ensino Fundamental, a formação de professores e a prática pedagógica no Ensino Fundamental, observadas por meio de uma pesquisa de campo. Veja mais aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.

PSICOLOGIA AMBIENTAL: A ARTE NA EDUCAÇÃO E DIREITOS DAS COMUNIDADES - A preocupação com a relação entre o ser humano e o meio ambiente é uma das pautas que tem levado aos mais diversos debates em todo planeta, devido ao aumento populacional e a intervenção humana no meio ambiente por meio do uso dos recursos naturais, represamento dos rios, o uso da água, o consumo de fertilizantes, a população urbana, o consumo de papel e a quantidade de veículos a motor, entre outros que atuam modificando a natureza que se encontra diante de transformações como aquecimento global, desastres naturais, extinção de espécies, destruição da camada de ozônio e das florestas tropicais, entre outros graves acidentes. Tendo em vista os graves problemas ambientais por que passa a humanidade, um forte aparato legal, desde as previsões constitucionais e legislação infraconstitucional, que se tem procurado minimizar esses problemas por meio de ações preventivas e educacionais. Consequência disso é a avançada e progressista legislação ambiental que é adotada dentro do contexto de Educação Ambiental e do tema transversal Meio Ambiente, para evidenciar a necessidade de conscientização por uma prática responsável e sustentável por parte de governos, instituições e sociedade em geral. Sobre essa realidade é que se pretende desenvolver o presente projeto de Estágio Básico, voltado para a realidade em que vivem as comunidades do Riacho Salgadinho, Maceió – AL, no sentido de articular os fundamentos teóricos da Psicologia Ambiental com a atividade artística – teatro, música e literatura – para efetivação da Educação Ambiental e do tema transversal Meio Ambiente, no que concerne às práticas, atitudes e comportamento das comunidades atinentes a essa área e que possam fazer aquisição de seus direitos e deveres com relação às questões ambientais, usufruindo e atuando de forma preventiva, responsável e sustentável. Veja mais aqui, aquiaqui, aqui e aqui.

PROBIDADE ADMINISTRATIVA – A Lei Federal n.º 8.429, de 02/06/1992, a Lei de Improbidade Administrativa, apelidada também de "Lei do Colarinho Branco", é o diploma de normatização das diversas formas de improbidade administrativa. A improbidade administrativa é o designativo técnico e jurídico para a chamada corrupção e má gestão administrativa, que, sob diversos tipos de ação e omissão dos agentes públicos, promove o desvirtuamento da condução das coisas públicas, afrontando os princípios constitucionais que regulam a atuação da administração pública, em especial aqueles previstos no art. 37 da CF. A probidade administrativa na gestão do patrimônio público, que abrange, não só os bens e direitos de valor econômico (erário) mas também de valor estético, histórico ou turístico, espécie de interesse difuso, pois bem de todos indivisível, cuja violação afeta a sociedade em geral. A probidade administrativa, princípio constitucional, intimamente relacionado com os princípios fundamentais da legalidade e da moralidade, significa, pois, a honestidade, a decência, a honradez no trato do patrimônio público. A improbidade administrativa revela-se desde a forma mais grave de alcance de vantagens patrimoniais ilícitas às expensas do erário (parcela do patrimônio público que tem conteúdo econômico-financeiro, isto é, bens e direitos de valor econômico) ao exercício nocivo ou ineficiente das funções públicas causando efetiva lesão ao erário, e à atuação do agente público que atenta contra os princípios constitucionais. A lei citada disciplinou os atos de improbidade administrativa em três categorias: Os atos que importam em enriquecimento ilícito do agente público provocando ou não prejuízo financeiro ao erário, discriminados no seu art. 9; Os atos efetivamente lesivos ao erário arrolados no seu art. 10; Os atos que atentam contra os princípios constitucionais da boa gestão administrativa, que não acarretem enriquecimento ilícito do agente público, nem lesão ao erário. Deve-se ressaltar que o art. 11 funciona com regra de reservar para os casos de improbidade administrativa que atentam contra princípio constitucionais, mas não carretam dano patrimonial para o poder público (art. 10), nem importam em enriquecimento ilícito do agente público que o cometeu (art. 9.º); A prática de atos de improbidade administrativa enseja, sem prejuízo da ação penal cabível nos termos do art. 37 parágrafo 4.º da CF, as seguintes sanções: Suspensão dos direitos políticos; Perda da função pública; Indisponibilidade de bens; Ressarcimento ao erário se for apurado dano a este. Tratam-se como se vê de sanções de cunho civil, político e administrativo. E a forma e gradação de sua aplicação, conforme o tipo de ato de improbidade administrativa praticado, estão reguladas no art. 12 da lei de improbidade administrativa. O Ministério Público, a advocacia pública, o Judiciário e os Tribunais de Conta têm um papel preponderante e decisivo na guarda da coisa pública, no combate à corrupção e na fiscalização do cumprimento da Carta Magna e da Lei, e estão dotados de preciosa ferramenta, para o cumprimento das determinações constitucionais. A bem da verdade, uma real revolução está ocorrendo no país, com o Ministério Público e advocacia pública, cada vez mais fortes, e a consciência nacional mais aguçada, permitindo crer que o império do crime não está tão consolidado como poderia parecer, conquanto falte muito para sua total erradicação. Qualquer agente público poderá vir a ser o sujeito ativo. Os agentes público vêm conceituado no art. 2.º , sendo todo aquele que, exercendo, mesmo que transitoriamente, ou sem remuneração, por eleição, contratação, designação ou qualquer outra forma de vínculo ou investidura, mandato, cargo ou função nas entidades indicadas no art. 1.º. A administração pública direta, indireta de qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Município, obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, eficiência, moralidade, publicidade e todos os demais previstos na Constituição, advertindo o parágrafo 4.º do art. 37, que os atos de improbidade administrativa importarão na suspensão dos direitos de ressarcimento do erário público, sem prejuízo da ação penal cabível. O conceito de administração pública é bastante amplo, compreendendo, para os efeitos desta lei, também a empresa incorporada ao patrimônio público e a entidade, para cuja criação ou custeio, o Tesouro haja concorrido ou concorra com mais de 50% do patrimônio ou da receita anual. O sujeito passivo é toda pessoa jurídica de direito público interno - União, Estados, Distrito Federal, Município e autarquias. A lei inclui o território. Também o são os entes públicos ou provados, que participe direta ou indiretamente do dinheiro público, de seu patrimônio ou da receita anual. Assim, as sociedades de economia mista, as empresas públicas, fazendo parte da administração indireta, não estão alijadas da esfera de ação da lei, bem como as entidades para cuja criação ao tesouro público haja contribuído ou contribua com menos de 50% do patrimônio ou da receita anual. Neste caso, a sanção patrimonial limita-se aos prejuízos causados aos cofres públicos. Veja mais aqui, aquiaqui, aqui e aqui.


EDUCAÇÃO BÁSICA EM ALAGOAS: A PIOR DO PAÍS – Na última terça, dia 14 de agosto, o Ministério da Educação (Mec) publicou os dados do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), revelando a situação dessa faixa educacional em todo Brasil. Pelo Ideb, Alagoas possui a pior educação do país, não conseguindo alcançar nenhuma das metas estabelecidas.


CONSTATAÇÃO – Já constatei o que muitos professores da rede pública de Alagoas haviam me denunciado: se você perguntar a qualquer criança da educação básica alagoana o que é uma laranja, manga, abacaxi, abacate ou qualquer fruta da região, elas não sabem o que significa nem do que se trata, apenas carne de soja moída, cuscuz e salsicha (o que faz parte da merenda escolar usual), ou isso mais arroz ou feijão que são mais escassos na mesa.


EDUCAÇÃO NO BRASIL - Também nos estados de Rondônia, Acre, Pará, Paraíba, Bahia, Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Sul e no Distrito Federal, o índice piorou em relação ao resultado anterior.




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