segunda-feira, fevereiro 09, 2015

PIEDAD BONNETT, MIA SOSA, TAYLOR CALDWELL & ALINA PAIM

 


UMA VEZ, SELENA... - Adolescia com a beleza de seus gestos. Não precisa ouvi-la, basta vê-la sensual nas capas de discos e nos vídeos que passavam na televisão. Era uma caçula latina que nascera em Lake Jackson, filha de uma descendente cherokee e de um músico Testemunha de Jeová que integrava Los Dinos e descobriu seu talento ainda menina. Começou a cantar no Papagayo’s com seus irmãos e, por seus pais terem sido despejados do restaurante, se estabeleceram em Corpus Christi, quando foi criada a banda Selena y Los Dinos. Abandonou a escola por conta da cheia agenda profissional e só concluiu o colegial por correspondência para se bacharelar em administração. Enamorou-se do guitarrista contratado, o que fez com que o pai o expulsasse da banda. Às escondidas, mas contando com apoio da mãe depois se casaram. Foram três meses sem conversa até a aprovação paterna. Venceu concursos musicais atraindo a atenção da indústria fonográfica. Tornou-se logo um ícone sexual e a Vocalista Feminina do Ano - isso por nove anos consecutivos: a rainha tejano-cumbia do México, uma artista do povo. Daí começou uma carreira solo e as paradas de sucesso: Ven conmigo... Os bustiers decorativos, elastanos, calças justas e jaquetas atraentes para realçar o decote incendiavam minha libido como se a visse sussurrante pra mim: Entre a mi mundo... Sonhava e era verdadeiramente um Amor prohibido... Veio então Selena Live! E a novela: Dos mujeres, um caminho... Também os desenhos e fabricação de uma linha de roupas: a boutique Selena Etc. Quebrava as suas barreiras e recordes. Em plena ascensão, no verão daquele fatídico ano, a enfermeira administradora das lojas e fã-clube: a obsessão e um tiro nas costas: My heart burns... E ficou pra mim a sua pose de Dreaming Of You... E ficou na minha predileção adolescente, a rainha do Tex Mex. Veja mais abaixo e mais aqui e aqui.

 


DITOS & DESDITOS - Se você tem um sonho, não deixe que ninguém o tire. Com uma atitude positiva, você pode ser tudo o que quiser ser. Se você vai ser alguém, precisa ser um líder, não um seguidor... tenha uma mente forte, o impossível é sempre possível. Tudo o que preciso fazer é tentar fazer o melhor que posso. Pensamento da cantora, dançarina, estilista e empresária Selena Quintanilla Perez (1971-1995), apelidada de Rainha da Música Tejana.

 

ALGUÉM FALOU: A humanidade adora seus traidores e assassina seus salvadores... Pensamento da escritora britânica Taylor Caldwell (Janet Miriam Holland Taylor Caldwell, 1900-1985). Veja mais aqui e aqui.

 

DESABOTOANDO O CÉU - […] A altura dele a forçou a ficar na ponta dos pés. Para uma mulher que era mais alta do que a maioria dos garotos da sua classe no ensino médio, essa característica física em particular provocou uma onda de imagens sensuais em sua mente. Sexo contra uma parede. Era uma possibilidade. E dada a largura dos ombros dele, ela imaginou que ele a seguraria muito bem. Oh, dia glorioso. [...]. Trecho extraído da obra Unbuttoning the CEO (Forever, 2015), da escritora estadunidense Mia Sosa.

 

A CORRENTEZA – [...] Humana! Que é ser humano? É ser forte e fraco, certo e errado, não ser réu nem juiz, ter no coração sol e chuva. [...]. Trecho extraído da obra A Correnteza (Record, 1979), da escritora Alina Paim (1919–2011), qie na sua obra Sol do Meio-dia (ABL, 1961), expressa que: [...] Quanto mais se tem os pés na realidade mais livre se tem a cabeça pra sonhar [...] O amor no seu coração trazia o deslumbramento do sol do meio-dia, sol que não faz sombras. Não era nenhum milagre, o amor fazia o que sempre fará em todo o coração de mulher enamorada, por todos os séculos, sem fim [...]. Já na obra Sombra do Patriarca (Globo, 1950), ela expressa que: [...] Era tão simples desejar que muita coisa acontecesse! Nenhuma consequência. O pensamento é a coisa que, por mais junto que estejamos de alguém, é sempre nossa: não pode ser mandado, foge de quem o queira reter contra nossa vontade, foge mais ligeiro talvez que o relâmpago. Sabendo isto, havia de ser sempre inquieta, dominada pela ânsia de penetrar a mente da pessoa de que eu gostasse e desejasse inteiramente minha. [...].

 

TRÊS POEMASORAÇÃO - Pelos meus dias peço, \ Senhor dos naufrágios, \ não água para a minha sede, mas sede, \ não sonhos, \ mas desejo de sonhar. \ Pelas noites, \ toda a escuridão que será necessária \ para afogar a minha própria escuridão. BIOGRAFIA DE UM HOMEM MEDROSO - Meu pai logo teve medo de ter nascido. \ Mas logo se lembrou também \ dos deveres de um homem \ e eles lhe ensinaram \ a rezar, a economizar, a trabalhar. \ De modo que logo meu pai era um bom homem. \ ("Um homem de verdade", diria meu avô). \ No entanto \ - como um cão ganindo, amordaçado \ e amarrado a uma estaca - o medo persistia \ no âmago de meu pai. \ De meu pai, \ que quando menino tinha olhos tristes, e quando velho \ mãos tão solenes e limpas \ quanto o silêncio ao amanhecer. \ E sempre, sempre, o ar de um homem solitário. \ De modo que quando nasci meu pai me deu \ tudo o que seu coração desorientado \ sabia dar. E isso incluía \ o presente amoroso de seu medo. \ Como um homem honesto, meu pai trabalhava todas as manhãs \ e se movimentava todas as noites e, quando podia, \ comprava em prestações a pequena morte \ que sempre desejou ter. \ Pagava por ela rigorosamente, \sem nenhuma ansiedade, ano após ano, \ como um homem honesto, meu bom e velho pai. HOMENS TRISTES NÃO TÊM PARCEIROS DE DANÇA - Os homens tristes afugentam os pássaros. \ Até suas testas pensativas descem \ as nuvens \ e se dissolvem em uma garoa opaca. \ As flores definham \ nos jardins dos homens tristes. \ Seus precipícios tentam a morte. \ Enquanto \ as mulheres que estão dentro de uma mulher \ nascem todas ao mesmo tempo \ diante dos olhos tristes dos homens tristes. \ O vaso da mulher abre novamente seu ventre \ e oferece ao homem triste seu leite redentor. \ A mulher criança beija com fervor \ suas mãos paternas e desoladas de viúvo. \ E aquela que anda silenciosamente pela casa \ brilha suas horas negras e remenda \ todos os buracos de seu peito. \ Há outra que empresta ao homem triste \ suas duas mãos como se fossem asas. \ Mas os homens tristes são surdos à sua música. \ Não há mulher mais solitária então, \ mais tristemente solitária, \ do que aquela que quer amar um homem triste. Poemas da poeta e dramaturga colombiana Piedad Bonnett. Veja mais aqui.

 

SACADOUTRAS

 

A SOCIEDADE EM REDE – Importante leitura para quem quiser ter uma compreensão da realidade atual e planetária, são os três volumes que compõem a obra A sociedade em rede (Paz e Terra, 2002), do sociólogo espanhol Manuel Castels, na qual o autor defende o conceito de capitalismo informacional e introduz o conceito de consumo coletivo concentrando-se no papel das novas tecnologias de informação e comunicação no mapeamento do cenário da reestruturação econômica. No primeiro volume dedicado ao tema da era da informação: economia, sociedade e cultura, o autor aborda temas como a rede e o ser, a revolução da tecnologia da informação, a nova economia do informacionalismo, da globalização e do funcionamento em rede, a nova economia, a empresa em rede na observação da cultura, as instituições e da economia informacional; a transformação do trabalho e do mercado de trabalho, a cultura da virtualidade real o espaço de fluxos, o limiar de eterno e tempo intemporal. No segundo volume, o poder da identidade, aborda assuntos como paraísos comunais, a outra face da terra, o verdejar do ser, o fim do patriarcalismo, um Estado destituído de poder, a política informacional e a crise da democracia, fechando o volume com a transformação social na sociedade em rede. No terceiro volume, dedicado ao tema o fim do milênio, aborda acerca da crise do estatismo e o colapso da União Soviética, o surgimento do Quarto Mundo, a conexão perversa e a economia global do crime, a globalização e o Estado, a unificação da Europa e a necessidade de depreender o nosso mundo. Veja mais aqui e aqui.

  
Imagem: mulher no frevo que hoje no Brasil é o Dia do Frevo e da Folia Tataritaritatá. Veja mais aqui e aqui.

Ouvindo o excelente álbum de estreia (Sony, 1992) do não menos excelente cantor e compositor brasileiro Edson Cordeiro. Veja mais aqui.

UM FREVO CHAMADO MULHER – A cantora e compositora cearense Amélia Cláudia Garcia Colares, ou simplesmente Amelinha, é detentora de uma voz singular, de um talento indiscutível e de uma trajetória artística invejável, comprovada com os seus inúmeros sucessos, desde o seu primeiro álbum Flor da Paisagem (1976) até o Janelas do Brasil (2011). O seu dvd Janelas do Brasil (2012) está um primor e com participações pra lá de especiais de Toquinho, Fagner e Zeca Baleiro. Em 2009, com a sua sempre gentil e simpática forma de ser, esta grande cantora me concedeu uma entrevista. Para conferir veja mais aquiaqui.

OS PAIS E O RESPEITO AOS FILHOS – A psicóloga alemã Karen Horney (1885-1952) criadora da escola de psicanálise neofreudiana, desenvolveu estudos acerca das neuroses ao perceber que elas são resultado das relações interpessoais e de conflitos emocionais que começam na infância. A respeito disso, ela trata sobre O respeito aos filhos, expressando que: Quando você esperava seu filho, certamente tinha planos para ele. Nesses sonhos, conscientemente ou não, fazia de seu filho um prolongamento de si mesma, projetando tudo aquilo que gostaria de ter sido. Mas quem nasceu de você um outro individuo, cuja realidade nada tem haver com a sua, embora tenha se alimentado de seu sangue e tenha sido gerado de suas células. Ele terá características próprias, outros anseios, outro temperamento. Não é justo que você transfira para ele suas frustrações. Deixe que ele se desenvolva. Veja mais aqui, aqui, aquiaqui e aqui.


OS PROIBIDOS DESEJOS DA FERA RACIONAL - A atriz, roteirista e escritora paulista Branca Tirollo, é membro da Academia de Letras do Brasil e autora de várias peças teatrais, de diversos projetos engajados, artísticos e sociais, do documentário Mil vidas em meu pensar, de inúmeros livros de contos e poesias, além de ter participado de várias antologias. Dela reunimos alguns dos seus poemas aqui.

TODO DIA É DIA DA MULHER
CARMEN MIRANDA
A primeira homenageada de hoje é a saudosa atriz e cantora luso-brasileira Carmen Miranda (1909-1955) que tanto enalteceu a nossa música! Veja mais aqui e aqui.
MÔNICA WALDVOGEL
A segunda homenagem de hoje é a competente e lindíssima jornalista Mônica Waldvogel.
Veja mais aqui.

Veja mais sobre:
Cantarau, Thiago de Mello, Paul Verlaine, Tracy Chapman, Melanie Klein, Francisco de Goya, José Celso Martinez Corrêa, Vincent Van Gogh, Warren Beatty, Méry Laurent & Paulo Cesar Barros aqui.

E mais:
Sombras de Goya & Os poderosos de hoje aqui.
Poemas de Thiago de Mello aqui.
A poesia de Paul Verlaine, Denise Levertov, Wojciech Kilar, Paul Delaroche, Marcoliva & Lourdes Limeira aqui.
Big Shit Bôbras: a lástima da imitação do pior do ruim, Georg Trakl, Paul Auster, Sarah Kane, Gertrude Stein, Felix Mendelssohn, Gil Elvgren & Marion Cotillard aqui.
Desejo: a história da canção, A Paz & Ralph M. Lewis, Jacques Prévert, Milton Hatoum, Jonathan Larson, Eric Fischl, Monica Bellucci, Madhu Maretiori & Sônia Mello aqui.
A multa do fim do mundo, William Burroughs, Henfil, Ernest Chausson, Liliana Cavani, Hans Rudolf Giger, Paulo Dalgalarrondo, Charlotte Rampling & Auber Fioravante Junior aqui.
O pensamento de Theodor Adorno aqui.
A teoria da estruturação de Anthony Giddens & Iniciação à estética de Ariano Suassuna aqui.
Solidariedade aqui.
E se vem ou vai, eu voou, Jehane Saade, Paula Rego& Manuel Pereira da Silva aqui.
O poeta e a fera, Mariarosaria Stigliano & Leila Nogueira aqui.
Festa do dia 8 de dezembro, lavando a jega, Florbela Espanca, Camille Claudel, Alaíde Costa, Tatiana Grinberg, Militão dos Santos & Quando tudo se desapruma a farra é só pro desgoverno aqui.
O fulgor do amor, Érico Veríssimo, Jorge Drexler, Luciah Lopez & O amor premia o final de semana aqui.
A corrupção come no centro e a gente é quem paga o pato sempre, Darcy Ribeiro, Sebastião Salgado & Depois da farra a corda só arrebenta pra precipício dos que estão de fora aqui.
Há um ano, Ná Ozzetti, Fernando Rosa, Luciah Lopez & Quem não sabe ver é mais fácil de enrolar aqui.
Absolutismo aqui.
Lasciva da Ginofagia aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.
História da mulher: da antiguidade ao século XXI aqui.
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CRÔNICA DE AMOR POR ELA
Leitora Tataritaritatá!
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CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Recital Musical Tataritaritatá - Fanpage.
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