quinta-feira, outubro 08, 2020

ARTHUR CLARKE, JODI PICOULT, STEVEN PRESSFIELD, LUISA DORR, PAUL TILLICH, TALIA & JOAQUIM CARDOZO

 


TRÍPTICO DGF – AQUELA DE... SOLIDÃO, SOLITUDE... - Sou paisagem errante desbotada entre manada de pusilânimes bestuntos com seus clamores desesperados, mútua insensatez e nenhum nexo, o mofo da rejeição. Às vezes ou sempre é tudo tão desolado e trago do caótico no meu pedaço de vida. Nenhuma mágoa ou culpa, talvez aniquilado por situações circunflexas e até oblíquas não sei como. Sobrevivo a tanto, porta afora, rua acima, às vezes me perco com o que tive e sonhei. Hibernei na impermanência, enquanto falácias da falsa dicotomia queriam-me no xeque mate, como se tivesse que padecer a um justiçamento social, quando não difamado porque nenhuma dor me acomete, nem a de seguir só. Sabia do filósofo alemão Paul Tillich (1886-1965): A vida é dura... e nem sempre é justa. Mas isso não quer dizer que ela não possa ser boa, gratificante e prazerosa. Ainda há muitas razões para dizer sim à vida. Apesar de despojado, eu digo eternamente e só não vivo ao desabrigo perturbador, porque optei doravante à desaparição. Nada a temer nem nunca me apavorei com o escritor e inventor britânico, Arthur Clarke (1917-2008): Existem duas possibilidades... Ou estamos sozinhos no universo ou não estamos. Ambas são igualmente aterrorizantes. E ele me aconselhou de vera: A única maneira de se definir o limite do possível é ir além dele, para o impossível. Por isso, naquela de viver ou sobreviver, escolhi: é tudo ou nada. Patafísico, voo pela solitude.

 


DOIS DITIRAMBOS DA EXPEDIÇÃO VOLUNTÁRIA - Imagem: foto da atriz performática, dramaturga e diretora Carolina Bianchi – Recluso à minha solidão, dei de cara com ela: chamou-me Lobo e apresentou assim de sopetão o Cara de Cavalo e a Cia. Dos Outros, para que fôssemos ao Panorama Sur. Aí ela me disse: Mata-me de prazer, vai! Quiero hacer el amor. E de cabeça: Me voy a saltar sobre tu cuerpo! U-hu! Eu uivei no nosso Rêverie. E fizemos Expedição a Marte e de mãos dadas pelas Utopyas to every day life! Na sua carne, a minha Escrita Incandescente, para nossos Solos Impossíveis, tudo Hardcore from the heart! E nos beijamos e nos entregamos repetindo o desafio de Steven Pressfield: Todo sol lança uma sombra e a sombra do gênio é a Resistência. Por mais forte que seja o chamado de nossa alma para a realização, igualmente potentes são as forças da Resistência reunidas contra ele. Ah, aquelera parceira luzidia das mil&umas loucuras de amorecer a vida por escalas cromáticas que desfazíamos diatônicas para enlanguescermos no experimental dodecafônico, atonal, e eu redivivo na sua ancoragem para ser-me o que sou nela.

 


TRÊS VEZES & SE É PARA IR VAMOS LOGO! – Imagem: arte da fotógrafa Luisa Dorr. - Nua ela era então Talia comigo no Jardim de Epicuro ou no Walden de Thoureau, a nos deliciar dos prazeres da nossa ataraxiaponia, experimentando o amor entre os ventos e ramos de hera. E me contou da escritora estadunidense Jodi Picoult: Talvez o que somos não esteja tão relacionado com o que fazemos, mas mais com o que somos capazes de fazer quando menos esperamos. As coisas extraordinárias estão sempre escondidas em lugares onde as pessoas nunca se lembram de procurar. E nela o que havia por vasculhar dos mistérios e graças. E o que eu tinha a mais era o topo da montanha que ela me deu para contemplar o quão imensa é a vida no horizonte da infinitude. E me fez deus e eu, servo dela, aprendi a ser feliz. Até mais ver.

 

O CORONEL DE MACAMBIRA, JOAQUIM CARDOZO

[...] Capitão: [...] Sou conde condecorado / Senhor de grande solar / Comigo trago mandato / De tudo remediar / Sou conde condecorado / Com a cruz do Tempo e do Ar / Sou comandantes das nuvens / Errante no pelejar. [...].

Trecho extraído da peça teatral O coronel de Macambira: bumba-meu-boi, em dois quadros (FCCR, 2005), do poeta, dramaturgo, engenheiro civil, desenhista, professor e editor Joaquim Cardozo (1897-1978), autor de outros textos teatrais, tais como De uma Noite de Festa (1971), Marechal, Boi de Carro (1975), Os Anjos e os Demônios de Deus (1897), O Capataz de Salema e Antônio Conselheiro, ambas de 1978. Referência extraída do artigo A cultura popular nordestina no engenho teatral moderno de Joaquim Cardozo (Revista Diálogos – set. / out., 2018), de Nadja Maira Baltazar da Silva e Jairo Nogueira Luna. Veja mais aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui & aqui.