sábado, janeiro 05, 2013

ECO, ATWOOD, ABASIYANK, QUIJANO, NOZICK, BAILLARGEON, CHEVALIER & LITERÓTICA

 

A arte da fotógrafa francesa Yvonne Chevalier (1899–1982).


 

LITERÓTICA: OUSO NELA TODO GOZAR - Ela veio proo meu súbito despertar, linda & desatinada para ficar como quem quer ser imolada com despudor. E logo se agacha completamente compenetrada com meu membro enrijecido só com a sua chegada espalhafatosa. Acaricia minha intimidade a me provocar com os lábios entreabertos, o decote dos seios, as coxas comprimidas rentes ao meu prazer, totalmente desregrada. Alisa meu corpo como quem mais que prendada dedica atenção redobrada aos meus dedos que passeiam por sua face ruborizada, inteiramente enfeitiçada por minhas carícias ousadas, cabelos, ombros, um caudal de emoção nela explorar. Ergo-a pro beijo e me toma em seus braços de roldão. Removo calma e delicadamente suas vestes e ela se mostra nuínha como quem se entrega ao cadafalso, cônscio da sua deliciosa condenação. Sou-lhe inteiro na sua aflição requerente e todo domínio impiedoso sobre sua indefesa nudez. Sou-lhe probo, exato na tomada firme de sua carne esbelta, diligente contendor que invade sua reclusa para tê-la gemendo resfolegante de prazer e pedindo mais e tudo que eu mais quiser dela e nela me aprumar para valer. Assim rendida e estirada golpeio estocadas inesperadas na sua agonia e invado suas entranhas extasiadas e mais que aberta lavada explode os orgasmos nos seus olhos revirados que me fazem domar todo seu reinado sem que nada mais impeça a minha conquista a me acasalar de mãos dadas. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais aqui e aqui.

 


DITOS & DESDITOS - Indivíduos têm direitos e há coisas que nenhuma pessoa ou grupo pode fazer a eles (sem violar seus direitos). Cada comunidade deve conquistar e manter a adesão voluntária de seus membros. Nenhum padrão é imposto a todos, e o resultado será um padrão se e somente se todos escolherem voluntariamente viver de acordo com esse padrão de comunidade. À medida que mais e mais pessoas veem como funciona, mais e mais desejarão participar ou apoiá-lo. E assim vai crescer, sem ser necessário forçar todos ou uma maioria ou qualquer um a seguir o padrão. Pensamento do filósofo estadunidense Robert Nozick (1938-2002).

 

ALGUÉM FALOU: Nós não vivemos em um século de imagens, mas sim de estereótipos. O estereótipo é o contrário de uma imagem: imagem é algo que questiona e inquieta. Pensamento do artista francês Claude Baillargeon (1949-2016).

 

POPULARES & REVOLUCIONÁRIOS – [...] No curso daqueles anos, a derrota dos processos “populares” e “revolucionários” trouxe à tona, na realidade e no debate teórico, a maneira pela qual as lutas de classe eram apuradas. Tornou-se necessário, então, e historicamente possível, reunir para a pesquisa as questões que a realidade propunha, em uma teoria desprovida de ambiguidades [...]. Trecho extraído da obra Sociedad y sociología en América Latina (RCS, 1981), do sociólogo peruano Aníbal Quijano (1930-2018), que no estudo Las ideas son cárceles de larga duración, pero no es indispensable que permanezcamos todo el tiempo en esas cárceles (CLACSO, 1985), expressa que: [...] Não é verdade que, há dez, quinze anos atrás, grande parte de nós esperávamos que nessa crise ocorresse uma polarização social e política? Sim, e começou a ocorrer. Não posso afirmar que não ocorreu. Mas fomos derrotados. E depois dessa derrota, hoje, podemos apreciar que uma grande parte do rol das ciências sociais e dos cientistas sociais começou a ser definida com uma relação com a pós-crises, a pós-derrota dos movimentos dos dominados em todas as partes. [...]. Ele é autor da expressão A vida é feita da mesma madeira que os sonhos. Veja mais aqui.

 

APOCALIPTICOS &INTEGRADOS –[...] Qual a taxa de redundância aquém da qual a novidade nâo é recebida, e além da qual a novidade se apaga na obviedade? Em gue medida uma novidade na ordem dos significantes comporta uma novidade na ordem dos significados? Em que medida uma mensagem altamente convencional na obediência aos códigos, pode, em todo caso, veicular significados novos, capazes de modificar os quadros de referência dos receptores? A esses e outros problemas a análise semiológica pode responder elaborando mais a fundo uma casuística dos códigos e dos quadros de referência; analisando mensagens dadas e individuando seus níveis e estrutura comunicativa, nos termos de uma dialética entre probabilidade e improbabilidade, na ordem dos códigos como na dos quadros de referência. Caberá à investigação sobre o público dizer-nos qual a diversidade entre as intenções do remetente e a interpretação do receptor. Só então saberemos alguma coisa sobre a homogeneidade dos sistemas de significação do remetente e do receptor, e consequentemente, sobre a real eficácia comunicativa da mensagem televisional [...] Assim acrescida, essa consciência pode interessar tanto a quem se dedique ao problema da emissão, como a quem se dedique ao problema dos receptores como comunidade a organizar e sensibilizar. A falta dessa consciência, a mensagem televisional destina-se a permanecer como uma abstrata hipótese de comunicação, de que talvez se possa intuir a intenção, mas sobre cujo resultado nada se sabe. E nesse caso, permaneceriam abstratas também as operações políticas ou culturais realizadas sobre o ente e sobre o usuário. [...]. Trechos extraídos da obra Apocalípticos e integrados (Perspectiva, 2004), do escritor e filósofo italiano Umberto Eco (1932-2016), tratando sobre Cultura de Massa e "Niveis" de Cultura, A Estrutura do Mau Gôsto, Estilística do Kitsch, O Midcult, Estrutura da mensagem poética, O leopardo da Malásia, Leitura de "Steve Canyon",  A linguagem da estória em quadrinhos, Hume e o selvagem: introdução à pesquisa empírica, A tarefa da crítica e da historiografia, Retórica e Ideologia em Os Mistérios de Paris de Eugène Sue, A estrutura da consolação, O Uso Prático da Personagem, O problema estético do "tipo", Razões das poéticas da tipicidade, Tipo e "topos", O Mito do Superman, A estrutura do mito e a civilização do romance, O enredo e o consumo da personagem, Consumo e temporalidade, Defesa do esquema iterativo, Consciência civil e consciência política, O Mundo de Minduim, A Canção de Consumo, Os meios audiovisuais como instrumento de informação musical, Tomada direta e :influência sobre o filme, Comunicação e expressão, A relação com o público, As pesquisas experimentais, Vigilância e participação, Passividade e relação crítica, A média dos gastos e a modelação das exigências, O universo da iconosfera, A elite sem poder, A recusa do intelectual, Um cauteloso dirigismo cultural, entre outros. Veja mais aqui e aqui.

 

NUVEM MARAVILHOSA - [...] Um relógio parou na parede... Parou exatamente às três horas... Talvez seja esta a hora em que uma jovem perde o constrangimento, o sentimento de amor. [...] Para mim, as pessoas não compram esses cinemas; Ele está tão enojado com a cidade que seus bares e cafés estão lotados... A balsa partirá meio vazia... Ao decolar, as janelas vão tremer.. Vou ouvir cada batida da hélice. Aldeias do lado da Anatólia de longe, Bozburnu da outra janela, o mar aberto; Vou observar as nuvens do sudoeste empilhadas umas sobre as outras. Há ondas mortas no mar. De vez em quando, o navio bate em algum lugar como nos meus sonhos de infância... O clima é do sul. O vento parou. No mar onde os golfinhos saltam, eles seguram barcos e cavalas com suas âncoras. Parece que muita gente, vestida com oleados, cobertores e trapos, ia pescar por prazer, para alimentar os filhos com peixe com limão em um quarto quente até a noite... [...] Eu vivi em todos os lugares sem talvez viver. Eu nasci em uma casa. Eu gostava de uma vizinha morena. Quando eu acordava de manhã, acordava com um vago sonho com ele. Eu tinha isso em mim. Onde quer que eu fosse, ele iria junto. Foi contra mim no meu trabalho. Quando o vi na porta à noite com as vizinhas; quando juntarei todas as suas privações, sua tristeza, sua alegria, seus problemas, seu descuido; Sem pensar por um segundo, eu veria e ouviria como eu sofreria com ele, então como nós riríamos, como eu beijaria suas mãos, rosto, lábio, olho, rótula, cotovelo, pescoço, orelha, dente. Como todo mundo, eu teria alguma coisa. Meu coração parava, parava, depois começava a bater acelerado... Quem não diria isso? Que ser humano não ouviu esta estranha e doce pausa e correr dentro de si? [...]. Trechos extraídos da obra Havada Bulut (1951- Paperback, 2002), do escritor turco Sait Faik Abasiyank (1906-1954).

 

DOIS POEMAS - VOANDO DENTRO DO SEU PRÓPRIO CORPO: Seus pulmões se enchem e se abrem, / asas de sangue rosa, e seus ossos / se esvaziam e se tornam ocos. / Quando você inspirar, você se elevará como um balão / e seu coração também ficará leve e enorme, / batendo com pura alegria, puro hélio. / Os ventos brancos do sol sopram através de você, / não há nada acima de você, / você vê a terra agora como uma joia oval, / radiante e azul marinho com amor. / É apenas em sonhos que você pode fazer isso. / Ao acordar, seu coração é um punho cerrado, / uma poeira fina obstrui o ar que você respira; / o sol é um peso de cobre quente pressionando diretamente / a casca rosada de seu crânio. / É sempre o momento antes do tiro. / Você tenta e tenta se levantar, mas não consegue. POEMA NOTURNO: Não há nada a temer, / é apenas o vento / mudando para o leste, é apenas / seu pai o trovão / sua mãe a chuva / Neste país de água / com sua lua bege úmida como um cogumelo, / seus tocos afogados e longos pássaros / que nadar, onde o musgo cresce / em todos os lados das árvores / e sua sombra não é sua sombra, / mas seu reflexo, / seus verdadeiros pais desaparecem / quando a cortina cobre sua porta. / Nós somos os outros, / aqueles de baixo do lago / que ficam em silêncio ao lado de sua cama / com nossas cabeças de escuridão. / Viemos cobrir-te / com lã vermelha, / com nossas lágrimas e sussurros distantes. / Você balança nos braços da chuva, / a arca fria do seu sono, / enquanto esperamos, seu / pai e sua mãe noturnos, / com nossas mãos frias e lanterna morta, / sabendo que somos apenas / as sombras ondulantes lançadas / por uma vela, neste eco / você ouvirá vinte anos depois. Poemas da premiadíssima escritora e crítica literária canadense Margaret Atwood. Veja mais aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.

 



TEM ALGO ERRADO AÍ – O Doro apareceu hoje virado da breca: - Num tem quem aguente essa corrupção! É bilhões de real praqui, bilhões prali, bilhões praculá! E a gente sempre fodido! Só quem inrica com isso são os políticos, ora! Quano é qui isso vai acabá no Brasil, hem? -, sentenciou bravo. Verdade. A malversação dos gestores públicos no erário público, sempre bota pra foder mesmo é no povo brasileiro! Está na hora da gente aprumar a conversa & tataritaritatá!!!


PRA QUEM CURTE O BBB – Gentamiga, chegou a hora de mais um reality show: o famigerado BBB (mais um, de novo?). Como nunca vi, muito menos tenho vontade de ver, acredito que seja um acontecimento maior que as presepadas afanadoras dos que se aboletam nos poderes do país, mais importante que a chuvarada acabando tudo no Rio de Janeiro e a seca diziminando tudo em Pernambuco & coisa & tal lererê larará. Ninguem tá nem aí pra quem pintou a zebra, essa a verdade. Pra quem gosta, uma sugestão melhor e dez mil vezes mais brechante de hilariante: o Big Shit Bôbras. Esse sim, você não perde por comprovar. E viva o Fecamepa..


SÓ COM BOSTA DO JAUARAICICA – Atenção! Muita atenção! Todos os apostadores, palpiteiros, cambistas e pitaqueiros, atenção! Pra tirar na sorte grande não tem mais esse negócio de trevo de quatro pontas, pé de coelho, cu pra lua ou coisa parecida. Cientificamente foi comprovado: só fica rico da noite pro dia no Brasil se o cara tiver acesso aos prosélitos da afanagem dos gestores das verbas públicas, virar larápio de assalto programado, ou assassino de plantão, ou se enturmar entre os políticos profissionais que mamam e desmandam na patriamada. Pronto. Afora isso, só comendo bosta do Jauaraicica. Tem coragem? Confira no Brincarte.


A PRISÃO E O SISTEMA PENAL NO BRASIL – “Quanto mais se expande e legitima publicamente o sistema penal, chegando ao ponto, muitas vezes, do exterminio socialmente legitimado, mais obstáculos à construção da cidadania e mais riscos para a gestão dialogal e democrática do poder, eis que o binômio exclusão-criminalização, que faz dos pobres e dos excluídos socialmente os selecionados penalmente criminalizados radicaliza a escala vertical da sociedade (a desigualdade e as assimetrias), potencializando que a sociedade excludete se torne, cada vez mais, abortiva e exterminadora”. Fonte: ANDRADE, Vera Regina Pereira. Sistema penal máximo x cidadania mínima. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2003. Veja mais  aquiaqui e aqui.


DESEJO – A minha música Desejo tem me dado muitas alegrias e motivos pra festa. Depois de muitas e boas, agora tem novo clipe e a história toda da música aqui e aqui.


NATANAEL LIMA JUNIOR À ESPERA DO ÚLTIMO GIRASSOL E OUTROS POEMAS – Veja a poesia de Natanael Lima Junior, editor do Domingo de Poesia, no Varejo Sortido.




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O amor – Crônica de amor por ela, Rabindranath Tagore, Johannes Brahms, Virgilio, Thomas Hardy, Wong Kar-Wai, Marin Alsop, Maggie Cheung, Corina Chirila, Lenilda Luna, Antonio Rocco, Cultura Pós-Moderna & Commedia dell’arte aqui.

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Por um novo dia, Herminio Bello de Carvalho, Ismael Nery, Brian Friel, Paolo Sorrentino, Julia Lemertz, J. R. Duran, Rachel Weisz, Iremar Marinho, Bruno Steinbach, O papel do professor e a sua formação na prática pedagógica aqui.
Paul Ricoeur & Fenomenologia, O Tao da Educação, Milton Nascimento, Psicodrama, Adriano Nunes, Roney Bunn, Direito & Trabalho aqui.
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