EROTICA UNIVERSALIS – Já tratei aqui
sobre a temática do Erotismo & Pornografia, bem como da arte erótica e a
respeito da educação sexual, por se tratar de tema de suma importância para
compreensão das manifestações humanas. Exemplo disse foram as mais diversas
publicações que fiz aqui no blog, acerca de obra como Thérèse Philosophe, bem
como de autores como Marquês de Sade, Bataille, Henry Miller, Anais Nin, entre
tantos outros das mais diferentes épocas do inventário humano. Trata-se de um
tema que não é apenas deste tempo, vem desde a mais remota era, como comprova a
obra Erótica universalis (Benedidikt
Taschen, 1994), do historiador e editor de arte francês Giles Néret, volume
este reunindo a Erotica antiqua, clássica, revolutionnaria, romântica, artis
novae e moderna. A primeira parte da publicação compreende uma introdução trazendo
As alegrias de Eros (The joys of Eros),
destacando a luxúria a partir das expressões da antiguidade, passando pela arte
egípcia e da Grécia Antiga. Na parte que compreende a Erotica Antiqua, a arte
grega, Pompeia, o amor cortês e, como destaque, a arte do desenhista e
gravurista francês Jacques Callot (1592-1635). Na abordagem acerca da Erotica
Clássica, O amor dos deuses, reunindo obras de Hans Balding, Dürer, Rembrandt, Carracci,
Boucher, Fragonard, Binet, Monnet, entre outros. Já a Erotica Revolutionnaria,
trata sobre a arte à época da Revolução Francesa, sobretudo sobre a depravação
com a arte e a propaganda sexual que destruiu Marie Antoinette, com gravuras e
panfletos pornográficos da época. Na Erotica Romantica, denominada Puxando o
diabo pela cauda, a arte de Achile Devaria, Eugénne Le Potevin e Peter Fendi,
entre outros. A Artis Novae representando os dândis com a arte de Aubrey
Beardsley, Franz Von Bayros e Felicien Ropes, entre outros. Por fim, a Erotica
Moderna com a Origem do Mundo de Coubert, a colheita erótica de Gauguin,
Tolouse, Degas, Ingres, Maele, Viset, Rodin, Klimt, Schiele, Grosz, Picasso,
Dali, Dubuffet, Pascin, Bellmer, Honore Daumier, Bernard Montorgueil, aquarelas
judias, ilustrações de fetiche vintage do Carlo, Foujita, John Willie e Eneg.
Essas representam o tratamento de questões que envolvem a sexualidade humana e
a expressão da mais diversa manifestação do prazer, do amor e da paixão,
merecendo, por isso, estudos e reflexões acerca do comportamento humano. © Luiz
Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais aqui.
DITOS & DESDITOS:
[...] Ai as coisas começam a se complicar; e na
falta de informações seguras abre-se um vale-tudo em que as opiniões mais
absurdas são lançadas como verdades comprovadas, o que só serve para
desacreditar aqueles poucos estudiosos que se dedicam seriamente ao assunto,
num trabalho paciente e penoso, como cegos tateando cominho em nevoeiro
fechado. No meio dessa confusão que às vezes toma aspectos até grotescos há
quem indague se vale a pena perder tempo com elucubrações que não levam a nada,
a não ser talvez à loucura, quando o grande problema do momento é o de viver
nesta Terra chata que jamais voltará a ser redonda, se é que algum dia foi.
[...] Não será de melhor proveito nos
preocuparmos com a vida nesta imensa planura que ainda continuará plana quando
não houver mais ninguém para pisá-la, maltratá-la e muito menos fazer planos
mirabolantes para devolver-lhe a forma arredondada que ela teria tido em épocas
remotas? [...] É fascinante, por
exemplo, imaginar que da redondeza da Terra devia decorrer a redondeza de quase
tudo o que havia nela. Só de pensar que os homens (como também os animais, as
plantas, os minerais), não seriam chatos como os de hoje, pelo menos não tão
chatos, já dá vontade de ter vivido naquele tempo. [...] Por que achataram a Terra? [...] Enquanto o povo plainava, equipes de
cientistas de várias especialidades iam cuidando de apagar os vestígios da
redondeza, num tratamento meticuloso que incluía a coleta, destruição ou
ocultamento de objetos, utensílios e obras de arte. [...] Também o sentido de muitas palavras que
significavam ou sugeriam redondeza foi alterado nos dicionários, e com o tempo
o povo foi aceitando as alterações. [...] a Terra continua redonda como sempre foi. O que aconteceu foi que as
pessoas, geração após geração, foram condicionadas desde pequenas a aceitar o
dogma de que vivem numa Terra chata; e como só viam formas chatas por toda
parte, acabaram se convencendo. [...] o
fato de a vermos chata não é mais do que uma monumental ilusão de ótica,
reforçada pelo condicionamento da visão interior, ilusão e condicionamento
incutidos nas pessoas desde o momento do nascimento. [...].
Conto Quando a Terra era redonda, extraída da
obra De jogos e festas (Civilização
Brasileira, 1980), do escritor do realismo fantástico brasileiro José J. Veiga (1915-1999). Veja mais
aqui e aqui.
A ARTE DE ONDINA POZOCO
A arte da artista plástica Ondina
Pozoco na expressão das mais diversas formas, como aquarelas, desenhos,
litografias, pasteis e pintura acrílica, explorando a riqueza dos detalhes e
das cores intensas. Ela participou da
criação do Núcleo de Gravura do Rio Grande do Sul e de Bienais em Porto
Rico, Coréia do Sul, Espanha e Florença. Veja mais aqui.
A MÚSICA D’AS FULÔ DO SERTÃO
A música da banda de forró de Teresina (PI), As Fulô do Sertão, formado pelo trio de
instrumentistas Adnayane Marins no triângulo e percussão, Écore Nascimento na
voz, violão e sanfona, e Tauana Queiroz na zabumba, criado em 2014, com o
objetivo de cantar canções que falam e valorizam a cultura nordestina. O grupo
lançou em 2018 o álbum Balanço do novo amor. Veja mais aqui.
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A OBRA DE KONSTANTÍNOS KAVÁFIS
Peça que a estrada seja longa. Pode
haver muitas manhãs de verão quando você chegar, com prazer e alegria, a portos
nunca antes vistos.