A arte da pintora e escultora francesa Rosa
Bonheur (1822-1899). Veja mais abaixo.
DITOS &
DESDITOS – O papel das 'artes representacionais' - pintura,
escultura e até arquitetura… acabou, pois não é mais necessário para a consciência de
nossa época, e tudo o que a arte tem a oferecer pode simplesmente ser
classificado como um retrocesso. A era em que a humanidade entrou é uma era de desenvolvimento
industrial e, portanto, a organização dos elementos artísticos deve ser
aplicada ao design dos elementos materiais da vida cotidiana, i. e. para a
indústria ou para a chamada produção. A nova produção industrial, na qual a
criatividade artística deve participar, será radicalmente diferente da
abordagem estética tradicional do objeto, na medida em que principalmente a
atenção estará focada não na decoração artística do objeto (arte aplicada), mas
na organização artística do objeto. O objeto de acordo com os princípios de
criação do objeto mais utilitário... Se
qualquer um dos diferentes tipos de belas-artes (ou seja, pintura de cavalete,
desenho, gravura, escultura, etc.) ainda pode reter algum propósito, eles o
farão então apenas: enquanto eles
permanecem como a fase de laboratório em nossa busca por novas formas
essenciais; e na medida em que servem
como projetos e esquemas de apoio para construções e objetos utilitários e
industrialmente manufaturados que ainda não foram realizados. Pensamento da
pintora e ilustradora russa Liubov Popova (1889-1924), representante da vanguarda russa, cuja estética
é transversal aos movimentos cubista, suprematista e construtivista, com
trabalhos nos campos da pintura e do design.
ALGUÉM FALOU: A beleza sempre acabará sendo
rasgada. O perfume é um parêntese, um momento de liberdade, paz, amor e
sensualidade entre os problemas da vida moderna. Elegância não é uma questão de
luxo ou dinheiro, mas sim de atitude. Se a elegância não vem do coração, então
não é elegância. Eu nunca revoluciono. Eu apenas evoluo. Sempre
imperceptivelmente.
Pensamento da estilista e escritora francesa Sonia
Rykiel (1930-2016).
A DOR DA
TORTURA - Dois
homens entraram em casa e me sequestraram, juntamente com meu marido, o
jornalista Paulo Markun. No DOI-Codi de São Paulo, levei choques nas mãos, nos
pés e nas orelhas, alguns tapas e socos, sendo inquirida sobre colegas de
universidade e suas supostas ligações com o PCB. Durante o tempo em que isso
aconteceu, eu usava um capuz preto que sufocava. Num determinado momento, eles
extrapolaram e, rindo, puseram fogo nos meus cabelos, que passavam da cintura.
Imediatamente retirei o capuz, apaguei o fogo com ele e encarei meu algoz, um
senhor com rosto de pai de família e uns 60 anos de idade. Os torturadores
auxiliares perguntaram: ‘E agora, acabamos de vez com ela?’. Tornei a olhar
para o mais velho nos olhos e falei: ‘Isso que vocês estão fazendo comigo é um
absurdo, sou católica e vou batizar minha filha no domingo’. E perguntei: ‘Você
acredita em Deus? Você tem filhos?’. Os mais jovens avançaram sobre mim, e o
mais velho disse: ‘Deixa’. Logo depois, fui jogada numa cela com outras
mulheres. Lembro-me de uma camponesa que estava com o rosto desfigurado pela
pancadaria. Ela não conhecia ninguém ali, nem sequer sabia o que era comunismo.
Foi parar lá porque tinha se relacionado amorosamente com um militante. Ao ver
aquilo e ouvir o relato das outras presas, muitas estupradas por vários homens
e objetos, como garrafas e pedaços de pau, fi quei ainda mais apavorada.
Ninguém se lembrou de mim por um dia inteiro e, na manhã do domingo, o
carcereiro me disse: ‘Tire o macacão e vista sua roupa’. E saí de lá ao lado do
Paulo. Pensei que seria punida pela minha ousadia de encarar o torturador. Mas
não foi o que aconteceu. Os homens do Exército nos levaram direto para a igreja
onde aconteceria o batizado. No final, meu pai convidou todos para ir à nossa
casa ‘comemorar’. Lá, os homens deixaram as metralhadoras no chão da sala,
almoçaram, beberam (muito) whisky e vinho. Paulo contou ao pai dele o que
estava acontecendo e listou todos os nomes que estavam marcados. No fi nal da
tarde, retornamos ao DOI-Codi, levando cobertores, sabonetes, chocolates e
objetos de uso pessoal. Naquele dia teve festa na cadeia. Depoimento da
jornalista e escritora Dilea Frate, quando da sua prisão enquanto
estudante em 17 de outubro de 1975, em São Paulo. Ela é autora dos livros Procura-se
Hugo, dirigiu a série Mulher Invisível
(1998-2000) para o GNT; idealizou, dirigiu e roteirizou a série de programas
educativos TV Piá; também dirigiu a série Crianças do Brasil (TV Futura - 2014)
e o premiado curta-metragem O mar de
Teresa (2015), trabalho experimental baseado no seu livro A menina que
carregou o mar nas costas. Veja mais aqui, aqui e aqui.
A IDENTIDADE BOURNE - [...] O que um homem não consegue lembrar não
existe para ele. [...] Eu vejo coisas
e ouço coisas que não entendo. Sou um vegetal... habilidoso e
habilidoso! [...] Quer dizer, todos nós estamos
tentando descobrir quem diabos somos, não é? [...] Bem, deixe-me dizer-lhes, senhores, os jogos
do diabo não se restringem aos confinados ao inferno. Outros podem jogá-los. [...] O sucesso de qualquer
armadilha está em sua simplicidade fundamental. A armadilha reversa, pela natureza
de sua única complicação, deve ser rápida e simples ainda. [...]. Trechos
extraídos The Bourne Identity (Rocco/L&PM, 2009), do
escritor estadunidense Robert Ludlum (1927-2001).
TRÊS POEMAS – CRENÇA: Curvando-se em seu
solo, Albânia, / como o oráculo do templo de Dodene, / sinto o seu vapor
vermelho que me embriaga / e depois canto. / E se geralmente acontece que a
música não tem fio, / significa que devo estar bêbado / e conseqüentemente / muito
mais sincero. POESIA: Poesia, / como você encontrou seu caminho para mim? / Minha
mãe não conhece muito bem / o albanês, as letras são escritas como Aragão, sem
pontos nem vírgulas; / em sua juventude, meu pai navegou sob outros céus. / No
entanto, você veio / caminhando sobre as pedras da minha tranquila / cidade de
pedra; / Você bateu timidamente na porta da casa de / três andares / no número
16. PODE SER: O mundo é pequeno: talvez / seus olhos encontrem / esses versos, /
como a gazela ao leão na selva. / E nas letras pretas você / terá uma aparência
triste. / Pode ser que seus olhos tremam com os versos / Mas os versos
amarelados tremerão sob seus olhos? Poemas
do poeta albanês Naim Frashëri (1846-1900).
A arte da pintora e escultora francesa Rosa
Bonheur (1822-1899). Veja mais aqui e aqui.
TRÊS DE POEMAS
DE AMOR À FLOR DA PELE
DOAÇÃO
Para todos sou pedaços que me
dou e me doo como o riso da criança no meio dia sem ter nem pra quê.
Pra você sou pedaços, os
melhores de mim e os que me restam: aquela fatia de bolo com gosto de quero
mais. É só o que tenho, nada mais.
Tivesse a vida, eu daria pra
você como o sol todas as manhãs.
Do nada que sou e tenho faço
os presentes de quem só tem aquilo pra dar: mas são como se fossem a maior das
posses que qualquer ser humano tivesse na maior das farturas.
Sou apenas o que tenho - posse
alguma, o mundo de cabeça pra baixo, sem ter onde cair morto -, mas o
pedaço inteiro que sou é seu.
© Luiz
Alberto Machado.
FELAÇÃO
Minha
clava
se
torna
indestrutível
quando
toda
prateada
no
céu
da
noite
vem
a
rã
no
rabo
do
cometa.
© Luiz
Alberto Machado.
PUTONA
Começa bem cedo
A sua tentação
A lamber meu cambão
No maior dos chamegos
Abocanha sem medo
A língua em tição
A beijar meu vergão
Sem fazer arremedos
É meu pau seu folguedo
Sua degustação
Na maior felação
Em meu todo torpedo
Aumentando o enredo
É no meu mastro
Que ela faz o seu lastro
Pra meu desassossego
Nela mais me aconchego
E não dá distração
A mostrar seu bundão
Pros meus apegos
E eu vou de arrego
Hasteando bandeira
Na maior meladeira
Esfregando seu rego
E me faz de seu nego
Com uma rebolada
E sua mão alada
A me amolegar
E mais quer se esfregar
Ai ai ai u-lá lá
Aí eu soçobro
E mais eu lhe cobro
Dobro a aposta
E se ela gosta
Arrosta na trela
Dou picada bem nela
Agarrado à titela
De gemer todo cio
Aí me aproprio
Eu enfio, ela blasona
Feito gostosa putona
P´reu só macular
Ela quer copular
E diz mais: - Castiga!
Na maior das mangingas
A me enfeitiçar
E me a faz empurrar
Contra a parede
E ela pronta, adrede
Aceita a vergasta
Ela nem se afasta
Se achega mais tanto
Até por enquanto
Me dar a cara à tapa
Ela não me escapa
Tô bem todo nela
Ô safada cadela
Na sua caçapa
A gente se engata
Maior sacudida
Até ser bem fodida
No maior randevu
Botei tudo em seu cu
No maior arregaço
Chega senti seu regaço
Gostoso e quentinho
E no seu escaninho
Enfiei o pau na rodeira
E ela mais que bundeira
Pediu mais, que gulosa!
Pra melhorar minha prosa
E gozar como em choque
Já me fez seu reboque
Na maior guloseima
E eu todo boleima
Gozei todo esturro
Enfiei mais casmurro
Até encher o seu pódice
Com todo meu códice
Dela sorrir satisfeita
Como quem fez a colheita
Com a maior cara de anjo
Que deu pro marmanjo
A maior safadeza
Ela não sai ilesa
Mas toda dadeira
Me deu a chaleira
Do bico apitar.
Ah, na maior cara lisa
Feliz boa fruta
Bem manhosa me avisa:
- Ei, eu sou sua puta!!!!!!
© Luiz
Alberto Machado.
CANTARAU TATARITARITATÁ
– Comemorando os 5 anos e
mais de 200 mil acessos do Tataritaritatá no YouTube, realizarei o cantarau
(cantoria + sarau) no Sopa de Letrinhas – O sarau do Caiubi, dia 15/12, às
21hs, no Bagaça Botequim & Petiscaria, em São Paulo.
O SOPA DE LETRINAS – SARAU
DO CAIUBI – É uma festa
chacriniana com muita música, poesia e bom humor, produzido pelo poeta,
compositor e agitador cultural Vlado Lima, dentro da programação do Clube
Caiubi de Compositores. Acontece uma vez por mês, sempre na última sexta-feira,
dessa vez excepcionalmente numa quinta-feira, dia 15/12, às 20hs, onde músicos,
intérpretes, compositores, poetas e performers dos mais variados estilos
aproveitam o palco aberto do Sopa e apresentam suas criações para uma plateia
incrivelmente atenciosa e participativa.O público presente no evento ainda
participa lendo poemas do poeta homenageado da noite, nesse caso Luiz Alberto Machado, e concorre a vários prêmios. No final do evento, é servida (na faixa)
uma deliciosa sopa (de letrinhas).
SERVIÇO: TATARITARITATÁ
NO SOPA DE LETRINHAS – O SARAU DO CAIUBI. Cantarau reunindo a música e a poesia
de Luiz Alberto Machado. Dia 15/12, às 21hs, no Bagaça Botequim &
Petiscaria (Rua Clelia 2023 – Lapa – esquina com a Jeroaquara – São Paulo. Participação
especial: Meimei Correa. Informações pelo fone 011.2386.4915 e na Agenda do
www.luizalbertomachado.com.br. Ingresso: 5 reais. Veja detalhes do show,
repertório, clipes, músicas e outras informações no Tataritaritatá.
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Primeiro encontro, a entrega
quente no frio da noite aqui.
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ela no Jeju Loveland aqui.
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é dia da mulher aqui.
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flagelo: Na volta do disse-me-disse, cada um que proteja seus guardados aqui.
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chupóloga papa-jerimum aqui.
Aprender
a aprender aqui.
Crença: pelo
direito de viver e deixar viver aqui.
É pra
ela: todo dia é dia da mulher aqui.
A
professora, Henrik Ibsen, Lenine, Marvin Minsky, Columbina, Jean-Jacques Beineix, Valentina
Sauca, Carlos Leão, A sociedade da Mente & A lenda do mel aqui.
Educação
no Brasil & Ensino Fundamental aqui.
Bolero, John Updike, Nelson Rodrigues, Trio
Images, Frederico Barbosa, Roberto Calasso, Irma
Álvarez, Norman Engel & Aecio Kauffmann aqui.
Eros
& Erotismo, Johnny Alf, Mário Souto
Maior & o Dicionário da Cachaça, Ricardo Ramos, Max Frisch, Marcelo
Piñeyro, Letícia Bretice, Frank Frazetta, Ricardo Paula, Pero Vaz Caminha, Gilmar Leite & Literatura Erótica aqui.
Todo dia é dia da mulher aqui.
Palestras: Psicologia, Direito & Educação aqui.
Livros Infantis do Nitolino aqui.
&
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
Leitora comemorando a festa Tataritaritatá!
CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Paz na
Terra:
Recital
Musical Tataritaritatá - Fanpage.