A arte da coreógrafa, bailarina e pesquisadora Angel Vianna, protagonista do filme "Angel Vianna: Voando com os pés no chão". Veja mais aqui.
LITERÓTICA: A GOSTESUDA
DA FOTO EM CARNE VIVA – Ela a cobiçada, perseguida e mais que
procurada. Agora ali em carne viva diante do meu sexo empunhado como o seu mais servil
carrasco. Ela o encara submissa, indefesa e devotada a fazê-lo o altar-microfone
a recitar todos os seus desejos mais obscuros, confessando-se súdita contrita e
dedicada e se ajeitando toda deusa santa dama genuflexa a segurá-lo
acariciantemente e rente aos lábios. A magia de sua pose faz nele a fusão de todos
os seus desejos, irresoluta a beijá-lo, lambê-lo, chupá-lo e abocanhá-lo
freneticamente descabelada, prontinha para ser executada com a pena fatal de
servir-se inteira e plenamente aos meus caprichos vingativos. Aí então eu vou
ajeitando-a, deitando-a, devassando-a, estirando-a e desnudando lenta e
demoradamente deitada, revirando-a da cabeça aos pés com toques de minhas mãos
obscenas e esfregões pornográficos do meu pênis em cada parte de sua carne
sacrossanta de putinha mais que desejada. Depois de toda manipulada, a deito
com firmeza e carícia de lado, a me acomodar com a oferta do meu sexo babento e
inchado à sua boca de gulosa felatriz, enquanto acomodo minha cabeça entre suas
coxas, minhas mãos por sua bundinha, meu dedo safado brincando no seu ânus e
minha língua degustando de sua vagina para alcançar todas as suas profundidades
- enquanto sinto suas línguadas, babadas, sugadas, chupadas no meu pênis
agigantado de tesão - e assim mutuamente sorvo ousado e saborosamente o seu
gozo orgásmico de zis volúpias. Sirvo-me do transe de sua felação ao cunilíngua,
mais que pronta para que eu me mova serelepe para revirá-la, alcança-la por
trás, cheirando sua nuca, minhas mãos nos seus seios, sua bundinha rebolando no
meu ventre, lambo seu pescoço e percorro com a outra mão sua vagina torrencial para
arqueá-la a se debruçar sobre a mesa, pronta para subi-la e me servir como a
melhor comida, a maior delícia de todo seu corpo como repasto saboroso, arrancando
sua calcinha arreada, deitá-la de bruços para seviciá-la, torturá-la,
saboreá-la pernas, coxas, bundinha, costas como se quisesse esquartejá-la a
picá-la com meu membro mais ereto que nunca, mais inchado de priapice a retalhá-la
em postas, cada parte, cada vão, cada saliência, cada sinuosidade, e ela taradíssima
se esfregar na minha carne com seus lábios e sinto sua língua a sobejar-me a
pele, enquanto exploro todas as suas entranhas eletrizadas de desejo e
revirá-la e tomá-la toda como quem advoga requerendo em todos os níveis da Justiça Universal o completo
Usucapião de tudo que é seu - corpo, alma, tudo! - com um Arresto total de tudo
que é de si para mim: seus olhos de mar, seu riso de sol, os seios abissais pra
onde vou me jogar suicida para enfiar-me entre suas coxas e pernas e ter toda
imensidão de seus desejos e prazeres. © Luiz Alberto
Machado. Direitos reservados. Veja mais aqui e aqui.
DITOS &
DESDITOS - O humor é a elegância
absoluta do desespero...
A relação entre o ético e o estético pode ser resumida
na busca formal unida à consciência histórica, que no caso do Brasil
tem a ver com as iniqüidades escandalosas de nossa sociedade... O
entendimento às vezes passa
por caminhos menosexplícitos. Pois não é verdade que às vezes entendemos coisas que não entendemos... Pensamento da escritora Vilma Arêas, autora dos livros Partidas (1976), Aos
trancos e relâmpagos (1988, prêmio Jabuti), A terceira perna (1992,
prêmio Jabuti), Trouxa frouxa (2000, prêmio União brasileira dos
escritores) e Vento sul (2011).
ALGUÉM FALOU: Podemos dizer quem somos: nós somos mapuche, Vamos sonhar... Podemos vagar livremente por nossa terra nós somos mapuche vamos andar… viver com a lua falar sem tempo não nos confunda com ideias nós somos mapuche nós iremos viver… Embora hoje eles não ouçam nossos ecos nós somos mapuche não vamos chorar... nós temos vozes nós temos silêncio nós somos mapuche irmãos de espírito sereno nós somos mapuche Vamos sonhar... Poema da escritora chilena
Maria Cristina Menares (1914-2012). Veja mais aqui e aqui.
IRMANDADE DAS
CALÇAS VIAJANTES –[…] Talvez a felicidade não tenha que
ser sobre as grandes e abrangentes circunstâncias, sobre ter tudo em sua vida
no lugar. Talvez fosse sobre amarrar um monte de pequenos prazeres. De chinelos e assistindo
ao concurso de Miss Universo. Comendo um brownie com
sorvete de baunilha. Chegar ao nível sete no Dragon
Master e saber que faltavam mais vinte níveis. Talvez a felicidade fosse apenas
uma questão de pequenos pontos altos - o sinal de trânsito que dizia
"Caminhe" no segundo em que você chega lá - e pontos baixos - a
coceira na parte de trás do colarinho - que acontecia com todas as pessoas no
decorrer do dia. Talvez todos tivessem a mesma
quantidade de felicidade a cada dia. talvez não importasse se você era um galã
mundialmente famoso ou um nerd dolorido. Talvez não importasse se
seu amigo estava possivelmente morrendo. Talvez você tenha acabado de passar
por isso. Talvez isso fosse tudo o que você poderia pedir. [...]. Trecho extraído da obra The Sisterhood of the Traveling Pants (Ember, 2003), da escritora estadunidense Ann
Brashares. Veja mais aqui e aqui.
O CASUAL - A ideia de encontrar o casual
como algo que foi cuidadosamente preparado por uma mão anterior que acorrentou
suas formas esteticamente para explicar um jardim bagunçado que está no ponto
exato de sua desordem, um gesto não consumado, ligeiramente esvoaçante sem
saber o que será dele. A indeterminação, a musicalidade do movimento de algumas
ervas deixados para si mesmos dourado da secura por causa de uma emoção que seu
dono sofreu que costumava negociar tão ternamente do wallflower e agora ele foi
embora que tudo cresce e apenas visitar o jardim para deixá-lo definhar.
aleatório e primavera tudo está cansado e vive por acaso. Poema da
escritora e artista chilena Cecilia Vicuña
Ramírez. Veja mais aqui e aqui.
PSICOPATOLOGIA
& ATENÇÃO – É
definida, conforme Paim (1993) como um processo psicológico, mediante o qual
concentramos a nossa atividade psíquica sobre o estímulo que a solicita, seja
este uma sensação, percepção, representação, afeto ou desejo, a fim de fixar,
definir e selecionar as percepções, as representações, os conceitos e elaborar
o raciocínio. Não se trata de uma função psíquica autônoma, vez que se encontra
vinculada à consciência, representando, com isso a faculdade de concentrar a
atividade psíquica sobre determinado objeto. Na atenção, convém destacar a
existência de diferentes níveis na atividade, verificando-se a elevação de
nível na atividade perceptiva, motora e intelectual, bem como a predominância
de um tipo de atividade sobre as demais no mesmo instante, em favor de uma
atividade mais ou menos delimitada. Para Dalgalarrondo (2008), a atenção pode ser definida como a direção da consciência, o estado de concentração da
atividade mental sobre determinado objeto. Ela se refere ao conjunto de
processos psicológicos que torna o ser humano capaz de selecionar, filtrar e organizar as informações em unidades controláveis e significativas.
O estado de atenção é um estado com uma claridade especial e um movimento
de tensão para frente, no sentido de uma conscientização nova e superior. O
campo de atenção é a área que o ato intencional delimita em relação ao restante
dos conteúdos da consciência. Distinguem-se, com isso, o campo de objeto e o
campo de força. FORMAS DE ATENÇÃO – Para Paim (1993) as formas de atenção são
sensorial, motora e intelectual. A atenção sensorial corresponde a uma
atividade de espera, mais estática do que dinâmica, como a espera auditiva. A
atenção visual é acompanhada de movimentos coordenados dos globos oculares que
se dirigem de um ponto a outro, modificando-se a abertura das pupilas e a
curvatura do cristalino. Ocorrem outros fenômenos em relação à atenção auditiva
e gustativa. Essa atenção dirige-se para percepções claras e nítidas. A atenção
motora consiste no aparecimento de movimentos voluntários de uma tensão ao
mesmo tempo sensorial e intelectual. A atenção intelectual representa o ato de
reflexão, quando necessitamos resolver qualquer problema em que se encontra
implicado o raciocínio. Essa atenção dirige-se para produtos do pensamento, da
memória, da imaginação. Também existem outras duas formas: a atenção espontânea
e a voluntária. A atenção espontânea resulta de uma tendência natural da
atividade psíquica a orientar-se espontaneamente para as solicitações
sensoriais ou sensitivas ou numa simples fixação espontânea dos fenômenos, sem
que nisso intervenha um proposito consciente. Para Dalgalarrondo (2008), a atenção espontânea, que é aquele tipo de atenção
suscitado pelo interesse momentâneo, incidental, que desperta este ou aquele
objeto, geralmente está aumentada nos estados mentais em que o indivíduo tem
pouco controle voluntário sobre sua atividade mental. A
atenção voluntária é aquela que exige certo esforço, no sentido de orientar a
atividade psíquica para determinado fim e tem como finalidade a atividade
psíquica, permitindo que as representações e os conceitos permaneçam maior ou
menor tempo no campo da consciência. A afetividade participa inegavelmente na
direção da atenção voluntária. Essa atenção voluntária, para Dalgalarrondo (2008), exprime a concentração ativa e intencional da consciência
sobre um objeto. Acrescenta Dalgalarrondo (2008), com relação à direção da atenção, pode-se discriminar duas forma
básicas: a atenção externa, projetada para fora do mundo
subjetivo do sujeito, voltada para o mundo exterior ou para o corpo, geralmente
de natureza mais sensorial, utilizando os órgãos dos sentidos. Difere-se da atenção interna, que se volta para os processos
mentais do próprio indivíduo. É uma atenção mais reflexiva, introspectiva e
meditativa. Em relação à amplitude da atenção, há a atenção focal, que se mantém concentrada sobre um campo determinado e
relativamente delimitado e restrito da consciência, em contraposição à atenção dispersa, que não se concentra em um campo
determinado, espalhando-se de modo menos delimitado. QUALIDADES
DA ATENÇÃO – Paim (1993) destaca duas qualidade na atenção: tenacidade e vigilância.
A tenacidade é a propriedade de manter a atenção orientada de modo permanente
em determinado sentido. Dalgalarrondo (2008) entende que a tenacidade consiste na capacidade do indivíduo
de fixar sua atenção sobre determinada área ou objeto. Na tenacidade, a atenção
se prende a certo estímulo, fixando-se sobre ele. A
vigilância é a possibilidade de desviar a atenção para um novo objeto,
especialmente para um estímulo do meio externo. Para Dalgalarrondo (2008), a vigilância é definida como a qualidade da
atenção que permite ao indivíduo mudar seu foco de um objeto para outro. ASPECTOS
BÁSICOS DA ATENÇÃO – Dalgalarrondo (2008) subdivide-se a atenção em quatro
aspectos básicos: 1. Capacidade e foco de atenção; 2. Atenção seletiva; 3.
Seleção de resposta e controle executivo; 4. Atenção constante ou sustentada. ALTERAÇÕES
DA ATENÇÃO – Paim (1993) assinala que as alterações da atenção desempenham
importante papel no processo de conhecimento, vez que decorrem de deturpações
de outras funções das quais depende o funcionamento normal da atenção. A
fadiga, os estados tóxicos e diversos estados patológicos determinam uma
capacidade de concentrar a atenção. Sob a influência de terminados alimentos,
de bebidas alcoólicas e de substâncias farmacológicas, a atenção pode
experimentar alterações em seu rendimento, estimulando ou diminuindo sua
eficiências. A distração é uma incapacidade quase completa de fixar a atenção. Para Dalgalarrondo (2008), a distração é um sinal, não de déficit
propriamente, mas de superconcentração ativa da atenção sobre determinados
conteúdos ou objetos, com a inibição de tudo o mais. Há, nesse sentido, certa
hipertenacidade e hipovigilância. A distrabilidade é a
incessante flutuação da atenção entre diversos objetos, quando se observa a diminuição
da atenção voluntária e a conservação da espontânea. Assim, a distraibilidade é, ao contrário da distração, um
estado patológico que se exprime por instabilidade marcante e mobilidade
acentuada da atenção voluntária, com dificuldade ou incapacidade para fixar-se
ou deter-se em qualquer coisa que implique esforço produtivo. A
hiperprosexia é o aumento quantitativo da atenção, referindo-se a uma
superatividade da atenção espontânea, caracterizando-se por uma extrema
habilidade de atenção, que leva o individuo a atender, simultaneamente, às mais
variadas impressões sensoriais, sem que fixe a atenção sobre um objeto
determinado. Para
Dalgalarrondo (2008) a hiperprosexia consiste em um estado da atenção exacerbada, no qual há
uma tendência incoercível a obstinar- se, a deter-se indefinidamente sobre
certos objetos com surpreendente infatigabilidade. A
hipoprosesxia consiste no enfraquecimento acentuado da atenção em todos os seus
aspectos, observada nos estados infecciosos acompanhados de obnubilação da
consciência, na embriaguês alcoólica aguda, em casos de transtornos mentais
tóxicos, na amência e em certas reações vivenciais anormais. A aprosexia é a falta absoluta de atenção,
dependendo esse tipo de transtorno de acentuada deficiência intelectual ou de
inibição cortical. Esse estado difere da insuficiente capacidade de
concentração de origem afetiva e das manifestações de negativismo
esquizofrênico. Observa-se a aprosexia na amência, no estupor e nos estados
demenciais. Para
Dalgalarrondo (2008), denomina-se aprosexia a total abolição da capacidade de atenção, por mais
fortes e variados que sejam os estímulos utilizados. Destaca Dalgalarrondo
(2008) que no transtorno de
déficit de atenção/hiperatividade (TDAH), há dificuldade marcante de prestar atenção a estímulos
internos e externos, pois o paciente, geralmente criança ou adolescente, tem a
capacidade prejudicada em organizar e completar tarefas, assim como relutância
em controlar seus comportamentos e impulsos. Pacientes com TDAH revelam, em
estudos de imagem cerebral, alterações no sistema frontal. A atenção constante
prejudicada parece ser um aspecto primário e central dessa condição. A
dificuldade é maior quando se faz necessário um estado de vigilância para
detectar informação infrequente, sobretudo quanto tal informação não é
motivacionalmente importante para o sujeito. Crianças com TDAH têm prejuízo
relacionado à filtragem de estímulos irrelevantes à tarefa (embora seja
questionável se a filtragem atencional é ou não o principal problema das
pessoas com TDAH). Veja mais aqui. 





