
A arte do artista conceitual alemão Franz
Erhard Walther,
que também é escultor e artista de instalação e de processo.
ELA ME ESPERA... – Imagem: AcervoLAM - À minha chegada ela espera para
acender a minha cobiça: calcinha à mostra imantando o meu olhar e sexo,
demonstrando sua inquietude na saia encolhida. Logo se levanta faceira
reboladora, sorri do nada e me beija ávida como se fosse pela última vez. A sua
boca é quente como as tardes primaveris das lembranças mais benfazejas, sua
língua serpenteia sobre a minha a me dar o prazer das frutas dadas do pomar
infantil. Toco-lhe o sexo afogueado e ungido. Ela me puxa para que eu me sente
na poltrona e me cobre de beijos toda face, mordisca meu queixo com seus lábios
aveludados para que nuvens arejem minha agonia voluptuosa e lambe minha orelha
e a remover minha camisa para manter-se em lambidas por meu pescoço, tórax e
umbigo, como se fosse o passeio fagueiro pelos jardins das praças juvenis. Abre
a minha calça e liberta meu membro agora aprisionando entre seu ombro e
mandíbula, a sua forma de carinho de senti-lo por todo seu esfregado aos seios
e ondulações carnais, a sentir-se lambuzada pelo sêmen prévio que se insinua no
seu apetite. Não se esquiva e dele se apropria encarando a glande ereta e
túrgida, a beijá-la fazendo biquinho e entre os lábios mordiscantes ela
esfrega-o, para depois mais lambidas manhosas de ânsia, calmamente serelepe a percorrer
com as labaredas da paixão todo meu mastro celebrado, até abocanhá-lo celerado com
a urgência das sedentas noites desesperadas de clausura, como se um vulcão
soltasse larvas de pétalas aveludadas sobejando meu pênis feito prêmio ao
paladar de viúva sequiosa pela mais sagrada felação. E chucha e sorve e suga e
haure para que eu saiba do céu da sua boca estrelada garganta adentro, enquanto
acomoda a vagina ensopada no dorso do meu pé onde vira e mexe e dança e se
esfrega para que eu exploda ejaculação plena na sua felatriz loucura. É o
apogeu e ela não arreda a deslizar os lábios como se deglutisse toda extensão
da minha pele pélvica, como se alentasse carinhosamente o meu membro relaxado. E
ela mais se agita a esfregar seu sexo reluzente por meu pé e pernas, a escorregá-la
por meu joelho, deslizá-la sobre minha coxa até alcançar meu ventre sobre o
qual ela ginga suspirante e percebo que é chegada a minha hora e deito-a ao meu
lado quedada, pernas abertas para degustar da sua mina púbica e perscruto
cunilíngua suas entranhas como quem busca a herança de todos os seus prazeres e
gozos, o ouro mais preciso dela toda pra mim, e ela geme, ronrona, grita e se contorce,
alcança meu sexo que se insinua endurecido entre seus dedos e mão, ela parte
para nova felação e se revolta, alisa-o com os pés, prende-o entre as pernas,
acomoda-o pelos joelhos, toma-o entre as coxas, revira-se com ele quase íntimo
de seus lábios vaginais e vira-se de costas a segurá-lo por suas ancas e
apruma-o no orifício apertado e me quer dentro dela debruçada e remexendo e tira
e mete e arremete vulva inteira e possuída e arrevirada, enlarguecida e
arreganhada é toda para que seja minha dada e entregue cavalgante no que sou de
viril todo dentro dela até a extrema emanação do orgasmo e meu gozo final entre
seus seios expostos. © Luiz Alberto Machado.
Direitos reservados. Veja mais aqui e aqui.
DITOS &
DESDITOS - Pois o costume é na verdade uma
violenta e traidora mestra que põe sobre nós, à socapa, o pé da sua autoridade.
Apesar daquele manso e humilde começo, tendo-oo assentado com o tempo, ela nos
mostra logo um rosto furioso e tirânico, contra o qual não temos sequer a
liberdade de erguer os olhos. Pensamento do jurista,
filósofo, escritor e humanista francês Michel Eyquem de Montaigne (1533-1592).
Veja mais aqui e aqui.
ALGUÉM FALOU: Preocupo-me com os inocentes e
minhas ideias pessoais só me inspiram grande comiseração pelos culpados. O que
não impede de calcular... Onde está a tara, a fadiga, o baile, as festas, o
perigo, a cortesã mimada, a carruagem, a grupe, o médico incompetente que não
cause prejuizos? Pesamento do jurista italiano Cesare Beccaria
(1738-1794), considerado o principal representante do Iluminismo Penal e da
Escola Clássica do Direito italiano. Veja mais aqui, aqui e aqui.
BLOG BAGDÁ – [...] Minha manchete favorita até agora veio da Reuters (ABC
News Online): O mundo vê chance para a paz, e iraque emudece perante votação da
ONU. Engraçado, o mundo vê paz, enquanto eu preciso preparar um abrigo contra bombas
na minha casa. Se alguém precisar de mim, estarei escondido embaixo da cama até
isso tudo terminar. [...]. Com a exceção de um jornal chamado Novo
Iraque - no momento é um seminário, porque é financiado por um grupo de
jornalistas -, são todos uma porcaria. São exatamente iguais aos velhos jornais
iraquianos: uma foto do líder do partido X “no meio dos seus”, notícias dos
grandes feitos daquele partido. Blá-blá-blá. Bom para os vendedores de amendoim
na rua – dão ótimos cones de papel. [...] Não é tão surreal quanto parece. Saddam imprimiu mais dinares
iraquianos do que o sistema pode suportar. Com muitos dinares no mercado, o
valor cai e o valor real fica distorcido. Se as queimas estão ocorrendo, então
eles estão diminuindo a quantidade de papel (dinares) que está no mercado,
criando uma demanda e puxando o valor do dinar para cima, portanto não se trata
de “coisa ruim”. Não vejo razão para ficar tão alarmado quanto às pessoas que
me contaram a história estavam. [...] Trecho extraído
da obra O
blog de Bagdá (Companhia das Letras, 2003), do
jornalista e blogueiro iraquiano Salam
Pax, pseudônimo de Salam Abdulmunem, também conhecido como
Salam al-Janabi.
CONTRA A NATUREZA – [...] Ele já estava sonhando
com uma solidão refinada, um deserto confortável, uma arca imóvel na qual se
refugiar do dilúvio interminável da estupidez humana... [...] Imerso na solidão, ele sonhava ou lia noite adentro. Pela contemplação
prolongada dos mesmos pensamentos, sua mente se aguçou, suas ideias vagas e não
desenvolvidas tomaram forma... [...] Procuro
novos perfumes, flores mais amplas, prazeres inexperientes... [...]. Trechos
estraídos da obra Against Nature (Penguin, 2004), do escritor francês Joris-Karl Huysmans,
pseudônimo de Charles-Marie-Georges Huysmans (1848-1907).
CARTA MAIS
LONGA – [...] Se os sonhos morrem atravessando os anos e as realidades,
mantenho intactas minhas lembranças, sal de minha memória. Príncipes dominam seus sentimentos, para honrar seus deveres.
Apetite de viver mata a viver. A palavra felicidade alguma coisa, não é? Irei procurá-lo. Uma mulher é como um balão; quem esta bola joga não pode prever
suas torções . Ele não controla o lugar onde rola, muito menos quem o
apodera. Muitas vezes pega uma mão que nós não suspeitava. A amizade tem magnitudes desconhecidas para o amor.
Fica mais forte nas dificuldades , enquanto as mais matam o amor.
Resiste ao tempo que cansa e desune os casais. Ela tem elevações
desconhecidas para o amor. Você não marca um encontro com o destino. O agarra quem quer, quando o destino quer. Na
direção de seus desejos, traz - lhe plenitude. Mas na maioria das vezes o dás acertos. Assim sofremos. [...]. Trecho da obra Mi carta más larga (Zanzibar, 2007), da
escritora e feminista senegalesa Mariama Bâ (1929-1981).
DOIS
POEMAS - SE OS POETAS FOSSEM MENOS BESTAS: Se os poetas fossem menos bestas / E se fossem menos preguiçosos / Fariam
todo o mundo feliz / Para poderem tratar em paz / Dos seus sofrimentos
literários / Levantariam casas douradas / Cercadas por enormes jardins / E
árvores cheias de colibris / De rustiflautas e de aqualises / De pardongros e
de luziverdes / De plumuchas e de picapratos / E de pequenos corvos vermelhos /
Que soubessem tirar nossa sorte / Haveria grandes chafarizes / Jorrando luzes
de zil matizes / Não faltariam duzentos peixes / Do crocantusco ao
empedraqueixo / Do trilibelo ao falamumula / Da suazmina ao rara quirila / E do
guardavela ao canifeixe / Provaríamos de um ar fresquíssimo / Perfumado pelo
odor das folhas / Comeríamos quando quiséssemos / E trabalharíamos sem pressa /
A arquitetar escadarias / De formas nunca dantes sonhadas / Com tábuas raiadas
de lilás / Lisas como só ela sob os dedos / Mas os poetas são muito bestas / Para
começar, eles escrevem / Ao invés de pôr a mão na massa / Isso lhes traz
profundos remorsos / Que levam consigo até a morte / Radiantes por sofrerem
tanto / O mundo os aclama com requinte / E os esquece no dia seguinte / Se a
preguiça não fosse mania / Teriam fama por mais um dia. UM A MAIS: Um a mais / Um sem motivo / Mas já que os outros / Se
perguntam perguntas dos outros / E lhes respondem com palavras dos outros / O
que fazer / Além de escrever, como os outros / E hesitar / Repetir / Procurar /
Pesquisar / Não achar / Se chatear e se dizer / Isto não serve para nada / Valia
mais ganhar a vida / Mas a vida, já tenho a minha / Logo, não preciso ganhá-la
/ Não é um problema, eu asseguro, / E só esta coisa não o é / Pois todo o resto
são problemas / Mas todos já estão formulados / Todos se consultaram, todos, / Sobre
os mais ínfimos assuntos / Agora eu, o que me resta? / Usaram as palavras
fáceis / Belas palavras feitas verbo / Espumantes, quentes, vistosas / Os céus,
os astros, as lanternas / E estas brutas lânguidas ondas / Raivam roem rochedos
rubros / Tudo em torno trevas e gritos / Tudo cheio de sangue e sexo / Tudo
ventosas e rubis / Agora eu, o que me resta? / Em silêncio me perguntar / Sem
escrever e sem dormir / Lançar-me a procurar por mim / Sem dizer nem ao zelador
/ Nem ao anão sob o assoalho / Nem ao paparlante em meu bolso / Nem ao padre em
minha gaveta / Preciso urgente me sondar / Sozinho, sem freira rodeira / Que me
segure a maçaneta / E me adentre como um polícia / Com cassetete e vaselina / Preciso
urgente me enfiar / Um cotonete no nariz / Contra uremia cerebral / E que veja
jorrar palavras / Todos se consultaram, todos / Não tenho direito à palavra / Usaram
as belas brilhantes / E estão todos bem lá no topo / Onde habitam os poetas / Com
suas liras a pedal / Com suas liras a vapor / Com suas liras de oito relhas / E
seus Pégasos nucleares / Não me resta o menor estímulo / Só me restam palavras
rasas / Palavras idiotas frouxas / Somente me mim o a os / De por para que quem
o quê / É ela ele nós vós nem / Como vocês querem que eu faça / Um poema com
esta lei? / Tanto pior, não o farei. Poema dos polímata francês Boris Vian
(1920-1959), integrante do Surrealismo e do Anarquismo enquanto filosofia
política.
A RADIODIFUSÃO –
Com base nos estudos realizados por
Vampré (1979), Frederico (1982), Ferrareto (2000) e Sampaio (1984), vê-se
conceitualmente que o rádio é um meio de comunicação
baseada na difusão de informações sonora por meio de ondas eletromagnéticas
(hertzianas) em diversas freqüências. Inicialmente, conforme Lago
(1969), credita-se o início de tudo ao Samuel Morse (1791-1872) que inventou em
1837, um código composto de sinais sonoros. As primeiras transmissões de rádio
foram realizadas nesse código. A partir disso, segundo Federico (1982), percebe-se
que o início da radiodifusão se dá a partir de 1863
quando, em Cambridge, na Inglaterra, James Clerck Maxwell, professor de física
experimental, demonstrou teoricamente a provável existência das ondas
eletromagnéticas. A desta revelação outros pesquisadores se interessaram pelo
assunto, dentre eles, o alemão Henrich Rudolph Hertz (1857-1894), que defendeu
o princípio da propagação radiofônica, em 1887, através de Hertz, quando
fez saltar faíscas através do ar que separavam duas bolas de cobre. Por causa
disso os antigos "quilociclos" passaram a ser chamados de "ondas
hertzianas" ou "quilohertz". Após tal advento, conforme
Ferracero (2000), Lago (1969) e Sampio (1984), ocorreu a industrialização de equipamentos que se deu com a criação
da primeira companhia de rádio, fundada em Londres - Inglaterra pelo cientista
italiano Guglielmo Marconi. Tal fato ocorreu em 1896, conforme Lopes
(1970), quando Marconi já havia demonstrado o funcionamento de seus aparelhos
de emissão e recepção de sinais na própria Inglaterra e percebeu a importância
comercial da telegrafia. Na verdade, Marconi estava
colocando em prática as teorias, idéias e descobertas de Faraday, Maxwell,
Edison, Hertz, Branly e Popoff. Isto quer dizer que até então o rádio
era exclusivamente "telegrafia sem fio", algo já bastante útil e
inovador para a época, tanto que outros cientistas e professores se dedicaram a
melhorar seu funcionamento, como tal. Oliver Lodge (Inglaterra) e Ernest Branly
(França), por exemplo, inventaram o "coesor", um dispositivo que
melhorava a detecção. Não se imaginava, até então, a possibilidade do rádio
transmitir mensagens faladas, através do espaço. Ocorre que, segundo Moreira
(1991) e Moreira & Del Bianco (1999), em 1897, Oliver Lodge inventou o
circuito elétrico sintonizado, que possibilitava a mudança de sintonia
selecionando a freqüência desejada. Daí em diante, Lee
Forest, desenvolveu a válvula triodo. Von Lieben, da Alemanha e o americano
Armstrong empregaram o triodo para amplificar e produzir ondas eletromagnéticas
de forma contínua. O aproveitamento das ondas eletromagnéticas para a
propagação de informação sonora, segundo Maranhão Filho (1998), acontece no
início do século XX, graças à invenção da válvula radioelétrica (tríodo),
criada em 1906, nos EUA, por Lee De Forest. A válvula tríodo permite a
ampliação dos sinais elétricos, viabilizando a audição de sons complexos
transmitidos por ondas hertzianas. No Natal de 1906, a radiodifusão é
inaugurada no mundo: De Forest e Reginald Aubrey Fessenden transmitem, nos EUA,
números de canto e solos de violino. Outras transmissões pioneiras são
realizadas nos anos seguintes. Conforme estudado por Sampaio (1984), as
emissoras de rádio desenvolvem-se de fato após a 1ª Guerra Mundial. Durante o
conflito, a transmissão de ondas eletromagnéticas fica sob o controle do
governo dos países em guerra. Esse atraso na implantação da radiodifusão para o
grande público, no entanto, é compensado pelos avanços feitos no período, que
facilitam o crescimento das estações de rádio no pós-guerra. Em apenas uma década, a radiodifusão espalha-se por todo o
mundo. Em 1919 é criada a primeira empresa norte-americana de telecomunicações,
a Radio Corporation of America (RCA), seguida da National Broadcasting Company
(NBC), em 1926, e da Columbia Broadcasting System (CBS), em 1927. Na Europa,
são implantadas várias empresas de grande porte, entre as quais a italiana
Radiotelevisione Italiana (RAI), em 1924; a inglesa British Broadcasting
Corporation (BBC), em 1927; e a francesa Radio France Internationale ( RFI ),
em 1931. O número de receptores também aumenta drasticamente: nos EUA, por
exemplo, os aparelhos de rádio sobem de 50 mil, em 1922, para mais de quatro
milhões, em 1925. Em suma, a partir de se entender a abordagem histórica
da radiodifusão mundial, segundo Ferrareto (2000), há que se especificar que as
ondas de rádio compõem-se de oscilações rápidas dos campos magnéticos e
elétricos. A taxa de oscilações é chamada de freqüência da onda, medida em
hertz (Hz). Um hertz eqüivale a uma oscilação por segundo e um quilohertz (kHz)
corresponde a 1.000 hertz. Cada faixa de freqüência é utilizada para transmitir
tipos distintos de informação: as ondas longas (30 a
300 kHz) podem atingir cerca de 1.000 km. Elas são utilizadas, por exemplo,
para transmitir dados meteorológicos a embarcações; programas transmitidos por
canais de média freqüência, ou ondas médias (300 a 3.000 kHz), podem percorrer
algumas centenas de quilômetros. Muitas estações de rádio utilizam essas faixas;
aAs ondas curtas (3.000 a 30.000 kHz) podem alcançar grandes distâncias. Elas
circundam o planeta, refletidas entre a ionosfera (uma camada da atmosfera) e a
superfície da Terra. Estações de rádio internacionais e radioamadores utilizam
essas faixas. As ondas de VHF (very high frequency) movem-se em linha reta e
por isso não podem propagar-se além do horizonte. A polícia, o corpo de
bombeiros e as estações de rádio locais usam as ondas VHF (30.000 a 300.000
kHz). Os satélites de comunicação captam e retransmitem programas de
rádio usando ondas de altíssima freqüência (mais de três bilhões de Hz). Além
da radiodifusão, as ondas eletromagnéticas também são usadas nas transmissões
de telefones, de televisão, de radar, nos sistemas de navegação e nas
telecomunicações. Entende-se, pois, que a história do
Rádio se confunde com a história de vários personagens que contribuíram para
que hoje se possa ligar a o rádio ou a televisão e assistir um programa que
está sendo transmitido ao vivo nos locais mais remotos do planeta. Pelo
visto, é muito difícil afirmar com absoluta certeza quem foi o inventor do Rádio.
No entanto, segundo Maranhão Filho (1998), existe uma corrente mundial que
concede esse crédito a Guglielmo Marconi, não podendo esquecer do físico russo
Alexander Stepanovitch Popov (1859-1906) que no dia 7 de maio de 1895,
transmitiu, recebeu e decifrou a primeira mensagem telegráfica sem fios com
sucesso que era considerado como um fantástico segredo de estado, e ele perde
qualquer chance de fama mundial. Encontra-se, por isso, em Lopes (1973) que o rádio
entre os meios de comunicação de massa pode ser considerado o mais popular e o
de maior alcance do público, não só no Brasil, mas no mundo. Segundo Lopes
(1970) ele destaca os serviços prestados pela rádio inglesa BBC, durante a
Segunda Guerra Mundial (1939-1945), quando ela manteve os aliados informados
sobre as batalhas contra o Eixo (Alemanha, Itália e Japão) e monopolizou
a voz do mundo livre com transmissões para países inválidos pelos alemães. Esse destaque é dado ao rádio basicamente, segundo Lopes
(1957), por dois fatores: a capacidade que o homem tem em ouvir a mensagem
sonora e a falada simultaneamente e não ter de interromper as suas atividades e
se dedicar exclusivamente à audição e, à descoberta do transmissor. Neste
sentido, Vampré (1979) considera que a história dos meios de comunicação,
notadamente a radiodifusão, está estreitamente ligada à efervescência
industrial experimentada no século XIX e que foi provocada pela Revolução
Industrial. Também credita o autor mencionado à evolução
tecnológica que proporcionou a comunicação à distância que se tornou realidade,
notadamente em 1866, quando os cabos submarinos atravessaram o oceano Atlântico
ligando os Estados Unidos à Europa. A troca de informações tornou-se bem mais
eficaz e rápida, sendo que os maiores beneficiários foram às empresas jornalísticas
da época. Tal fato, conforme Vampré
(1979) possibilita que as agências de informações comecem a se estruturar,
surgindo a inglesa a Reuters e a norte-americana Associated Press. 







