NEUROEDUCAÇÃO
- O presente estudo foi desenvolvido sobre a temática do papel
da neuroeducação no processo de ensino-aprendizagem e na qualidade de vida de
cada indivíduo. Para tanto, tornou-se necessário entender inicialmente que o sistema
nervoso é sumamente importante por ter a responsabilidade de regulação dos
mecanismos garantidores da sobrevivência humana, tais como respiração,
liberação de hormônios, digestão, regulação da pressão arterial, sensações,
movimentos voluntários, comportamentos, entre outras. O sistema nervoso possui
a capacidade de modificação diante da ação de estímulos ambientais com a
ocorrência da formação de novos circuitos neurais que reconfiguram a árvore
dendrítica e alteram a atividade sináptica de determinados circuitos e grupos
de neurônios. A esse processo é dado o nove de plasticidade que caracteriza a
transformação constante por que passa o sistema nervoso, permitindo a aquisição
de novas habilidades cognitivas, motoras e emocionais, além de aperfeiçoar as
habilidades já existentes. Esse sistema é dividido em sistema nervoso central,
periférico e autônomo. O sistema nervoso central compreende as estruturas que
se encontram localizadas na caixa craniana e na coluna vertebral, envolvendo na
primeira o encéfalo, cérebro, cerebelo e tronco encefálico, enquanto que na
segunda envolve a medula espinhal. Assim, por ser o órgão de coordenação da
atividade corporal humana, esse sistema possui outras funções além dessa
coordenação que são específicas como a motora e a sensibilidade, contribuindo
para o normal funcionamento dos sentidos humanos e expressão dos afetos e da
linguagem. Nesse sistema ocorrem doenças mentais de base orgânica identificas
como neuropsicopatologias, como também são incluídas as síndromes comportamentais
e os transtornos mentais orgânicos, sintomáticos e do desenvolvimento
psicológico. O sistema nervoso periférico compreende as diversas estruturas do
sistema nervoso que se encontram distribuídas por todo organismo humano, tais
como nervos espinhais e cranianos, gânglios e terminações nervosas. O sistema nervoso
autônomo que também recebe a denominação de sistema nervoso visceral ou
neurovegetativo, integra o sistema nervoso como parte relacionada ao controle
das funções da respiração, temperatura, homeostase, circulação do sangue e
digestão. Entre as partes mais importantes do SN está o córtex cerebral que
compreende uma fina camada de substância cinzenta revestindo o centro branco
medular do cérebro, recebendo os impulsos provenientes de todas as vias
sensoriais para interpretação e integração. Dessa mesma estrutura são
distribuídos os impulsos nervosos que possibilitam os movimentos voluntários. Além
disso, o córtex cerebral exerce diversas funções intelectuais e psíquicas. Está
dividido em lobos que operam de forma integradora para diversas funções
mentais. Em vista disso, compreende-se que o sistema nervoso em sua completude
possui uma enorme complexidade funcional e anatômica. A compreensão dessas
atividades possibilita o aperfeiçoamento das diversas funções cerebrais,
proporcionando intervenções eficazes para o processo de aprendizagem. É, em
vista disso, que se realiza o presente estudo, a partir da relevância do
sistema nervoso na vida do ser humano, especialmente pela adoção de conhecimentos
nas áreas de neurociências, neurologia e neuroeducação, possibilitando a todos
melhor perfomance de aprendizagem e, consequentemente, melhor qualidade de
vida. Tal justificativa se embasa tendo em vista que a neurociência está
voltada para a aprendizagem ou de como o cérebro se torna aprendente e aprende,
entendendo-se a forma como as redes neurais desenvolvem suas atividades e de
que maneira se processa o trânsito dos estímulos que chegam para ação cerebral
de recepção, decodificação, consolidação e armazenamento das informações
recebidas e memorizadas. Por outro lado, a neurologia é compreendida como a
área médica que se propõe ao diagnóstico e tratamento dos sistemas nervoso
central, periférico e autônomo, por meio do estudo da compreensão do sistema
nervoso integrando as funções de movimento, sensação, emoção, pensamento, entre
outras. Já com relação à neuroeducação ou neuroaprendizagem é a ciência que
estuda a ação do cérebro aplicada à educação e à aprendizagem, voltada, assim,
para situações de aprendizagem em ambiente clínico e educacional, para
compreensão e domínio dos processos mentais que atuam na relação
ensino-aprendizagem, com o objetivo de promover o desenvolvimento e crescimento
humano. Por essa razão, procura compreender as atividades cerebrais e as
emoções no processamento das informações para garantia da assimilação,
apreensão, manutenção da memória, recuperação e uso das informações. O objetivo
do presente estudo está direcionado para identificação do papel da
neurociência, neurologia e neuroeducação na educação e na melhoria da qualidade
de vida do individuo. A metodologia aplicada na realização deste estudo
compreende o material disponibilizado em sala de aula pela professora que
ministra a disciplina, resultado, portanto, na revisão da literatura disponível
em livros, revistas especializadas e sites da internet. Em vista disso, o
presente estudo abordará as áreas científicas da Neurociência, Neurologia e
Neuroeducação na educação e na qualidade de vida do ser humano.
A
NEUROEDUCAÇÃO – A neurociência é compreendida como o
estudo científico que se desenvolve acerca dos aspectos de desenvolvimento,
funcionais, estruturais, celulares, moleculares, evolutivos e médicos do
sistema nervoso. Surgida no sec. XX, a neurociência se desenvolveu como campo
cientifico, agregando conhecimento oriundos das mais diversas áreas, voltados
para o tratamento das doenças neurológicas, buscando conhecer o funcionamento
cerebral e melhoria da qualidade de vida do ser humano, notadamente no
desenvolvimento de papel importante na área de educação, tornando-se guia para
elaboração de estratégias de ensino-aprendizagem. Os estudos realizados na área
das neurociências possibilitaram o entendimento de que o processo de
aprendizagem se dá por meio da modificação dos comportamentos humano, quando
ocorre um novo conhecimento para uma nova habilidade, seja ela de natureza
cognitiva, psicomotora ou afetiva. Esses estudos levaram ao entendimento de que
a aprendizagem possui íntima dependência da interação entre o individuo e o seu
meio, tornando-se significativa com da adoção educacional da prática inclusiva,
afastando segregação ou discriminações. Tal fato proporcionou a abertura de
novos horizontes, especialmente pelo fato de que a aprendizagem deixa claro que
há necessidade física de mudança cerebral com o crescimento das espículas
dendríticas para que o comportamento seja devidamente modificado. Com essas
mudanças cerebrais é que ocorre a consolidação da aprendizagem, resultantes do
aumento das espinhas dendríticas hoje acompanhadas e monitoradas por meio de
equipamentos que identificam as atividades neurais. Por consequência, os
estudos neurocientíficos possibilitaram o entendimento de que a aquisição de
novos conhecimentos e habilidades que resultam na aprendizagem, proporciona a
mudança do comportamento, em razão da informação ou conhecimento recolhido
passou da memória operacional para ser consolidado na memória de longo prazo. Para
que isso ocorra é preciso que haja equilíbrio em diversas funções físicas,
principalmente do equilíbrio do sono para que tal aprendizagem seja efetivada. Percebeu-se,
portanto, que as descobertas e avanços ocorridos na área da neurociência
relacionada com o processo de ensino-aprendizagem, tornaram-se indubitavelmente
importantes para a área educacional, tendo em vista as direções tomadas para o
estudo do cérebro que aprende. Tal fato se deve à constatação de que a
aprendizagem e todo processual educacional envolve processos neurais que estão
relacionadas com as atividades sinápticas do complexo e maravilhoso
processamento de reação de estímulos do ambiente efetuado pelo cérebro,
efetuando ligações entre os neurônios, tornando-se intensa a comunicação entre
os estímulos que transitam para formarem circuitos processadores das
informações que serão consolidadas na mudança comportamental. Tem-se, com isso,
a certidão de que a neurociência passou a desvendar a função matricial do
cérebro no processo de aprendizagem, por meio da identificação das funções dos
lobos, sulcos, regiões e reentrâncias cerebrais de forma interativa e
articulada entre si. Tais funções consolidam a memória e possibilitam o
mecanismo da atenção, da memorização, da cognição, da escrita e da linguagem. Por
consequência, tais conhecimentos proporcionaram a adoção de estratégias
adequadas para o ensino-aprendizagem, contribuindo, assim, para aquisição,
produção e reprodução do conhecimento, bem como da melhoria da qualidade de
vida do indivíduo na prática educacional. Por outro lado, a neurologia é a área
médica especializada no estudo das doenças estruturais e para tratamento dos
distúrbios mentais do sistema nervoso, lidando especificamente com o
levantamento diagnóstico e tratamento das categorias gerais das doenças que
envolvem os sistemas nervosos central, periférico e autônomo, incluindo-se os
tecidos, vasos sanguíneos, músculos e revestimentos. O especialista dessa área
é o neurologista com competências e habilidade para investigação, diagnóstico e
tratamento dos distúrbios neurológicos, bem como para a realização da
neurocirurgia e atendimento neuropediátrico por seu envolvimento em ensaios
clínicos e na pesquisa clinica e científica na área da medicina. Entende esse
profissional que uma doença estrutural se identifica por alterações neroanatômica
ou neurofisiológica que provocam lesão no nível genético-molecular, bioquímico
e tecidual. A lesão genético-molecular ocorre por uma mutação do material
genético DNA. A lesão bioquímica ocorre pela alteração proteínica ou enzimática
responsável por reações químicas na manutenção das funções dos sistemas, órgãos
ou tecidos. A lesão tecidual ocorre pela alteração morfológica ou histológica
de cada sistema, órgão ou tecido. Os diagnósticos neurológicos são
identificados como sindrômico e anatômico ou topográfico. O diagnóstico
sindrômico compreende o exercício de associação dos sintomas e sinais
neurológicos apresentados, enquanto que o anatômico ou topográfico pelo tipo de
função alterada e estrutura anatômica associada. A neurologia é subdividida em
três grandes áreas compreendidas por Neurologia Geral, Neurologia Infantil e
Neurocirurgia, evidenciando que o conhecimento dessas áreas possibilitam melhor
compreensão dos processos biológicos que envolve o movimento, o pensamento, a
percepção, o aprender, a lembrança, entre outros processos, que resultam das
reflexões das funções cerebrais. O conhecimento neurológico permite a apreensão
de que o cérebro se modifica e se alarga na porção anterior do sistema nervoso
central, circundado por três membranas que são denominadas de meninges e
exercem funções protetoras que se ajustam dentro da cavidade craniana. Por
conseguinte, passa-se a entender que o cérebro é formado de células nervosas
denominadas de neurônios e das células gliais. Os neurônio são células de
natureza nervosa e atuam comandando a sensibilidade, a motricidade e a
consciência. Por sua vez, as células gliais atuam na sustentação e manutenção
da vida dos neurônios, integrando a informação sensorial e dirigindo as
respostas motoras. Por conta disso, passou a perceber que o cérebro é formado
por dois hemisférios que são separados pela fissura longitudinal que possui o
corpo caloso identificado por um espesso feixe de fibras nervosas que fornecem caminho
para a comunicação entre os hemisférios. Cada hemisfério possui uma função
definida, o direito controla a parte esquerda e o esquerdo controla a parte
direita do corpo humano em virtude do cruzamos das fibras nervosas ocorridas no
bulbo. Estes hemisférios são divididos por sulcos central e lateral que dividem
as seções chamadas de lobos. O córtex cerebral também é dividido em lobos:
cerebral, frontal, parietal, occipital e límbico. Esse córtex exerce funções
especializadas nas mais diversas áreas com funções e limites definidos. A
partir de tais conhecimentos, observa-se que o neurologista possui
instrumentalização competente para definição da ação necessária a ser adotada
em caso de prejuízo, principalmente de aprendizagem, apresentando e apontando
formas e tratamentos adequados para o processo de habilitação. Sendo, portanto,
um neurocientista, o neurologista é capaz de examinar para identificar as mais
diversas condições de normalidade ou anormalidade no processo educacional, além
de identificar e efetuar a definição etiológica do quadro e perfil das
deficiências e dificuldades presentes na pratica educativa, possibilitando a
adoção de medidas preventivas ou corretivas de tratamento, bem como adoção de
estratégias que intervenham na forma mais eficiente, eficaz e rápida para a
prática de ensino-aprendizagem. Dessa forma, o neurologista poderá determinar o
perfil neuropsicológico, permitindo a adoção de canais terapêuticos que possam
investir no desenvolvimento das habilidades e competências dos educandos. Com a
realização e identificação do diagnóstico sindrônico e funcional possibilitará
no auxilio e no reconhecimento das condições neurológicas manifestadas ou que
possam se manifestar, identificando preventivamente distúrbios ou transtornos
de comportamento e de aprendizagem. Dá-se, com isso, o entendimento de que a
identificação precoce possibilita uma melhor intervenção profissional para
tratar ou erradicar qualquer distúrbio ou transtorno. Além disso, o
neurologista poderá trazer ferramental adequado para a relação entre os
componentes da sala de aula com aqueles portadores de necessidades especiais,
favorecendo a inclusão social e escolar, principalmente naqueles tipos de PNEs
que precisam de utilização de alguma medicação psicoafetiva identificando os
efeitos colaterais e suas ações incidentes no sistema nervoso.
A
EDUCAÇÃO E A NEUROEDUCAÇÃO - O acompanhamento e participação do
profissional de neurologia ou neuropsicologia na educação é importante também
para no caso de identificação de dificuldades ou enfermidades, prescrever
psicofármacos que sejam benéficos para melhoria da aprendizagem, minimização de
problemas comportamentais ou interferência nas dificuldades de relação na vida
escolar. A parceira educação com neurologia indubitavelmente proporcionará
melhorias eventuais pela melhor compreensão que se terá do quadro clínico de
cada aluno que se encontre com deficiência ou dificuldade, para instaurar um
efetivo quadro de inclusão social e escolar. Já a neuroeducação foi criada por
Susan Leigib com o objetivo de trabalhar com as informações do sistema mental
com base no conceito do mapa holográfico cerebral, construído pelo cérebro na
codificação da realidade. Compreende, portanto, um composto de técnicas com
estrutura da mecânica quântica que permite a neuroprogramação das matrizes de
inteligência, para intervenção em áreas específicas do sistema mental e criação
de possibilidade que potencializem as matrizes lógicas. Trata-se de um processo
que objetiva a potencialização do uso cerebral por meio do processo
educacional, a partir do conceito de tela mental e imaginação por meio de ferramentas
capazes de intervir sobre as deficiências ou dificuldades de aprendizagem para
torná-la fácil, rápida e acessível a todos. Por consequência, esse ferramental
possibilita ao individuo atingir o máximo potencial de funcionalidade e
capacidade para melhoria da qualidade de vida do individuo. A neuroeducação é a
área científica que estuda e procura compreender os distúrbios, doenças
nervosas e mentais que afetam o processo de aprendizagem, possibilitando ao
profissional da educação na identificação de problemas que possam ocorrer na
sala de aula. Atua na identificação e tratamento das dificuldades de
aprendizagem, deficiências de audição e visão, dislexia, discalculia,
dispraxia, gagueira, hiperatividade e desordem de atenção, disfunções cerebrais
e do desenvolvimento, retardamento mental, lesões cerebrais, além de doenças
istêmicas. doenças mentais como depressão, ansiedade, entre outras. Está
voltada para tornar o ato de estudar, frequentar escola, leitura de livros,
pensar, aprender novas coisas como uma atividade muito interessante, prazerosa,
fácil e ao alcance de todos, com o objetivo de trabalhar na superação de
incapacidades de aprendizagem e para expansão dos conhecimentos específicos. Assim
sendo, atua no tratamento das dificuldades de aprendizagem no estudo formal,
memorização, execução de instrumentos musicais, concentração e motivação, entre
outras atividades. Em vista do exposto, a neuroeducação e neuroaprendizagem
objetivam a criação das melhores condições de ensino e aprendizagem, tanto para
os profissionais da educação para os clínicos em geral. Atua, portanto, na
identificação, compreensão e criação de estratégias que possibilitem o
desenvolvimento e estimulação dos processos neurocognitivos fundamentais que
envolvem o ato de aprender. Além disso, procura criar métodos eficazes de
ensino-aprendizagem nas mais diversas situações, compreendendo as bases
neurocientíficas dos processos que envolvem a relação ensino-aprendizagem,
identificação dos perfis neuropsicológicos na normalidade e nos principais
transtornos que possam ocorrer no processo de aprendizagem; aplicação prática
de conhecimentos e estratégias neurocientíficas que possibilitem a garantia de
um melhor processo de ensino-aprendizagem; desenvolvimento e aplicação de
estratégias de ensino na educação especial com o objetivo da inclusão escolar e
social.
CONCLUSÃO
- Observou-se conclusivamente com o estudo ora realizado, que
o conhecimento ofertado pelas neurociências acerca da função do sistema
nervoso, possibilita uma maior compreensão entre os comportamentos e sintomas
dos alunos que se encontrem na condição de sadios, como aqueles que apresentem
dificuldades ou enfermidades que possam ser tratadas. Tem-se que esse
profissional da área das neurociências possui aptidão efetiva e de forma ampla
pelo estudo e habilitação médica para atuar na área assistencial e educacional.
Por outro lado, o conhecimento da áreas científicas da neurologia e
neuropsicologia possibilitam a compreensão das estruturas do sistema nervoso
pela sua identificação anatômica, do modo de funcionamento de cada uma dessas
estruturas por meio do conhecimento neurofisiológico e dos mais diferentes
tipos de alterações possíveis nessas estruturas e função desse sistema por meio
da semiologia, bem como das doenças de natureza neurológica que incidem
alterando de maneira diversa e produzem os mais diferentes tipos de sintomas e
sinais na função e na estrutura do sistema nervoso. É pelo conhecimento da área
de neurologia que se terá conhecimento dos distúrbios e suas caracterizações,
principalmente os de natureza crônicodegenerativa, como a que foi exemplificada
com a visualização do filme O óleo de Lorenzo, bem como das mais diversas
formas e tipos das doenças neurológicas, O conhecimento neurológico e neuropsicológico
permite ter uma melhor compreensão de distúrbios e transtornos, pela
possibilidade de diagnóstico propiciado para orientação acerca do tratamento
adequado, melhorando a relação médico-paciente pela sua constante necessidade
de atualização e estudos na interpretação do seu exercício e exames. Já a neuroeducação permite a realização de um trabalho
terapêutico individualizado com o objetivo de possibilitar a reorganização das
estruturas neurológicas, a organização das construções sinápticas e dos meios
eficientes e eficazes para a melhor funcionalidade do aparelho cerebral. Percebeu-se,
portanto, com o estudo ora realizado que a articulação da neurociência,
neurologia, neuropsicologia e neuroeducação contribuem para a prática
educacional na relação ensino-aprendizagem, por se encontrarem relacionadas com
a percepção das emoções e das cognições que se fazem presentes nas relações
sociais e educacionais. Tendo em vista a importante ação e função do cérebro no
organismo humano, ficou compreendido o comportamento humano é o resultado da
atividade exercida em conjunto pelas células nervosas que compõem as redes
neurais e que se constituem no sistema nervoso do ser humano. As mudanças de
comportamento humano dependem diretamente do número de neurônios e das
substancias químicas resultantes das suas atividades, bem como das conexões
neurais organizadas nas trocas de informações sinápticas. Tendo-se o fato de
que o cérebro é o importante órgão que se encontra responsável pela
aprendizagem e que, por outro lado, os professores e educadores atuam em suas
práticas profissionais no fornecimento de estimulo que serão direcionados para
identificação, consolidação, seleção, decodificação e armazenamento dessas
informações, possibilitando, assim, o desenvolvimento do aprendizado e mudanças
de comportamento. É em vista disso que a neurociência, a neurologia,
neuropsicologia e a neuroeducação assumem papel relevante na prática
educacional, notadamente na relação ensino-aprendizagem, por terem por foco o
estudo e as pesquisas acerca do sistema nervoso, suas células e moléculas,
órgãos, estruturas e funções específicas que incidem diretamente nas mudanças
do comportamento humano. Os avanços nessas áreas científicas trouxeram uma
maior compreensão do funcionamento e operação do sistema nervoso, notadamente
acerca das funções e atividades do cérebro, possibilitando uma melhor adoção de
praticas cientificas no processo educacional. Faz-se mister, portanto, que
preocupando-se com o processo de ensino-aprendizagem, há que se valorizar
substancialmente os conteúdos oriundos das áreas científicas estudadas, entendendo
que cada uma delas favorece uma prática educacional mais consistente,
humanizada e inclusiva. Torna-se inquestionável a importância da neurociência,
neurologia, neuropsicologia e neuroeducação pelo devido conhecimento e
compreensão dos processos cerebrais, sinapses, funções, estruturas e
atividades, percebendo o quão necessário se faz para se entender as
necessidades e potencialidades dos alunos na sala de aula. Tais conhecimentos
adquiridos embasam e robustecem o arcabouço intelectual do profissional de
educação e de outras áreas, no atendimento de pacientes ou de alunos,
experimentando possibilidades de entendimento acerca da apreensão de conteúdos,
promoção de habilidades e competências, bem como de se entender o trâmite do
processo de aprendizagem que vai desde a recepção do estímulo e os demais
processos neurais até a apreensão e armazenamento dos conhecimentos. Tais áreas
científicas possibilitam a adoção de estratégias educacionais para uma adequada
forma de ensino-aprendizagem, garantindo o aprender de todas as formas,
possibilitando que esse aprender seja determinantemente efetuado de formas a
promover habilidades e competências. São exatamente essas áreas científicas que
possibilitam a ampliação de pesquisa na busca por modelos amplos para aplicação
prática no interior da sala de aula. Por fim, há que se observar que o
conhecimento adquirido nos estudos ora realizados, desenvolvidos acerca do
papel da neurociência, neurologia e neuroeducação reverte-se em benefícios para
a pratica pedagógica dos profissionais de educação e do melhor atendimento dos
alunos que se encontrem com dificuldades ou enfermidades de aprendizagem.
REFERÊNCIAS
CORREIA, Luiz Miranda. Para uma
definição portuguesa de dificuldades de aprendizagem específicas. Educação Especial, 13(12) 155-172, maio-ago-2007.
KRISTENSEN, Christian; ALMEIDA, Rosa; GOMES,
William. Desenvolvimento Histórico e Fundamentos Metodológicos da
Neuropsicologia Cognitiva. Psicologia:
Reflexão e Crítica, 2001, 14(2), pp. 259-274
LIMA, Francis; DELOU, Cristina. Resenha do filme O óleo de Lorenzo. Rio
de Janeiro: UFF, s/d.
LIMA, Ricardo; MELLO, Rita; MASSONI, Iramaia; CIASCA,
Sylvia. Dificuldades de aprendizagem:
queixas escolares e diagnósticos, em um Serviço de Neurologia Infantil:
Disponível em http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2006/RN%2014%2004/Pages%20from%20RN%2014%2004-3.pdf.
Acesso em 10 jul 2014.
MIETTO, Vera Lucia. A importância da
neurociência na educação. Só Pedagogia.
Disponível em http://www.pedagogia.com.br/artigos/neurocienciaaeducacao/.
Acesso 10 jul 2014.
MORALES, Eosilene. Educação e neurociências: uma via de mão dupla. Disponível em http://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&ved=0CBwQFjAA&url=http%3A%2F%2F28reuniao.anped.org.br%2Ftextos%2FGT13%2Fgt131611int.rtf&ei=Hr7PU4CzL9DLsASgh4C4BA&usg=AFQjCNG4pMsby7_2-_E7BqNHVnF-8dk_zQ&sig2=QRaNJ9VrVfO3s_yjKT77QA&bvm=bv.71667212,d.b2U.
Acesso em 10 jul 2014.
NICIDA, Denise. Neurociência: compreendendo o funcionamento do sistema nervoso. Disponível em http://www.neuroeducacao.com.br/neurociencias.asp.
Acesso 10 jul 2014.
REED, Umbertina. Neurologia:
noções básicas sobre a especialidade. Disponível em http://www2.fm.usp.br/pdf/neurologia.pdf.
Acesso em 10 jul 2014. Veja mais aqui e aqui.
Veja a Palestra Neuroeducação & práticas pedagógicas no ensino-aprendizagem aqui.
DITOS & DESDITOS – A
ampliação dos direitos das mulheres é o princípio básico de todo progresso
social. Pensamento do filósofo francês Charles
Fourier (1772-1837). Veja mais aqui & aqui.
ALGUÉM FALOU: Eu
tive que filosofar. Caso contrário, eu não poderia viver neste mundo. Pensamento
do filósofo austríaco Edmund Husserl
(1859-1938). Veja mais aqui.
DOS CANTOS DE MALDOROR – [...] Hoje, sob a impressão dos
ferimentos que meu corpo recebeu em diferentes circunstâncias, seja pela
fatalidade do meu nascimento, seja por minha própria culpa; desalentado pelas
conseqüências da minha queda moral (algumas dentre elas aconteceram; quem
poderá prever as outras?); espectador impassível das monstruosidades adquiridas
ou naturais, que decoram as aponevroses e o intelecto de quem vos fala, lanço
um prolongado olhar de satisfação à dualidade que me compõe… e me acho belo!
Belo como o vício de conformação congênito dos órgãos sexuais do homem, que
consiste na brevidade relativa do canal da uretra e na divisão ou ausência da
parede inferior, de modo que o canal se abra a uma distância variável da glande
e por baixo do pênis; ou, ainda, como a verruga carnuda, de forma cônica,
sulcada por rugas transversais bem profundas, que se ergue na base do bico
superior do peru; ou melhor, como a seguinte verdade: “O sistema de gamas,
modos e encadeamentos harmônicos não repousa em leis naturais invariáveis, mas
é, ao contrário, conseqüência de princípios estéticos que variam com o desenvolvimento
progressivo da humanidade e que continuarão variando!”; e, principalmente, como
uma corveta encouraçada com torreões! Sim, sustento a exatidão da minha
afirmação. Não tenho ilusões presunçosas, orgulho-me disso, e nada ganharia em
mentir; de modo que, quanto ao que eu disse, não deveis vacilar em
acreditar-me. Pois, como iria eu inspirar horror a mim mesmo, diante dos
testemunhos elogiosos que partem da minha consciência? [...]. Trecho da
obra Os cantos de Maldoror
(Iluminuras, 2005), do poeta francês Conde
de Lautréamont (Isidore Ducasse – 1846-1870), um poema em prosa composto de
seis cantos e sessenta secções, considerada com uma das obras seminais da
literatura fantástica, descrevendo cenas brutais e de violência extrema, com
temas como crueldade, maldade, covardia e estupidez humana. Veja mais aqui.
A AVENTURA FANTÁSTICA DE GERTRUDE E LUDWIG – Enquanto Billy sobe os balões todos / Ficam
ilhados no outro lado da / Paisagem lunar. Partiu-se o módulo — / Parece que
faz uma eternidade, mas quem / É que conta — e a Sally entrou pra igreja do
Moon, / Notória inovação — já basta se se saboreia / uma xícara de Chase &
Sabão — mas / Se as cordas do violão partiram sempre / Dá pra usá-lo de mesa de
centro. / Fazia frio em Viena nessa época do ano. / Tão doce a sachertorte só
que a lembrança / ardia no cólon. Se desengripe, desengripe, antes / Que a
Gripe te pegue. Feliz por ver o jogo da pena / Na tinta — lançador do jogo de
copos que jorra antes / De jogar a Bola, sem ter nunca em vista quem pegue. / Nunca
quem pegue, por vezes pegadas ou / Fungadas ou pagodes ou uma colherada — nunca
quem / Pegue mas demais de intriga, até nos vermos / Neste lado da cantiga. Poema
do poeta, crítico e editor estadunidente Charles
Bernstein.
ATIVISMO EDUCACIONAL – Homenagem à educadora e artista inglesa Barbara
Bodichon (1827-1891), que foi uma das principais feministas do século XIX e
ativista dos direitos das mulheres. Ela publicou em 1854 a obra Brief
Summary of the Laws of England concerning Women e foi cofundadora do English
Woman’s Journal, em 1858, onde discutia diretamente o emprego e as questões de
igualdade com relação às mulheres, no emprego industrial intelectual ou manual,
na expansão de oportunidades de emprego, e na reforma das leis referentes aos
sexos. Veja mais aqui & aqui.
LITERÓTICA
Veja mais sobre
Por um novo dia, Daniel Goleman, Max Ehrmann, Yes, Truman Capote, Eugène Delacroix, Annie
Leibovitz, Literatura Infantil, Patrícia França & A filha do rei do céu aqui.
E mais:
Riacho Salgadinho, Dee Brown, Pablo
Neruda, Nelson Rodrigues, Tatiana Parra, Philippe de Broca,
Jean-François Millet, Françoise Dorléac, Harvey
Kurtzman, Literatura Infantil, Direito
Ambiental & Recursos Hídricos aqui.
Manoel Bentevi, Sinhô, Marshal McLuhan,
Andrea Camileri, Marcelo Pereira, Mario Martone, Giulia Gam, Anna Bonaiuto Fecamepa
– quando o Brasil dá uma demonstração de que deve mesmo ser levado a sério!
& Parafilias aqui.
Proezas do Biritoaldo: Quando o Balde Tá Entupido, a Topada Leva a
Merda Pro Ventilador aqui.
Ralf Waldo
Emerson, Spencer Johnson,
Monty Alexander, Gabriele Muccino, Nicolletta Tomas, Felipe Cerquize, História
do Teatro, Nicoletta
Romanoff, A
escola, a sociedade e a formação humana, Onde há fumaça, há fogo &
Folia Tataritaritatá aqui.
Fecamepa: o Brasil holandês aqui.
CRÔNICA
DE AMOR POR ELA
Leitora
parabenizando o Tataritaritatá.
CANTARAU: VAMOS
APRUMAR A CONVERSA
Paz na Terra
Recital Musical Tataritaritatá - Fanpage.
Gentamiga do meu coração!
A Rádio Tataritaritatá está no ar!
É só ligar o som & curtir adoidado a programação!!!!
PROGRAMAÇÃO:
ALVORADA (Luiz Alberto Machado) frevo com Luiz Alberto Machado & banda.
MINHA VOZ/AURORA (Luiz Alberto Machado) com Sonia Melo. Arranjo: Guga Mendonça.
ENTREGA (Mazinho – Luiz Alberto Machado) com Mazinho & Zé Linaldo.
FOLIA CAETÉ (Luiz Alberto Machado) frevo com Luiz Alberto Machado & banda.
ITINERÂNCIA (Sonekka – Luiz Alberto Machado) com Sonekka.
ESTIGMA (Ozi dos Palmares – Luiz Alberto Machado) com Ozi dos Palmares.
MANGUABA (Luiz Alberto Machado) frevo com Luiz Alberto Machado & banda.
DESEJO (Luiz Alberto Machado) com Sonia Melo. Arranjo: Guga Mendonça.
NUNCA CHORE POR MIM (Santanna, o cantador – Luiz Alberto Machado) com Santanna, o cantador.
SANHA (Luiz Alberto Machado) com Auri Viola.
PERDI A NOÇÃO DE SER FELIZ (Félix Porfírio – Luiz Alberto Machado) com Félix Porfírio.
AMOR IMORTAL (Luiz Alberto Machado) frevo com Luiz Alberto Machado & banda.
SEDE (Cikó Macedo – Luiz Alberto Machado) com Cikó Macedo & Zé Linaldo.
SANTA FOLIA (Cikó Macedo – Luiz Alberto Machado) com Cikó Macedo.