A arte da artista visual Ale Magrini. Veja mais abaixo.
A PEGAÇÃO BULIÇOSA DO PRAZER - Terminávamos de almoçar naquela tarde ensolarada, quando ela com seu jeito todo despudorado de Kylie Minogue, olhou-me duma forma apaixonada e devoradora, lambeu os lábios e me disse: - Estou com a boca cheia d´água. Ao mencionar isso, ajeitou-se com uma das mãos toda pega e acha por debaixo da mesa e num esforço buliçoso alcançou meu caralho já endurecido e levado por sua almejada sedução. - Estou faminta! -, disse-me passando a língua de um lado a outro dos lábios, revelando seus desejos mais tardios. - Então, vamos pedir mais comida, ora! -, respondi-lhe já procurando o cardápio. - Não, não é isso, meu amor. É que esse seu cacete lindo não me sai da cabeça travando todos os meus pensamentos e ideias. Ah, que coisa! Não consigo pensar em mais nada! Ele vive eternamente estirado e duro aqui no meu quengo. Aquilo me surpreendeu sobremaneira. - Eu quero esse pau gostoso como sobremesa aqui na minha boca, vamos? Venha, vamos. Enquanto ela mais se insinuava alisando meu pênis com a palma da sua mão, mais eu me via em pânico completamente excitado por sua investida. Fazer o quê? Se eu me levantasse ali, naquela hora, todos os presentes veriam o meu estado. - Vamos, amor, quero chupar esse seu pinto lindo, vamos! -, insistia ela implodindo minha libido para me deixar cada vez mais sem saída. Nem mesmo a presença do garçom recolhendo os pratos e anotando para me trazer a conta, intimidou a sua aguda pegação na minha virilha. Ao retornar, não sei se o garçom desconfiou, mas ele olhou pra nós dois e logo zarpou com o pagamento da despesa. Demorei um pouco esperando que ela parasse sua traquinagem de alisar meu cacete, qual nada, mais ela sustentava-o com maior sofreguidão. Não havendo mesmo jeito, ousei me levantar, tentando esconder a excitação que me denunciaria ali no restaurante, ao que ela ajudou-me encostando sua bunda inquieta e reboladeira, para que ninguém mais percebesse a minha perdição. Foi aí que ela com uma das mãos, tomou-me a minha e com a outra ela segurava minha pica protegendo de qualquer flagra. Ah, loucura total. Saímos do restaurante e eu seguia o seu movimento reboladeiro e provocador, até chegarmos ao elevador quando ela virou-se olhando pros lados se certificando que ninguém mais nos seguia. Foi, então, que ela com as duas mãos apertou meu membro rijo logo puxando por ele para dentro do elevador, subindo imediatamente pro nosso apartamento e eu me deliciando com as esfregadas das suas mãos nas minhas intimidades. Já nos dirigíamos pro nosso apartamento quando ela muito mais inquieta queria que eu logo abrisse a porta e não me deixou nem fechar ao encostá-la com as costas e já se ajoelhando, descendo o zíper da minha calça e já tomando meu pau entre as mãos aos beijos. - Não aguentava mais a vontade dessa lindeza toda... Hummmmmm. Fez, então, biquinho e beijou a pontinha do pênis, esfregando-o nos seus lábios. - Hummmmmm.... delícia, esse é o pau mais lindo e mais gostoso do universo! Logo estirou a língua para lamber o reguinho da glande demoradamente descobrindo o meu Ponto F no seu paladar, o que mais me excitou dele babar melando sua boquinha que já se insinuava calmamente a salivar toda a extensão, até eu senti-lo na dimensão da sua garganta. Engoliu-me por completo e lentamente ela esfregava a língua até deixá-la tomando conta apenas da cabeça, novamente introduzindo completamente no interior da boca até completar sua dimensão gutural alcançada por meio de um vaivém de me ver totalmente engolido por seu antro bucal. A sua perícia felatriz no meu candelabro profano, demonstrava o tanto que ela se deliciava do meu sabor com todo gosto e mais me envolvia de não me restar nada mais que enfiá-lo cada vez mais completamente domado por sua felação. Foi quando ela esfregou minha bimba nas faces, apertou no pescoço contra o ombro, espremeu-lo entre os seios e contornou seus ombros até voltar a tê-lo entre os lábios, deglutindo-o como se fosse o seu bem mais precioso. No apogeu daquela chupada que me deixou em ponto de ebulição, fiz-lhe menção de interromper, ao que ela desobediente mais se atrevia a sorver sugando faminta e freneticamente para absorver tudo que de mim ali existisse. Puxei-lhe pelos cabelos e nos encaminhamos para a cama onde ela engatinhou para alcançar insaciável meu pau lambuzado e logo ela ficou de quatro expondo a sua bundinha gostosa, sussurrando: -Vem! Vem foder o meu cuzinho, vem! O contorno do seu glúteo nu me deixava louco em demasia, a ponto de ali, ajoelhada eu alcançar uma lambida no pinguelo de sentir o grelo aceso e o cuzinho piscando, ela a ver estrelas, completamente desamparada pedindo pra ser enrabada ali naquela hora. Não me fiz de rogado e empurrei lentamente mais de palmo dentro daquele cu que me levou ao máximo prazer, a ponto de jorrar tudo dentro dela. E me joguei sobre ela gozando o maior dos orgasmos enquanto bafejava na sua nuca: - Minha puta gostosa!!! Minha fêmea, minha puta, minha mulher!!!! Ela feliz e satisfeita prendeu meu cacete no seu cuzinho e ali ficamos até que eu procedesse ao banho, remover o suor que me lavava todo. Fui até o chuveiro e ela me perseguiu. Enquanto a água me lavava por completo, ela me esfregava carinhosa para deixar-me com assepsia completa, a ponto do meu pau endurecer e ela toda maravilhada recomeçou toda provocação de uma orgia sem fim. Deitamo-nos na banheira e enquanto ela sobejava meu caralho de forma cada vez mais atrevida e inclemente, eu tasquei-lhe cunilingua saboreando sua vagina molhada e gostosa, brincando do nosso jeito, um no outro, ao passo que ela mais engolia minha pica ronronando, eu chupava medonhamente dela ranger ronronando inquieta. Estávamos ali no nosso meia nove correndo solto quando ela gritou gozando repetidas vezes por orgamos infindáveis, até que de repente ela se ajeita agarrada no meu pau, vira de ponta cabeça e ajeita a sua boceta para ser possuída ali na hora. Completamente lubrificada de gozos, ela encarou minha gana e aos poucos fui com meu órgão sexual lenta e calmamente se introduzindo na sua vagina. Ela as gritos: - Vai, me fode, vai! Empurra esse pau gostoso, vai! E me fode!!!!!! - Vou, minha puta, tome esse pau na priquita! Tome!!!!!! Dei-lhe uma picada dela contorcer-se toda. Aí foi peiada dela gemer enlouquerica e, não me fazendo de rogado, enfiei tudo para começar o bota e tira que nos deliciava e nos armava para o gozo de todos os orgamos tarde adentro. - Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhhhhhh!!!!!!! © Luiz Alberto Machado. Veja mais aqui, aqui, aqui e aqui.
A arte da artista visual Ale Magrini.
DITOS & DESDITOS – É disso
que se trata a vida - você está ocupado, eu estou ocupado e o resultado final é
a morte. Mais cedo ou mais tarde, é isso que acontece.
Pensamento da escritora chinesa Xiao Hong (1911-1942).
ALGUÉM FALOU: A
felicidade não depende do que nos falta, mas do bom uso do que temos.
Pensamento do escritor e arquiteto britânico Thomas Hardy (1840-1928). Veja mais aqui.
O SEX APPEAL DO
INORGÂNICO - [...] Dar-se como
uma coisa que sente e agarrar uma coisa que sente, esta é a nova experiência que
se impõe ao sentir contemporâneo. [...] parece
que as coisas e os sentidos já não lutam entre si, mas tenham tecido uma
aliança graças à qual a abstração mais distanciada e excitação mais desenfreada
sejam quase inseparáveis e muitas vezes indistinguíveis. [...] Aos movimentos verticais, ascendentes rumo
ao divino ou descendentes rumo ao animal, sucede um movimento horizontal na
direção da coisa: esta não se encontra nem acima nem abaixo de nós, mas ao
nosso lado, de um lado, ao redor de nós. [...] já não existem gestos nem comportamentos que sejam mais familiares,
mais próprios, mais nossos do que dos outros. A ritualidade consiste no fato de
que todos os gestos provenham do exterior, de fora, sejam aqueles que pertencem
à nossa herança cultural, à nossa classe social, à nossa história pessoal,
sejam aqueles que pertenceram a outros povos, a outras classes e a outras
pessoas. [...] Quando seu parceiro
afunda os dedos em sua vulva ou quando os lábios de sua amante lhe descobrem o
pênis, vocês não são excitados pela ideia antiquada de que os seus corpos renascem
e se reanimam, mas sim por outra bem mais atual: vocês são uma roupa senciente!
Deste modo, não há mais nenhuma interrupção, nenhum hiato entre vocês e o sentir.
Vocês não contam com uma vida que vai e vem, mas sim com o tecido do qual não mais
conseguem separar-se. [...]. Trechos extraídos da obra O sex appeal do
inorgânico (ECA/USP/Nobel, 2005), do
filósofo italiano Mario Perniola (1941-2018) que, em uma outra obra sua,
Do sentir (Presença, 1993), expressa
que: [...] os objetos, as pessoas, os
acontecimentos apresentam-se como algo já sentido, que vem ocupar-nos com uma
tonalidade sensorial, emotiva, espiritual já determinada [...]. Veja mais
aqui, aqui e aqui.
O FILHO DO SORVETEIRO – [...] Não me interessa o
decorativo, nem o bonito, nem o doce, nem o delicioso. [...] A arte só serve para alguma coisa se é irreverente,
atormentada, cheia de pesadelos e desespero. Só uma arte irritada, indecente,
violenta, grosseira, pode nos mostrar a outra face do mundo, a que nunca vemos
ou nunca queremos ver, para evitar incômodos a nossa consciência. Pronto. Nada
de paz e tranquilidade. Quem consegue o repouso no equilíbrio está perto demais
de Deus para ser artista. [...]. Trechos extraídos da obra O ninho da serpente
– memórias do filho do sorveteiro (Companhia das Letras, 2005),
do escritor, pintor e jornalista cubano Pedro Juan Gutiérrez, autor de obras como O insaciável
homem-aranha (Companhia das Letras, 2004) e Trilogia suja de Havana (Companhia
das Letras, 2001).
DOIS POEMAS: A LENDA DA PUTA EVELYN ROE – Quando veio a primavera e o mar ficou azul / A
bordo chegou / Com a última canoa / A jovem Evlyn Roe. / Usava um pano sobre o
corpo / Que era bonito, bem vistoso. / Não tinha ouro ou ornamento / Exceto o
cabelo generoso. / "Seu Capitão, leve-me à Terra Santa / Tenho que ver
Jesus Cristo." / "Venha junto, pois somos tolos, e é uma mulher / Como
não temos visto." / "Ele recompensará. Sou uma pobre garota. / Minha
alma pertence a Jesus." / "Então pode nos dar seu corpo! / Pois o seu
senhor não pode pagar: / Ele já morreu, dizem que na cruz." / Eles
navegavam com sol e vento / E Evlyn Roe amaram. / Ela comia seu pão e bebia seu
vinho / E nisso sempre chorava. / Eles dançavam à noite, dançavam de dia / Não
cuidavam do timão. / Evlyn Roe era tímida e suave; / Eles eram duros e sem
coração. / A primavera se foi. O verão acabou. / Ela à noite corria, os pés em
sujas sapatilhas / De um mastro a outro, olhando no breu / Procurando praias
tranquilas / A pobre Evlyn Roe. / Ela dançava à noite, dançava de dia. / E
ficou quase doente, cansada. / "Seu Capitão, quando chegaremos / À Cidade
Sagrada?" / O capitão estava em seu colo / E sorrindo a beijou: / "De
quem é a culpa, se nunca chegamos / Só pode ser de Evlyn Roe." / Ela
dançava à noite, dançava de dia / Até ficar inteiramente esgotada. / Do capitão
ao mais novo grumete / Todos estavam dela saciados. / Usava um vestido de seda
/ Com uns rasgões e remendos / E na fronte desfigurada tinha / Uma mecha de
cabelos sebentos. / "Nunca Te verei, Jesus / Com esse corpo pecador. / A
uma puta qualquer / Não podes dar Teu amor." / De um lado para outro
corria / Os pés e o coração lhe começavam a pesar: / Uma noite, já quando
ninguém via / Uma noite desceu para o mar. / Isto se deu no fim de janeiro / Ela
nadou muito tempo no frio / A temperatura aumenta, os ramos florescem / Somente
em março ou abril. / Abandonou-se às ondas escuras / Que a lavaram por dentro e
por fora. / Chegará antes à Terra Sagrada / Pois o capitão ainda demora. / Ao
chegar ao céu, já na primavera / S. Pedro, na porta, a recusou: / "Deus me
disse: Não quero aqui / A prostituta Evlyn Roe." / E ao chegar ao inferno
/ O portão fechado encontrou: / O Diabo gritou: "Não quero aqui / A beata
Evlyn Roe." / Assim vagou no vento e no espaço / E nunca mais parou / Num
fim de tarde eu a vi passar no campo: / Tropeçava muito. Não encontrava
descanso / A pobre Evlyn Roe. BALADA
DA "PUTA DE JUDEUS" MARIE SANDERS: Em Nuremberg passaram uma
lei / fazendo chorar muitas mulheres / que dormiam com o homem errado. / "Mais
e mais gente nas ruas, / com força toca o tambor, / Deus do Ceú, se houvesse
alguma coisa / seria hoje à noite"... / Marie Sanders, teu amado / tem o
cabelo muito preto, / melhor é não o veres hoje, / como ontem o foste ver. / "Mais
e mais gente nas ruas, / com força toca o tambor, / Deus do Céu, se houvesse
alguma coisa / seria hoje à noite"... / Minha mãe, dá-me a chave / nem
tudo corre mal, / A lua está igual. / "Mais e mais gente nas ruas, / com
força toca o tambor, / Deus do Céu, se houvesse alguma coisa / seria hoje à
noite"... / Certa manhã, às nove, atravessou a cidade, / de camisa e de placa
ao pescoço, / o cabelo rapado, a rua aos berros, / ela de olhar gelado... / "A
gente fica nas ruas, / o Streicher vai falar esta noite... / Grande Deus, se
soubessem ouvir, / saberiam o que fazem conosco". Poemas
do dramaturgo, encenador e poeta alemão Bertolt
Brecht (1898-1956). Veja mais aqui, aqui e aqui.