terça-feira, junho 24, 2008

ADÉLIA PRADO, HENRY MILLER, SIDI-YACOUB, MULHERES, LITERÓTICA & BIG SHIT BOBRAS

Art by Anna Sidi-Yacoub

LITERÓTICA: ÂNSIA DO PRAZER - Quando me projeto sobre a plataforma espalmada do teu corpo provocante com jeito de façanhosa adefagia, de amorável jácea devorante, de exuberante calim tisneira, da nudez ofertada para minha apoteose de ensandecido enamorado delineando a minha sede vulcânica pelo favo que escorre feito sopa da tua fonte minante no desvelo de minha realização ebrifestiva. Ah é com isso que me faço exorbitante bardo e se agiganta minha tesão de amante excitado e dou provas da minha beligerante vontade de possuir-te sempre inteira até derramar minha vida esborrando meu desejo, esporrando minha loucura e entornando meu gozo para que sintas o benéfico da nossa agonia libidinosa, no teu extremo grito de se sentir dominada, explorada, uivando com o meu estertor penetrante para o teu itifalo adorado, saboreando meu gozo delirante e selando com a entrega o nosso amor. II - Os teus olhos flagraram a apoteose da minha paixão arrebatada dependente de tuas carícias, viciado de teu corpo, excitado com a promessa do prazer total que toda emanação de ti me satisfaz. Vieste nua e solícita e acariciaste meu corpo em brasa, envolvido na atração recíproca da entrega mútua. E te acercaste do meu desejo indomável pronto para devorar-te com meu apetite insaciável de sangue quente e possessão irrefreável. E suspiraste com minhas ânsias e gemidos suplicantes, dominando a loucura de querer-te sempre mais e inteira, cavalgando majestosa por todos os meus furores iminentes. E me entregaste a oferenda do gozo máximo para tornar-me escravo da tua delícia, servo de teu sabor, refém da tua explosão mágica de prazer. E dominaste minha alucinada exacerbação povoando minha vigília e todos os meus devaneios que porventura possa sonhar. Ah eu te amo como quem se entrega voluntário à combustão do teu inflamável e delicioso amor. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais aqui.


PENSAMENTO DO DIA: Quando a situação ficar empretada de breu pra sua banda, tenha fé só no seu taco, viu? Sabe por que? Se brechar direito pelos lados vai se certificar que não ficou nem um anjinhozinho da guarda pra remédio!

HISTÓRIA DAS MULHERES[...] reivindicar a importância das mulheres na história significa necessariamente ir contra as definições de história e seus agentes já estabelecidos como “verdadeiros”, ou pelo menos, como reflexões acuradas sobre o que aconteceu (ou teve importância) no passado. E isso é lutar contra padrões consolidados por comparações nunca estabelecidas, por pontos de vista jamais expressos como tais [...]. Trechos de História das Mulheres (EdUnesp, 1992), da historiadora estadunidense Joan Scott. Veja mais aqui.

TRÓPICO DE CÂNCER – [...] Tânia, alisarei todas as pregas de sua vulva, cheia de semente. Mandá-la-ei de volta para seu Sylvester com a barriga doendo e o útero virado. Seu Sylvester! Sim, ele sabe acender um fogo, mas eu sei inflamar uma vagina. Enfiarei pregos quentes em você, Tânia. Deixarei seus ovários incandescentes. Seu Sylvester agora está um pouco ciumento? Ele sente alguma coisa, não sente? Sente os remanescentes de meu grande membro. Deixei as margens um pouco mais largas. Alisei as pregas. Depois de mim, você pode receber garanhões, touros, carneiros, cisnes e São Bernardos. Pode enfiar pelo reto sapos, morcegos, lagartos. Você pode defecar arpejos ou amarrar uma citara sobre o umbigo. Eu estou fedendo, Tânia, para que você fique fornicada. E se tem medo de ser fornicada em público, eu fornicarei privativamente. Arrancarei alguns pêlos de sua vulva e os grudarei no queixo de Bóris. Morderei seu clitóris e cuspirei moedas de dois francos... [...] Deitava-se em Tottenham Court Road com o vestido levantado e fazia com os próprios dedos. Usava velas, velas romanas, e trincos de porta. Não havia na terra membro tão grande que lhe servisse... nenhum. Homens entravam nela e fraquejavam. Ela os queria com extensão, foguetes explosivos, óleo fervente feito de cera e creosoto. Cortaria o seu e o conservaria dentro dela, se você lhe desse permissão. Uma boceta como não se encontra em um milhão, Llona! Uma vagina de laboratório, sem papel de tornassol que pudesse tomar-lhe a cor. Era uma mentirosa também, essa Llona. [...] Uma vulva como não se encontra em um milhão, era Llona! Só vulva, e um traseiro de vidro no qual se podia ler a história da Idade Média. [...]. Trechos extraídos de Trópico de câncer (Ibrasa, 1963), do escritor norte-americano Henry Miller (1891-1980). Veja mais aqui.

MOÇA NA CAMA - Papai tosse, dando aviso de si, / vem examinar as tramelas, uma a uma. / A cumeeira da casa é de peroba do campo, / posso dormir sossegada. Mamãe vem me cobrir, / tomo a bênção e fujo atrás dos homens, / me contendo por usura, fazendo render o bom. / Se me tocar, desencadeio as chusmas, / os peixinhos cardumes. / Os topázios me ardem onde mamãe sabe, / por isso ela me diz com ciúmes: / dorme logo, que é tarde. / Sim, mamãe, já vou: / passear na praça em ninguém me ralhar. / Adeus, que me cuido, vou campear nos becos, / moa de moços no bar, violão e olhos / difíceis de sair de mim. / Quando esta nossa cidade ressonar em neblina, / os moços marianos vão me esperar na matriz. / O céu é aqui, mamãe. / Que bom não ser livro inspirado / o catecismo da doutrina cristã, / posso adiar meus escrúpulos / e cavalgar no topor / dos monsenhores podados. / Posso sofrer amanhã / a linda nódoa de vinho / das flores murchas no chão. / As fábricas têm os seus pátios, / os muros tem seu atrás. / No quartel são gentis comigo. / Não quero chá, minha mãe, / quero a mão do frei Crisóstomo / me ungindo com óleo santo. / Da vida quero a paixão. / E quero escravos, sou lassa. / Com amor de zanga e momo / quero minha cama de catre, / o santo anjo do Senhor, / meu zeloso guardador. / Mas descansa, que ele é eunuco, mamãe. Poema da escritora, professora e filósofa Adélia Prado. Veja mais aqui.


Art by Anna Sidi-Yacoub


PAPAGAIADA - O Doro, o ilustríssimo famigerado anônimo & candidato a presidente do Brasil, depois que foi expulso do Big Shit Bôbras, resolveu fazer da sua vida uma representação. Ou como já dizia: a vida dele era, é e sempre será uma comédia. Ele levou isso a sério e começou a confundir realidade com invenção. Foi.
- Agora vô fazê triato pra melhorá minha perfumance na candidatura.
- Teatro?
- Sim, cráro, o que tem de nego doido para aparicê num ta no gibi. Vô tê atô e atoras fazeno campanha pra eu e de grátis, né? Vambora!
Cabra inteligente esse Doro, hem?

LINGUA FALOU, CU PAGOU! - O Afredo Bocoió era o sujeito mais ostensivamente declarado homofóbico do planeta! Se havia uma coisa que ele detestava, a ponto de fazer a careta de ocrídio mais feia no mundo de repúdio, era quando se deparava com uma faceiramente gazelal viadinha que se insinuava toda bambi na floresta. Ôxe, o cara enchia de ar, se espremia todo e ficava puto pelo gogó de tanta indignação. Vôte! Nem o diabo na cruz era tão execrado por ele. Mas, nada como cuspir pra cima e não sair de baixo, a constatação é óbvia: o cuspe lhe cai na cara. Certo dia lá, o Afredo Bocoió achou de encher o tampo na Teibei de ficar trocando as pernas, os olhos e ele mesmo. Quando deu fé, 3 dias depois estava a merda fedendo do acontecido: Uma bombástica cena devidamente fotografada. O fato: ele totalmente nu e de 4 enganchado na macaca do Mamão. Ele olhou, revirou a cara, botou de cabeça pra baixo, buscou falhas na foto para provar a montagem, resmungou, ronronou, achou ruim, pestanejou, franziu o cenho, cuspiu, pigarreou, coçou a peia, bateu na pança, se acocorou, fez que ia cagar e não foi, arrotou, peidou, saculejou os culhões, ficou numa perna só e, apesar dos pantins agoniados no hehehé amarelado, nada conseguiu provar nem que ninguém arredasse dali sem a sua explicação para a queimação do seu filme. Foi quando não tinha nada além dos muxoxos e cara de bocó para dizer nadica em legítima defesa, balbuciou covardemente: - O Mamão não precisava fazer pose nem morder os beiços na horagá, né? A mangação foi saber que Mamão dizia naquela hora: Toma, fresco! Ele lembrou-se de ficar zarolho no departamento da vergonha até hoje. Não saiu do armário, porém acende a fluorescente às escondidas. Assume logo, Afredo. Hoje está apelidado de: Peida-no-buraco. Por que, hem? Sei lá. Pergunte a ele.
 
BIG SHIT BÔBRAS -Gentamiga, essa veio pela internet, não sei a origem nem a fonte. Só soube que foi uma peitada que rolou no meio de uma brincadeira envolvendo os participantes do BigShitBôbras. Só a macharia reunida enquanto as mulheres fofocavam lá dentro, a pabulagem corria solta acerca do assustado de rico e pobre. Vejam só onde chegaram os distintos apaideguados na maior corriola:

ASUSTADO: RICO X POBRE -Traje feminino de rico pro assustado: Calça capri de cor clara da Zara ou outra grife importada, bolsas L.Vuitton ou Prada. Camisetinha básica branca da Club Chocolate ou Doc Dog. Óculos Chanel, Valentino, sandalinha rasteira da Lenny. Ela sempre chega sozinha, dirigindo o seu próprio carro.
Indumentária de pobre pro assustado: Mini-saia curtíssima, blusinha da C&A estampada, tamanco de madeira de salto altíssimo, óculos coloridos, piercing enorme e pendurado no umbigo, anel no dedo do pé.. Muitas usam biquíni fio dental por baixo, na esperança de tomar um banho de piscina plástica.
Traje masculino de rico pro assustado: Bermuda Hugo Boss ou Richard, camisa esporte Siberian ou Brooksfield, óculos Armani e aquela caminhonete importada maravilhosa.
Indumentária de pobre pro assustado: Chinelo havaiana ou dupé, bermuda florida ou feita de uma calça jeans cortada com a barriga aparecendo, camisa do Flamengo jogada nas costas (eles morrem de calor e vivem suando) e óculos de camelô na testa. Chegam de Monza ou de carona com mais oito pessoas.
O regabofe de rico: Normalmente eles não comem, quando comem é um pouquinho de cada coisa. Arroz com brócolis ou açafrão, farofa com frutas, filé de cordeiro, picanha argentina, muzzarella de búfala. Sendo que cada coisa a seu tempo e pausadamente.
A mundiçada de pobre: Vinagrete, farofa com muita cebola, maionese, muita asa de frango, lingüiça com pão de alho, coração e fígado de frango, costela e a tradicional bola da pá (que eles juram ser mais macia que a picanha!).
A bebida dos ricos: Os homens, Chopp da Brahma ou cerveja Heineken geladíssima. As mulheres, tônica Schweppes Citrus ou Envian e Coca- Cola Light Lemon.
A cachaçada dos pobres: Cerveja Lokal, Glacial , Itaipava ou Cintra, geladas no tanque de lavar roupa cheio de gelo. Quem fica tonto mais rápido, bebe intercalado água da torneira. Muita caipirinha com Caninha da Roça, refrigerantes: Baré Cola, Guaraná TOBI, salutaris, aruba, cola são bento, convenção de abacaxi .
O menu do rico: normalmente beliscam uma picanha servida num enorme prato branco liso de porcelana, taças adequadas a cada tipo de bebida: água, chopp, refrigerante.
A farofada do pobre: os tradicionais pratinhos de alumínio, papelão ou "prásticos", eles ficam o tempo todo de olho na fila esperando diminuir. As bebidas são servidas em copinhos plásticos de 200ml (compra-se a quantidade exata do número de convidados) - são descartáveis mas não podem jogar fora ou servem naqueles de requeijão ou geléia para os convidados mais chegados: familiares, algum cabo da PM, Corpo de Bombeiros, Escrivão da Polícia,etc..(OS VIPS). Garfos plásticos que quebram qdo se tentar espetar a carne muito dura !!!!!!!!
A música ambiente dos ricos: Jack Johnson, Maria Rita, música instrumental, Lounge Music e Jazz. Pode ser que contratem um grupo que toca chorinho, mas com músicos formados pela escola de Música da UFRJ, CD Um barzinho e violão.
O fuá do pobre: Aquele pagodão de pingar suor, Zeca Pagodinho, Jorge Aragão e Revelação. Só CD's piratas (4 por 10,00) mídia azul. Não pode faltar o de Samba Enredo do ano. O importante é tirar a galera do chão, depois de umas 2 horas de churrasco, todos já estão dançando, independente das idades ou credos. Também rola uma batucada improvisada com panelas, tampas ou qualquer objeto disponível que emita um som (cantam de Almir Guineto à Alcione). A mulherada tira a sandália, porque não está acostumada, e bota a poeira pra subir. Tem também muito funk (Quer bolete! leite moça pau na coxa!)
A churrascada do rico: contratado de uma churrascaria famosa. Trabalha com um uniforme impecável e traz consigo toda equipe necessária para atender todos os convidados.
O trupe do pobre: amigo de um conhecido que adora fazer churrasco, e cada hora um fica um pouquinho pra revezar. Normalmente é um cara barrigudo que fica suando com uma toalhinha na mão (ele usa para enxugar o suor, limpar as mãos e o que mais precisar!). Adora ficar jogando cerveja na brasa para mostrar fartura!
O local do rico: área coberta com piso de granito, tem mesinhas, ombrelones e bancos da Indonésia, num lindo jardim com piscina, mas ninguém se anima dar um mergulho.
O fuzuê do pobre: normalmente na laje, com sol quente na cabeça ou chuva para acalmar o fogo (então é improvisada uma lona de caminhão como cobertura, mas só para proteger a churrasqueira), cadeiras só para quem chegar mais cedo (esses cedem o lugar para as grávidas que sempre chegam atrasadas), os demais ficam em pé, esbarrando uns nos outros e pisando no seu pé, mas não tem problema porque a maioria tá descalça. Sem esquecer o tradicional banho de chuveiro, onde os bêbados começam com a brincadeira de querer molhar todo mundo.
A gran finale dos ricos: em no máximo 4 horas, cada pessoa sai em seu próprio carro. Mas saem em momentos diferentes, para que o dono do churrasco possa fazer os agradecimentos a cada um com atenção.
A varredura do lixo dos pobres: dura no mínimo 8 horas e depois que todos já estão bêbados, o dono da casa diz que tem que trabalhar cedo no dia seguinte, mas o pessoal ainda quer fazer vaquinha para comprar mais uma caixa de cerveja. Quem não tem carro pede carona ou vai de buzão mesmo. (isso sem falar nos que precisam curar o porre, estabacados no sofá ou no tapete, antes de pensar em ir embora!). O pessoal que tem carro, liga o som bem alto (pagode, claro!) e sai buzinando, sorrindo e gritando: Valeu maluco! Amanhã tô aí pro enterro dos ossos!!
Vamos nessa?
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