terça-feira, julho 31, 2018

SEARLE, LOYOLA BRANDÃO, PIAF, DIDEROT, AMANDA GREAVETTE, ALBERTO LINS CALDAS & DEVORÁVEL


PERFIS SEM ROSTOS – Imagem: arte da pintora canadense Amanda Greavette. - Pela primeira vez vi o mundo em todos os sentidos e o seu peso em minha alma não me deixou enxergar direito o sonhado de antes, porque tudo se esfacelara à primeira vista, e a terra era apenas um museu devastado na ebulição de festas trágicas. Fui tentado a olhar pra trás e pela segunda vez, enquanto eu vestia todas as canções de amor e paz pros que me vinham pelas rachaduras tumulares com seus epitáfios e desventuras, e eu me dava aos braços as sinfonias solidárias com o coral da Nona pelas caravanas pressurosas de semideuses com suas têmporas esmaecidas por novidades de ontem e seus epígrafes maltrapilhos de tão gastos na mesmice. Pela terceira vez eu chorei a Flauta Mágica dos meus lábios porque nada ecoava além do muro à cabeça, apesar do peito com as sonatas solidárias remediarem minha dor, eu sucumbia à esquina oposta, onde umbigos falantes beatificados aos solavancos se reabasteciam com as paisagens faciais das sereias sedutoras e sua instantaneidade descartável a cada olhar desolhado, cada sorriso sem sorriso, cada sentimento efêmero com suas cenas manequins, que desconhecem de mim o apelo Rimbaud e cantam many queen, many comic, para serem Fabos que vão dormir como se fossem lêmures indômitos e acordam como príncipes a reconstruírem o Fabobras demolidor, materializando a desonra e eu poderia morrer agora, ou segunda, talvez amanhã de manhã e pra sempre aniquilando dores verossímeis. Pela quarta vez nenhum rosto amigo, nenhuma fisionomia reconhecível, meras paisagens nas faces irradiavam gôndolas, vitrines, próteses e desumanidades por cenas elegantes e luxuriosas que não diziam de mim, nem de ninguém, apenas a felicidade urgente e sem precedentes. Foi preciso que eu me detivesse pela quinta vez pra me certificar de que eram gente e não possuíam rostos senão máscaras de gás e me segurar sem arrimo pra não ser levado na enxurrada desalmada, e pudesse saborear a vida como quem fora desterrado da despersonalização imbecilizada e homogênea, a me dizer que se eu tivesse que fazer alguma coisa, que fizesse já porque seria sempre inútil, senão imediatamente de tão tarde passando do ponto, a viagem sonhada por protagonista não me deixava mais a oportunidade de parada em qualquer ponto de desembarque, por ser tratado como figurante cego que não sabia mais nada e que se havia algo por fazer, nem eu mesmo me dava ciência no meio de tanta selvageria, não tinha a menor ideia de tão surrupiado pela dessemelhança e se eu quisesse viver teria outro tão igual a todos. Sabia apenas que se não era divertido, seria bastante patético, senão esdrúxulo, coisas que via e nem prestava atenção, sempre perdido com meus pensamentos de que podia fazer alguma coisa, aprisionado Prometeu nos meus próprios ideais. Foi sintomático resistir pela quinta vez e de súbito tudo trepidava, pode ser que o chão me falte diante de tanta mentira exposta com a leveza de quem desliza sobre as águas, o tempo a desabar nuvens amontoadas e desmoronando o já contaminado, quase terminal e eu ainda respirava o ar possível para não desfalecer entre ruínas tão formidavelmente remontadas. Como eu ia dizendo, o que se há de fazer não mais que mudo e inativo na marra, por grilhões inoculadores servindo de camisa-de-força para me fazer refém e, para me salvar do escalpelo, mergulho no meu próprio negrume se posso sobreviver atento no meio de tanto incômoda gritaria que se faz canto no meio das desalmas. Sei que vivo e quase não sei mais nada, tudo é tão avaro e nada mais valho nessa alegoria de nada. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais aqui.

RÁDIO TATARITARITATÁ:
“Porque sou apaixonada pela busca da verdade e eu me sentiria mais próxima de Deus tentando me aprofundar e compreender seus maravilhosos mistérios”
Hoje na Rádio Tataritaritatá especial com a música da cantora francesa Edith Piaf (1915-1963): L’hynne à l’amour, Soudain une vallée, Las plus belles chansons & Greteast Hits & muito mais nos mais de 2 milhões & 500 mil acessos ao blog & nos 35 Anos de Arte Cidadã. Para conferir é só ligar o som e curtir. Veja mais aqui, aqui e aqui.

PENSAMENTO DO DIA – [...] Instruir uma nação é civilizá-la. Extinguir nela os conhecimentos é reduzi-la ao estado de barbárie [...] À exceção dos primeiros princípios de aritmética, de álgebra e de geometria [...] quase nada que valha a pena ser retido e que não se aprendesse muito melhor em quatro vezes menos tempo. A única vantagem que não se tinha absolutamente em vista e que se obtém de nossas escolas é o hábito de aplicar-se, e de aplicar-se constantemente a coisas frívolas, mas difíceis; hábito que dá uma maravilhosa facilidade para objetos mais importantes em todas as funções da sociedade; hábito que distingue singularmente um homem de um outro, sobretudo se a prática do mundo curou o primeiro da cavilação; o que nem sempre acontece. Eis, portanto, todo o fruto de sete ou oito anos de penoso trabalho e de uma prisão contínua. [...]. Trecho da obra Plano de uma universidade – Filosofia e política (Perspectiva, 2000), do filósofo e escritor francês Denis Diderot (1713-1784). Veja mais aqui.

A REDESCOBERTA DA MENTE - [...] A característica mais admirável é o quanto da corrente principal da filosofia da mente dos últimos cinquenta anos parece obviamente falsa. Acredito que não haja nenhuma outra área da filosofia analítica contemporânea onde tantas coisas implausíveis sejam afirmadas. Na filosofia da linguagem, por exemplo, não é de modo algum comum negar a existência de frases e atos de fala; mas, na filosofia da mente, fatos óbvios sobre o mental, tais como o fato de que todos nós realmente temos estados mentais subjetivos conscientes, e que esses não são suprimíveis em favor de qualquer outra coisa, são rotineiramente negados por muitos, talvez pela maioria dos pensadores avançados do assunto. [...] não parece o bastante afirmar verdades simples e óbvias ― queremos algo mais profundo. [...] Falar de estados mentais é simplesmente falar de um conjunto neutro de relações causais; e o aparente "chauvinismo" das teorias de identidade tipo-tipo ― isto é, o chauvinismo de supor que somente sistemas com cérebros como os nossos possam ter estados mentais ― é então evitado por essa concepção muito mais "liberal". [...] O abandono da crença em uma classe numerosa de fenômenos mentais em princípio inacessíveis à consciência resultaria, portanto, no tratamento do cérebro como um órgão como qualquer outro. Como qualquer outro órgão, o cérebro tem um nível funcional ― na verdade, muitos níveis funcionais ― de descrição e, como qualquer outro órgão, pode ser descrito como se estivesse fazendo "processamento de informação" e executando qualquer número de programas de computador. Contudo, a característica verdadeiramente especial do cérebro, a característica que o torna o órgão mental, é sua capacidade de causar e sustentar pensamentos, experiências, ações, memórias etc., conscientes. [...]. Trechos extraídos da obra A redescoberta da mente (Martins Fontes, 2006), do filósofo e escritor estadunidense John Searle. Veja mais aqui.

O MENINO QUE VENDIA PALAVRAS - [...]— Como o senhor conhece tantas palavras? — Você não me vê sempre lendo? Assim vou aprendendo palavras. — É bom isso? — Quanto mais palavras você conhece e usa, mais fácil fica a vida. — Por quê? —  Vai saber conversar, explicar as coisas, orientar os outros, conquistar as pessoas, fazer melhor o trabalho, arranjar um aumento com o chefe, progredir na vida, entender todas as histórias que lê, convencer uma menina a te namorar. Podia conversar com ele durante horas, menos quando estava lendo. Chegava do trabalho às cinco e meia da tarde, tomava banho e sentava-se para ler. Era corajoso, lia livros grossos e me trazia sempre um livro novo [...]. Trecho da obra O menino que vendia palavras (Companhia das Letrinhas, 2016), do escritor e jornalista Ignácio de Loyola Brandão. Veja mais aqui.

FILOCTETES – i - dissera / q o mal começara / na carne dura / do arqueiro / vinda da fera q em surdina / maliciosa mais q viva / mordera dissera / era aspero silencio / assim a pedra / onde o arqueiro sentara / todos os olhos / fisgados nele / entre morte e morte / o deserto invadira / q a paralisia imperara / ao redor / do arqueiro / findara o sonho / da guerra na cidade / sonho de todo guerreiro / alguem dissera – ii - a boca dessa ferida / tivera fome a goela / sem fim dessa ferida / comera sem se saturar / os dentes afiados dessa / ferida devorara tudo / os dedos finos e frios / dessa ferida tateara / a pele os ossos ao redor / dessa ferida q tivera olhos / desmedidos q mirara tudo / desde o eixo ao infinito / sugando sempre tambem / imagens sombras luzes / esfomeada noite dia / essa ferida conhecera / a sombra todos em volta / daquela carniça e ponderara / numa lingua apavorante / seus desatinos suas visões / berrara e gritara / como se fosse ela a ferida / quem sem saida sofrera / não aquele infeliz / deitado sobre cinza e rocha / calado como se adivinhara / a insanidade daquela ferida / a colera o odio o asco / a indignação o rancor / ressentimento incontido / rasgara conformado o corpo / corpo desesperado / perdida aquela vida / na demencia a ferida / se esmerara em doer mais / deixando sempre magoado / a pele e seu horror / como se a ferida fora o corpo / o corpo somente o verme / q impedira a ferida de viver / dissera alguem entre deserto / e mar em ruinas dissera – iii - ?onde amigos ?onde companheiros / ?onde a mulher o irmão o pai / ?onde a casa ?onde o cão ?onde / !sim o arco e o alvo !sim ?onde / ha todas essas estrelas na escuridão / quase as mesmas sempre as mesmas / a lua esse luar doente sobre as arvores / sobre a areia da praia sobre as pedras / não a doença q abismara a carne / moendo sonhos magoando de doer / nem essas cinzas pelo chão dissera / fuligem caindo como chuva / florestas incendiadas o fogo / abrasando a noite dos horizontes / trovões relampagos a solidão / insetos crocitando como passaros / nuvens mantos negros de nuvens / !sim mas o vento não se derramara / longo o mar e o mar se revoltara / pastoso contra rochas e a carne / doi tanto como se faca talhasse / ternamente num carinho dissera / longe na guerra so ha paz / aqui na paz so ha guerra / tantos de mim ja morreram tantos / de mim sofrem no triste silencio / do coração como a insana fome do tempo / insana fome da ferida e seu fervor / !sim não ha desejo maior q a morte / ?como fugir da jaula q sou / se eu mesmo paralisado espero mesmo / sabendo q esperar é morrer dissera – iv - q venham os dias e as noites / com seus terrores / sim! q venham os terrores / de todas as noites / de dentro dessa carne dolorida / desses ossos / desses tendões partidos / a ferro e fogo e solidão / noite silenciosa / quando a carne se enfurece em sonho / sem auroras azuis / ou pores de sol imoveis dissera / queimando olhos / gravidos repletos de vozes / q se trançam como teias / perversas a ilusão / essas horas maduras do dia / quando se delira e sofre / desde o ventre dessa sombra / ate a morte dissera / gerando em tudo / a escuridão crua sem abrigo / nesse sol indigno das horas / q se desgraçam / antes da arida lassidão / so loucura de rochas / onde a duvida das cinzas / invade a certeza da luz – v - danço na escuridão / com meus mortos / de treva em treva / dançarino avanço / trançados os dedos / tecido de espuma / bebo todo esse mar / como quem bebe / algo bem doce / basta essa musica / estilhaços de tempo / imoveis na noite / a guerra é aqui / sem olhos ele dissera – vi - ?como deixar de acordar / os mortos / recompor / a tempestade / q vem / das ruinas / entre desertos / como é / estreito / o espaço / q resta / como é facil / e terrivel / nada dizer – vii - !sim a primavera / havia cerejeiras cruas / na luz intensa / alguem dissera / estufadas de flores / vermelhas e brancas / as noites perfeitas / alguem sonhara / eram lindas / lindas / cheias do sangue / das lembranças / entre risos / alguem dissera / longe o mar / os rios / entre florestas respiravam / !sim a lingua perfura / como ferrão agudo / de escorpião / essas asas imensas / q sempre levaram longe / hoje mistrangulam / alguem sonhara / e a deriva / numa solidão total / longe dos muros da cidade / horizonte infinito / onde começa / a violencia dos deuses / não sei mais / quem sou / quem fui / quem poderei ser / alguem dissera / odor de terra torrida / resinas queimadas / numa briga de facas / amava então a vida / desesperada devoção / alguem sonhara / resta a vida / isso é sempre muito / muito pouco / pra manter longe / o segredo / do inferno / dizendo / o q tenho / contra mim / é q me deixei / ser vencido / por uma guerra inutil / por amigos peçonhentos / longe dos laços / essa grave / doçura / essa forma monstruosa / da paixão / essa ignorancia / agressiva / treva toda de musculos / virada pelo avesso / cerejas e morangos / num zumbir de vespas / a multiplicação dos pães / o grave sangue dos lagos / outro misterio / alguem dissera / torturada / a carne quase ri / pedra entre aguas / quando te deixei / naquela tarde / olhando assim / dentro da morte / outro tempo / outro desejo / tão triste fim / alguem sonhara / não é isso / q devemos oferecer / ao salobro existir / quebrado em ossos / florindo em desertos / esse infeliz / palhaço / debruçado ali / no silencio terrivel / bem perto / da loucura / alguem dissera / daquele riso / q tudo sabe / antes da morte / voce não imagina / a tristeza / a colera / o vazio / alguem sonhara / q nos derruba / e aniquila / quando encontramos / a alma assim / submersa no asco / deitada numa quina / ridicula de pedra / entre imbecis / de pesadelo / alguem dissera / coberta de lama / entre porcos / quebrada e roubada / irreconhecivel / inda rindo sempre / alguem sonhara / brinquedo grotesco / nas mãos estupidas / de si mesma / criança ridicula / ridicula / alguem dissera / sonho q sonha / sombra q se assombra / alguem sonhara / luz adentro / assim mesmo / esperara muito mais de mim / não esse animal / destroçado / rodopiando de dor / entre nadas / isso q vem / das pocilgas / da familia / esse riso gelatinoso / esse corpo mole / esse olhar frouxo / esse ritmo q nunca / se partiu / alguem dissera / entre indiferentes edificios / na fome e no horror / esse fardo / ninguem compreenderia / como nos alguem sonhara / esse horror privado / de sutilezas e sublime / essa vontade de trabalhar / de servir e gerar filhos / de rezar e aceitar / alguem dissera / amar o transitorio / sem delirio e tempestades / sem fome sem navios / navegando no sono / com sonhos pueris / sem tanta fome / sem tanta dor / sem tanta solidão / faltam crepusculos / alguem sonhara / crepusculos / faltarão sempre / tão leve tão pluma / não ouviu trovões / entre luas vermelhas / não ouviu o uivo / entre calor e chuva / não bebeu escuridão / nas ondas do rio / não tava no parto / do monstro das palavras / não tramou a jornada / entre terra e mar / pois não ha loucura / somente segundos / se comendo por dentro / triste mortalidade / as ruas as ruas as ruas / tanto sofrimento / nas unhas abertas / nos tendões partidos / nas horas em carne viva / nu ao vento / era a vida / luz da vida plena / o caos o caos o caos / a morte triunfa sempre / alguem dissera / contra ti / nas visceras escuras / esperando esperando / ao redor a pedra / tanto sofrimento / dentes podres / corpo q falha / muda o cheiro / o gosto do corpo / envelhece o corpo / o corpo / no tempo alguem sonhara / no tempo / como é infeliz / apodrecer assim / ?pra q as sombras / as cinzas nesses olhos / ja não deixam ver / o mal de viver / alguem dissera / desenhando arabescos / perversos com fuligem / humor vitreo / no centro da cidade / onde o fauno ri / gargalhando nu / entre esquilos rubros / !sim a primavera / alguem dissera – vii - !sim a guerra !sim q / é a vida começara / dissera / mas sabemos todos q / as serpentes sempre encontram / dissera / assim a carne e os ossos q / os musculos moldam espera / dissera / porq mesmo esse sonho q / marcara sua hora findara / dissera / somente uma picada q / brutal era de medo e dor / dissera / bastando isso o mal q / infiltrado apavorara a todos / dissera / pois tão negra e tão podre q / cheirava tão mal tanto / dissera / !sim ninguem chegara perto q / sentia vontade de vomitar / dissera / partiram deixando ele q / chorava dor e solidão / dissera / vira o desmedido mar q / de tão azul era de carne podre / dissera / deitado na noite sem sonhos q / queimava sempre recordou / dissera / a guerra distante a morte q / não teria entre eles / dissera / abandonado delirou navios q / voltavam somente por ele / dissera / o fim da guerra a chaga q / tudo isso era terminara / dissera / assim morreu sentindo q / voltava entre verdadeiros amigos / dissera / os morcegos e mariposas q / viviam ali partiram finalmente / dissera. Poema do escritor e professor universitário Alberto Lins Caldas.

DEVORÁVEL
O videoarte Devorável, roteiro e direção de Tchello d’Barros e interpretação de Mariana Parga, traz uma versão contemporânea da musa Clio, do mítico Parnaso, devora entre nós a P, O, E, S, I, A. E questiona: Nós somos o que comemos? “Você tem fome de quê”? O que alimenta nossa alma? Como a P, O, E, S, I, A entra em nós? Então, os conteúdos que nos alimentam nessa era de hiperinformação e endurecimento dos sentimentos, nossa “modernidade líquida”, onde “tudo que é sólido se desmancha no ar”. A produção do coletivo Praia Vermelha Filmes foi selecionada no Festival Internacional de Video Poesía UNGS II, na Argentina. Será exibido no próximo dia 16 de agosto, às 19hs, no Multiespacio Cultural Universidad Nacional General Sarmiento – UNGS Juan Maria Gutierrez 1150. Los Polvorines. Pcia de Buenos Aires – Argentina. Veja mais aqui.

Livro Partes do meu todo de Zezinha Lins & muito mais na Agenda aqui.
&
A arte da pintora canadense Amanda Greavette.
&
A peça teatral O Lobisomem Zonzo aqui & aqui.

APOIO CULTURAL: SEMAFIL
Semafil Livros nas faculdades Estácio de Carapicuíba e Anhanguera de São Paulo. Organização do Silvinha Historiador, em São Paulo. Fone: 11 98499-2985.