segunda-feira, julho 27, 2015

DUOFEL. BAUDRILLARD, PINA BAUSCH, JAYME GRIZ, VADIM, KAUB-CASALONGA, TRISTÃO & ISOLDA.

VAMOS APRUMAR A CONVERSA? DUOFEL, TRÊS POR UM – Era uma sexta de 1997, parece. Direto feito cantiga de grilo e na maior tirineta da munheca empolgada de ancho todo folgado, foi assim que descobri a maravilhosa música do Duofel. Seguinte: era a terceira edição do Maceió Jazz e eu teria a oportunidade de mais uma vez ver um show do Hermeto Pascoal. Estava feliz com a edição nº 9 do meu tabloide Nascente impresso para distribuir na ocasião, com uma entrevista do Milton Nascimento. Tudo pronto numa área ao ar livre do hotel na praia de Mata-Garrote, em Maceió, eu devidamente aboletado à espera do bruxo alagoano dos sons no palco, quando apareceu uma dupla que encheu o ar com sua violada. Gente, era cada cipoada bonita nas cordas! Eles arreavam a ripa com cada lapa de música, eu pegando bigu no prazer das harmonias melodiosas, só molhando a goela dando um bico na austeridade e confirmando tudo pela profusão: eles esbanjavam talento. Quem são? Não sabia. Queria mesmo aproveitar a oportunidade, enquanto dentro de mim ficava mais buliçosa a curiosidade. De tão bom, nem dei fé da chuviscada insistente que caía. Fazia parte do espetáculo: o som deles era como uma cachoeira do tamanho do Brasil distribuindo a beleza que havia em todas as coisas da vida. No acorde final, aplaudi extasiado de pé. Já não eram mais os chuviscos amenos, ameaçava cair uma senhora chuvada. Pois bem, chuva, copos e aguardando Hermeto. Quando estava para começar a apresentação, caiu um pé d’água. Não arredei: botei a mesa na cabeça e fiquei lá insistente. De repente, uma explosão. Meia hora depois devolveram os ingressos para o domingo. – Ué, o festival não é até sábado? O show do Hermeto fora transferido para mais um dia de evento. Foi quando voltei pra real e o apagão se expandia geral. Parecia mais com um causo do Daniel Cavalcanti dando conta da visita de funcionários do ministério de Brasília para estudar a seca do Nordeste. Uma chuvada despencou do céu quando eles estavam em Recife, malas prontas pra viajar: “[...] Viero de Brasilia uma comissão, instudá o meu sertão. Sabe adonde fôro s’hospedá? In riba do Grande Hoté Boa Viagem, bem na beirinha do mar. Aí Sunpedo parece que por maicação, abriu as portas do céu e fincou água no chão. Aí eles atelegrafaram ao prisidente da Nação: nóis tá tudo preso, nóis num pode sair não. Inté a data de hoje nóis num feiz reunião. E pra encurtá essa história: nóis num intende esse sertão”. Tanto é que na minha terra de Ascenso Ferreira, tem outro poeta de valia, Jayme Griz que diz num de seus poemas da antologia Poetas de Palmares (Nordestal, 1973), assim: Verão! Sol quente de tinir! Sol quente de rachar o chão! De repente: chuva chuva chuva chuva chuva chuva de danar a paciência! Chuva do sapo pedir aos céus clemencia! Mãe Natura endoideceu... e se ela, que é mãe, que é sábia, que é única, a cabeça perdeu.... quanto mais eu... quanto mais eu. Esse o meu Nordeste. Cenário: em casa, faltando energia, bebericando umas e outras. Quando um amigo meu liga do celular: - E aí, que achou do show do Duofel? Quem? Duofel, cara, eu vi você lá! Ah, agora sabia: Duofel. E ficamos jogando conversa fora até amanhecer o dia. Quando o comércio abriu, corri pra comprar qualquer cd deles, adquiri três: o Espelho das águas ao vivo (1994), As cores do Brasil (1990) com participação do percussionista João Parahyba, e Duofel (1993). Tasquei os três encarreados no som e cada vez mais ficava maravilhado. Aí, fui pesquisá-los. Bruta ignorância essa minha! Eles existiam desde 1977 e só agora que sabia: tava passando a vida sem viver. Agora sim, o duo do paulistano Luiz Bueno e o alagoano de Arapiraca, Fernando Melo. Deles Hermeto havia dito: "o Duofel não é um duo, é um trio, às vezes um quarteto e outras uma banda inteira, por isso acho que deveriam mudar o nome para Trio Du’Ca”. Nunca uma verdade foi tão explícita. Desse dia em diante virei fã e nem me dei conta que comi o sábado todinho ouvindo e reouvindo os cds, até amarrar o bode e me acordar na ensolarada tarde de domingo, prontinho da silva para marcar presença no show do Hermeto. Quanto chego lá: Duofel! A sexta estava valendo pelos três dias numa verdadeira festa de dia santo com direito a roda-gigante, pirotecnia e meio mundo de gente – como festa de padroeira na minha cidade do interior! E premiada com a bruxaria do Hermeto e, por troco, fechando tudo, um grandioso show do Gilberto Gil. Não sei como acordei na segunda pra trabalhar, depois de três dias de verdadeira apoteose. Agora, Duofel já com 35 anos de história, não cochilei e me danei conferindo tudo: Kid of Brazil (1996), Duofel 20 (2000), Duofel Experimenta (2006), Olho de boi (2008), Beatles (2010) e o comemorativo Pulsando MPB (2013). Ao todo são doze cds e dois dvds que não tenho todos, mais hei de tê-los. Estou repetindo tudo agora, enquanto mando ver nessas mal traçadas linhas. Fica o convite: veja mais aqui, aqui e aqui.


Imagem: Nu aux roses, da pintora francesa Alice Kaub-Casalonga (1875 – 1948)


Curtindo Espelho das águas ao vivo (1994), do Duofel & Badal Roy. Veja mais aqui.

A SOCIEDADE DE CONSUMO – No livro A sociedade do consumo (Edições 70, 2008), do sociólogo e escritor francês Jean Baudrillard (1929-2007), me deparo com as seguintes reflexões: [...] Nova arte de viver, nova maneira de viver, dizem as publicidades, o ambiente quotidiano que se respira: pode fazer shopping agradável no mesmo local climatizado, comprar de uma só vez as provisões alimentares, os objetos destinados ao apartamento e à casa de campo, os vestidos, as flores, o último romance ou a última quinquilharia, enquanto marido e filhos vêem um filme ou almoçam todos ali mesmo, etc [...] As comunicações de massa não nos oferecem a realidade mas a vertigem da realidade […] Vivemos desta maneira ao abrigo dos signos e na recusa do real. Segurança miraculosa: ao contemplarmos as imagens do mundo, quem distinguirá esta breve irrupção da realidade do prazer profundo de nela não participar. A imagem, o signo, a mensagem, tudo o que consumimos, é a própria tranqüilidade selada pela distância ao mundo e que ilude, mas do que compromete, a alusão violenta ao real. [...] Todas as sociedades desperdiçaram, dilapidaram, gastaram e consumiram sempre além do estriti necessário, pela simples razão de que é no consumo do excedente e do supérfluo que tanto o individuo como a sociedade, se sentem não só existir, mas viver. [...] A noção de utilidade é substituída pela produção de valores: a noção de utilidade, de origemn racionalista e economista, tem portanto de rever-se segundo uma lógica social muito mais geral em que o desperdício, longe de figurar como resíduo irracional, recebe uma função positiva, substituindo a utilidade racional numa funcionalidade social superior e se revela, no limite, como a função essencial – tornando-se o aumento da despesa, o supérfluo, a inutilidade ritual do “gasto para nada”, o lugar de produção de valores, das diferenças e do sentido – tanto no plano individual como no plano social. [...] uma definição do “consumo” como “consumição”, isto é, como desperdício produtivo – perspectiva inversa da do “econômico”, fundado na necessidade, e na acumulação e no cálculo em que, pelo contrário, o supérfluo precede a necessário e em que a despesa precede em valor (se é que não no tempo) a acumulação e apropriação. [...] As necessidades visam mais os valores que os objetos e a sua satisfação possui em primeiro lugar o sentido de uma adesão a tais valores. A escolha fundamental, inconsciente automática do consumidor é aceitar o estilo de vida de determinada sociedade particular (portanto, deixa de ser escolha! – acabando igualmente por ser desmentida a teoria da autonomia e soberania do consumidor).[...]. Veja mais aqui e aqui.

AMORES IMPOSSÍVEIS – Tristão e Isolda é uma das sagas germânicas que o maestro e compositor alemão Richard Wagner (1813-1883), tomou como assunto de ópera, baseando na lenda do Príncipe de Estrasburgo, órfão desde a infância, tendo sido despojado de sua herança pelos vassalos do seu pai, fora para o castelo de seu tio, Rei da Cornualha, para ser educado e tornar-se cavaleiro. Torna-se ele, o mais brilhante dos Cavaleiros da Távola Redonda que realizou a façanha de derrotar e matar o gigante Morlot. Dessa luta ganha um ferimento que só poderá ser curado pela Rainha da Irlanda, que é inimiga declarada do seu tio. Disfarçado ele consegue penetrar no castelo, tornando-se professor de música da Princesa Isolda. Retorna curado e encantado com a beleza da princesa. O rei resolve então pedi-la em casamento e é aceito. Abandonando a Cornualha na tentativa de esquecer Isolda, Tristão se casa com outra mulher também Isolda, a das mãos brancas, mas não consegue esquecer a princesa. É quando ele se vê mortalmente ferido e pede para buscar a princesa para que ela assista sua morte. A esposa vê o navio da princesa chegando, diz a Tristão que ela se negou a vir. Quando a princesa, agora rainha, entra nos aposentos, já o encontra morto. Dominada pela dor mais profunda, ela igualmente morre. Existem outras versões para esta história, sendo tema para teatro, cinema, poemas e outras manifestações artísticas. Exemplo disso é essa versão do escritor francês Joseph Bédier (1864-1938), traduzida por Maria dos Anjos Braacamp Figueiredo (Francisco Alves, 1994), da qual destaco o trecho a seguir: [...] XXXII - O PECADO E A PENITÊNCIA DE ISOLDA - Mal encontrou a rainha, Audret disse-lhe: “Senhora, sei agora que Tristão regressou a este país. Avistei-o perto daqui, num bosque, em companhia de um desconhecido. Ambos se puseram em fuga por um velho caminho abandonado. Por três vezes o intimei a parar esconjurando-o em nome de Isolda, a loura, mas ele amedrontou-se e não ousou esperar por mim.” “Sire Audret, falais mentira e loucura! Nunca me fareis crer que Tristão, esconjurado em meu nome por três vezes, não tenha parado e não tenha ousado fazer-vos frente!” “No entanto, foi ele quem eu vi! Até me apoderei de um dos cavalos: podeis avistá-lo, todo aparelhado, lá embaixo no pátio.” Com isto, Audret despediu-se da rainha, que deixou completamente desamparada. Começou a chorar e disse: “Infeliz, vivi demasiado, pois vi o dia em que Tristão me despreza e amaldiçoa. Outrora, esconjurado em meu nome, que inimigo não defrontaria? É ousado e valente: se fugiu diante de Audret e se se recusou a obedecer à tripla esconjuração que lhe era feita em meu nome, é porque a outra Isolda o possui e já não faz, na realidade, nenhum caso de mim! Todavia voltara e eu recebera-o com alegria. Ora, não lhe bastou trairme, quis desonrar-me também! Não estava eu farta dos meus tormentos antigos? Que volte, pois, por sua vez amaldiçoado, para Isolda das mãos brancas!” A rainha chamou Périnis, o fiel, e repetiu-lhe as notícias que Audret lhe trouxera: “Amigo Périnis, procura Tristão na estrada abandonada que vai de Tintagel a Lancien. Dir-lhe-ás que não o saúdo e que não seja tão audacioso que ouse doravante aproximar-se de mim, pois fá-lo-ei expulsar pelos sargentos e lacaios.” Périnis põe-se imediatamente à procura de Tristão e de Kaherdin; quando os encontrou, transmitiu- lhes a mensagem da rainha. “Irmão — exclamou Tristão, espantado —, que me contas? Como teríamos fugido, Kaberdin e eu, perante o duque Audret, se não encontramos os nossos escudeiros no bosquezinho onde nos deviam esperar? Não tínhamos os cavalos. Procuramos em vão Gorvenal e o escudeiro de Kaherdin; ainda os procuramos.” Nesse mesmo momento, Gorvenal e o outro escudeiro desembocaram do velho caminho abandonado, seguidos por um único cavalo. Interrogado por Tristão, Gorvenal não pôs nenhuma dificuldade em confessar que haviam fugido: “Senhor, que outra coisa podíamos fazer para não cairmos nas mãos do duque Audret e da sua gente? Se me tivesse deixado reconhecer, o traidor teria descoberto logo o segredo do teu regresso à Cornualha.” Então o bravo disse a Périnis: “Querido amigo, volta depressa para a tua senhora: diz- lhe que lhe mando saudações e amor, que não faltei à lealdade que lhe devo e que nunca fugi diante de ninguém nem ignorei uma esconjuração feita em seu nome. Pede-lhe que me perdoe, uma vez que não falhei e que toda esta história é o resultado de um mal- entendido. E não deixes de voltar trazendo-me o seu perdão: aguardarei aqui o teu regresso.” Périnis contou à rainha o que vira e ouvira; esta recusou-se a acreditar: “Ah!, Périnis, eras o meu fiel servidor e o meu pai havia-te afeiçoado, ainda criança, à minha pessoa. Durante anos, nada houve que te censurar, mas eis que agora Tristão, o enganador, te conquistou com as suas mentiras! Também tu me traíste: vai-te!” O lacaio prosternou-se de joelhos diante dela, as mãos estendidas: “Senhora, dizeis-me palavras duras que me ofendem e afligem. Nunca senti tal dor em toda a minha vida! Mas pouco me importa por mim: se me aflijo, é por vós, senhora, que ultrajais injustamente o meu senhor Tristão, e vos mostrais iníqua com ele. Estou certo de que um dia. mas demasiado tarde, vos arrependereis.” “Vai-te, não te acredito! Também tu, Périnis, o fiel, me atraiçoaste!” Tristão esperou muito tempo pelo perdão da rainha: Périnis não voltou. De manhã, Tristão vestiu uma grande capa em farrapos e tingiu o rosto com suco de casca de noz e vermelhão, a fim de ficar com o aspecto de um doente carcomido e desfigurado pela lepra, como fizera quando da assembléia da Charneca Branca. Tomou entre as mãos o bastão de madeira venada que lhe dera a rainha e uma matraca. Penetrou assim nas ruas de Tintagel e, disfarçando a voz, começou a pedir esmola aos passantes. O seu único desejo e esperança eram avistar a rainha e fazer-se reconhecer por ela. Finalmente, ela saiu do castelo, acompanhada por Brangia e um grupo de lacaios e de sargentos. Quando meteu pela rua que levava à igreja, o falso leproso juntou-se ao grupo de lacaios fazendo tinir a matraca e suplicando com uma voz dolente: “Rainha, fazei- me algum bem, não sabeis a que ponto sofro e estou necessitado!” Isolda não se deixou iludir pela velha capa usada e pela matraca: reconheceu Tristão pelo belo corpo, pela nobre estatura e pelo bastão de madeira venada que lhe havia oferecido. Mal o reconheceu, o seu corpo estremeceu todo, mas, ofendida no orgulho, não se dignou baixar o olhar para ele. O mendigo implorou de novo e metia dó ouvi-lo. Suplicava-lhe arrastando-se ao pé dela: “Rainha, não vos enfureçais se ouso aproximar-me de vós! Vede a minha miséria: tende piedade de mim!” Em vez de se comover, chama os lacaios e os sargentos: “Expulsai este vagabundo” — ordena-lhes. Os lacaios empurram-no e afastam-no batendo-lhe com os paus. Ele enfrenta-os ferozmente e exclama: “Rainha, tende piedade! Sofri tanto por vós!” Quando ouviu estas palavras, Isolda desatou a rir e entrou rapidamente na igreja. O mendigo calou-se e afastou-se. Nesse mesmo dia. Tristão, depois de abandonar as vestes de leproso, despediu-se de Dinas de Lidan. Estava tão desanimado que parecia ter perdido o juízo. No dia seguinte, em companhia de Gorvenal, de Kaherdin e do seu escudeiro, todos vestidos de peregrinos, fez-se ao mar para regressar à Pequena Bretanha. Pobres amantes! A rainha não tardou a arrepender-se do seu orgulho e dureza. Recordando a sucessão dos acontecimentos, compreendeu finalmente que Périnis falara verdade. Tristão jamais fugira diante do duque Audret; jamais fora esconjurado em nome de Isolda, a loura; cometera um grave erro ao expulsá-lo. “Infeliz de mim! — exclamou. — Pequei contra o meu amor! Doravante odiar-me-á e nunca mais o verei. Jamais saberá quão arrependida estou nem que penitência irei impor a mim mesma e oferecer-lhe como penhor dos meus remorsos.” Desde esse dia. Isolda, a loura, passou a usar um cilício e fez o voto de trazê-lo contra a carne até que Tristão a perdoasse. [...] Veja mais aqui.

POETAS DE PALMARES – O poeta, jornalista, economista e folclorista Jayme Griz (1900-1981), é autor de uma diversidades de livros, entre eles Palmares, seu povo e suas tradições (1953), Gente, coisas e contos do Nordeste (1954), O lobisomem da porteira velha (1957), Negros (1965), Acauã, O cara de fogo (1969). Da sua poesia, destaco as que foram selecionadas na antologia Poetas de Palmares (Nordestal, 1973), a primeira Cachoeira de Paulo Afonso: Que ruído! / Que barulho! / Que coisa atordoante! / Até que enfim, / vi a mijada do gigante! Também A preguiça da raça: Rede. / Rede. / Rede./ Muita rede! / Rede armada de norte a sul, / rede gemendo em todo lugar... / E no Hino Nacional, / consagrada, / a nossa preguiça. / a nossa vasta e gostosa preguiça, / afrontando o dinamismo universal: / “Deitado eternamente em berço esplêndido”... E, por fim, Abusão: No silêncio da mata / mergulhada nas trevas / de uma noite sem fim, / um grito se ouve, / vindo de além, / ninguém sabe de quem: / - Ô Jooooooão! / E logo em seguida, / dentro das trevas, / outro grito ecoou: / - Inhôôôôôôôôô! / A noite é só treva, / assombro e pavor... / E quem por desdita / (assim diz a lenda) / esta abusão encontra, / da mata não volta, / e a história não conta. / Foi numa noite assim, / que Bento, o caçador, / das matas do Mearim / nunca mais voltou... Veja mais aqui, aqui e aqui.

A COREOGRAFIA DA ARTE – A memorável coreografa, dançarina, pedagoga e diretora de balé alemã Pina Bausch (1940-2009), é um dos mais expressivos nomes da dança contemporânea, que foi diretora da Tanztheater Wuppertal Pina Bausch. Ela tornou-se onhecida principalmente por contar histórias enquanto dança, sendo suas coreografias baseadas na experiência de vida dos bailarinos e feitas conjuntamente. Várias delas são relacionadas a cidades de todo o mundo, já que a coreógrafa retirava de suas turnês ideias para seu trabalho. Entre os seus temas recorrentes estavam as interações entre masculino e feminino - uma inspiração para o cineasta espanhol Pedro Almodóvar que realizou o filme Fale com ela, em que Pina aparece em uma bela sequência de dança. Rendemos nossa homenagem. Veja mais aqui.

HISTÓRIAS EXTRAORDINÁRIAS – O filme Histórias Extradordinárias (:Histoires extraordinaires, 1968), reúne cineastas como Roger Vadim, Federico Fellini e Louis Malle, para realização de três contos do escritor, editor e crítico literário estadunidense Edgar Allan Poe (1809-1849). Para o cineasta Roger Vadim (1928-2000), coube a história Metzengerstein, contando a história de uma condessa promíscua, interpretada por Jane Fonda, que se apaixona por um barão que é seu primo, sendo rejeitada por ele por seu comportamento amoral, incendeia seus estábulos e causa a morte do barão no incêndio, quando tentava salvar seus cavalos premiados. Um cavalo negro selvagem escapa do incêndio e foge para o castelo de Metzengerstein, onde vive a condessa, que, impressionada com sua beleza, resolve domá-lo e tê-lo para si. Durante uma tempestade de raios, o cavalo a arrasta para o incêndio que os raios haviam causado. Veja mais aqui, aqui e aqui.

IMAGEM DO DIA
Ilustrações do pintor, desenhista, escultura, professor e poeta Vicente do Rego Monteiro (1899-1970), par o livro Do Amazonas a Paris: as lendas indígenas de Vicente do Rego Monteiro (Edusp), editadas em francês nos livros Légendes, croyances et talismans des Indiens de l’Amazone (1923) e Quelques visages de Paris (1925), ambos organizados por Pierre-Louis Duchartre. Veja mais aqui.


Veja mais no MCLAM: Hoje é dia do programa Crônica de Amor, a partir das 21hs, no blog do Projeto MCLAM, com a apresentação sempre especial de Meimei Corrêa. Para conferir online acesse aqui.

VAMOS APRUMAR A CONVERSA?
Imagem: Nude Reading by MilesWilliams Mathis
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