quinta-feira, março 07, 2013

BIRGITTA TROTZIG, MARY HARRON, IANELLI, ISSA RAE, SIBYLLA MERIAN, MARY WILSON & HEATHER MILLS

Imagem: arte do pintor, escultor, ilustrador e desenhista Arcangelo Ianelli (1922 – 2009).

 

BOTANDO A CONVERSA EM DIA – UMA: O QUE ME MOVE... – Sou um sujeito inquieto, verdadeiramente traquino: quando não estou rabiscando algo papel e lápis, dedos nas cordas do violão, pincel correndo na tela, inventando cena e passando um filme na cabeça, imaginação a mil a todo instante. Uma dentro foi descobrir a frase do Arcangelo Ianelli: O que move o artista é a insatisfação, o dia em que eu ficar plenamente satisfeito com minha obra, não tenho mais razão para pintar... Taí, isso é comigo. Vivendo e aprendendo. DUAS: AFINAL, O QUE QUERO COM TUDO ISSO – Ao me questionar sobre minha inquietude crônica, coisa de menino que nunca parou quieto num canto e virou um workaholic crônico, valho-me do que disse a cienastescritora canadense Mary Harron: Eu não estou tentando tornar o mundo um lugar melhor... E sobre o que faz e quer ela expressa: Filmes são um compromisso. Eles levam anos da sua vida e têm grandes consequências. Essa é uma das coisas ruins sobre filmes - você está preso com o rescaldo... Não há necessidade de ser trágico ou se destruir ou pular de um penhasco. Isso não é mais o paradigma que desejo seguir, ou que qualquer um deve seguir. Não é necessário ser trágico. É besteira que as mulheres não podem fazer tudo. Por que não? Outras pessoas fazem... Assino embaixo e ainda saio com essa: ué, digo eu, por que não, ora, ora, boto pra moer. TRÊS: TEM QUE TER SIMANCOL... – Por causa disso passei muitas, poucas e boas, lalarilará. A escritoratriz & cineasta Issa Rae entende do riscado e me dá a dica: Eu estava tentando me destacar, tentando ser a palhaça da turma e ser super engraçada. Mas todo mundo achava que eu era uma idiota e me odiava... Já experimentei essa sensação real de me sentir deslocada em minha vida... E, com certeza, aprendeu a ter o indispensável simancol. Eu mesmo, que já me amostrei e andei maior que o meu próprio tamanho, aprendi a passar debaixo da ponte, por cima das nuvens e dar o recado rapidinho pra não incomodar os timoratos. Vamos nessa. Veja mais aqui.

 


DITOS & DESDITOS - A arte e a natureza estarão sempre lutando até que finalmente se conquistem, de modo que a vitória seja o mesmo golpe e linha: o que é conquistado, vence ao mesmo tempo... Pensamento da entomologista e ilustradora alemã Maria Sibylla Merian (1647-1717).

 

ALGUÉM FALOU: Cheguei à conclusão de que individualmente somos responsáveis pela maneira como vivemos e pelo cuidado de nossa estrutura humana por meio de uma boa nutrição, exercícios adequados e um estilo de vida equilibrado. É isso, juntamente com uma forte mente focada, que nos permite extrair de nossos vastos recursos internos e força para aproveitar ao máximo nosso tempo neste planeta. As mudanças em minha vida vieram por meio de um grande choque físico e psicológico e foram implementadas com o propósito de curar e motivar minha recuperação. É claro que uma mudança em nossa dieta e estilo de vida pode ser iniciada a qualquer momento e é do interesse de qualquer pessoa que deseje maximizar sua saúde e vitalidade, levando a uma vida mais gratificante. Foi assim que descobri os benefícios de cortar carne e laticínios da minha dieta e, em seguida, cuidar corretamente das necessidades nutricionais do meu corpo para ajudar a curar minha mente, corpo e alma... Pensamento da ativista e modelo britânica Heather Mills.

 

DIFICULDADES DE LINGUAGEM - A relação com a realidade é o que importa. Quando se trata do que realmente acontece comigo na vida, fico em silêncio. Silêncio! Sinal de pare — fronteira da zona! Torna-se quase fisicamente impossível para mim registrar fatos, datas - pelo menos de forma intermitente. O evento da vida real me atinge - extremamente pesado, complicado, esmagadoramente intangível - e transforma todo discurso, qualquer forma de articulação direta, em um farfalhar surreal de folhas. E, no entanto, o tempo todo, sinto no fundo, tão fortemente como se fosse a força da própria vida, o desejo de sobreviver, que de alguma forma devo me conectar com aquele evento da vida real em palavras, alcançá-lo, me envolver com isso, receba o calor dele. A fala fica comprometida, as palavras se dividem entre a maquinaria da fala e o elemento de frieza e ocultação. As palavras escondem sua faceta da vida interiormente, projetam uma face fria de marionete para fora. Eles devem estar despidos. Eles devem afundar em um banho. Suas relações entre si devem ser mudadas, transformadas. O verdadeiro evento. Impossível imaginar a transmissão de fragmentos feridos de pele dura e cicatrizes duras da realidade, as palavras dentro dos domínios do coração ardente. Mas também não se trata de vir, de transmitir. Eles querem ir para lá - para a zona de alguma forma proibida. Eles querem ir para lá como uma mariposa para a luz. Você não escolhe. Você entra em uma floresta, a floresta vem com surpresas. Você não escolhe a linguagem, não decide entre a fala ou o silêncio. Você marca junto. Torna-se o que se torna. Dá. Está dado. (Voe calmamente - calmamente. Em frente, em frente. Não olhe em volta. Nunca. Então carregue o ar estrangeiro.) (Espera, espera. Às vezes penso que passei toda a minha vida em diferentes sofás, camas, chaise longues, deitada e olhando para o teto e esperando. Eu tenho - na verdade - uma paciência de ferro que nunca acreditei sobre mim. Esperar. Então, tentamos tudo de novo. Cuidadosamente. Na chave errada. Espere novamente. Esperar. Os anos passam. Mas um dia você ouvirá a grama crescer.) A linguagem é uma barreira ao contato ou um meio de proximidade? A experiência originária: aquela fala comum mente. A maravilhosa percepção que tive quando criança, de que os adultos, entre si, nunca diziam o que realmente queriam dizer (e nunca conheciam pessoas de quem realmente gostassem). Os adultos: só diziam uns aos outros o que eram obrigados a dizer (e nunca tiveram amigos de verdade, “sociabilizaram”). Essa percepção maravilhosa eu também tenho comigo a vida toda, como uma pedra de moinho no pescoço, um obstáculo constante a superar: a sensação de falar com alguém na linguagem comum, que é uma falsificação. Rachaduras, deserções, silêncios, lapsos de linguagem: são essas erupções gaguejantes que guiam o rumo de uma conversa – o que dá a sensação de que uma outra linguagem mais rica começa a se mover no maquinário impessoal das fórmulas. Texto extraído da obra Ett landskap / Jaget och världen (Albert Bonnier, 2008), da escritora sueca Birgitta Trotzig (1929-2011). Dela, também, um poema em prosa Alma: Eu vejo na área verde indefinidamente, sussurrando corpo infinito de sussurros, línguas, idiomas e olhos verdes, reflexos e mobilidade, umidade, faíscas de luz – como eles estão separados, eu não tenho um separado, estou em um olho , tudo são miragens e sussurros, a luz num espelho escuro erra cada vez mais longe na mata

 

DEPOIS DA BOMBA - Depois que a Bomba caiu, \ Depois do último choro triste \ Quando a Terra era uma cinza queimada \ Flutuando pelo céu, \ Veio Lúcifer, Filho da Manhã, \ Com seu bando de anjos caídos, \ Silencioso e rápido como um abutre \ No topo de uma montanha para ficar. \ E ele olhou, enquanto estava na montanha \ Com suas asas escarlates abertas, \ No cemitério de Londres \ E nas cidades do mundo. \ E ele riu... \ E enquanto aquela risada zombeteira \ corria pelos céus, \ Ele gritou 'Vejam!' aos anjos caídos - \ 'Esta é a obra do Homem \ que foi feito à imagem de Deus!' Poema da poeta britânica Mary Wilson (Gladys Mary Baldwin – 1916-2018), conhecida como a Baronesa Wilson de Rievaulx.

 



PLANEJAMENTO E ATENDIMENTO: A ARTE DO GUERREIRO – A obra “Planejamento e atendimento: a arte do guerreiro – conceitos básicos em propaganda” de Flávio Ferrari aborda questões como o planejamento publicitário, a estrutura do planejamento, briefing, objetivos, a mensagem, mídia e criação, acompanhamento da execução, técnicas de avaliação, as funções e documentação do atendimentos.

FERRARI, Flavio. Planejamento e atendimento: a arte do guerreiro – conceitos básicos em propaganda. São Paulo: Loyola, 1990.



A PEDAGOGIA DO SUCESSO – O livro “A pedagogia do sucesso; uma estratégia política para corrigir o fluxo escolar e vencer a cultura da repetência”, de João Batista Araújo e Oliveira, aborda questões referentes à cultura da repetência, as tentativas de solução, a aceleração da aprendizagem como estratégia para corrigir o fluxo escolar, o professor no programa de aceleração da aprendizagem, o desempenho dos alunos, os custos e os fatores para o sucesso, apresentando o caráter político da proposta de que se trata de um programa concebido e negociado com estados e municípios como uma proposta de mudança da política educação; apresentando a adoção de uma tecnologia de intervenção robusta com base na competência gerencial e no uso da avaliação externa para realimentar as decisões e redirecionar o programa. A pedagogia do sucesso é uma proposta de mudança da política educacional, com princípios de que toda criança é capaz de brincar e de brigar que é capaz de aprender; toda criança que é capaz de falar ao entrar na escola é capaz de aprender a ler e escrever; toda criança brasileira, independentemente do nível de pobreza da família, possui condições básicas para obter um desempenho minimamente satisfatório nos currículos da escola fundamental, num prazo de oito anos; a principal função da escola é ensinar a educar; a escola só dá certo quando o professor dá certo; e o professor só dá certo quando os alunos aprendem.

FONTE:
OLIVEIRA, João Batista Araújo. A pedagogia do sucesso. São Paulo/Instituto Ayrton Senna, 2000.



EDUCAÇÃO E A CRISE DO CAPITALISMO REAL – O livro Educação e a crise do capitalismo real de Gaudêncio Frigotto, aborda questões atinentes a educação como campo social hegemônica, natureza, especificidade e custos humanos da crise dos anos 70/90, o fim da sociedade do trabalho e a não centralidade do trabalho na vida humana, educação e formação humana: ajuste neoconservador e alternativa democrática. 

FONTE: FRIGOTTO, Gaudêncio. Educação e a crise do capitalismo real. São Paulo: Cortez, 1995.

FORMAÇÃO DO PESQUISADOR EM EDUCAÇÃO – O livro “Formação do pesquisador em educação: indentidade, diversidade, inclusão e juventude”, organizado por Laura Cristina Vieira Pizzi e Neiza de Lourdes Frederico Fumes, traz textos de Maria Eulina Pessoa de Carvalho, Maria Helena Santanna Cruz, Diomar das Graças Motta, José Bolívar Burbano Paredes, Lucíola Inês Pessoa Cavalcante, Ana Alcídia de Araújo Moraes, Rosa Helena Dias da Silva, Valeria Amed das Chagas Costa, Delcele Mascarenhas Queiroz, Moises de Melo Santana, Henrique Cunha Junior, Mirian de Albuquerque Aquino, Lucia de Araújo Ramos Martins, Ivanilde Apoluceno de Oliveira, Rita de Cassa Barbosa Paiva Magalhães, Tânia Regina Lobato dos Santos, Hermínio Borges Neto, Tânia Saraiva de Melo Pinheiro, Ana Claudia Mendonça Pinheiro, Augusto César Rios Leiro, Celecina de Maria Vera Sales, Ivany Pinto Nascimento, abordando temas como juventude, cultura e educação: um estudo psicossocial, narradores anônimos de um lugar comum, o Crid e princípios de sustentabilidade em projetos comunitários de inclusão digital, inclusão social e educacional: pratica pedagógica popular em ambiente hospitalar com crianças, a inclusão como ela é: diversidade e identidade no contexto da escola contemporânea, educação inclusiva e formação de professores: a importância do corporal sensível; identidade, diversidade e inclusão, imagens de humilhação como formas de desigualdades raciais na sociedade da informação, educação, cidade e afrodescendência: as formas territoriais e politicas do racismo no Brasil, população negra: pesquisa e ações sociais no norte e nordeste do Brasil; a pesquisa sobre negro no ensino superior no norte-nordeste do Brasil; curso de licenciatura especifica para formação de professores indígenas mura na Universidade Federal do Amazonas, povos indígenas e acesso ao ensino superior, possibilidades e desafios da universidade brasileira frente ao acesso e permanência dos povos indígenas no ensino superior, gênero e educação: a perspectiva maranhense em germinação; gênero, trabalho e educação, uma agenda de pesquisa, formação humana e docente em gênero e educação. 

FONTE: PIZZI, Laura Cristina Vieira; FUMES, Neiza de Lourdes Frederico. Formação do pesquisador em educação: identidade, diversidade, inclusão e juventude. Maceió: Edufal, 2007.

A EDUCAÇÃO A DISTANCIA EM TRANSIÇÃO – O livro de Otto Peters “A educação a distancia em transição”, aborda temas como a crescente importância da educação a distancia no mundo, as mudanças de paradigma educacional, conceitos e modelos, aprendizagem on-line: visões, esperança, expectativas; ambientes informatizados de aprendizagem: novas possibilidades e oportunidades, novos espaços de aprendizagem, um modelo pedagógico para utilização de espaços virtuais de aprendizagem, mediando um seminário virtual: reflexões sobre as primeiras experiências práticas, a flexibilidade pedagógica da universidade virtual, informação e conhecimento, a transformação da universidade em uma instituição de aprendizagem independente e as conseqüências pedagógicas da transformação da informação e conhecimento. 

FONTE: PETERS, Otto. A educação a distancia em transição. São Leopoldo/RS: Unisinos, 2004.

EDUCAÇÃO A DISTANCIA: UMA VISÃO INTEGRADA – o livro de Michael Moore e Greg Kearsley, “Educação a distancia: uma visão integrada”, aborda temas como definição e explicação de deterrminada terminologia, níveis da educação a distancia, contexto histórico do estudo por correspondência, da transmissão pelo radio e televisão, da abordagem sistêmica AIM e UA, teleconferência, aulas virtuais baseadas no computador e na internet, o objetivo da educação a distancia, tecnologias e mídia, criação e desenvolvimento de cursos, o ensino e os papéis do instrutor, o aluno de educação a distancia, dirigentes, administração e políticas, teoria do conhecimento da educação a distancia, pesquisa e estudos de eficácia, o alcance global da educação a distancia e a sua relação com a mudança. 

FONTE: MOORE, Michael; KEARSLEY, Greg. Educação a distancia: uma visão integrada. São Paulo: Thomson Learnig, 2007.

E-GOV.BR: A PROXIMA REVOLUÇÃO BRASILEIRA – o livro “E-gov.br – a próxima revolução brasileira: eficiência, qualidade e democracia – o governo eletrônico no Brasil e no mundo” escrito por Ali Chahin, Maria Alexandra Cunha, Peter T. Knight e Sólon Lemos Pinto, traz uma visão geral do governo eletrônico no Brasil e no mundo, trazendo os antecedentes da economia do conhecimento e a convergência digital, o governo eletrônico, a sociedade da informação, e-educação, e-saude, e-segurança, e-judiciário, e-legislativo, e-administração, e-inclusão, e-governo estadual e local. 

FONTE: CHAHIN, Ali; CUNHA, Maria Alexandra; KNIGHT, Peter T.; PINTO, Sólon Lemos. E-gov.br – a próxima revolução brasileira – eficiência, qualidade e democracia: o governo eletrônico no Brasil e no mundo. São Paulo: Prentice Hall, 2004.

CURRICULO, CULTURA E SOCIEDADE – o livro Currículo, cultura e sociedade, organizado por Antonio Flavio Moreira e Tomaz Tadeu da Silva, traz textos de Michael W. Apple, Henry Giroux, Roger Simon e Peter McLarem abordando temas como Sociologia e teoria crítica do currículo, repensando ideologia e currículo, a política do conhecimento oficial, cultura popular e pedagogia critica e formação do professor como uma contra-esfera pública: a pedagogia radical como uma forma de política cultural.

FONTE: MOREIRA, Antonio Flavio; SILVA, Tomaz Tadeu. Currículo, cultura e sociedade. São Paulo: Cortez, 2005.




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