terça-feira, novembro 08, 2016

NIKOLAI ROERICH, LEON ZERNITSKY, ANTONELLA FABIANI, ENDECHA & CARPE DIEM, MUTATIS MUTANDIS!


ENDECHA (Imagem: Magic Saxophone by Leon Zernitsky) - O sax soava no quintal, reluzia na tarde mansa. O mundo ouvia o silêncio do passado: o Brasil tricampeão mundial de futebol e a dor do nunca mais. A tarde calma no solo do sax com a tez grisalha da música. Horas de emoções a fio. Ao redor da minha solidão a preta gorda vinha buscá-lo pro jantar. O sax silenciava e eu morria na noite. O Brasil tetracampeão de futebol e a vida do nunca mais. O sax soava no quintal com o solo de brasileirinho sob o pinheiro. Acendia em mim um frêmito feliz. Quem sentia falta do lar àquela hora? O Brasil pentacampeão de futebol e eu sozinho no meio do mundo. Toda tarde o sax soava dentro de mim. Onde andava aquele solo?  Eu sozinho e o Brasil campeão em nada com a dor dos que choram na lama. O cabelo em desalinho e um olhar vago por sobre o muro. Um moleque menino de nada espantar quando adolescente irrefreável e um adulto incorrigível. E o Brasil era imenso e não era nada para os donos de tudo. Anoiteceu e faz frio. O sax ainda soando no quintal da memória e nos meus sonhos o velho de pé com seus cabelos brancos, com os acordes do coração que anoiteciam comigo, enquanto o Brasil adormece ainda hoje na escuridão. © Luiz Alberto Machado. Veja mais aqui.

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Se o mundo deu o créu, sorria!, Maria Clara Machado, Fridrich Witt, Bram Stocker, Susanne Barner, Darren Aronofsky, Aldemir Martins, Artur Griz, Ellen Burstyn, Claudia Andujar & Holismo, ecologia e espiritualidade aqui.

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DESTAQUE: MUTATIS MUTANDIS
[...] É verdade que nossas cidades, ao mesmo tempo em que envenenam o organismo humano e criam uma geração deformada, abrem algumas possibilidades de utilização das novas descobertas. [...] A humanidade pode mais uma vez ficar certa de que, no mesmo momento em que aqueles mais sinceros caíam nos campos de batalha como vítimas das calamidades do mundo, as adaptações infames engordavam traiçoeiramente com o sangue dos outros. Que inventividade diabólica era manifestada pelos “das trevas” para descobrir mil maneiras de obter ganhos pessoais, com o conhecimento pleno de que esses ganhos ilícitos teriam uma ação implícita sobre as gerações seguintes. [...] Que variedade de ramificações têm as raízes da mesquinharia, e que razões únicas e tristes serão apresentadas para que se retorne novamente ao reino da irresponsabilidade em que tudo é permitido e tudo pode ser explicado pela participação hipócrita num trabalho em prol da coletividade. [...] É horrível para a dignidade humana olhar para trás e ver documentos fraudulentos, acusações criminosas e ordens que colocaram em perigo a vida de muitos milhares de pessoas. [...] Não é verdade que o cientista da área da química que inventou o gás mais letal sonha em receber o prêmio de química do mesmo Comitê que concede o prêmio pela Paz? [...] Não há qualquer momento no processo da criação em que seja necessária a autodestruição. [...] precisa mudar ativamente o que precisa ser mudado. Mutatis Mutandis!
Trechos extraídos do texto Mutatis Mutandis – mensagem especial enviada das montanhas do Himalaia (O Rosacruz, outono 2016), do pintor, escritor, historiador e professor russo Nikolai Roerich (1874-1947).

CRÔNICA DE AMOR POR ELA
Imagens: arte da fotógrafa Antonella Fabiani.
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CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Paz na Terra: Madonna Oriflamma =- Bandeira da Paz (1932), do pintor, escritor, historiador e professor russo Nikolai Roerich (1874-1947).
Recital Musical Tataritaritatá - Fanpage.
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