quarta-feira, fevereiro 24, 2016

TIBURI, BUSONI, SARTORI, PRATA, NEUROCIÊNCIAS, ROSITA, ÁDILA, EDUCAÇÃO, FECAMEPA & MUITO MAIS!!!




O ALVO DO PÓDICE (Imagem: Auto-abrazo, by Omar Ortiz) – A tua nudez esurina da vida afia as errâncias a rutilar como esmeralda cobiçada ao alcance da mão. E linda nua vens impune à flor das águas da volúpia, com o torvelinho de todos os encantos, com os olhos de todas as querências, com a boca de todos os desejos, com o rosto enrubescido de todos os ardores da paixão. E nua linda pose essa mais safada do teu olhar manhoso que recende o aroma exaltado de fêmea no vício desesperada, indômita e jacente a lamber os lábios da cor de romã, despertando a luxúria e motins nos meus beijos sedentos que invadem querelantes por todos os poderes sobre a tua posse. Nua e linda, propositalmente sedutora ao me virar às costas, oferecendo a nuca com desleixe e te deixando render de bruços ao meu afago carinhoso. E roço tua pele com a minha língua teimosa de prazer. E preencho teus recantos com a minha gula faminta de sempre. E percorro tua assimetria como quem tomado pela loucura que ambiciona todos os teus tesouros. Vou adiante e nua e linda erradica a minha timidez a levar-me pelas fagulhas douradas da bola de fogo dos teus janeiros, onde eu inundo com esmero de carícias todos os teus desvãos e exploro com braçadas longas de afago todo o contorno de tua corcova azeitada. Nua e linda, solícita e emborcada, és o alvo para o êmbulo intumescido rondando na garupa e abrasado de pelejar nos requebros ofegantes de tuas montanhas carnudas. És inteiramente grácil entre gemidos e delícias a me deixar invadir o teu claustro globuloso, a me deliciar no sesso profuso dardejando firme na tua meiguice espalmada. E escalo os íngremes aclives de tua popa generosa. E atiço tuas fantasias mais iminentes. E me esgueiro na furiosa tempestade da tua entrega para que eu possa saborear da vertigem das alturas, explodindo genioso até repousar sossegado no maciço gracioso de tua carne imantada em decúbito ventral. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais aqui e aqui.

 Imagem: Nude, do artista plástico húgaro Emerico Imre Toth. Veja mais aqui.


Curtindo o álbum Sonaten for violine & klavier (Genuin, 2006), especialmente a Sonate f.Violine & Klavier n.2 op.36, do compositor, pianista, professor e maestro italiano Ferruccio Busoni (1866-1924), na interpretação da violinista Gertrud Schilde & klavier Klaus Schilde. Veja mais aqui.

PENSAMENTO DO DIA – Na temerança do Fecamepa, das duas, uma: ou eu sou um bicho burro da porra, ou se tivesse Justiça pra valer nem o vice, muito menos seus ministros podiam ter tomado posse. Isso é ou não golpe: A buen entendedor, breve hablador. A propósito: a expressão a bom entendedor, meia palavra basta ficou imortalizada no capítulo XXXVII do Dom Quixote de La Mancha, de Cervantes, e na comédia La Celestina de Fernando Rojas. Veja mais aqui e aqui.

AS MULHERES E A VIDA CONTEMPORÂNEA – No artigo As Mulheres e a Vida Contemporânea (Cult, agosto/2013), da filósofa, escritora, professora universitária e artista plástica gaúcha Marcia Tiburi, destaco os trechos: [...] Um outro lado da questão que começa a surgir no campo do feminismo irônico que é, ao mesmo tempo, orgânico. Quando as mulheres falam em seu próprio trabalho não esperam apenas pagar contas e fazer sucesso segundo os padrões do capital, mas esperam estar se realizando como seres que são capazes de mudar o seu próprio mundo e o mundo ao seu redor. Tantas artistas, ativistas, empreendedoras sociais existem em nosso tempo que vemos a criatividade como uma marca feminina no campo do trabalho. Se há alguma diferença no modo de pensar das mulheres que em nossa época surgem em busca de direitos, creio que seja esta. As mulheres querem “ser” algo muito diferente do que os homens foram. Tendo a apostar que a cultura cooperativa e colaborativa tem a ver com esse desejo que nasceu no projeto feminista há 200 anos na forma de luta pelos direitos da “humanidade” como um todo. Humanidade na qual devem estar inclusas todas as pessoas independente de características biológicas ou fenótipos, independentemente de suas escolhas e destinos, inclusive as escolhas e experiências sexuais que hoje em dia vão para além do binômio “mulher” e “homem” e põem em cena a expressão de singularidades diversas. [...] A nossa personagem é uma moça que é do seu tempo por que quer ter seu próprio tempo. A meu ver essa é a característica comum das mulheres contemporâneas. Há ainda muitas mulheres que se submetem ao patriarcado, que tentam agradar não apenas aos homens, mas a toda a moral masculinista, que sonham com um casamento ideal e a maternidade como se este fosse um objetivo de vida.  Mas muitas outras já desconstruíram esse paradigma e defendem a liberdade de cada uma a partir da defesa da liberdade pessoal.  Por isso, vemos tantas mulheres que ainda querem casar, ter filhos, etc. e outras tantas que não desejam fazer nada disso. Muitas mulheres hoje adoram crianças sem terem se casado, outras tantas casam e optam por não ter filhos. Outras tantas descobrem na homossexualidade uma vida mais feliz. Todas elas rompem com o padrão de subjugação que sempre fez tantas mulheres infelizes. Isso significa que encontram a liberdade que não pode ser realizada por ninguém, senão por elas mesmas. Isso significa ser uma mulher contemporânea: ser dona do seu próprio tempo respeitando o tempo de cada uma, respeitando primeiramente a si mesma. Veja mais aqui.



O CÉREBRO NA ESCOLA – O livro O cérebro vai para a escola e o coração vai junto – relato de experiências (Wak, 2014), da professora, pedagoga e psicopedagoga Rosita Edler Carvalho, trata sobre as experiências da autora como educadora usando o cérebro e o coração, as contribuições das Neurociências Cognitivas para aprimorar o processo ensino-aprendizagem, novas estratégias de ensino-aprendizagem, importantes processos cognitivos, os fenômenos da atenção, da memória, da linguagem, níveis de estruturação da linguagem, origem e aquisição da linguagem, linguagem e pensamento, o sistema límbico, a pedagogia da afetividade, entre outros assuntos. Veja mais aqui.

HOMO VIDENS – A obra Homo videns: televisão e pós-pensamento (Edusc, 2001), do cientista político italiano Giovanni Sartori, aborda temas como o incentivo da violência pela televisão e sua pouca e mal informação, discutindo papel dessa mídia na mudança da natureza do ser humano e a mudança do seu comportamento com o progresso tecnológico com a utilização dos meios de comunicação de massa com maior audiência: O vídeo está transformando o homem sapiens produzido pela cultura escrita em um homo videns no qual a palavra vem sendo destronada pela imagem. Para o autor, a televisão está transformando os humanos, por exemplo, atualmente as crianças aprendem a assisti-la antes mesmo de aprenderem a ler e escrever. Em cada um dos três capítulos ele aborda questões acerca da imagem (ver sem entender), da videopolítica (poder político da televisão) e a democracia. Veja mais aqui.

O ESTADO JARDIM – O livro O estado jardim (Rocco, 2001), do escritor estadunidense Rick Moody, conta a história que se passa no subúrbio industrial de Nova Jersei nos anos 1980, quando um grupo de jovens entre 18 e 25 anos enfrenta a perda das ilusões da adolescência e da vida real pelo subemprego, drogas e álcool. Do livro destaco o trecho: [...] Foi passando pelo distribuidor de cerveja, pelos trilhos de carga, pelo multiplex de dez cinemas, e quando chegou ao lugar onde acorrentara a motoneta, nada restava além de molas soltas e elos de corrente espalhados pela calçada feito vísceras, na calçada rachada. Ali as linhas de tensão, nas rachaduras, um capim amarelado brotava em tufos diminutos e ferozes. Veja mais aqui.

TRAÇO & LINHA – Entre os poemas da professora paraense especialista em psicopedagogia Ádila J. P. Cabral – Cabral Poesias, destaco o seu poema Traço e linha: Eu nasci com milhões / De entrelinhas / Finas linhas / Mal traçadas / Não sei ler. / Eu nasci com milhões / De entre laços / Traço traços / Traço formas / Pra viver. / Traçaria entre laços / Nessas linhas / Linhas turvas / Linhas tortas / Vou romper. / Desalinho mal traçados / Sigo traços / Entre abraços / Descontínuo / Meu sofrer. Também o seu poema Asa: Hoje eu quero me despir / De o frágil ser humano. / Fazer do sonho asa e voar / Subir, chegar aos céus. / Cansei-me do chão / E dos dias iguais. / Hoje eu quero me despir / De tudo que me faz cativo / E me vestir / De liberdade. Veja mais aqui.

EU FALO O QUE ELAS QUEREM OUVIR – A peça teatral Eu falo o que elas querem ouvir, do escritor, dramaturgo e jornalista Mário Prata, trata sobre um deputado que sequestra um diretor teatral para obriga-lo a ensaiar um parente no papel de louco e assim escapar da condenação por estupro, o que prejudicaria o politico, contando com a participação de uma prostituta na tramoia. Veja mais aqui.

SUNSHINE – O filme Sunshine (o Despertar de um Século, 1999), escritor e produzido pelo cineasta húngaro István Szabó, conta a história de três gerações de uma família judia, do antigo Imperio Austro-Húngaro, no começo do século XX até o período revolucionário de 1956, cujo protagonista central carrega as semelhanças passadas de pai para filho. Veja mais aqui.

IMAGEM DO DIA
Todo dia é dia da premiada atriz e modelo britânica Rachel Weisz.

CRÔNICA DE AMOR POR ELA
Veja aqui e aqui.

CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Recital Musical Tataritaritatá
Veja aqui.


Veja mais:








TODO DIA É DIA DA MULHER
Imagem: arte de Luciah Lopez
Veja as homenageadas aqui.