quarta-feira, fevereiro 24, 2016

BURNOUT, CLÁUDIO MANUEL DA COSTA, KYLIE, FRAYN, LOU DE OLIVIER, LUCILENE MACHADO, EDUCAÇÃO, FECAMEPA & MUITO MAIS!



A SÍNDROME DE BURNOUT - A Síndrome de Burnout apareceu como consequência de excesso de expectativas e alto nível de estresse sofrido por profissionais que se envolviam no atendimento de terceiros. Nas últimas décadas, diversos estudos psicológicos foram desenvolvidos buscando uma maior compreensão acerca do tema, concluindo-se ser identificada como uma reação orgânica às pressões incidentes nas relações e atividades trabalhistas. Ela aparece quando o profissional se sente pressionado, levando-o a sentir-se vazio e exausto, até chegar ao esgotamento psicológico, impedindo de lidar com as atividades laborais. Trata-se, portanto, de uma enfermidade que se manifesta a longo prazo, e surge quando o profissional se sente subestimado pela organização ou possui mais encargos e atividades do que consegue lidar, identificada com o surgimento de conflitos nas relações com os colegas de trabalho. Entre os sintomas da Síndrome de Burnout, estão o estresse, queda de cabelo, dor de estomago, enxaqueca, sudorese, taquicardia, palpitações, medo, condição arredia, angústia, apatia, úlcera, hipertensão, dores de cabeça, insônia, consumo exagerado de medicamentos e álcool, e sensação de impotência para realização da atividade laboral. A exposição a situações estressantes desencadeia essa síndrome, vez que este fenômeno possui vinculação às ocorrências de riscos de natureza psicossocial na área laboral. Tal enfermidade acomete aqueles que atuam diretamente e de forma constante com o emocional. O seu diagnóstico apresenta perfis específicos, tanto como aquele que ocorre diante da presença de condutas e sentimentos vinculados ao estresse no trabalho, culminando no mal-estar não invalida ou incapacita para o desenvolvimento das atividades, ou quando há incidência de maior dano laboral, apresentando problemas que significativamente incidem sobre o desempenho e execução de suas atividades, provocando ausências até de longo prazo e comorbidades psiquiátricas. Entre os problemas mais constantes para os que são acometidos estão aqueles de natureza cognitiva, acrescidos de queda no desempenho, problemas de relações interpessoais que levam ao retraimento, a ausência de cuidados pessoais, as preocupações com o trabalho fora dele, satisfação reduzida, entre outros problemas de saúde oriundos do estresse crônico, como complicações digestivas e intestinais, problemas cardíacos, obesidade e depressão. Por conta disso, ela é constituída a partir de um modelo teórico formado por quatro dimensões que envolvem a ilusão pelo trabalho, o desgaste psíquico, a indolência e a culpa. É no ambiente laboral em que se encontram as probabilidades de ser o local no qual ocorre a manifestação do estresse em sua maior frequência, por causa das atividades e situações vivenciadas na rotina de trabalho, que são, muitas vezes, recheadas de adversidades que incidem e possuem maior repercussão na qualidade de vida profissional. As suas consequências são identificadas na insatisfação direta de execução das tarefas e atividades, notadamente com relação ao trabalho desenvolvido, influenciando, por consequência, a qualidade do desempenho e das atividades no ambiente educacional. Além disso, leva à apatia, desumanização, alienação, problemas de saúde, pensamento de abandono e recusa da profissão, absenteísmo, entre outros problemas. De forma geral, ela é vista como um problema de natureza social que possui uma grande relevância, razão pela qual passou a ser estudada nos mais diversos países, especialmente, em razão de sua incidência e vinculação ao peso de suas consequências no custeamento organizacional. O seu tratamento considera algumas estratégias que devem incidir sobre a melhoria da qualidade de vida no âmbito laboral, procurando transformar o ambiente em contexto saudável, propiciando o fortalecimento individual e coletivo, desenvolvimento de capacidade para lidar com o estresse e situações de conflito, criação de redes de apoio social, promoção de reflexões sobre a temática para troca de informações e experiências, ênfase na promoção de valores humanos e adoção de valores coletivos. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais aqui e aqui.


Imagem: Reclining Nude on a Blue Sofa, do pintor francês Carl Larsson (1853-1919). Veja mais aqui.


Curtindo o álbum Kiss Me Once (Roc Nation, 2014), da cantora, compositora e atriz australiana Kylie Minogue. Veja mais aqui.

PENSAMENTO DO DIA – No Brasil do Fecamepa tudo é reductio ad bsurdum! Explico: o termo latino em latim se aplica aos argumentos reduzidos ao absurdo, ou a demonstrações baseadas em hipóteses absurdas. Há exemplos clássicos, nesse sentido. Um deles, pretende provar que a estrada direta é o caminho mais curto entre dois pontos, através de um raciocínio desta espécie: Esta estrada ou é, ou não é a mais curta. Se não é a mais curta, então outra é que é a estrada direta. Mas não pode haver duas estradas diretas, e nesse caso a estrada direta deve ser a mais curta. Outro é a história de um homem que alugou sua égua para ser atrelada na carroça alheia. A égua teve um potro, mas o dono da carroça o reclamou, dizendo ser o novo animal uma produção do seu veículo, nascida entre os varais. O dono da égua reduziu o argumento ao absurdo, dizendo que admitir isso seria o mesmo que pescar nas ruas ou caçar peixes, de espingarada, num jardim. Tal argumento é baseado naquele ditado popular de que absurdo responde ao absurdo, com várias histórias folclóricas tendentes a provar o aforisma. Uma das mais típicas é a de um homem que foi procurar um potro extraviado e o encontrou entre dois bois do vizinho. Quando ia por-lhe o cabresto, o vizinho protestou que o potro era dele. O caso foi à Justiça. Como o dono dos bois dissesse, sob juramento, que o potro lhe pertencia, o juiz (ou o rei, segundo uma das versões), lhe deu ganho de causa. No dia seguinte, o juiz ia andando por um campo, quando viu o homem que reclamara o potro com uma vara de pescar e um azol, em plena estrada arenosa, como se estivesse pescando num lado. Interpelado, ele respondeu: É tão fácil pescar grandes peixes no pó da estrada, como dois bois produzirem um potro. Em face disso, a sentença foi reformada e a justiça imperou. Veja mais aqui e aqui.

ADMINISTRAÇÃO HOSPITALAR NO BRASIL – O livro Administração hospitalar no Brasil (Manole, 2013), de Enio Jorge Salu, trata a respeito da organização do sistema de saúde no Brasil, financiamento, hospital típico, termos, conceitos e práticas de mercado, tecnologia hospitalar, processos, fatores de competitividade, atores em saúde (governo, saúde suplementar, serviço de saúde), classificação do atendimento, saúde pública, protocolos e códigos identificadores, censo hospitalar, entre outros assuntos. Veja mais aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.

TRANSTORNOS DE COMPORTAMENTO E DISTURBIOS DA APRENDIZAGEM – O livro Transtornos de comportamento e distúrbios da aprendizagem (Wak, 2013), da psicopedagoga, psicoterapeuta, escritora, dramaturga e precursora da Multiterapia, Lou de Olivier, trata sobre neurologia, neuropsicologia, neurociência, psiquiatria, multiterapia, o normal, o problemático, o distúrbio no desenvolvimento de crianças, diferente entre distúrbio, transtorno e síndrome, distúrbios de aprendizagem, disgrafia, dislexia, causas. Comorbidades, recaídas, autismo, hipóxia perinatal, neonataol, limitrofia, TOC, Bordeline, hiperatividade e hipoatividade, transtorno bipolar, depressão, a droga no cérebro, delirium, musicoterapia, gestão escolar, entre outros assuntos. Veja mais aqui
DO CORAÇÃO DE UMA MULHER – Entre os trabalhos literários da escritora, professora doutora em Literatura, blogueira e membro da Academia sul-mato-grossense de Letras, Lucilene Machado, destaco o seu texto Do coração de uma mulher:  A bem da verdade, não sou essa mulher fatal que você pensa que sou. Aquelas histórias de sedução foram todas inventadas e esse ar superior, de quem sabe lidar com a vida, é apenas autodefesa. Aquelas frases filosóficas? foram só para lhe impressionar, pra passar essa ilusão de intelectual, na verdade, eu nem sei se acredito nos valores que me ensinaram, quanto mais em frases feitas e opiniões formadas. Senta aí, vai. Deixa eu tirar os sapatos, desmanchar o penteado, retirar a maquiagem... Quero mostrar que assim de perto não sou tão bonita quanto pareço, por isso uso todos esses artifícios. É que no fundo tenho um medo terrível de que você me ache feia, de que você encontre em mim uma série de imperfeições. Sabe, não quero mais usar essa máscara de mulher inatingível, de mulher forte com punhos de aço. No íntimo, sinto-me uma pequena ave indefesa, leve demais para enfrentar o vento e que deseja ficar no aconchego do ninho sendo mimada até adormecer. Olha pra mim, às vezes minha intimidade não tem brilho algum e você terá que me amar muito para suportar essa minha impotência. Deixa-me tirar o casaco, tirar o cansaço... Essa jornada dupla me deixa tão carente. A convicção de independência afetiva? É tudo balela! Eu queria mesmo era dividir a cama, a mesa, o banho... Queria dividir os sentimentos, os sonhos, as ilusões, um pedaço de torta, uma xícara de café, algum segredo... Ah, eu tenho andado por aí, tenho sido tantas mulheres que não sou! Quantas vezes me inventei e até me convenci da minha identidade. Administrei minha liberdade. Tomei aviões, tomei whisky... troquei a lâmpada, furei a parede, abri sozinha o zíper do vestido. Decidi o meu destino com tanta segurança! Mas não previ que na linha do meu destino estivesse demarcada uma paixão inesperada. Agora, cá estou eu, quarenta e poucos anos e toda atrapalhada, tentando um cruzar de pernas diferente, um olhar mais grave, um molhar de lábios sensual... Mas não sei direito o que fazer para agradar. Confesso que isso me cansa um pouco. Queria mesmo era falar de todos os meus medos. “Dos seus medos?” você diria, como se eu nunca tivesse temido nada. Queria falar das minhas marcas de infância, dos animais que tive, do meu primeiro dia de aula... queria falar dessas coisas mais elementares, e levá-lo à casa de minha mãe, mostrar meu álbum de retrato (eu, me equilibrando nos primeiros passos ), ah, queria lhe mostrar minha primeira bicicleta, com truques. Ela ainda existe! Queria mostrar as árvores que eu plantei (como elas cresceram!) e todas essas coisas que são tão importantes pra mim e tão insignificantes aos outros. Ah, você queria falar alguma coisa? Está bem! Antes, só mais uma coisa: estou morrendo de medo que você saia desta cena antes de mim, que você saia à francesa desta história e eu tenha que recolocar minha máscara e me reinventar, outra vez. Veja mais aqui.



SONETO – No livro Obras Poéticas de Glauceste Satúrnio (1768), do poeta e jurista mineiro do Arcadismo brasileiro, Cláudio Manuel da Costa (1729-1789), encontro o soneto: Este é o rio, a montanha é esta, / estes os troncos, estes os rochedos; / são estes inda os mermos arvoredos; / esta é a mesma rústica floresta. / Tudo cheio de horror se manifesta, / rio montanha, troncos e penedos; / que de amor nos suavíssimos enredos / foi cena alegre, e urna é já funesta. / Oh quão lembrado estou de haver subido / aquele monte, e às vezes, que baixando / deixei do pranto o vale umedecido! / Tudo me está a memória retratando; / que da mesma saudade o infame ruído / vem as mortas espécies despertando. Veja mais aqui e aqui.

NADA DE PÂNICO – A comédia teatral Nada de pânico, do dramaturgo, tradutor e jornalista inglês Michael Frayn, conta a história de atores e atrizes incompetentes e cheios de rivalidades que se aventuram numa peça difícil em que o desastre é enorme, patético e bastante engraçado. Veja mais aqui.

ETERNAL SUNSHINE OF A SPOTLESS – O romance dramático de ficção científica Eternal Sunshine of the Spotless Mind (Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças, 2004), dirigido por Michel Gondry, utiliza elementos de ficção científica, suspense psicológico e uma narrativa não-linear para explorar a natureza da memória e do amor romântico, contando a história de um casal que aparentemente iniciam sua relação em um trem e imediatamente atraídos um pelo outro, apesar de suas personalidades radicalmente diferentes. Eles já se conheciam e eram ex-namorados, agora separados, depois de terem passado dois anos juntos. Depois de uma briga, ela contrata uma empresa para apagar todas as lembranças de seu relacionamento. Ao descobrir isso, ele fica arrasado e decide se submeter ao mesmo procedimento, um processo que ocorre enquanto ele dorme. O destaque do filme fica por conta da atuação da premiada atriz inglesa Kate Winslet. Veja mais aqui.

IMAGEM DO DIA
Todo dia é dia da atriz inglesa Kate Winslet.

CRÔNICA DE AMOR POR ELA
Imagem: arte da pintora, artista visual e escultora alagoana Jeanine Toledo.
Veja aqui.



CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Recital Musical Tataritaritatá
Veja aqui.