domingo, janeiro 24, 2016

LEOLINDA DALTRO & TODO DIA É DIA DA MULHER


Como mulher que sou, com um sentido superior de altruísmo, tenho me preocupado com a necessidade de minorar o sofrimento humano e de se atingir uma melhor distribuição da Justiça”.

LEOLINDA DALTRO – A professora, sufragista e indigenista baiana Leolinda de Figueiredo Daltro (1859-1935), foi uma das fundadoras do Partido Republicano Feminino, juntamente com a escritora Gilka Machado, liderando a passeata que exigiu a extensão do voto às mulheres. Em suas lutas, mãe de cinco filhos e separada do marido, tornou-se precursora do indigenismo no Brasil, defendendo a alfabetização laica que a fez percorrer o Brasil no desenvolvimento do seu projeto, enfrentando a igreja e os proprietários de terras, além de ser ridicularizada pela imprensa brasileira. Foi perseguida e recebeu o apelido de mulher do diabo, chegando a publicar em 1920 um livro, Da catequese dos índios do Brasil: notícias e documentos para a história, relatando episódios e o atentado que sofreu em Conceição do Araguaia. Lutou pela cidadania plena das mulheres, requerendo alistamento eleitoral que foi recusado por ocasião da vigência da Constituição de 1891. Participou e contribuiu para criação da Linha de Tiro Feminina Orsina da Fonseca, para treinamento das mulheres com armas de fogo e participação na guerra. Ela se candidatou à Intendência Municipal do Distrito Federal, em 1919, denunciando a discriminação e a desigualdade social e de gênero, mantend0-se em luta até a conquista do voto pelas mulheres em 1932.

REFERÊNCIAS
DALTRO, Leolinda. Catechese dos índios no Brasil. Notícias e documentos para a História. Rio de Janeiro: Typographia da Escola Orsinba da Fonseca, 1920.


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