quarta-feira, agosto 26, 2015

CORTÁZAR, APOLLINAIRE, CLAUDIA TELLES, D’ANDRADE, CÓSTACKZ, PSICODRAMA & NEUROCIÊNCIA.

VAMOS APRUMAR A CONVERSA? REVISTA A REGIÃO – A revista A Região – Uma revista da nossa terra! -, surgiu com um lançamento festivo no dia 15 de outubro de 1983, dirigida por Gilberto Melo e como uma publicação da Nordestal Editora. O expediente contava com a jornalista responsável Inez Koury e arte-final de Jeronimo Netto, tendo como colaboradores Juhareiz Correya, Arnaldo Afonso Ferreira, Luiz Alberto Machado, Eduardo Monteiro, Paulo Profeta, José Duran y Duran, Teles Junior, Pelópidas Soares, Jessiva Sabino de Oliveira, Luiz de França Braga, José Roberto Melo, Mauricio Melo Junior, Orlando Tejo, Luiz Berto, Salin Sidartha, Felipe Maldaner, Ângelo Meyer, Gilson Braga e Jamilton Correia. Já na edição nº 5, de 1984, a revista adotaria a denominação de Nova A Região, denominação essa temporária pelas mudanças editorais processadas na revista, voltando a se chamar logo nas edições seguintes apenas de A Região, mantida e dirigida por Gilberto Melo, Editada por Inêz Koury, com o conselho editorial formado por Arnaldo Afonso Ferreira, Luiz Alberto Machado, Paulo Profeta, Paulo Caldas e Juhareiz Correya e com o corpo de colaboradores mais ampliado, acrescido de Evaldo Donato, Antonio de Campos e Elita Afonso Ferreira, e supervisão gráfica de Jadson Bezerra. A revista circulou por treze edições até o ano de 1986, com a inclusão e participação de Paulo Caldas e Elita Afonso Ferreira no Conselho Editorial, conselho este que se transformaria inicialmente no Movimento de Apoio Cultural Edições Bagaço e, mais tarde, denominado apenas de Edições Bagaço. Nesta revista publiquei alguns dos meus artigos, como o oriundo da palestra A atividade artística como função alternativa para o progresso do município, também os artigos da série Arte: instrumento de transformação social, bem como coordenava ao lado de Leonilda Silva e Vilmar Carvalho, o encarte poético da revista denominado Vozes do Una, no qual publicávamos poesias dos nossos amigos e leitores. Entre as colunas destacáveis estavam a de Gilberto Melo sempre abordando questões políticas, o Humor do Baixim comandado por Juarez Siqueira, A Região na Grande Área comandada por Araújo e notícias de esportes por Eduardo Monteiro, a Blagguiti de Antonio de Campos, Microscópio de José Roberto Melo e a Ponto Certo com notícias de toda a região. Vamos então aprumar a conversa aqui.


Imagem Bosco con portatori di canapa (1867-1869), olio su tela 80 x 145 cm - Galleria Civica d'Arte Moderna e Contemporanea, Torino -, do pintor, arqueólogo e arquiteto português Alfredo D'Andrade (1839-1915).


Curtindo o álbum Tributo a Tom Jobim (2004), da cantora e compositora Claudia Telles. Veja mais aqui.

BRINCARTE DO NITOLINO – Hoje é dia de reprise do programa Brincarte do Nitolino pras crianças de todas as idades. Os horários são às 10hs e às 15hs, no blog do Projeto MCLAM, com apresentação simpaticíssima de Isis Corrêa Naves. Na programação muitas atrações: Grandes Pequeninos, Marcela Taís, Jeito Diferente, Bangarang, Panda e Os caricas, Meimei Corrêa, Nita, Falamansa & muito mais poesia, brincadeira, histórias e entretenimento pra garotada. E no blog dicas de Educação, Psicologia, Direito das Crianças e Adolescentes, Literatura, Música e Teatro infantis, além de muitas novidades diárias. Para conferir o programa online é só clicar aqui ou aqui.

NEURÔNIO-ESPELHO E O ESPAÇO INTERSUBJETIVO – No livro Psicodrama e Neurociência: contrubuyição para a mudança terapêutica (Ágora, 2008), organizado por Heloisa Juqueira Fleury, Georges Salim Khouri e Edward Hug, encontro a parte que trata acerca de Neurônio-espelho e o espaço intersubjetivo, de Edward Hug, na qual destaco o trecho: [...] Esses neurônios-espelho são considerados atualmente a base da leitura que os mamíferos (inclusive nós) fazem das interações do outro, a base da empatia e da intersubjetividade. [...] O enigma que permanecera insolúvel está relacionado com o que se tem chamado de o grande salto à frente. E o enigma é este: o cérebro humano se desenvolveu até o tamanho atual já duzentos mil anos; na verdade, chegou ao ponto máximo há cerca de oitenta mil anos e desde então vem diminuindo constantemente. Um salto tecnologico e uma mudança cultural, entretanto, ocorreram entre cem mil anos atrás (quando não havia ainda sinais de arte ou de ferramentas complexas em nenhum lugar do mundo) e trinta mil anos (quando começamos a encontrar arte rupestre, ferramentas complexas, moradias padronizadas, roupas, etc) – período em que o homem começou a se diferenciar dos outros animais. [...] Por meio dos neurônios-espelho, uma representação da ação – do comportamento do outro – se forma no cérebro do observador. A observação consciente do comportamento de outrem ativa os neurônios-espelho em duas regiões do cérebro esquerdo: o sulco temporal superior (ativado ao ver movimento biológico) e a parte da área de Broca (associada à produção da fala). Assim os neurônios-espelho estabelecem uma ponte entre o fazer e o comunicar [...] os neurônios-espelho estão intimamente envolvidos na empatia [...] Para concluir com um pouco de especulação, penso que já existe alguma evidencia de uma hierarquia neural, da qual participam os neurônios-espelho em vários níveis [...]. Veja mais aqui, aqui e aqui.

BESTIÁRIO – No livro de contos Bestiário (1951 - Nova Fronteira, 1986), do escritor argentino de origem belba Julio Cortázar (1914-1984), encontro o conto homônimo do qual destaco o trecho: Entre a última colherada de arroz-doce – pouca canela, uma pena – e os beijos antes de subir para dormir, tocou o telefone e Isabel ficou remanchando até que Inés veio atender e disse, depois, alguma coisa ao ouvido da mãe da menina. Olharam-se e, em seguida, as duas olharam para Isabel que pensou na gaiola quebrada e nas contas de dividir e um pouco na raiva de Dona Lucera, que chamou sua atenção à saída do colégio... Não estava muito preocupada, a mãe e Inés olhavam como que para além dela, quase tomando-a por pretexto; mas a olhavam. – Não me agrada que vá, acredite – disse Inés. - Não tanto pelo tigre, afinal cuidam bem deste aspecto. Mas a casa tão triste, e só aquele menino para brincar com ela... – Eu também não gosto disso – disse a mãe, e Isabel soube instantaneamente que a mandariam passar o verão nos Funes. Atirou-se na notícia, na enorme onda verde, aos Funes, aos Funes, claro que a mandariam. Não gostavam da ideia, mas com vinha. Brônquios delicados, Mar deI Plata caríssima, difícil lidar com uma menina mimada, bobinha, conduta apenas regular com a Srta. Tania, que é tão boa, sono inquieto e brinquedos espalhados por todos os lados, perguntas, botões, joelhos sujos. Sentiu medo, prazer, cheiro de salgueiros e ou de Funes misturando-se ao arroz-doce, tão tarde e quase dormindo, e já na cama. [...] Veja mais aqui, aqui e aqui.

LAÇOS & TROMPAS DE CAÇA – No livro Escritos de Apollinaire (L&PM, 1984), reúne textos poéticos e prosaicos do poeta e critico de arte francês Guillaume Apollinaire (1880-1918), entre os quais, destaco Laços: Cordas feitas de gritos / Sons de sinos através da Europa / Séculos enforcados / Carris que amarrais nações / Não somos mais que dois ou três homens / Livres de todas as peias / Vamos dar-nos as mãos / Violenta chuva que penteia os fumos / Cordas / Cordas tecidas / Cabos submarinos / Torres de Babel transformadas em pontes / Aranhas-Pontífices / Todos os apaixonados que um só laço enlaçou / Outros laços mais firmes / Brancas estrias de luz / Cordas e Concórdia / Escrevo apenas para vos celebrar / Ó sentido ó sentidos caros / Inimigos do recordar / Inimigos do desejar / Inimigos da saudade / Inimigos das lágrimas / Inimigos de tudo o que eu amo ainda. Também merece destaque Trompas de Caça: A nossa história nobre e trágica / como máscara de tirano / não drama de acaso ou mágica / nenhum detalhe de engano / faz patético o amor / E Thomas De Quincey emborcando / ópio veneno doce e casto / de sua Ana triste sonhando / passemos pois tudo passa / para trás me irei voltando / Lembranças trompas de caça /ecos no vento acabando. Veja mais aqui e aqui.

PLAYBACK THEATRE – O livro Playback Theatre: uma nova forma de expressar ação e emoção (Ágora, 2000), de Jo Salas, trata de temas como o senso de história, as cenas e as outras formas, como ser ator, a direção, a música, presença, apresentação e ritual, playback e cura, atuação na comunidade, o crescimento no mundo, entre outros assuntos. Também o livro Do playback theatre ao teatro de criação (Ágora, 2000), de Albor Vives Reñores, aborda assuntos como aquecimento de atores e da plateia, direção de cena ou representação da história, aquecimento para o espetáculo e com a plateia, narração, construção dos personagens, musicalização, representação, técnicas de impacto, aprofundar a capacidade e o refinamento do diretor, aumento da capacidade dramática dos atores, unindo música e teatro, reforço da integração e a coesão do grupo, trabalhar propostas, desenvolver discussões teóricas, multiplicações e ensaios, entre outros assuntos. Veja mais aqui.

REVERSAL OF FORTUNE – O drama Reversal of Fortune (O reverso da fortuna, 1990), dirigido pelo cineasta e produtor francês Barbet Schroeder, é baseado em um caso real da rica herdeira, socialite e filantropa estadunidense Sunny von Bülow (Martha von Bülow - 1932-2008), que foi vitima de atentado por seu próprio marido Claus von Bülow, que tentou matá-la com injeções de insulina para aumentar sua hipoglicemia, ficando cerca de 28 anos em estado vegetativo persistente, sem sinasi cerebrais ao ser encontrada inconsciente no banheiro de sua mansão em Newport, em dezembro de 1980. O filme, pois, conta a história de uma herdeira milionária em coma que narra em off sua história em que o seu marido é acusado de tentar matá-la e, para tentar provar a sua inocência, ele contrata um advogado famoso que também é professor de Direito em Harvard. O filme foi contemplado com o Oscar, o Globo de Ouro e o Prêmio David di Donatello de Melhor Ator, em 1991, para Jeremy Irons e tendo mais destaque triplo: pra aclamada atriz estadunidense Glenn Close, pra atriz de teatro, cinema e televisão norte-americana Annabella Sciorra, e para a atriz alemã Uta Hagen (1919-2004) que foi sucesso no teatro americano. Veja mais aqui.

IMAGEM DO DIA
Abdução do Abaporu (Frog Tupi Man - Save Dendrobatidae!), do artista plástico Thiago Cóstackz.


Veja mais no MCLAM: Hoje é dia do programa Quarta Romântica, a partir das 21 hs, no blog do Projeto MCLAM, com a apresentação sempre especial e apaixonante de Meimei Corrêa. E para conferir online acesse aqui.

VAMOS APRUMAR A CONVERSA?
 
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