sábado, março 07, 2015

SILVIANE, HELONEIDA, NEILA, MONICA BELLUCCI, MARIA ESTHER MACIEL, MONDRIAN, LANDSER & MULHERES MUNDURUCUS


É PRA ELA – Esta minha canção foi inserida no meu show Crônica de amor por ela (2010): É pra ela que eu dedico a poesia / Da luz de todo dia e o meu cantar / É pra ela que a vida brilha tanto / E eu faço o meu canto pra lhe dar / Eis que ela altaneira, fez-se tal porto seguro / Deu de si a vida inteira com o seu ventre maduro / Para a vida premiar / / É de dia a companheira, na sua missão mulher / Quando é noite é verdadeira, ser pro que der e vier / E tudo compartilhar / Seu perfil é doação na magia do esplendor / No seio a concepção da ternura e do amor / Aonde quer que eu vá, vem seu resplendor frequente / Ela é luz resiliente para tudo superar / É pra ela que eu dedico a poesia / Da luz de todo dia e o meu cantar / É pra ela que a vida brilha tanto / E eu faço o meu canto pra lhe dar / / Ela é meu dia / Ela é meu chão / Ela é alegria / No meu coração  / Ela é folia / Ela é devoção / Ela é poesia / Na minha canção /É pra ela que eu dedico a poesia / Da luz de todo dia e o meu cantar / É pra ela que a vida brilha tanto / E eu faço o meu canto pra lhe dar. Veja mais aqui, aqui, aqui e aqui.

Imagem do pintor e escultor britânico Edwin Landseer (1802-1873)

Ouvindo Lo Schiavo, do compositor brasileiro Carlos Gomes (1836-1896), com a soprano Silviane Bellato no Teatro Amazonas. Veja mais aqui e aqui.

QUANDO MANDAVAM AS MULHERES (LENDA MUNDURUCU) - Em tempos que vão longe, as mulheres habitavam a casa-dos-homens, e os homens estavam alojados em vasta casa coletiva. Os homens tinham de fazer todo o trabalho para as mulheres: caçar, ir buscar lenha, desenterra mandioca, espremer e fornear a farinha. Essas eram suas tarefas. E, como se isso não bastasse, também iam buscar água no rio. Foi nessas priscas eras que três mulheres – Ianiubêri, cacique dos Mundurucu, Taimbiru e Parauarê, acharam três flautas chamadas caduque. Encontraram-nas num riacho e três peixinhos as tiraram da água. As mulheres as experimentaram. – Que som bonito! – disseram elas. Então passaram a tocá-las na mata, todos os dias. E para isso saiam de casa às escondidas. Os homens começaram a desconfiar. – Aonde irão sempre as mulheres? Acabaram por esconder-se a fim de melhor espreita-las. E as encontraram tocando as suas flautas. – Que devemos fazer? – perguntaram. Mas os irmãos mais novos de Ianiubêri, que se chamavam Marimarebê e Mariburubê, propuseram: - Tiremos-lhes as flautas! Elas nem sequer vão à caça e nós temos de fazer todos os seus serviços! Aceita a proposta, furtaram-lhes as flautas. E também as experimentaram. – Que som bonito! – disseram eles. E passaram a tocá-las. As mulheres ficaram muito tristes porque já não dispunham das suas flautas. Soluçando, entraram na grande casa. Assim, os homens se apossaram da casa coletiva, que ficou sendo a casa-dos-homens. (Recolhido de Couto de Magalhães, O selvagem. Companhia Editora Nacional, 1940). Veja mais aquiaqui.

MULHER – A escritora, jornalista e atriz de teatro, cinema e televisão, Neila Tavares, já colaborou para diversos veículos de comunicação, entre eles o jornal Folha de São Paulo e TVE Brasil. É dela a letra da belíssima canção composta por Geraldinho Azevedo, Mulher: Eu sou a mãe da Praça de Mayo Sou alma dilacerada Sou Zuzu Angel, sou Sharon Tate O espectro da mulher assassinada Em nome do amor Sou a mulher abandonada Pelo homem que inventou Outra mais menina Sou Cecília, Adélia, Cora Coralina Sou Leila e Angela Diniz Eu sou Elis Eu sou assim Sou o grito que reclama a paz Eu sou a chama da transformação Sorriso meu, meus ais Grande emoção Que privilégio poder trazer No ventre a luz capaz de eternizar Em nós sonho de criança Tua herança Eu sou a moça violentada Sou Mônica, sou a Cláudia Eu sou Marilyn, Aída sou A dona de casa enjaulada Sem poder sair Sou Janis Joplin drogada Eu sou Rita Lee Sou a mulher da rua Sou a que posa na revista nua Sou Simone de Beauvoir Eu sou Dadá Eu sou assim... Ainda sou a operária Doméstica, humilhada Eu sou a fiel e safada Aquela que vê a novela A que disse não Sou a que sonha com artista De televisão A que faz a feira Sou o feitiço, sou a feiticeira Sou a que cedeu ao patrão Sou a solidão Eu sou assim . Veja mais aquiaqui e aqui.


MULHER OBJETO DE CAMA E MESA – O livro Mulher objeto de cama e mesa (Vozes, 1974), da escritora, teatróloga e jornalista Heloneida Studart (1932-2007), uma das mais expressivas defensoras dos direitos da mulher, é uma das mais relevantes publicações do movimento feminino brasileiro. Na obra destaco: Só existe quem faz: a mulher à beira do século XXI, tem a sua oportunidade de começar a fazer civilização. Em caso contrário, corre o risco de acabar no museu, como um espécie obsoleta. Com um título embaixo: mulher, fêmea do homem até meados da Era Tecnológica. Usada para procriar descendentes, antes dos bancos de espermas e dos bebês de proveta. Extinta por inútil. Veja mais aqui, aquiaqui.


PRESENÇA – A escritora e professora de Teoria da Literatura e Literatura Comparada da UFMG, Maria Esther Maciel, doutora em Literatura Comparada e pós-doutorada em cinema pela Universidade de Londres, é autora autora do livro Dos haveres do corpo (1985), do qual destaco o seu poema Presença: Não vim para ficar: / não sou senão minha possibilidade de volta / minha indizível presença / que se resvala / no espanto de ser / Vim / provisoriamente / desafiar o século / anistiar meu susto / traduzir no tempo / este absurdo de nós / Não cheguei tarde / porque tarde é para os incrédulos / e os fantasmas que não se vingaram em vida / E porque nem tudo está falado: / o mundo ainda é uma esfinge / que devora os mudos / e os simplesmente chegados. Veja mais dela aqui e aqui.


MALENA – O filme Malena (2000), escrito e dirigido pelo cineasta italiano Giuseppe Tornatore, apresenta a atriz e modelo italiana Monica Bellucci no papel da belíssima Malena Scordia, casada com um soldado que é considerado morto na guerra. Com a morte trágica do seu pai, ela fica desamparada, tendo de vender seu corpo, angariando antipatia das mulheres da cidade, resultando no seu espancamento em praça pública. Eis que seu marido ressurge, não encontra a mulher na cidade e um garoto que era apaixonado por ela, dá-lhe uma carta dando conta do seu paradeiro. Veja mais aqui.

TODO DIA É DIA DA MULHER
Dia da mulher não é só 08 de março (Internacional) nem 30 de abril (Nacional), é todo dia.

Imagem; Evolution, do pintor neerlandês Piet Mondrian (1872-1944)
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CRÔNICA DE AMOR POR ELA
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