quarta-feira, setembro 12, 2007

FECAMEPA, TOM ZÉ, CAMILO, ARTUR AZEVEDO, ISNELDA, CANGACEIRAS, TALIÃO & MUITO MAIS.


FECAMEPA - Gentamiga do meu Brasil biri-bi-biu-fiu-fiu! Depois de uma tramoienta votação corporativa e vendida - pudera, a oposição é um traste! (pê-esse-debê e demo são mais ralos que caldo de cabilôro; o pê-sol tá no escuro e o resto no maior balaio de gato atrás dum leitinho na têta da patriamada, hem? - veja a foto abaixo do protesto na Imagem do Dia), o Sanatorium resolveu absolver o Rentantã Alagoeiro por ter trepado com uma gostosona e pagar as luxentas bancas da fofosa com dinheiro de lobista que deve ter comido tudo pelas beiradas. Coisas do Brasil. O cara pulou uma fogueira da peste (mas só a furunfada na reboculosa valeu a dor de cabeça, né não? Tem neguinho aí morrendo de duas coisas: uns de inveja porque ela não deu pra eles; outros, na mão! E como!). Agora o ileso tem mais duas fornalhas mais graúdas para queimar os fundilhos, aguarde para ver as cenas dos próximos capítulos. Ainda assim tá muito longe do Brasil sair do séc. XVI e alcançar o XXI (é mais fácil entrar na 51!). Enquanto isso eu canto: Êta mundo véio, arrevirado e de porteira escancarada, o povo tá gemendo pra danar. E vamos aprumar a conversa & tataritaritatá!!!! Veja mais aqui


 Imagem: Seated nude, do pintor francês Ernest Joseph Laurent (1859-1929).

Curtindo o álbum Pirulito da ciência (Biscoito Fino, 2010), do compositor, cantor e arranjador Tom Zé. Veja mais aqui e aqui.

EPÍGRAFEPessimum inimicorum genus laudantes, frase atribuída ao orador e historiador romano de Tácito (Públio Cornélio Tácito – 56-117dC), em sua obra Agrícola, que significa: a pior espécie de inimigos é a raça de aduladores. Veja mais aqui.

PENA DE TALIÃO: A LEI DO AMOR – A pena de talião é uma lei que remonta à Antiguidade mais remota, pois figura nos livros da Bíblia, mais especificamente no Êxodo, dando conta de que ela consiste em infligir, ao autor de uma transgressão, punição em tudo e por tudo igual ao crime. E exemplifica: Alma por alma, olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé, queimadura por queimadura, chaga por chaga, ferimento por ferimento. O abade Lamennas observa que: a lei brutal do talião permite o mal pelo mal. O filósofo francês Voltaire, ao contrário, dizia: A feliz lei de talião é a mais equitativa. E Sante-Beuve rimou: O que um apaixonado a outro / de outro sofrerá por sua vez / que o talião é a lei do amor. E Jesus revogou a lei de talião, pregado a doçura e condenando a vingança: Se alguém te ferir na face direita, apresenta-lhe também a outra. Veja mais aqui.

PERDER O JUÍZO – Na obra Ecos humorísticos do Minho (Labirinto, 1989), do escritor, dramaturgo, crítico, historiador e tradutor português Camilo Castelo Branco (1825 – 1890), destaco o trecho em que menciona: [...] Dizemos perder o juízo, o tino, a razão, por que não diremos perde a cabeça, se, neste caso cabeça é sinônimo de tino e razão? [...] Veja mais aqui.

HAICAIS – Entre os poemas da poeta, advogada da professora Sociedade dos Escritores de Blumenau (SC) e editora do blog AguAlento, Isnelda Weise, destaco os haicais: I – depois da ressaca: / ornando a praia de inverno / estrelas e conchas II – ao anoitecer / tece o luar prateado / um véu sobre o lago. / III – marias-sem-vergonha / escoltam o caminho e alegram / quem por ele passa. IV – brincos-de-princesa- / suspensos numa varanda / pingentes florais. V – na tarde outonal - / montanhas cingem o lago / que pousa aos seus pés. Veja mais aqui.

PAX-VOBIS – A peça teatral A filha de Maria Angu, do dramaturgo, escritor e jornalista Artur Azevedo (1855-1908), é uma paródia de uma ópera francesa chamada La Fille de Mme Ango, na qual em um dos diálogos encontra-se: E com quem se casa este pax-vobis? A pergunta é feita por Bitu que indica o barbeiro e sangrador Barnabé, zangado por ter sido, pouco antes, chamado de paspalhão pelo mesmo personagem. Assim, ser um pax-vobis é ser um individuo simplório, pacato, sem iniciativa, tolo e sem agressividade. Veja mais aqui, aqui, aqui e aqui.

AS CANGACEIRAS ERÓTICAS – O filme considerado uma pornochanchada As Cangaceiras Eróticas (1974), dirigido por Roberto Mauro, conta a história de um bando de cangaceiros acoitados numa fazenda quando é atacado pela volante, graças à traição de outro cangaceiro, Cornélio Sabiá. O capitão do bando é assassinado. Um dos mais leais companheiros do cangaceiro traído, consegue fugir levando as duas filhas do capitão e entregando-as ao orfanato de um padre. Passam-se dez anos. O cangaceiro aterroriza o sertão com seus crimes, enquanto o sobrevivente da emboscada procura descobrir quem traiu seu chefe e amigo, acabando por ingressar no bando desse cangaceiro. Este fica sabendo que as filhas do capitão estão internadas no orfanato do padre e são duas lindas moças, ao mesmo tempo em que descobre o autor da traição ao seu chefe. Cornélio Sabiá, o canganceiro resolve atacar o orfanato e, não encontrando as moças, mata o Padre Lara e uma freira. As moças decidem vingar as vítimas, e depois de intenso treinamento, vão para o sertão. Encontram Toneco ferido e antes de morrer revela que Cornélio Sabiá fora o traidor de seu pai. Elas partem para a vingança utilizando-se de sua maior arma: o sexo. O destaque do filme são as beldades lindíssimas formadas por Sônia Garcia, Helena Ramos, Urbana da Costa, Ariane Arantes, Angélica de Araújo, Sônia Lírio, Dalva Santos e Matilde Mastrangi. Veja mais aqui.



Veja mais A arte do Palhaço, Clarice Lispector, Emily Dickinson, Laila Marrakchi, Lucrécio, a Comédia Latina, Direitos Humanos, Paul Paede, Elisabeth Schwarzkopf & Peter Fendi aqui.

E mais também Big Shit Bôbras, Georg Trakl, Paul Auster, Sarah Kane, Gertrude Stein, Woody Allen, Felix Mendelssohn, Gil Elvgren & Marion Cotillard aqui.
 
IMAGEM DO DIA

Foto: recebida por mail. Não sei se a moça pagou para ter os seus 15 minutos de glória ou se o fotógrafo ficou envergonhado com o resultado da votação. Se alguém quiser reivindicar a autoria, é só dizer que eu credito.

CRÔNICA DE AMOR POR ELA
Imagem: foto de uma leitora expressando os seus parabéns ao Tataritaritatá.
Veja aqui e aqui.