quinta-feira, setembro 13, 2007

FECAMEPA, COLTRANE, JOÃO ANTÔNIO, MASSAUD, MADONNA, MIHALOVITS & VILMAR ANTÔNIO CARVALHO!


FECAMEPA: BOTE NHENHENHEM NA MELECA NACIONAL!!! (Imagem: outdoor dos alunos do segundo ano do curso de Publicidade e Propaganda das Faculdades Barão de Mauá premiado pela Central de Outdoors, em 2005. Autores: Anderson Teixeira, Mateus Silveira, Ronaldo Viana e Sérgio Salas (Recolhido por Ana Peluso). -Gentamiga do meu Brasil cipopau!!! A indignação é grande. Não é moleza, nem dá para disfarçar. Chega uma hora que a gente pensa que este país de gatunildos e ladronaldos não tem mais jeito mesmo! Isto porque a gente vai pro trampo, escapole das adversidades, leva tudo nos peitos, faz tudo para manter a integridade e a reputação, quando vem uns caras que a gente escolhe para nos representar no panteão da Nação, aí é quando a decepção pega pesado e a gente canta aquela Carta à República, do Milton Nascimento e Fernando Brant (Veja o trecho da canção abaixo na Epígrafe). Daí, uma pergunta: como ter um país melhor quando a esculhambação reina impune? Então veja aqui e aqui.

 Imagem: Reclining female, do artista plástico húngaro Miklos Mihalovits (1888-1960).




Curtindo o premiado álbum A Love Supreme (Impulse Records, 1965), do saxofonista e compositor de jazz norte-americano John Coltrane (1926-1967). Veja mais aqui, aqui e aqui.

EPIGRAFE - [...] mas eu não posso esconder a amargura ao ver que o sonho anda pra trás e a mentira voltou. Ou será mesmo que não nos deixara. A esperança que a gente carrega é um sorvete em pleno sol. O que fizeram da nossa fé? O que fizeram da nossa fé? Eu briguei, apanhei, eu sofri, aprendi, eu cantei, eu berrei, eu chorei, eu sorri, eu saí pra sonhar meu País e foi tão bom, não estava sozinho, a praça era alegria sadia o povo era senhor e só uma voz, numa só canção. E foi por ter posto a mão no futuro que no presente preciso ser duro que eu não posso me acomodar quero um País melhor",  trecho da música Carta à República, de Milton Nascimento & Fernando Brant. Veja mais aqui, aqui, aqui e aqui.

AÇÃO – O termo ação, do latim actio, que compreende ação, atividade, movimento, segundo o Dicionário de termos literários (Cultrix, 2004), de Massaud Moisés, usualmente é confundido com assunto, enredo, historia e argumento, quando designa a sequencia de acontecimento ou de atos no transcurso de um conto, novela, romance, peça teatral ou poema narrativo. Uma vez que se encadeiam segundo a lei da causa e efeito, os acontecimentos ou atos organizam-se num enredo, que pelo seu rumo apresenta começo, meio e fim. Ressalvados casos específicos, a ação sempre engloba mais de uma personagem. Assim, a narração de uma obra constitui a totalidade dos acontecimentos ou atos que envolvem todos os figurantes em cena. Entretanto, pode ser concebida como a soma de ações das personagens individualmente consideradas ou em pequenos grupos. Aristóteles, o primeiro dos teóricos a doutrinar acerca da matéria, postulava a unidade da ação. Aceita por Horácio e a maioria dos preceptistas da Renascença e séculos posteriores, essa noção veio a integrar, com a de tempo e espaço, a chamada regra das três unidades. Para os formalistas russos, o vocábulo ação seria substituído com vantagem por fábula, na medida em que este rotula o conjunto de acontecimentos ligados entre si e que nos são comunicados ao longo da obra. E para designar a ação particular de cada protagonista, sugerem o vocábulo função, entendendo-se por função um ato (ou ação) da personagem, definido do ponto de vista de sua significação no curso da ação (ou intriga). Etimologicamente, a ação implica movimento, e neste sentido encontra no teatro o seu lugar mais adequado. Nas estruturas narrativas (conto, novela, romance) duas modalidades de ação podem ser observadas: a ação exterior, quando as personagens se movem no tempo e no espaço; e a ação interior, quando o conflito transcorre na sua mente. Veja mais aqui.

CIDADE – No livro Malagueta, Perus e Bacanaço (Civilização Brasileira, 1963), do escritor João Antonio, destaco o trecho da parte Cidade: Uma, duas, três, mil luzes na Avenida São João! A curriola formada à esquina era de sete mais uma mulher, que era amiga de um deles. Fala de bordel, falavam de casos passados, antigamente febris para a baixa malandragem. Fulano fez, fez, acabou lá na cadeia; beltrano deu sorte, levantou duzentos contos nos cavalos, arrumou-se na vida – hoje é dono disto e daquilo; mas um outro, seu parceiro, maconhava com exagero e endoideceu – ainda aí pelas ruas falando sozinho; sicrana navalhou a cara da outra, que era sua costureira, mas andava com seu homem. fosse chibar no diabo! Perus nem falava, nem ouvia, nem pensava nos joguinhos de Vila Alpina; longe estava a contar as luzes da avenida, onde bondes passavam rangendo e autos cortavam firme como tiros. Era costume do menino enumerar coisas. Sabia, por exemplo, quantas bolas cinco fulano embocou em tal partida, quantos bondes Casa Verde passaram em meia hora. Os luminosos se apagavam, se acendiam, se apagavam, um dois, um... aquele exercício o distraía. [...]. Veja mais aqui.

MUSA & BLOG – Entre os poemas do poeta, historiador, professor editor do blog História, Prosa e Poesia, Vilmar Antônio Carvalho, destaco o Musa 87: Quem não teve uma musa em 1987? / A minha era distante, meio calada, morena de congelar palavra mal pronunciada / e avermelhar as faces do conquistador  / com aquele olhar suave, inatingível... / Certa vez deitei em seu colo e pude ver da Praça 13 de maio, Recife, / o que era aquilo tudo, aquele medo misturado de esperança, / aquele fogo de construir algo novo e desafiar os salões do luxo e da hipocrisia... / Não fizemos sexo, não tivemos um coito, este estragaria tudo: / tivemos um amor pelo espaço repleto de tantos sonhos e projetos! / Significou  tanto, que daquele ano somente me lembro dela... / No sétimo ano daquela década perdida, estudava mais do que devia; / lia entusiasmado Marx e reservava qualquer desvio para Castoriadis; / Descobria os poetas ingleses e o fabuloso poema de Eliot; / Escrevia versos para desfigurar os monótonos tons da filosofia, / porque eles me falavam dela deitada sobre minha cama... / em qualquer uma daquelas tardes de jogar a mochila sobre o chão, / ligar o rádio na estação do rock e fugir para depois do tédio, / onde somente caberia seu corpo em trânsito no meu colchão... / Mas, não fizemos sexo, não tivemos um coito, este estragaria tudo: tivemos um amor pelo espaço repleto de hesitações deixadas em 87! / Depois, nunca mais aquele tempo em que fui de fato poeta. Veja mais aqui e aqui.

A DIVINA SARAH – A atriz francesa Sarah Bernhardt (1844-1923), teve uma vida repleta de acidentes, o primeiro deles, ainda criança e que lhe perseguiu por toda vida. Aos quinze anos de idade, sua mãe queria que ela se tornasse uma cortesã de luxo, quando ao receber a visita do Duque de Morny, o meio-irmão de Napoleão III, foi introduzida no Conservatoire de Musique et Déclamation. A partir de então, segundo Alexandre Dumas Filho, ela representou mais de três mil papéis ao longo de sua vida, descrevendo-a como uma mentirosa. Entretanto, ela foi premiada diversas vezes por suas atuações a partir de seu ingresso na Comédia-Française, em 1862, com a peça Iphigenie, de Racine. Posteriormente foi contratada pelo Teatro Gymnase e, depois, no Teatro Odeon, no qual se especializou em representar as obras de Racine, Alexandre Dumas, Edmond Rostand, Shakespeare, bem como a peça Salomé, de Oscar Wilde, entre outros. Tornou-se, então, na atriz mais famosa do século XIX, apresentando-se em palcos de diversos países. Na sua vida teve envolvimentos e relacionamentos com o Príncipe de Ligne, Gustave Doré, Georges Clarin, Victor Hugo, entre outros amores, inclusive com a pintora impressionista Louise Abbema. Ela costumava dizer: "Eu, rezar? Nunca! Sou uma ateia”. Além disso, ela foi a atriz pioneira a atuar no cinema, debutando em 1900, com papel de Hamlet, no filme Le Duel d’Hamlet, estrelando posteriormente mais outros filmes, bem como ser a primeira atriz-empresária do mundo do espetáculo. O seu papel mais marcante foi o da peça A dama das camélias, de Alexandre Dumas. Ela visitou o Brasil por quatro vezes, na ultima dessas visitas sofreu um acidente que lhe gerou sérios problemas em sua perna e que culminou, anos depois, em sua morte. Veja mais aqui e aqui.

AMÉLIA – O filme Amélia (2000), dirigido e roteirizado por Ana Carolina, conta a história fictícia baseada numa das visitas ao Brasil da atriz Sarah Bernhardt, em 1905. O elenco reúne atrizes do primeiro time do teatro e cinema brasileiros: Marília Pêra, Béatrice Agenin, Camila Amado, Alice Borges, Betty Gofman, Marcelia Cartaxo, Xuxa Lopes, Myriam Muniz e Cristina Pereira. Veja mais aqui.



Veja mais Rajneesh, Alexander Soljenítsin, Alfred Musset, Hector Berlioz, Manoel de Oliveira, Karl Hofer, Drica Moraes, Catarina Wallenstein, Namio Harukawa & Gal Monteiro aqui

E mais também a cantora Sônia Mello, Paz, Jacques Prévert, Milton Hatoum, Eric Fischl, Jonathan Larson, Madhu Maretiore & Monica Bellucci aqui.

IMAGEM DO DIA
Todo dia é dia da cantora e atriz Madonna.

CRÔNICA DE AMOR POR ELA
A bibliotecária Tataritaritatá.
Veja aqui e aqui.