quinta-feira, agosto 23, 2007

UNAMUNO, RUSSELL, FOUCAULT, CASCUDO, HOLÍSTICA, CALÍOPE, FENELON BARRETO, COMPADRIO, PROSERÓTICA & KID MALVADEZA



Imagem: Sociabilidade século XX, do pintor e muralista estadunidense Thomas Hart Benton (1889-1975).

ENGATINHANDO NA NOITE AZUL - De repente tudo fica deliciosamente excedente entre nós. A dimensão dela deixa tudo com ar de fantasia cosmogônica num idílio para lá de transcendental. E isso era mais que um sonho real. Toda a via-láctea ali, ao nosso dispor. E ei-la linda mameluca com sua angélica brancura na noite azul, com sua franzinice primaveril e uma gula gigantesca no seu olhar Sinéad O´Conoor, com as querências inauditas dos seus desejos mais secretos. Tímida com o querer maior que o mundo. Parceira de ir além da última curva do universo. Por um lapso de tempo nos espreitamos atraídos pelo mútuo ardor das carnes incendiadas de paixão. Quase não ser possível manter-me distante da sua provocação corpórea nua, com seus peitinhos de goiaba-boa que me enche a boca d´água e deságua no meu sexo como lança pronta para desferir o golpe certeiro. Impossível desgrudar daquele corpo que é um verdadeiro aconchego de gozo. Para minha grata surpresa, ela arqueia e sai engatinhando na minha direção: língua lambendo os beiços, olhos imantados no meu sexo. Ousei uma artimanha: recuei dificultando sua chegada. Mas ela engatinhou e sorriu safada como quem se dispunha a bordejar genuflexa entre as estrelas oníricas do nosso cenário jubiloso. Perseguiu firme ela por todos os cantos da cama, perseverou com desassossego até que com seu jeito Cristina Kirchner fermento do meu desejo a me envolver e se apoderar da minha emanação total, levando-me pelos limites do prazer. É quando ela jura todo o seu amor eterno e perjurando das suas para batizar-se nas minhas crenças, a se entregar por inteiro como quem vai pro carrasco no cadafalso da sua última hora. Ah, como tudo é tão bom! Bom demais. Muito demais. É quando todas as delícias degustadas, exauridas e satisfeitas, ela tão Marina Lima sela o nosso amor com um beijo de paixão. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais aqui


PENSAMENTO DO DIA – [...] Todo conhecimento tem uma finalidade. Saber por saber, por mais que se diga em contrário, não passa de um contrasenso [...]. Extraído da obra O sentimento trágico da vida (Educação Nacional, 1953), do filósofo, escritor e dramaturgo espanhol Miguel de Unamuno (1864-1936). Veja mais aqui e aqui.

ALGUÉM FALOUNenhum homem pode ser um bom professor se não tiver afeto por seus alunos e um genuíno desejo de dividir com eles o que acredita ser de valor, do filósofo, matemático e pensador inglês Bertrand Russell (1872-1970). Veja mais aqui.

AS CIDADES & A VIOLÊNCIA– [...] A insegurança das cidadaes tinha aumentado devido ao afluxo de todas as populações flutuantes, mendigos, vagabundos, delinqüentes, criminosos, ladrões, assassinos, etc., que podiam vir, como se sabe, do campo. [...] Em outras palavras, tratava-se de organizar a circulação, de eliminar o que era perigoso nela, de separar a boa circulação da má. Tratava-se de planejar os acessos ao exterior, essencialmente no que concerne ao consumo da cidade e a seu comércio com o mundo exterior. [...]. Trecho extraído da obra Vigiar e punir: o nascimento da prisão (34, 2007), do filósofo, historiador, filólogo, teórico social e crítico literário francês Michel Foucault (1926-1984). Veja mais aqui e aqui.

COMPADRIOÉ por ocasião das festas juninas que, entre outras funções sociais, se reforçam os laços de solidariedade através de uma instituição folclórica – o compadrio. No Nordeste brasileiro, muito mais do que noutras partes, uma das formas pela qual os moradores das comunidades rurais, dos bairros, das aglomerações urbanoides, demonstram a cordialidade é a escolha do compadre. Verdadeira instituição, paralela à família, chegando às vezes a entrelaçar um núimero bem maior de membros através do parentesco pelo coração do que pelo do sangue. Há provas evidentes nas comunidades nordestinas de que os liames afetivos que prendem um compadre ao outro, são por vezes, em certos aspectos, tão fortes como aqueles que unem irmãos. Acontece muitas vezes que estes são toros por interferência de ordem econômica, como é o caso de partilha de gerança, quase sempre fatal para o bom andamento das relações amistosas interfraternais. Há também casos em que os irmãos são entrelaçados pelos liames do compadrio. É tão importante este tipo de relações que o próprio tratamento entre eles se modifica. Deixam ambos de se tratar apenas pelo nome, mas antepõe sempre o compadrio. Tratamento respeitoso que não sofre solução de continuidade, caso venha a falecer o afilhado. Há no Nordeste, dois tipos de compadre: o da igreja e o da fogueira. O da igreja é aquele que leva a criança, o afilhado para receber o sinal de iniciação – o batismo na igreja católica romana. O de fogueira é o caso em que não há criança a ser batizada, são apenas compadres, que passam a tratar-se respeitosamente por tal. Não há apenas os compadres de fogueira, há tios, sobrinhos, pais e filhos de fogueira. Basta que um afeto forte os aproxime para que no dia de São João, ao saltar a fogueira, façam antes um juramento e a seguir saltem em cruz três vezes a fogueira. Desse momento em diante a tratar-se de acordo com o que adrede ficou combinado. Ao saltar a fogueira revivem, sem o saber, um ritual de origem celta. O juramento que precede o salto da fogueira é o seguinte: “Eu juro por São João, São Pedro e São Paulo e todos os santos da corte do céu”. A seguir saltam a fogueira dizendo: “São João dormiu / São Pedro acordô, / vamos sê cumpadre / que São João mandô”. Repetindo três vezes de cada lado passam a tratar-se por compadres ou tios e sobrinhos, pai e filho, etc. Extraído da obra Cultura popular brasileira (Melhoramentos, 1977), do professor, sociólogo, etnólogo, folclorista e escritor Alceu Maynard Araújo (1913- 1974).

A GULOSA DISFARÇADAUm homem casara com excelente mulher, dona de casa arranjadeira e honrada, mas muito gulosa. Para disfarçar seu apetite, fingia-se sem vontade de alimentar-se sempre que o marido a convidava nas refeições. Apesar desse regime, engordava cada vez mais, e o esposo admirava alguém poder viver com tão pouca comida. Uma manhã resolveu certificar-se se a mulher comia em sua ausência. Disse que ia para o trabalho e escondeu-se num lugar onde podia acompanhar os passos da esposa. No almoço, viu-a fazer umas tapiocas de goma, bem grossas, molhadas no leite de coco, e comê-las todas, deliciada. Na merenda, mastigou uns cem números de alfenins finos, branquinhos e gostosos. Na hora do jantar, matou um capão, ensopou-o em molho espesso, saboreando-o. À ceia, devorou um prato de macaxeiras, enxutinhas, acompanhando-as com manteiga. Ao anoitecer, o marido apareceu, fingindo-se fatigado. Chovera o dia inteiro, e o homem estava como se estivesse passado, como realmente passara, o dia à sombra. A mulher perguntou: — Homem, como é que trabalhando na chuva você não se molhou? O marido respondeu: — Se a chuva fosse grossa como as tapiocas que você almoçou, eu teria vindo ensopado como o capão que você jantou. Mas a chuva era fina como os alfenins que você merendou e eu fiquei enxuto como as macaxeiras que você ceou. A mulher compreendeu que fora descoberta em seu disfarce e não mais escondeu o apetite de seu marido. Extraído da obra Contos tradicionais do Brasil para jovens (Global, 2006), do historiador, antropólogo, advogado e jornalista Luís da Câmara Cascudo (1898-1986). Veja mais aqui e aqui.

CONFISSÃO - És a luz divinal que eu busco a todo instante / Tens a atração dum sol, / rilhando o poente aureado! / Porque não há quem te ouvindo a voz rouxinoleante,/ Não se renda a teus pés, perdido... escravizado! / És a glória que almejo, estrela fascinante! / Pudesse realizar meu sonho desejado! / A meu lado possuir-te, alva como o diamante / Soberana mulher, causa do meu pecado! / Pudesse! – e o meu coração que tanto te deseja / Livre um dia no mundo enfim, desta peleja / Levantaria o olhar aos céus a agradecer! / Porque só teu olhar no mundo, poderia, / Num riso transformar a intérmina agonia / Dum pobre coração que vive sem viver! Poema do professor, advogado, teatrólogo e poeta, Fenelon Barreto (1898-1961). Veja mais aqui.


CALÍOPE – Era a musa da poesia épica, da sabedoria e da grande eloqüência. É representada com a aparência de uma jovem de ar majestoso, fronte cingida por uma coroa de ouro, emblema que, segundo Hesíodo, indica sua supremacia entre as outras musas. Está ornada de grinaldas, uma das mãos empunha uma trombeta e outra um poema épico. Os poetas julgam que ela é a mãe de Orfeu. Veja mais aqui.

ERIN BROCKOVICH – O filme biográfico Erin Brockovich (Uma Mulher de Talento, 2000), dirigido por Steven Soderbergh, conta a história real de uma mãe solteira com très filhos, ferida em um acidente de trânsito e passa a lutar contra uma empresa de energia – a Pacific Gas and Eletric Company (PG&E). A partir disso ela resolve lutar pelos direitos da comunidade eliminada pelos efeitos tóxicos da poluição da água local, causada pela poderosa empresa estadunidense.

HOLÍSTICA


O NOVO PARADIGMA CIENTÍFICO – A partir da leitura do artigo escrito por Robert Bouleau acerca do novo paradigma científico, o autor trata sobre a experiência da fenda dupla e do fundamento da mecânica quântica, abordando sobre mecânica quantica, experiência da fenda dupla, a teoria das cordas, o bóson de Highs, interconectividade do universo, o campo da supercorda, o mistério da fronteira que separa o mundo quântico do mundo clássico, o pensamento de William Arntz, Betsy Chasse e Mark Vicenté sobre o que sabemos verdadeiramente sobre a realidade, as novas teorias de Lynne McTaggart, a ideia sobre o campo da supercorda de Fred Alan Wolf, a teoria das cordas na ótica de Stephen Hawking e David Hickman, a interconectividade de Fred Alan Wolf, entre outros interessantes assuntos a respeito da teoria quântica.

TEORIA QUÂNTICA – A obra Teoria quântica: estudos históricos e implicações culturais, organizado por Olival Freire Junior, Osvaldo Pessoa Junior e Joan Lisa Bromberg, aborda a história e cultura da teoria quântica, problemas de pesquisa na história da Mecânica Quântica, dissidentes quânticos, a descoerência e os múltiplos caminhos de um novo fenômeno físico, o itinerário científico de Louis de Broglie em busca de uma interpretação causal para a mecânica ondulatória, sobre a cultura material dos primeiros testes experimentais do teorema de Bell, Física Quântica e a transferência de conceitos entre física de partículas, nuclear e do estado sólido, implicações filosóficas da Teoria Quântica, a construção do objeto e objetividade na Física Quântica, o realismo de Einstein e sua crítica da Mecânica Quântica, Bohr e o problema da medição, singularidades do pensamento de Eugene P. Wigner, fundamentações e perspectivas para a Teoria Quântica, o fenômeno cultural do misticismo quântico, a Mecânica Quântica e a cultura em dois momentos, os princípios de complementaridade e de incerteza na obra Copenhague de Michael Frayn, a arte e a teoria quântica, teoria da ressonância, ênfase conceitual e interpretações no ensino da Mecânica Quântica, de Louis de Broglie a Erwin Schrödinger, a imagem pública de Arthur Holly Compton, a Mecânica Quântica e não-linearidade, ontologia de Fourier, análise local por onduletas e Física Quântica,

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REFERÊNCIAS
BOULEAU, Robert. O novo paradigma científico. Revista O Rosacruz, nº 284, p. 38-45, outubro 2013.
FREIRE JUNIOR, Olival; PESSOA JUNIOR, Osvaldo; BROMBERG, Joan. Teoria quântica: estudos históricos e implicações culturais. Campina Grande/São Paulo: EDUEPB/Livraria da Física, 2011.


KID MALVADEZA – Reunião de sete - a conta do mentiroso, sete dias da semana - noveletas carregadas de muito humor e condições adversas na vida dos personagens.

















Veja mais A prisão de Papai Noel, Henryk Górecki, Demócrito de Abdera, Sábato Magaldi, Jane Campion, Alfred Eisenstaedt, Frédéric Bazille, Meg Ryan, Luiz Berto & Fernando Fabio Fiorese Furtado aqui


E mais Mahatma Gandhi, Educação de Pais e Filhos, Zéfiro, Michelangelo Antonioni, Vanessa Redgrave, Phil Collins, Jennifer R. Hale & Maria Luísa Mendonça aqui.
 
PS: FECAMEPA - QUANDO TODO APARATO DE LEI VIRA PILHÉRIA DE BANDIDO, TODO O RESTO ARREPIA O PANDEMÔNIO PORQUE A VIDA VIRA PIADA!!! Olá, gentamiga, essa pulha de que a ANAC deu papelada fraudulenta para a juiza escorregar engalobada, ih, queimou o filme mesmo. Não é à toa, vez por outra, saltitarem petas impunes entre os nossos mais graduados representantes. A gente mesmo nem dá fé do que podem avassalar tais encasacados do Executivo, Legislativo & Judiciário. É mesmo. Eu que ando com a orelha catando rota de pulga, fico somente indignado com a cara-de-pau desses fi-duma-égua. Por isso mesmo que digo: O BRASIL É O PAÍS DA ESPÓRTULA!! É ou não é? Vamos aprumar a conversa & tataritaritatá!!!! Veja mais aqui.

CRÔNICA DE AMOR POR ELA
Imagem: Citrus reclining, da artista plástica Kristina Laurendi Havena.
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