terça-feira, agosto 08, 2017

NÉLIDA PIÑON, ÍNDIOS & BOFF, GLÂNDULAS ENDÓCRINAS, HISTÓRIA, INTERNET & MÚSICA NA ESCOLA

SOMOS AS NOSSAS GLÂNDULAS ENDÓCRINAS – O senso comum tem convencionado ser o cérebro o órgão mais importante do organismo humano. Pra quem não sabe, há quem diga que no topo da cabeça tudo é cérebro e, na verdade, não é bem assim. Contribuem para isso as visões mecanicistas, deterministas e fragmentadas das especializações médicas, bem como os manuais anatômicos, neurocientíficos, neurológicos, neupsicológicos e neuroanatômicos, tratando tudo por partes, separando e tratando uns de forma robusta quase beirando a absoluta verdade, enquanto outras são tratadas com meros registros, confundindo e produzindo conceitos que sequer representam uma mínima parte do que se aborda, fato que tem levado a equívocos e mal-entendidos. A despeito de tudo isso, adota-se uma perspectiva neuroanatomofisiológica, deixando claro que todo o corpo humano é uma maravilha, não havendo apenas um único órgão a se destacar, mas o todo, uma vez que cada uma das mínimas partes do corpo humano estão sistêmica, complexa e reciprocamente integradas e articuladas umas com as outras. Daí ser possível entender que não há uma ou outra parte com maior ou menor importância, tendo em vista que todas se encontram mutuamente interagindo. A guisa de modesto esclarecimento, faz-se necessário observar que o Sistema Nervoso é dividido em duas partes: os Sistemas Central e Periférico. O Sistema Central é composto pelo encéfalo - do qual o cérebro é um dos seus componentes -, e a medula espinal. E o Sistema Nervoso Periférico é composto por nervos, gânglios e terminações nervosas. Do ponto de vista funcional, destaca-se que o Sistema Nervoso é dividido em somático e visceral, e ambos são subdivididos em aferentes e eferentes. Convém enfatizar que no Sistema Visceral eferente encontra-se o Sistema Nervoso Autônomo que é dividido em Simpático e Parassimpático, importante para o fator homeostático, ou seja, para o equilíbrio de todas as atividades do corpo humano. É preciso articular a este Sistema Autônomo, um outro que se encontra completamente esparso e quase desarticulado de todo sistema nervoso na maciça maioria dos manuais: o sistema endócrino. A importância do conhecimento acerca das glândulas endócrinas se torna relevante, tendo em vista que são as mesmas responsáveis por grande parte, senão por todo funcionamento do corpo humano. Este sistema é formado pelas glândulas pineal, pituitária ou hipófise, tireóide, supra-renais, gônadas, timo, pâncreas, entre outras. Veja-se, por exemplo, a glândula pineal, conhecida como o terceiro olho, portal entre os eus psíquico e físico, representando por isso a consciência e o físico de expressão como um transformador que processa a transferência da inteligência psíquica para a objetiva. A hipófise ou pituitária é considerada a principal de todo sistema, atuando no desenvolvimento e crescimento, na regulação do sono, no esforço contínuo, na cura de doenças e na sexualidade. A tireóide atua no crescimento e na pele, cabelos e produção de energia, afetando todos os hábitos físicos e mentais. As paratiroides atuam no equilíbrio e controle nervoso e muscular, regulando o fluxo entre os sistemas nervosos simpático e espinal, aliviando a dor e no estabelecimento de uma condição harmônica. As supra-renais atuam nos músculos, nos sistemas circulatório e digestivo, bem como na pressão sanguínea e como centro das emoções. O pâncreas atua no metabolismo do açúcar por ser a sede da insulina, tão necessária ao corpo físico. As gônadas são as glândulas sexuais, ou seja, os ovários, seios e útero na mulher, e os testículos, pênis e próstata no homem, desenvolvendo o papel da geração e da reprodução. O timo atua na defesa e manutenção de ordem física do corpo, controlando os testículos e o ovário, interagindo com todas as outras glândulas, além do mais, articulado com a hipófise e as gônadas, envolve tanto a sexualidade como a homossexualidade. Vê-se, outrossim, a quantidade de inúmeras interlocuções e correlações existentes nas glândulas entre si e os demais órgãos e atividades do corpo humano. Além do mais, estudos médico-científicos assinalam que o desenvolvimento adequado ou inadequado de cada uma dessas glândulas, influencia diretamente na personalidade individual, definindo-se comportamentos e condutas pelas quais cada um de nós somos identificados na vida cotidiana. Essas pesquisas chamam atenção de médicos, psicólogos, professores e sociedade em geral, no sentido da necessidade de se estudar e compreender o funcionamento das glândulas endócrinas, para melhor entendimento acerca dos diversos comportamentos e patologias que acometem de forma diversa o ser humano. Assinalam conclusivamente estes estudos que nós somos as nossas glândulas endócrinas, entendidas como sendo os centros psíquicos, pelos quais podemos nos tornar os arquitetos do nosso próprio destino, ou adversamente malfeitores, ditadores ou malévolos, por conta do seu funcionamento inadequado ou insatisfatório. Por essa razão, asseguram que uma forma de promover o equilíbrio e a ativação de todas as glândulas endócrinas satisfatoriamente para plenitude da saúde, é a manifestação da alegria, esperança, amor, fervor espiritual e outras emoções inspiradoras. Trata-se, portanto, de uma condução de suma importância diante uma realidade sobrecarregada de situações desalentadoras, depressivas, imprevisíveis e adversas que tanto permeiam a atualidade. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais aqui.


Imagem: Sistema Endócrino

AS GLÂNDULAS ENDÓCRINAS – [...] É raro no ser humano glândulas endócrinas normalmente equilibradas: existem tantos tipos diferentes de desequilíbrio quantas glândulas endócrinas há. Nosso ambiente e as possibilidades de expressão ainda são por demais inibidores. Quando um homem conseguir a liberdade por que tanto anseia, então, sim, encontrará o verdadeiro equilíbrio. [...]. Nossas invejas, ódios, medos, luta pela riqueza, pelo poder, pela posição, nossos desejos carnais e as superstições apelam para o suprimento da secreção adrenal – a secreção da luta ou da atividade – até que as glândulas se esgotam [...]. Cada passo da rotina cotidiana da vida, cada fase da felicidade, de pensamento ou sentimento, é um episódio da reação endócrina do indivíduo. [...] As endócrinas formam a mente e também o físico. Sua evolução depende das atividades dessa glândula. [...] Um desejo jamais nasce apenas do cérebro, pois este não tem o poder de se carregar de energia. Ele só pode armazenar e transmitir, pois a fonte de energia está nas glândulas endócrinas. [...] O cérebro, ou órgão pensante, é formado e ativado pela presença de iodo, que dá condutividade elétrica, e do fósforo, que é um dos ingredientes mais vitais do cérebro. Estes são fornecidos pela glândula tireóide, e para isso ela tem de ser sadia. [...]. o cérebro ou a mente racional é o local de gravação ou o órgão transmutador e, tal qual o disco fonográfico, só pode registrar os impulsos que lhe são enviados e transmitir o que foi meditado e registrado. [...] Quando a sociedade alcançar uma atitude mental pura com relação ás funções da vida, e quando a matéria da saúde normal puder ser ensinada nas escolas de modo que as crianças adquiram uma visão geral das forças construtivas existentes dentro delas – as glândulas endócrinas -, então as ralas futuras tornar-se-ão mais desenvolvidas mental e espiritualmente, pois compreenderão seus impulsos e controlarão e usarão com inteligência as forças interiores que lhes foram dadas por Deus. [...]. Trechos extraídos da obra As glândulas: nossas guardiães invisíveis (Renes, 1977), do médico e cientista estadunidense M. W. Kapp. Veja mais aqui & aqui.

CIÊNCIA & QUESTÕES PSIQUICAS – [...] Milhões de pessoas pensam que quando estamos tratando de questões psíquicas, estamos lidando com coisas sobrenaturais e não-científicas, que nenhuma relação têm com as verdades cientificas. Realmente, a pessoa comum parece pensar que uma ocorrência psíquica, de qualquer natureza, é contraditória à ciência, ou uma exceção às leis cientificas. Enquanto o mundo tiver esta opinião comum quanto às questões psíquicas e os princípios psíquicos, os buscadores terão de lutar contra a ignorância e as trevas [...] que os princípios psíquicos verdadeiros são, também, fatos científicos. [...]. Trechos extraídos da obra Ensaios de um místico moderno (Renes, 1965), do escritor, ocultista e místico Dr. Ph.D Harvey Spencer Lewis (1883-1939), Veja mais aqui, aqui & aqui.

O TEXTO VIRTUAL E OS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO - [...] O fenômeno da internetização e, consequentemente, por força do emprego das novas tecnologias da informação, da hipertextualização, por exemplo, permite uma coleção de informações multidimensionais disposta em rede para a navegação rápida e intuitiva [...] A comunicação eletrônica e seus múltiplos recursos ainda não são totalmente conhecidos, mas é para esse processo que mergulhamos e para o qual estamos destinados no século XXI, quando importantes transformações científicas darão suporte às novas aspirações de autores e profissionais, cada vez mais ansiosos. [...]. Trechos extraídos da obra O texto virtual e os sistemas de informação: nova leitura das propostas de Ítalo Calvino (Thesaurus, 2005), de Elmira Simeão e Antonio Miranda. Veja mais aqui & aqui.

LIBERDADE INDÍGENA - [...] O que mais apreciamos e mais nos falta nos tempos atuais é a liberdade. A complexidade da vida, a sofisticação das relações sociais, o crescimento gigantesco das instituições e a inundação desenfreada das informações geram sentimentos de prisão e de angústia. Parece-nos que a liberdade foi enviada ao cativeiro. E como ansiamos pela liberdade, o dom mais precioso, pelo qual construímos a nossa identidade e moldamos nosso destino! [...] Essa liberdade, sonho dos redimidos, parece uma utopia, mas nossos índios mostram sua possibilidade e também sua ridente realidade. Trechos extraídos da obra O casamento entre o céu e a terra: contos dos povos indígenas do Brasil (Salamandra, 2001), escritor, teólogo e professor universitário Leonardo Boff. Veja mais aqui, aqui e aqui.

MÚSICA NAS ESCOLAS - [...] É preciso, em nome do resgate da alegria escolar, tomarmos consciência das verdadeiras carências pedagógicas no domínio do ensino musical e projetar um plano estratégico, transparente e inovador, que tenha objetivos claros e bem definidos que possam ser efetivados no cotidiano da vida escolar. [...] Se o verdadeiro objetivo é aproximar o aluno da música, levando-o a gostar de ouvi-la, apreciá-la e compreendê-la, é preciso, com urgência, preencher o vazio musical no cotidiano escolar, o qual, ao mesmo tempo, como num acellerando, deixa-se escapar aos nossos olhos e, como num allargando, deixa-se escapar aos nossos ouvidos. Não podemos permitir que a música se cale nas escolas brasileiras. [...]. Trecho da obra O ensino de música na escola fundamental (Papirus, 2003), da pianista e professora Alicia Maria Almeida Loureiro. Veja mais aqui.

A HISTÓRIA DE HOJE - [...] Atualmente, já não aceitamos uma narrativa história cujo ritmo seja marcado apenas, e principalmente, por dinastias, batalhas, ministérios, tratados, etc.; o quadro que se vislumbra, após um estudo deste tipo, parece-nos por demais estreito. Além de grandes personagens e grandes acontecimentos políticos – na verdade, mais do que a estes – aspiramos conhecer para cada período e cada sociedade, o quadro técnico, econômico, social e institucional; as pulsações conjunturas; os movimentos da população; a vida das grandes massas; e não somente a dos grupos dominantes; os movimentos e relações sociais; a psicologia coletiva. E não apenas a dos “personagens históricos”. Ainda mais, aspiramos entender os mecanismos que explicam as concordâncias e discordâncias existentes entre os diversos níveis de uma determinada sociedade, queremos ter desta uma imagem tão integrada e global quanto possível. Do acontecimento à estrutura; da curta à longa duração; do individual ao coletivo: em todos os planos considerados será fácil constatar o processo de ampliação e aprofundamento que caracteriza a visão atual da história. [...]. Trecho extraído da obra Os métodos da história (Graal, 1983), de Ciro Flamarion Cardoso e Héctor Pérez Brignoli. Veja mais aqui.

OS MISTÉRIOS DE ELEUSISEleusis tinha o hábito de morrer. Assumia diariamente novas formas. Um espetáculo a que eu ia me acostumando. Sem jamais saber se ela era o gato de plumas leves, vapor de ácido, que me contemplava. Ou havia se transformado em água de um rio em tormenta, para deste modo viver um estado difícil. Sempre lhe perguntei se não seria esta dor exagerada. [...] Então eu a imaginava convertida em tudo que lhe acendesse a paixão, sem poder resistir à tentação de se provar, e sair forte. Seu amor pelos solos estranhos haveria de prevalecer. Mas ela não aproveitava da minha ausência. Bastava olhar para ela. E por muito tempo viveu assim. Em nenhum momento pretendeu transferir-se para outra terra, ou mencionou a riqueza de outrora, ainda que eu a estimulasse. No entanto, agora que não deixava a casa, eu não a sentia minha. [...]. Trecho do conto Os mistérios de Eleusis, extraído da obra Sala de armas (Aché, 1973), da escritora Nélida Piñon. Veja mais aquiaqui e aqui.

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 Imagem do artista plástico Élon Brasil.


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