sexta-feira, maio 12, 2017

O AMOR DE PARACELSO, GONZAGUINHA, CURUMIM & CUNHANTÃ

O AMOR DE CURUMIM & CUNHANTÃ – Imagem: arte da poeta, artista visual e blogueira Luciah Lopez. - Foi de manhã que ela chegou caingang pra me mostrar como é. Como sou caeté, ali mesmo rejuvenesci, como se curumim, cunhantã e a vida no quintal. Vamos brincar de roda? Pronto, rodamos e muito, sonhos e anseios a girar tal pião entre mãos e terreiros: viver é gostoso demais entre o fogo e os ventos, matos e folhas, bichos e abusões, rios e peixes, terras e montes, aves e plantas, clareiras e coivaras, maracás e malocas, tabas e tacapes. Esconde-esconde? Já me escondi. Aonde? Achou! Era como se ao me achar revelasse por seus olhos e risos que a vida é muito mais que apenas viver: sentir e sonhar, entre o raio de trovão e o governo do mundo, coisas de se vê e o não visto. Escravos de Jó? Jogamos caxangá, toma e me dá, cantando até de mão trocar, azagaias sem curare pra não trazer Jurupari. Pular academia? Ôpa, caí em você. Eu sou doutor e ela a paciente, maior pega-pega; aí, eu doente, ela ao exame, aos beijinhos e beijus: descobrimos todos os mundos das cavernas e cordilheiras rasteiras e suspensas dos nossos corpos entre caraíbas e caribocas. Vamos brincar de namorar? Mão na mão, passear no quintal até o bacurau trazer a noite. Empinar papagaio? Bora! Vê como o céu é logo ali. Vamos lá? Vamos. Uma tora pra mutá, dá pra subir. Tirar a roupa? Para entrar no céu tem que se despir de tudo. Nus, pegamos bigu nas nuvens pra viajar sobre as minhas terras caetés, chapinhando nos brejos, chupando pitomba, araçá, caju, cajá, rolete de cana atrás da moita fugindo da La Ursa, com os bonecos de barro de Vitalino e as carrancas de Caruaru, pulando frevo até a Serra da Prata pra ver até longe onde vai dar. Aí puxa a minha mão e me leva no rabo do cometa pra chupar laranja, maçã, pêssego, ameixa, até chegarmos entre os pinheiros até as cataratas do Iguaçu, pra me batizar caingang e a gente mais meninos que sempre, na união de nossas tribos tão distantes e tão iguais em nós, haja eternamente um Brasil verdadeiro de Pindorama no futuro em nossos corações. © Luiz Alberto Machado. Veja mais aqui.

MAMÃO COM MEL, DE GONZAGUINHA
Parece até que eu 
Jamais falei no amor
Parece até que jamais amei
Criança é mesmo assim
Bobagem , beleza só fala
Maravilhas banais
Quero amar você
De todas as maneiras
Que eu puder viver você estribilho
Por todos os caminhos
Que eu puder sentir você
Em todos os sentidos do prazer
Há que fel
Mamão com mel
E eu nem preciso asas pra voar
Melhor é bem difícil de sonhar
Amar viver sentir a vida com você
Amar sentir você mas que prazer
Ah, que céu
Mamão com mel
E eu nem preciso de asas pra voar
Melhor é bem difícil de sonhar
Amar, viver, sentir a vida com você
.
Mamão com mel, música extraída do álbum Olho de lince/Trabalho de parto (EMI-Odeon, 1985), do cantor e compositor Luiz Gonzaga Junior – o Gonzaguinha (1945-1991). Veja mais aqui e aqui.

Veja mais sobre:
Enfermeira & a dor de ser mulher, O ser e o nada de Jean-Paul Sartre, A artista do corpo de Don DeLillo, Histórias do desejo de Jean-Manuel Traimond, a música de Müller-Herman & Karl Weigl & Webern, a pintura de Joseph Beuys & Nanduxa aqui.

E mais:
Convite & Crônica de amor por ela, Reflexões de Friedrich Hölderlin, A pós-modernidade de Zygmunt Bauman, a literatura de Sérgio Porto, a poesia de Oswald de Andrade, Anaïs Nin & Lucélia Santos, o cinema de Pedro Almodóvar & Penélope Cruz Sanchez, a música de George Gershwin & Kiri Te Kanawa, a arte musical de Sumi Jo, Luciah Lopez & a pintura de Parmigiano aqui.
O amor & Vamos aprumar a conversa, A arte de amar de Erich Fromm, Desastres de amor de Dalton Trevisan, Limeriques & nonsense de Edward Lear, Abajur lilás de Plinio Marcos, o cinema de Claude Chabrol & Isabelle Huppert, a música de Bebel Gilberto, a pintura de Dante Gabriel Rossetti & Coles Phillips, Florence Nightigale, Katharine Hepburn & Programa Tataritaritatá aqui.
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A educação no pensamento marxista aqui.
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Semáforos de sempre, vida adiante, Amor em tempos sombrios de Colm Tóibín, Serviço Social & fetiche de Marilda Villela Iamamoto, Ética & Marketing Social de Alam R. Andreasen, a música de Claudio Nucci, Natal, a fotografia de Spencer Tunick & a arte de Vik Muniz aqui.
A sexta é dia da deusa, da musa, rainha, poeta, mulher, a literatura de Goethe & Machado de Assis, Gozo fabuloso de Paulo Leminski, a música de Alexandra Stan, Curitiba & Luciah Lopez aqui.
Na Volta da Jurema, Arrowsmith de Sinclair Lewis, Confúcio, Semiologia & comunicação lingüística de Eric Buyssens, a música de Guinga, a pintura de Ida Zami, a arte de Laerte Coutinho, Fortaleza & As heroínas do HQ aqui.
O amor dos namorados, Sonetos de amor de Pablo Neruda, A arte de amar de Erich Fromm, Cânticos dos Cânticos de Salomão, a música de Edith Piaf, o cinema de Derek Cianfrance & Michelle Williams, a pintura de Henry Asencio & Julia Watkins, a arte de Cornelis le Mair & Grupo Femen aqui.
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O AMOR DE PARACELSO
Quem nada conhece, nada ama. Quem, nada pode fazer, nada compreende. Quem nada compreende, nada vale. Mas quem compreende também ama, observa, vê... Quanto mais conhecimento houver inerente numa coisa tanto maior o amor... Aquele que imagina que todos os frutos amadurecem ao mesmo tempo, como as cerejas, nada sabe a respeito das uvas.
Pensamento do médico, filósofo e místico suíço-alemão Teophrastus Paracelso (1493-1541). Veja mais aqui.

CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Paz na Terra:
O horizonte era luz
Azulecente céu e sol
Feito um farol______teu olhar
A me envolver de quereres tantos
Vem na mansidão do vento
Vestindo-me de amor.
Um dia que amanheceu azul, poema/imagens da poeta, artista visual e blogueira Luciah Lopez.
Recital Musical Tataritaritatá - Fanpage.
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