quinta-feira, junho 09, 2016

COLM TÓIBÍN, VIK MUNIZ, CLÁUDIO NUCCI, MARILDA IAMAMOTO, SPENCER TUNICK, NATAL & ESDRAS REBOUÇAS & ÉTICA


SEMÁFOROS DE SEMPRE, VIDA ADIANTE – Quanta esperança nos sonhos de futuro pro presente, sou a pujança das matas devastadas no meu coração atlântico, na minha alma amazônica. Sou o fruto maduro da raiz da Terra, na cor preferida da amada e do meu canto noitedia. E a primavera é toda Iaravi que vem na manhã com o sabor de menta e ao alcance da mão como o abacate no quintal. A esmeralda dos seus olhos realça na tiara da coroa do abacaxi, encantada índia como um pássaro a levitar na grama com seu caminhar que expressa o equilíbrio de todas as balanças, a força de vontade dos que amam na oliva do corpo, o aspargo e o musgo que vêm do tesouro e Jade. Verdamarelo faz-se verão como uma pintura de van Gogh e ela é fogo, é Sol na minha vida e tal qual deusa de Vishnu, ela é tudo e nada nos áureos matizes do amanhecer ou do entardecer: frutos e flores, girassóis e luzes, cobras e sapos, o calor da prosperidade e a iluminação da felicidade, o alerta e a atenção. É nela que se faz real a espontaneidade dourada das coisas boas da China, do fogo da Índia, da sabedoria do Islã, do verão o calor, o terror dos xantófobos, a hemolinfa dos insetos, a mostarda e as vespas venenosas, as prostitutas e mães solteiras da Idade Média, os olhos da coruja do nascer ao por do sol, os ingleses que perderam a coragem e os deuses louros da antiga Grécia, o tom das colheitas e o âmbar, o açafrão e a alegria e a comunhão. Amarvermelho: o outono faz-se inverno. E o encarnado sangue férvido de Freya reluzindo nos seus escarlates lábios vem dela desnuda com transparente seda ao colorido das penas e escamas, tal deusa Afrodite, onde tudo é primaverão, tudo é outoninverno: claroscuro, bemal, noitedia, mortevida, entre as notas musicais, entre os sete céus, os sete planetas, os sete véus, os dias da semana, a transgressão e a sensualidade feminina, o violento e o apaixonante, o amoroso e a magia dos nórdicos antigos, o óxido de ferro e a fênix, a cochonilha e o urucum, as tapeçarias e as rosas, o sangue de Adônis e o carmim, a maçã e o morango, as faces dos babuínos, a granza e o salmão, a alizarina e o pau-brasil, o carmesim e a cochinilha, o solferino e a orcina, o rubro das faces e as frutas, os legumes e as estrelas-do-mar, o pimentão e a arara, a cenoura e a lula, a marciana e a beterraba, o óxido de ferro e o rubi, o cinábrio e a safira, a andradita e a gigantesca mancha de Júpiter, a pimenta malagueta e a sedução, o encorajamento e o proibido, a inquietação e o entretenimento, a provocação e as pulsões sexuais, o interdito e os instintos passionais, o irrestrito da carne e a possessividade, a entrega nos suntuosos tapetes e o fervor dos ventres, a púrpura e os axés, o cóccix e os quadris, as pernas e Madame de Pompadour, Exú e Dioniso, o yang e a luta diária, a reciclagem e o Boi Garantido, o zarcão e a obra prima de Stendhal, a quentura de tudo e a transformação, o perigo e a tentação, a destruição e a salvação. Tudo é vida, tudo é amor, quando ela é Iaravi de manhã, quando ela é Freya da noite pela madrugada. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais aqui e aqui.

 Imagem: a arte do artista plástico que experimenta diversas mídias e materiais, Vik Muniz.


Curtindo o álbum Ao Mestre Com Carinho (Lua Music, 2015), do cantor, compositor, músico e produtor musical Cláudio Nucci.

PESQUISA
Ética e Marketing Social: como conciliar os interesses do cliente, da empresa e da sociedade numa ação de marketing (Futura, 2002), organizado pelo professor da Georgetown University, Alam R. Andreasen, envolvendo abordagem acerca da ética e do marketing em ações nas áreas de saúde pública e em questões sociais. Veja mais aqui e aqui.

LEITURA 
Amor em tempos sombrios (Arx, 2004), do premiado escritor, jornalista e critico literário irlandês Colm Tóibín, reunindo artigos sobre arte e homossexualidade, Oscar Wilde, Thomas Mann, Almodóvar e Mark Doty, entre outros.

PENSAMENTO DO DIA:
[...] A mundialização não suprime as funções do Estado de reproduzir os interesses institucionalizados entre as classes e grupos sociais, mas modifica as condições de seu exercício, na medida em que aprofunda o fracionamento social e territorial. O Estado passa a presidir os grandes equilíbrios sob a vigilância estrita das instituições financeiras supracionais, consoante a sua necessária submissão aos constrangimentos econômicos, sem que desapareçam suas funções de regulação interna.
Trecho extraído do livro Serviço Social em tempo de capital fetiche: capital financeiro, trabalho e questão social (Cortez, 2008), da professora, pesquisadora e doutora em Ciências Sociais, Marilda Villela Iamamoto.Veja mais aqui e aqui.

IMAGEM DO DIA 
A vida é mais linda na beleza potiguar (LAM)
Morro do Careca – Natal –RN, foto de Esdras Rebouças Nobre. Veja mais aqui.

Veja mais sobre William Shakespeare, Mia Couto, Patricia Galvão – Pagu, David Scott, Carl Otto Nicolai, Robert Gilmore, Jean Iris Murdoch & Adriano Kitnai aqui.

CRÔNICA DE AMOR POR ELA
Imagens: Lovebugs, de Vik Muniz.
Veja aqui e aqui.

CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
A arte do fotografo estadunidense Spencer Tunick.
Recital Musical Tataritaritatá.
Veja aqui.