sexta-feira, junho 17, 2016

DANTE, GALINA USTVOLSKAYA, DORÉ, JACK VETRIANO, SIEFFERT, LUCIAH LOPEZ, MÚSICA & LUÍS SOLER


INCIPIT VITA NUOVA – (Imagem: Iemanjá, arte da escritora, artista visual e blogueira Luciah Lopez). Era manhã de dezembro quando ela, Iaravi abençoada Iemajá, com seus seios de lua e alma de fogo, me ensinou que o dia é dos vivos e a noite do amor. E desde então, até então, todos os dias e noites, ela fêmea índia dos encantos silvestres mostrou-me o que é ser deusa ínvia de fascinantes poderes no crepúsculo dos espetáculos vitais de Freya para ser-me rainha nua de todos os reinados do mundo, musa de todos os tonsons poéticos de todo universo e mulher encantadora de todas as entregas e doações. E na secreta câmara do seu coração eu colhi o amor que irradiava aos seus olhos volvidos pra mim, a mendigar dos meus beijos como a me chamar entre os braços no abraço de todas inefáveis cortesias a me inebriar com sua doce formosura, doravante luz do Sol que alumia minha vida e que louvo Freyaravi, fabulosa e sanguínea, entre tudo e todas, a mais linda e eterna no meu coração. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais aqui e aqui.


Imagem: ilustrações do pintor e ilustrador francês Gustave Doré (1832-1883). Veja mais aqui e aqui

 Curtindo o álbum Grand Du New (Wergo, 2011), com a Dies Irae – composition nº 2 para oito contrabaixos, piano e bloco de madeira (1973) & Sonata nº 6 para piano (1988), da compositora russa Galina Ustvolskaya (1919-2006).

PESQUISA
As raízes árabes, na tradição poético-musical do sertão nordestino (EdUFPE, 1978), do professor e violista catalão Luís Soler (1920-2011), tratando sobre os violeiros, a poesia dos árabes, o transplante da tradição das cruzadas, trovadores e jograis, o espírito da Renascença, o remanescente medieval no Ibéria renascentista, os sefarditas, o Barroco, a música e os instrumentos. Veja mais aqui.

LEITURA 
A obra Divina Comédia – O poema sagrado de Dante (1321- Ateneu, 2011), é a obra prima do poeta e político italiano Dante Alighieri (1265-1321), poema narrativo de viés épico e teológico com trinta e três cantos cada uma das três partes que passam pelo Inferno, Purgatório e Paraiso, rigorosamente simétrico narrando a odisseia guiada por Virgilio e pela musa Beatriz. Veja mais aqui e aqui.

PENSAMENTO DO DIA:
Gentis mulheres que entendeis de amor,
Eu quero vos falar de minha dama,
Não que o louvor entenda completar-lhe.
Mas discorrer, para expandir a mente.
Digo que, quando o seu valor medito,
Amor tão doce se me faz sentir,
Que, se não fora me faltar a audácia,
Encantaria a gente declamando:
E eu não quero falar assim tão alto
Que me tornasse, por temor, cobarde;
Mas tratarei do estado seu gentil,
Num tom bem simples, a respeito dela.
Convosco só, mulheres amorosas,
Que não é cousa que se fale a outrem.  [...]
Trecho do poema Gentis mulheres que entendeis o amor, da obra Vita Nuova (Vida Nova, 1292), do poeta e político italiano Dante Alighieri (1265-1321), de caráter autobiográfico, narrativa híbrida com 31 líricas e 42 capítulos em prosa que são alternadas e contando a história do seu amor por Beatrice Portinari.

IMAGEM DO DIA 
A arte figurativa do pintor escocês Jack Vetriano.

Veja mais sobre Brincarte do Nitolino, Roberto DaMatta, Igor Stravinski, Johann Gottlieb Fichte, François Bégadeau, Aldo Bonadei, O teatro e a sua estética, Laurent Cantet, Marcelo Alves Soares & Maurits Escher aqui.

CRÔNICA DE AMOR POR ELA
Nu sur lit de fourrure, do pintor, retratista e ilustrador francês Paul Sieffert (1874-1957).
Veja aqui e aqui.

CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Imagem: Casa no morro, arte da escritora, artista visual e blogueira Luciah Lopez
Recital Musical Tataritaritatá.
Veja aqui.