sábado, outubro 03, 2015

RIACHO SALGADINHO, NERUDA, DEE BROWN, NELSON, MILLET & KURTZMAN!


VAMOS APRUMAR A CONVERSA? RIACHO SALGADINHO: A VIDA PEDE SOCORRO! – Quando me transferi em 1994 para morar em Maceió, entre as minhas curiosidades mais urgentes, conhecer o famoso bairro de Jaraguá, era uma delas. Muitas páginas e narrativas eu já havia consumido a respeito da localidade histórica, faltava ser apresentado pessoalmente. E lembro bem, um dia, caminhando pela praia da Avenida, quando ouvi de um transeunte indignado: - Eita que esgotão enorme! Por resposta, ouvi alguém mencionar que se tratava do riacho Salgadinho. Pronto, estava apresentado. Realmente, a praia, naquela parte, perdia o verde azulado característico para se tornar de um escuro negrume com intragável fedentina emporcalhando todas as imediações. – Foi a chuvada boa dos últimos dias que trouxe o lixo da cidade para estragar o mar! -, ouvi, por explicação. Realmente, a catinga era insuportável e como eu gostava de caminhar pela redondeza, constatei que maruins, muriçosas e outros indesejosos insetos faziam a saudação, deixando cada potoca de roncha nos meus membros de parecer mais um acometido por sarampo ou rubéola, ou coisa dessa valia. – Como é que esse povo aqui vive, hem? -, indaguei com espanto. – Ah, já tão acostumado com o fedor que pra eles é perfume, e os insetos fazem cócegas preles rir! -, foi o que obtive por resposta, lamentavelmente. Eu saía às pressas dali, atravessando o bairro do Poço, pisada forte até Stella Maris pra chegar na Mangabeiras são e salvo. Não sabia eu que estava era seguindo o curso do riacho, atacado de todas as formas e maneiras, como se fosse pra sua nascente morro acima, lá no Poço Azul, no longínquo bairro de Jardim Petrópolis, pela Via Expressa, perto da comunidade Aldebaran – ironia, da braba! Nossa, que coisa! Anos se passaram, até o dia em que a prefeita fez um marketing anunciando que ia timbugar na praia, bem na foz. Maior estardalhaço. É que o riacho se tornara bandeira dos políticos que prometiam revitalizá-lo. E nada. Mais anos se passaram e fiquei futucando uns amigos e amigas e os participantes do curso Faça seu TCC sem traumas que ministro ao público alagoano e de todo Brasil, para não deixar mole e mandar ver no trombone da indignação. Com isso, consegui amealhar alguns artigos e estudos acadêmicos, matérias da imprensa local a respeito, e o riacho passou a ser tratado de complexo lagunar Salgadinho da Bacia do Reginaldo. Então, o que antes era riacho Maçayó, agora virava o centro das discussões. Parecia, pelo menos. Na verdade, conversa mole. Mas as condições críticas de poluição e de degradação, tornando a praia com imprópria balneabilidade, tudo por causa dos esgotos canalizados, impermeabilizações promovidas pelas construções que abrigaram milhares de famílias e pavimentações de rua, explosão de poços artesianos particulares instalados e os canos de esgostos sanitários e industriais a ele direcionados, deu-se o dia fatal. Foi quando se deu conta que, desde 2006, a fonte do Poço Azul havia secado. - Oxe, agora que avisaram!?! Desde 2006? -, era o que eu ouvia de um e de outro. Pronto, estava decretada a morte do Salgadinho. Com o agravamento da situação, o Procurador da República, Bruno Baiocchi Vieira, instaurou o Inquérito Civil Público de nº 1.11.000.001.521/2010-25, publicado na Portaria nº 157, na edição 229, página 62, do Diário da Justiça, do dia 17 de novembro de 2010, passando às diligências da Polícia Federal, a cargo do delegado Felipe Vasconcelos e do agente federal Carlos. Na hora eu disse: - Agora vai! Bem se foi, não vi. A Justiça é lenta, mas pela minha formação, teimo na crença de que um dia vinga. Vez ou outra, vejo matérias a respeito do desastre do Salgadinho na imprensa e ouço a população reclamar, apesar da previsão constitucional do art. 225 de que todos os brasileiros possuem o direito de ter o meio ambiente ecologicamente equilibrado. Tem até gente mais exaltada invocando a responsabilidade civil do Estado, e envolvendo a União, o Estado e o Município nesse balaio, para responder pela omissão em despoluir o riacho, ao mesmo tempo em que se clama pela adoção de ações de educação ambiental para a população maceioense. Fogo de monturo; aparece de repente, logo se apaga. Mas, persiste, felizmente. Foi por causa disso que, em atendimento às exigências da disciplina Estágio Básico, ministrada pela professora Daniela Botti da Rocha, que tomei a iniciativa de, em conjunto com alguns colegas do curso de Psicologia do Centro Universitário Cesmac, realizar o projeto de pesquisa Psicologia Ambiental: a arte na educação da comunidade do Riacho Salgadinho – Maceió, no sentido de observar o papel da arte na educação e psicologia ambientais e na relação da comunidade com aquele recurso hídrico, causador de problemas de saúde e de transtornos os mais diversos. A pesquisa proporcionou o levantamento da realidade encontrada e que será posteriormente apresentada ao público. Enquanto isso, vamos aprumar a conversa e confira mais a respeito aqui, aqui e aqui.


Imagem: The Goose Girl, do pintor francês Jean-François Millet (1814-1875)

Um dia joguem minhas cinzas na corrente desse rio...” 
(Testamento, Nelson Ângelo/Milton Nascimento)
Curtindo o álbum Inteira (Borandá, 2010), da cantora e compositora Tatiana Parra.

RECURSOS HÍDRICOS – O livro Direito ambiental: nossa casa planetária (Forense, 2006), da professora Doutora Elida Séguin, trata sobre a evolução histórica do direito ambiental no Brasil, discutindo a proteção ambiental, examinando a poluição em todas as suas formas e destaca os recursos naturais, em especial aos recursos hídricos e à cobertura vegetal, e abordando temas como teatro de operações, instrumentos estatais de preservação ambiental, instrumentos da comunidade de participação na defesa ambiental e a responsabilidade, entre outros assuntos. Da obra destaco os trechos: [...] A Carta de 1988 determinou que as águas se incluem entre os recursos naturais, passando a ser bem comum do povo, extinguindo-se o domínio privado da água. A água é um bem público, um recurso natural limitado dotado de valore econômico, sua gestão deve proporcionar o seu uso múltiplo e ter a bacia hidrográfica unidade territorial (art. 1º da Lei 9433/97). [...] A água é um bem público, devendo ser reconhecida a importância da proteção e preservação de suas qualidades e quantidades por toda a sociedade, que deve racionalizar o uso evitando-se desperdícios. A quantidade de água disponível é limitada. A água doce está sendo convertida em um recurso cada vez mais escasso e valioso especialmente pelo volume de recursos nela lançados, provocando aumento da poluição e impossibilitando sua reciclagem/reutilização. [...] A degradação dos corpos d’água está relacionada com diversos fatores: a falta de saneamento básico e lançamento de efluentes sem o devido tratamento; atividades agropastoris, com projetos de irrigação e o desmatamento; a exploração mineral, em especial a atividade garimpeira; os assentamentos urbanos, viabilizados sem infraestrutura de saneamento básico, disposição inadequada do lixo. Há muitas doenças, como leptospirose, hepatite, cólera e esquistossomose, que são transmitidas através de águas poluídas, que permitem o desenvolvimento de organismos patogênicos. Doenças de veiculação hídrica provocam a morte de pessoas, em especial de crianças. [...] a Política Nacional de Recursos Hídricos e o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos [...] está fundamentada nos seguintes princípios: todos têm direito a um Meio Ambiente equilibrado, sendo os recursos hídricos essenciais ao estabelecimento de uma sadia qualidade de vida, sendo a água um bem de domínio público; é assegurado a todos o acesso aos recursos hídricos, priorizado o atendimento às populações; a proteção às nascentes e mananciais é uma prioridade; bacias hidrográficas como unidade de planejamento; o dos usos múltiplos, que consequentemente vai de encontro à supremacia do setor elétrico sobre aqueles que fazem uso dos recursos hídricos; do reconhecimento do valor do uso econômico da água que dá margem à cobrança pela utilização; e o da gestão descentralizada e participativa. [...] Veja mais aqui e aqui.

ENTERREM MEU CORAÇÃO NA CURVA DO RIO – O livro Enterrem meu coração na curva do rio (Bury My Heart at Wounded Knee -1970 / L&PM, 2003), do escritor e historiador estadunidense Dee Brown (1908-2002), é um eloquente e meticuloso relato acerca da destruição e extinção sistemáticas das tribos indígenas na América do Norte. Da obra destaco o trecho inicial: Tudo começou com Cristóvão Colombo, que deu ao povo o nome de índios. Os europeus, os homens brancos, falavam com dialetos diferentes, e alguns pronuncia vam a palavra “Indien”, ou “Indianer”, ou “Indian”. Peaux-rouges, ou “redskins” (peles- vermelhas), veio de pois. Como era costume do povo ao receber estrangeiros, os tainos da ilha de São Salvador presentearam generosamente Colombo e seus homens com dádivas e trataram-nos com honra. “Tão afáveis, tão pacíficos, são eles”, escreveu Colombo ao rei e à rainha de Espanha, “que juro a Vossas Majestades que não há no mundo uma nação melhor. Amam a seus próximos como a si mesmos, e sua conversação é sempre suave e gentil, e acom panhada de sorrisos; embora seja verdade que andam nus, suas maneiras são decentes e elogiáveis.” Claro que tudo isso foi tomado como sinal de fraqueza, senão de barbárie, e Colombo, sendo um europeu bem-intencionado, convenceu-se de que o povo deveria “ser posto a trabalhar, plan tar e fazer tudo que é necessário e adotar nossos costumes”. Nos quatro séculos seguintes (1492-1890), vários milhões de europeus e seus descendentes tentaram impor seus costumes ao povo do Novo Mundo. Colombo raptou dez de seus amistosos anfitriões tainos e levou-os à Espanha, onde eles poderiam ser apresentados para se adaptarem aos costumes do homem branco. Um deles morreu logo depois de chegar, mas não antes de ser batizado cristão. Os espanhóis gostaram tanto de possibilitar ao primeiro índio a entrada no céu, que se apressaram em espalhar a boa nova pelas Índias Ocidentais. Os tainos e outros povos arawak não relutaram em se converter aos usos religiosos europeus, mas resistiram fortemente quando hordas de estrangeiros barbudos começaram a explorar suas ilhas em busca de ouro e pedras preciosas. Os espanhóis sa quearam e queimaram aldeias; raptaram centenas de homens, mulheres e crianças e man daram-nos à Europa para serem vendidos como escravos. Porém a resistência dos arawak deu origem a que os invasores fizessem uso de armas de fogo e sabres, truci dando centenas de milhares de pessoas e destruindo tribos in teiras, em menos de uma década após Colombo ter pisado na praia de São Salvador, a 12 de outubro de 1492. Eram lentas, naquela época, as comunicações entre as tribos do Novo Mundo e, raramente, as notícias das barbaridades dos europeus ultrapassavam a disseminação rápida de novas conquistas e colonizações. Porém, bem antes de os homens brancos que falavam inglês chegarem à Virgínia em 1607, os powhatan haviam ouvido algo sobre as técnicas civilizatórias dos espanhóis. Os ingleses passaram a usar métodos mais sutis. E para garantir a paz por tempo suficiente, enquanto estabeleciam uma colônia em Jamestown, colocaram uma coroa de ouro na cabeça de Wahunsonacook, chamaram-no rei Powhatan e o convenceram de que deveria pôr seu povo a trabalhar, fornecendo comida para os colonizadores brancos. Wahunsonacook hesitou entre a lealdade a seus súditos rebeldes e aos ingleses, mas depois de John Rolfe ter casa do com sua filha, Pocahontas, aparentemente de cidiu que era mais inglês que índio. Depois da morte de Wahunso nacook, os powhatan insurgiram-se para mandar os ingle ses de volta ao mar de onde haviam vindo, mas os índios subestimaram o poder das armas inglesas. Em pouco tempo, os oito mil powhatan foram reduzidos a menos de mil [...] Por vários anos, esses ingleses e seus vizinhos índios viveram em paz, mas muitas outras levas de homens brancos continuaram a chegar. O barulho dos machados e o estrondo das árvores que caíam ecoavam pelas costas da terra que os homens brancos agora chamavam de Nova Inglaterra. As colônias começaram a se disse minar por toda parte. Em 1625, alguns dos colonos pediram a Samoset mais doze mil acres de terra dos pemaquids. Samoset sabia que a terra vinha do Grande Espírito, era infinita como o céu e não pertencia a homem algum. Para agradar os estrangeiros e seus costumes estranhos, ele participou de uma cerimônia em que cedeu a terra e colocou sua marca num papel. Era a primeira transferência por documento de terra índia a colonos ingleses. A maioria dos outros povoadores, chegando aos milhares, não se incomodou em realizar tal cerimônia. Na época em que Massasoit, grande chefe dos wampa noags, morreu, em 1602, seu povo estava sendo expulso para as florestas. Seu filho Metacom previu que os índios chegariam ao fim, se não se unissem para resistir aos invasores. Embora os habitantes da Nova Inglaterra tentassem agradar Metacom, coroando-o rei Philip de Pokanoket, ele de dicou a maior parte do seu tempo à formação de alianças com os narragansetts e outras tribos da região. Em 1675, depois de uma série de ações arrogantes por parte dos colonos, o rei Philip levou sua confederação índia a uma guerra destinada a salvar as tribos da extinção. Os índios atacaram cinqüenta e dois acampamentos, destruíram completamente doze, mas depois de meses de luta o poder de fogo dos colonos exterminou virtualmente os wampanoags e narragansetts. O rei Philip foi morto e sua cabeça exibida publicamente em Plymouth, por vinte anos. Juntamente com outras mulheres e crianças índias capturadas, sua mulher e seu filho foram vendidos como escravos nas Índias Ocidentais. [...]. Veja mais aqui.

OS RIOS DO CANTO - No livro Canto Geral (Difel, 1982), do poeta chileno e Prêmio Nobel de Literatura de 1971, Pablo Neruda (1904-1973), encontro a parte denominada Os rios do canto (XII), na qual destaco o poema A Carbalho González (no Rio de la Plata): Quando a noite devorou os sonhos humanos e desaprimou / sua sombra linha a linha, / ouvimos, no silêncio acrescentado, além dos seres, / o rumor do rio de González Carbalho, / sua água profunda e permanente, seu transcurso que parece / imóvel com o crescimento da árvore ou do tempo. / Este grande poeta fluvial acompanha o silêncio do mundo, / com a sonora austeridade, e o que desejar no meio do tráfeho ouvi-lo, / que coloque (como faz nos bosques ou nos lhanos o explorador extraviado) seu ouvido / sobre a terra: e ainda mesmo no meio da rua ouvirá subir / entre os passos do estrondo esta poesia: as vozes profundas da terra e da água. / Então, sob a cidade e seu atropelo, sob as lâmpadas / de fralda escarlate, como o trigo que nasce, irrompendo em / toda latitude, este rio que canta. / Sobre seu leito, assustadas aves de crepúsculo, gargantas de arrebol que dividem no espaço / folhas purpúreas que descem. / Todos os homens que se atrevam a olhar a solidão: / os que toquem a corda abandonada, todos os imensamente puros, e aqueles que da nau escutaram / sal, solidão e noite se reunirem, / ouvirão o coro de Gonzáles Carbalho surgir alto e cristalino / de sua primavera noturna. / Lembras outro? Príncipe de Aquitânia: à sua torre abolida / substituiu na hora inicial, o rincão das lágrimas / que o homem milenário extravasou taça a taça. / E que o saiba aquele não olhos os rostos, o vencedor / ou o vencido: / preocupados pelo vento de safira ou pela taça amarga: / além da rua e rua, além de uma hora / tocai estas trevas, e continuemos juntos. / Então, no mapa desordenado das pequenas vidas / com tinta azul: o rio, o rio das águas que cantam, / feito da esperança, do padecer perdido, / da água sem angustia que sobe à vitória. / Meu irmão fez este rio: / de seu alto e substerraneo canto se construíram / estes graves sons molhados de silencio. / Meu irmão é este rio que rodeia as coisas. / Onde estiverdes, na noite, de dia, a caminha, / sobre os desvelados trens dos prados, / ou junto à empapada rosa da alva fria, / ou ainda / entre as roupas, tocando o torvelinho, / caí por terra, que o vosso rosto receba / este grande pulsar de água secreta que circula. / Irmão, é o rio mais longo da terra: / atrás do orbe, soa a tua voz grave de rio, / e eu molho as mãos em teu peito / fiel a um tesouro nunca interrompido, / fiel à transparência da lágrima augusta, / fiel à eternidade agredida do homem. Veja mais aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.

SENHORA DOS AFOGADOS – A tragédia em três anos Senhora dos Afogados (1947/Nova Fronteira, 2004), do dramaturgo, jornalista e escritor Nelson Rodrigues (1912-1980), conta a história da filha mais de um casal que guardava um amor pelo pai e resolveu afogar suas irmãs mais novas no mar para não dividir a atenção do seu pai com elas. A trama é cheia de mistérios e ela consegue ser a única mulher na vida do seu pai, porém ele morre e ela fica só. Da obra destaco o trecho: [...] (A avó intervém outra vez. Avança para os vizinhos que, juntos recuam, amedrontados) AVÓ - Minha neta Clarinha não se matou... Foi o mar... Aquele ali... (indica na direção da platéia) Sempre ele... VIZINHOS - O mar! AVÓ - Não gosta de nós. Querem levar toda a família principalmente as mulheres. Basta ser uma Drummond, que ele quer logo afogar. Um mar que não devolve os corpos e onde os mortos não bóiam! Foi o mar que chamou Clarinha. Chamou, chamou... Tirem esse mar daí; depressa! Tirem, antes que seja tarde! Antes que ele acabe com todas as mulheres da família! VIZINHOS - Primeiro, Dora, depois Clarinha! VIZINHO - Já duas afogadas na família! AVÓ - Depois das mulheres, será a vez dos homens... VIZINHO - Acredito! AVÓ - E depois de não existir mais a família - a casa! Então, o mar virá aqui, levarão a casa, os retratos, os espelhos! Eu sei! O s mortos me disseram... Os mortos da família... D. EDUARDA - Vamos, avó. AVÓ - Não gosto de quem seja mulher... Não me toque!... D. EDUARDA - Sou Eduarda, tua nora! AVÓ - Sei, não precisavas dizer... És esposa de meu filho Misael... D. EDUARDA - Sou. AVÓ - Mas não te pareces com as outras mulheres da família... És estrangeira... D. EDUARDA - Sou. AVÓ (Com medo) - Tu sonhas com a minha morte... D. EDUARDA - Não, avó! Juro que não!... AVÓ - Não deixe Moema, não deixe... MOEMA - Não há perigo, avó, não deixarei... AVÓ - Quer-me envenenar... Pôr veneno na água que eu bebo ou no pão... Das mãos de tua mãe não aceitarei nada... Só de ti... Tu és mulher, mas de ti eu gosto, sempre gostei... Fria, como as nossas mulheres!... MOEMA - Agora vai! (A avó foge como se um brusco medo a possuísse) [...] Veja mais aqui, aqui, aqui e aqui.

O HOMEM DO RIO – O filme de aventura O homem do Rio (L’homme de Rio, 1964), dirigido pelo cineasta francês Philippe de Broca (1933-2004), é uma paródia aos filmes de James Bond, contando a história de um aviador que embarca de licença de oito dias em Paris para ver sua noiva, que está às voltas com o roubo de uma estatueta amazônica, na qual se encontra um dos segredos para os tesouros da Amazonia. Ela é sequestrada e drogada por índios, quando ele persegue-os ao aeroporto, embarcando no mesmo voo que ruma ao Rio de Janeiro, havendo muita correria em busca das estatuetas. O destaque do filme é para a bela atriz francesa Françoise Dorléac (1942-1967), irmã mais velha da não menos bela e eterna musa do cinema Catherine Deneuve. Veja mais aqui.

IMAGEM DO DIA
A arte do cartunista estadunidense Harvey Kurtzman (1924–1993)

 Veja mais no MCLAM: Hoje é dia do programa Noite Romântica, a partir das 21hs, no blog do Projeto MCLAM, com apresentação sempre especial e apaixonante de Meimei Corrêa. Em seguida, o programa Mix MCLAM, com Verney Filho e na madrugada Hot Night, uma programação toda especial para os ouvintes amantes. Para conferir online acesse aqui.

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