quarta-feira, setembro 09, 2015

MILTON, CORTELA, KUROSAWA, COLKER, TOLSTÓI, HORÁCIO, CRUZ E SOUZA, WRIGHT & CANÇÃO DE TERRA.


VAMOS APRUMAR A CONVERSA? CANÇÃO DE TERRA – Quando escrevi os versos das páginas do Canção de Terra (Bagaço, 1986), eu tinha em mente tudo que eu havia vivido na minha terra: o lugar onde eu nasci. Da infância na Rua do Rio com as timbungadas de quase morrer afogado no Una e no engenho Badalejo com os avós Arlindo e Benita, o quintal de Pai Lula & Carma, a professora Hilda Galindo Correia e a escola primária da Fraternidade Palmarense – para quem dediquei quadrinhas poéticas publicadas no suplemento o Junior, do Diário de Pernambuco; as travessuras no Caçotinho – hoje Cohab I – e chupando cana na ponte de Japaranduba pras maloqueiragens no Riacho dos Cachorros; as presepadas no Rio Pirangi quando saía das aulas no Ginásio Municipal; os templos criados nos bares, no Alto Lenhador e no Cantochão com a fuga pela rua Esconde Negro; o Beco do Mijo onde bati o centro nas safadezas de pré-adolescente depois das experiências deliciosas vividas atrás da igreja de São Sebastião com as moças que seguiam pelo arruado da usina que dava pra bica de Serro Azul; a Rua Nova da poesia de Raimundo Alves de Souza e Abel Fraga; a antologia Poetas de Palmares que me pegou querendo ser poeta aos doze anos de idade; as sessões do Cine Apolo, o arrasta-pé no Ferroviário; a rua da Palma que me valeu das amizades da apurada dupla Afonso Paulo e Tininho, bem como das peraltices arteiras com Gulu, Mauricinho, Ozi, Ripe e Carneirinho nas tardes do Diocesano e das árvores do Nossa Senhora de Lourdes; as andanças juvenis pelo Engenho São Manuel até Água Preta ou do Santa Rosa pra Serra da Prata, em Catende de Pelópidas Soares, onde eu mandei ver no Leão XIII; a biblioteca pública aprumada pela professora Jessiva nas leituras que viravam noite adentro até madrugar de manhã; a festa do dia 8 de dezembro com seus curaus nos trinques e moças lindas de morrer com suas vestes domingueiras; as guloseimas do mercado público – hoje praça da matriz; os caboclinhos do Rabeca, as poses de Veludo, o Beco do Galo do Grucalp de Teles Junior, o hem-hem de Otacílio, o mostra peito de Guiomar Verdureira, as pinturas de Milton, o vozeirão de Everaldo Souza no dedilhado de Zito Arão; as audições operísticas com João Costa, os bacamarteiros e Avitropal; as longas conversadas com Gildásio, Heitor e Bartô Parízio; a vida que fizera o cenário inicial de Ascenso, de Hermilo, de Darel Valença, de Murilo La Greca e de Tunga; o teatro das filhas de Lelé Correia e as tragédias de Fenelon Barreto – não tive acesso ao teatro de Miguel Jassely; as cidades da Mata Sul, desde São Bento de Alceu Valença e Gilvan Lemos, até às Várzeas do Una de Rio Formoso, rincões que fizeram o diâmetro das minhas mais esgueiradas traquinagens. Enfim, tudo isso e mais a lavagem de culpa, sentimentos esdrúxulos, safadezas e papel safado, mungangas e avultamentos que restaram num gesto da maior gratidão pelas palavras de Luiz Berto e Paulo Caldas na apresentação do livro, as ilustrações de Rolandry Silvério, a capa de Jerônimo Netto e o trabalho de impressão feito pelas Edições Bagaço. Quando vi o livro pronto escrevi Una dos Ambulantes de Deus: A vida: o Una, rebotalho de águas mansas. Alguns dias ficava calmo, sereno, levado na correnteza quase sem pressa. Ninguém precisava nem se tocar de sua presença, nem quando amanhecia, nem de tarde, nem de noite, nem na madrugada. Uma companhia invisível, só lembrada quando a carestia reinava e buscava-lhe pra saciar a fome e a sede. Noutros, quando dava a invernada abundante, era a sua irrefreável fúria inundando segredos e adjacências citadinas, lavando tudo: as paixões, as misérias e a fé. Marcando presença indomável. De repente, uma nesguinha de nada, menor que o menor dos brejos, menor que as valetas miúdas, fiapinho tênue se valendo do encontro dos pedregulhos para chacota dos incólumes que não se atreviam desafiá-lo, coitado, que riem de seu assoreamento até findar-lhe insepulto. Nada não, passa. Ainda é a essência de algumas experiências exclusivas, inuptas, verdadeiramente ímpares, na oportunidade de remontar memórias, ver-se peixe, ou pedra funda, ou alga, ou redemoinho, ou carreirão pro mar. Fizera-se pelo escoamento dos dias e noites nas corredeiras, levando pela correnteza até onde pudesse dar, desconhecendo se um caudaloso Amazonas, um movimentado Reno, um sinistro Mississipi, um avexado Volga, só testemunhando a vida, alegrias e revertérios, despropósitos e pusilanimidades, afogamentos e navegações alheias. De certeza, não seria nenhum Tâmisa, nem Sena, nem Tejo, era a minha sina pelas turbulências menores, nos redemoinhos perto do areial, na sede da nascente, na distância do leito, na entrega da foz. Lá, todos os fantasmas de doidos, desvalidos e autóctones emergiam das entranhas mais profundas para mostrar-se que a beleza maior escorria pelos cabelos de Iemanjá, descia como estrelas cadentes por seus belos seios, deslizava por seu ventre e alcançava o feliz idôneo que mergulhasse a coragem de viver no meio de um Nilo que testemunhara toda abastança e toda decadência. Era como se pudesse ser um São Francisco descendo de São Bento, atravessando Catendes, alagando Palmares com Águas Pretas pelos Barreiros até alcançar nas Várzeas o Atlântico de seu chegar, carregando por séculos e milênios reminiscênias de embarcações furtivas de origem francesa, holandesa, portuguesa; refugiando negros quilombolas, assistindo índios caetés e carregando a verdadeira história dos fatos nas mensagens de suicidas com cartas de amor no interior de garrafas; nos acaris, nos caritos, nas cundundas; no jangadeiro que saía de uma margem à outra sem a menor pressa de ver que o tempo passou e já ficou quase tarde para viver; no voluntário que timbungasse com as nojeiras de antanho e se safasse são e salvo, pronto e invulnerável; na lágrima dos que sofreram com as lâminas do passado e não sabiam do presente e muito menos enxergavam futuro algum; na manchete estampada num jornal velho que repisa o momento presente que não consegue sair do mesmo lugar de sempre; no remorso mantido à custa de tanta ignomínia; no fedor da nobreza brega que se arrastava energúmena; no urinol repositário de todas as maledicências; nos adultérios consentidos, nas bancarrotas escandalosas, nas reputações arranhadas, riscadas e borradas que andavam com o pau da venta em pé de empáfias nas lufadas das infâmias e de astuciosos ardis nas adiposidades de rapapés fingidos; na demência de ver que a vida é outra coisa além deste marasmo que judia ao lado do chocante das banalidades e trafegam nas catacumbas da honra; na ferrugem da coragem que se expressa no legado pobretão; de herdeiros acéfalos e indigentes nos saques dos famintos, das ticoqueiras, dos bóias-frias nômades, dos calungas, do mané-gostoso, do nego-bom, dos cardumes, dos lixeiros, dos desejos não correspondidos nos esgotos, nas fotos do lambe-lambe, nas molduras encardidas, nas gavetas cabalísticas, nas jantes inexoráveis da erosão descabida e na demência dos que não conseguem viver de solidariedade. Por mim, não posso esquecer que sempre fora este o meu batismo e a minha mais vã crença de voluntário ambulante de deus. (Canção de Terra, Luiz Alberto Machado. Recife: Bagaço, 1986). E veja mais aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.

 Imagem: Firework Display at the Castel Sant Angelo in Rome (La_Girandola), do pintor de paisagens inglês Joseph Wright of Derby (1734-1797).
Curtindo o álbum duplo Clube da Esquina 2 (EMI, 1978), de Milton Nascimento. Veja mais aqui.

BRINCARTE DO NITOLINO – Hoje é dia de reprise do programa Brincarte do Nitolino pras crianças de todas as idades, nos horários das 10hs e das 15hs, no blog do Projeto MCLAM, com apresentação simpaticíssima de Ísis Corrêa Naves. Na programação muitas atrações: Paul Eluard, Nitolino chamando a meninada, Bébé Lilly, Llona Mitrecey, The Crazy Frogs, Loulou, Madeline, Tchoutchoua, Sebasto, Bézu, Nita, Meimei Corrêa & muito mais poesia, brincadeira, histórias e entretenimento pra garotada. No blog dicas de Psicologia, Educação, Direito das crianças e adolescentes, Música, Teatro & Literatura infantis pra garotada. Para conferir clique aqui ou aqui.

 
CUIDADO COM A TACOCRACIA – No livro Não nascemos prontos! Provocações filosóficas (Vozes, 2013), do filósofo e professor Mario Sérgio Cortela, encontro Cuidado com a tacocracia que tem o seguinte teor: Se você não se cuidar, a tacocracia vai pegar você! Os antigos gregos, avós da cultura ocidental, quando usavam o termo tákhos (rápido) para expressar uma característica ou a qualidade específica de algo, não poderiam imaginar que um dia seus herdeiros fôssemos capazes de escolher a velocidade como o principal critério de qualidade para as coisas em geral. Estamos próximos, muito próximos, de uma tacocracia, na qual a rapidez em todas as áreas aparece como um poder quase despótico e como exclusivo parâmetro para aferir se alguma situação, procedimento ou relação serve ou não serve, se isso é bom ou não. A pressa não é mais inimiga da perfeição? Devagar não se vai mais ao longe? Há, ainda, algum valor que possa ser atribuído a algo que demora um pouco mais para ser feito, fruído ou conquistado? Não, não temos mais tempo! Cada dia levantamos mais cedo e vamos dormir mais tarde, sempre com a sensação de que o dia deveria ser mais extenso ou de que não soubemos nos organizar direito. Nem o relógio olhamos mais para ver que horas são, mas, isso sim, para verificar "quanto falta". É essa urgência de visualizar o intervalo espacial entre os ponteiros que fez, por exemplo, com que os relógios de pulso digitais não obtivessem sucesso duradouro, pois precisam ser lidos, em vez de apenas percebidos de relance; hoje, só os usam os que têm algum tempo sobrando para fazer cálculos. Vai demorar para ficar pronto? Vou demorar para aprender isso? A conexão é demorada? A leitura desse livro é demorada? A visita ao museu é demorada? O culto é demorado? Aprender a tocar este instrumento é demorado? Cuidar mais do corpo é demorado? Demora para fazer essa comida? Então, não posso querer. Será um exagero pensar que estamos sendo invadidos pela tacocracia? Bem, lembremos somente uma situação modelar: a alimentação. Embora essa seja uma das maiores fontes de prazer e convivência para a nossa espécie, querem que eu, o tempo todo (em vez de ser opção eventual), procure um tipo de comida em função da qual não precise pensar muito para selecionar, posso numerá-la, no lugar de nomeá-la e, claro, não espere além de um minuto para recebê-la. Ademais, essa comida deve ter uma consistência que me permita dispensar o trabalho de mastigar muito, podendo comê-la com as mãos, após ser tirada do interior de um saco de papel. O melhor de tudo é que eu consiga fazer isso sentado em fixos banquinhos desconfortáveis (diante de incômodas mesas) ou, como ápice civilizatório, dentro do carro, enquanto dirijo. É prático, sem dúvida. Mas é bom? Possibilita que eu ganhe tempo, mas o que faço com o tempo que ganho? Vou desfrutar mais lentamente outras coisas ou continuar correndo? Há alguma coisa errada nessa turbinação toda. Afinal, para além dos gregos que traímos, vamos pelo menos respeitar os latinos, para os quais curriculum vitae significava o percurso da vida, e não a vida em correria... Veja mais aqui.

ANA KARENINA – O romance Ana Karenina (Cosac & Naify, 2010), do escritor russo Liev Tolstói (1828-1910), conta o caso extraconjugal da bela e rica personagem principal que é uma aristocrata da Rússia czarista, que se apaixona por um nobre conde que se dispõe a casar com ela depois do seu divórcio com o marido oficial do governo. Da obra destaco o trecho inicial: Todas as famílias felizes se parecem entre si; as infelizes, são infelizes cada uma à sua maneira. Havia grande confusão em casa dos Oblonski. A esposa acabava de saber das relações do marido com a preceptora francesa, e comunicara-lhe que não podiam continuar a viver juntos. Durava já há três dias a situação, para tormento não só do casal mas também dos demais membros da família, e da criadagem. Todos, na casa, se davam conta de que não havia mais razão alguma para manter aquele convívio, sentindo que as pessoas que por acaso se encontrassem numa estalagem teriam talvez mais afinidades entre si. Ela, a esposa, não saía dos seus aposentos; há três dias que o marido não parava em casa; as crianças corriam de um lado para o outro, como que perdidas; a preceptora inglesa indispusera-se com a governanta e escrevera a uma amiga pedindo que lhe arranjasse outra colocação; na véspera o cozinheiro abandonara a casa à hora do jantar; o cocheiro e a copeira tinham pedido que lhes fizessem as contas. No terceiro após a altercação, o príncipe Stiepan Arcádievitch Oblonski – Stiva, como lhe chamavam os íntimos – acordou à hora do costume, ou seja, às 8 da manhã, não no quarto conjugal, mas no escritório, deitado no divã de couro. Revolveu o corpo, gordo e bem tratado, sobre as molas do divã, como se quisesse adormecer de novo, e abraçou-se ao travesseiro, apertando-0 contra a face. De repente, porém, sentou-se e abriu os olhos. “Como? Como era?”, pensou, lembrando-se do sonho que tivera. “Como era aquilo”: Ah, já sei! Alabin dava um jantar em Darmstadt; não; não em Darmstady, era na América. Sim, no sonho Darmstadt ficava na América. Alábin oferecia um jantar servido em mesas de cristal e as mesas cantavam Il Mio Tesoro! Talvez não fosse Il Mio Tesoro, mas qualquer coisa melhor, e havia umas garrafinhas, que afinal eram mulheres. Os olhos de Stiepan Arcádievitch brilharam alegremente e, sorrindo, ficou a cismar [...] Veja mais aqui.

BRAÇOS & FLOR DO MAR – No livro Obras completas (EdUnesp, 1998), do poeta do Simbolismo brasileiro Cruz e Souza (1861-1898), destaco, inicialmente, o seu soneto Braços: Braços nervosos, brancas opulências, / brumais brancuras, fúlgidas brancuras, / alvuras castas, virginais alvuras, / lactescências das raras lactescências. / As fascinantes, mórbidas dormências / dos teus abraços de letais flexuras, / produzem sensações de agres torturas, / dos desejos as mornas florescências. / Braços nervosos, tentadoras serpes / que prendem, tetanizam como os herpes, / dos delírios na trêmula coorte... / Pompa de carnes tépidas e flóreas, / braços de estranhas correções marmóreas / abertas para o Amor e para a Morte! Tambem o soneto Flor do Mar: És da origem do mar, vens do secreto, / Do estranho mar espumaroso e frio / Que põe rede de sonhos ao navio, / E o deixa balouçar, na vaga, inquieto. / Possuis do mar o deslumbrante afeto, / As dormências nervosas e o sombrio / E torvo aspecto aterrador, bravio / Das ondas no atro e proceloso aspecto. / Num fundo ideal de púrpuras e rosas / Surges das águas mucilaginosas / Como a lua entre a névoa dos espaços... / Trazes na carne o eflorescer das vinhas, / Auroras, virgens musicas marinhas, / Acres aromas de algas e sargaços...Veja mais aqui.

DAS CENAS E DO TEATRO – O livro Arte poética – Epístola aos Pisões, do filósofo e poeta lírico e satírico romano Quinto Horácio Flaco (65-8aC), compreende uma longa epístola de quase quinhentos versos que trata de vários aspectos literários, incluindo o teatro, posicionando-se favorável a necessidade do papel social do poeta e dignidade pela importância do seu trabalho. Da obra destaco o trecho a seguir: [...] Há ações que se representam n o palco, outras só se relatam depois de cometidas. O que se transmitir pelo ouvido, comove mais debilmente os esporitos do que aquelas coisas que são oferecidas aos olhos, testemunhas fiéis, e as quais o espectador apreende por si próprio. Não faças, no entanto, representar na cena o que deva passar nos bastidores, retira muitas coisas da vista, essas que melhor descreve a facúndia de uma testemunha. Que Medeia não trucide os filhos diante do público, nem o nefando Atreu cozinhe publicamente entranhas humanas; tão-pouco em ave Procne se transforme ou Cadmo em serpente. Detestarei tudo o que assim me mostrares, porque ficarei incrédulo. Que a peça nunca tenha mais do que cinco atos nem menos do esse número, se acaso desejar que voltem para pedi-la e tornar à cena depois de estreada. Que na peça não intervenha um deus, a não ser que o desenlace seja digno de um vingador; nem tão-pouco se canse um quarto ator a falar da mesma cena. Que o coro defenda a sua individualidade recitando o seu papel como um ator, e não cante, no meio dos atos, o que não se relacionar nem se adaptar intimamente ao argumento. Que ele seja propicio aos bons e, com palavras antigas, os aconselhe aos irados insuflando calma e aos que temem pecar, concedendo amor. Que louve as iguarias da mesa frugal e assim também a justiça saneadora e as leis, tal como a paz que se goza de porta aberta. Que não revele os segredos confiados e peça aos deuses e lhes suplique que a Fortuna volte aos desgraçados e abandone os soberbos [...] Os poetas ou querem ser uteis ou dar prazer ou, ao mesmo tempo, tratar de assunto belo e adaptado à vida. Se algum preceito deres, sê breve, para que rapidamente apreendam e decorem as tuas lições os ânimos dóceis e fieis de quem te ouve: tudo o que foi supérfluo ficará ausente da memoria, carregada em demasia. As tuas ficções, se queres causar prazer devem ficar próximas da realidade e não se pode apresentar tudo aquilo em que a fabula deseja que se creia, como quando se tira viva do ventre de Lâmia a criança há pouco por esta devorada. As centúrias dos mais velhos repudiam todo o poema que não for proveitoso, mas os que pertencem à tribo de Ramnes não gostam, desdenhoso, dos poemas austeros. Recebe sempre os votos o que soube misturar o útil ao agradável, pois deleita e ao mesmo tempo ensina o leitor; é este o livro que dá dinheiro aos Sósios, que passa os mares e oferece ao celebre escritor imortal renome. Veja mais aqui.


MADADAYO – O filme Madadayo (1993) do cineasta japonês Akira Kurosawa (1910-1998), é baseado numa história real de um professor que se aposentou de trinta anos de magistério, lecionando literatura alemã para se tornar escritor. Com grande carisma e humor peculiar, conquistou o repeito e a amizade de seus alunos na forma de comemoração: todos os anos, no dia de seu aniversário, era comemorado o "Madakai", quando os alunos perguntam "Mada kai?" (Pronto?), e ele depois de uma imensa taça de cerveja respondia "Mada dayo!" (Ainda não!) significando que seus alunos teriam que "agüentá-lo" por mais um ano. Trata-se do último filme dirigido pelo cineasta que pintou o fundo surrealista que aparece na sequencia final do filme. Essa é uma das mais interessantes e belas obras do autor, uma das que mais impactaram e me proporcionaram momentos de reflexão e ponderação acerca da vida e do mundo. Veja mais aqui, aquiaqui.

IMAGEM DO DIA
Todo dia é dia da bailarina e coreógrafa Debora Colker, conhecida por seus balés aclamados nacional e internacionalmente. 

 Veja mais no MCLAM: Hoje é dia do programa Quarta Romântica, a partir das 21hs, no blog do Projeto MCLAM, com a apresentação sempre especial e apaixonante de Meimei Corrêa. Em seguida, o programa Mix MCLAM, com Verney Filho e na madrugada Hot Night, uma programação toda especial para os ouvintes amantes. Para conferir online acesse aqui.

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