CONCEITO
DE HOMEM – O livro Espírito de liberdade (Zahar, 1970), do
filósofo, sociólogo e psicanalista alemão Erich
Fromm (1900-1980), aborda temas como o conceito de Deus, do homem, da
história, do pecado e do arrependimento, o caminho Halakhah, os salmos, o
salmo XXI e a paixão, entre outros assuntos. Destaco o trecho do capítulo
Conceito de Homem: [...] A obediência é
um ato consciente de submissão à autoridade; nesse aspecto, é o oposto de
independência. A fixação é um laço emocional que liga afetivamente duas
pessoas. A obediência é habitualmente consciente; é antes um comportamento do
que um sentimento, e pode ocorrer também quando os sentimentos para com a
autoridade são hostis, e quando a pessoa obedece sem concordar com as ordens da
autoridade. A fixação, como tal, é habitualmente inconsciente. O que é
consciente é o sentimento de amor ou medo. O a pessoa obediente teme o castigo
se desobedecer. A pessoa pichada teme perder-se ou ser afastada se tentar romper
o laço incestuoso. Historicamente, a obediência se faz em geral em relação ao pai;
a fixação é o laço com a mãe, em casos extremos o laço simbiótico que bloqueia
o processo de individualização. Enquanto nas sociedades patriarcais o medo do
pai é mais evidente, o medo da mãe é mais profundo, e sua intensidade depende
da intensidade da fixação nela. [...] Um
novo passo no desenvolvimento do homem lhe permite adquirir convenções e
princípios, e assim ser finalmente fiel a si mesmo, em lugar de obedecer à
autoridade. No período que examinamos aqui, o da Bíblia, e por muitos séculos
posteriores, a obediência e a fixação, além de não serem idênticas, são também
contrárias. A obediência à autoridade racional é o caminho que facilita o
rompimento da fixação incestuosa com as forças arcaicas pré-individuais. Mas,
além disso, a obediência a Deus, é também a negação da submissão ao homem.
[...] O princípio de que o homem não deve
ser servo do homem está claramente expresso no Talmude, na lei formulada por
Rab, segundo a qual o trabalhador tem o direito de se retirar (de seu trabalho,
isto é, de fazer greve) até mesmo no meio do dia [...] O objetivo do desenvolvimento do homem é o da liberdade e da
independência. Esta significa o corte do cordão umbilical e a capacidade de
dever a existência a si mesmo apenas. Mas essa independência radical será possível
ao homem? pode ele enfrentar sua solidão sem desmaiar de terror? [...]. Veja mais aqui, aqui e aqui.
Imagem: La Femme dans les vagues (The Woman in the Waves, 1868), do pintor do Realismo francês Gustave Courbet (1819-1877). Veja mais aqui e aqui.
Curtindo João Gilberto in Tokyo (Universal Music, 2004), do cantor, violonista, compositor e pioneiro criador da bossa nova João Gilberto.
VAMOS APRUMAR A CONVERSA? – REPRISE DO PROGRAMA BRINCARTE DO NITOLINO: Hoje é dia de reprise do programa Brincarte do Nitolino pras crianças de todas as idades. Horário? Às 10 e às 15hs. Onde? No blog do Projeto MCLAM. Apresentação da simpaticíssima, comunicativa e elegante Isis Corrêa Naves - aquela que já demonstrou seus pendores artísticos em desenhos, histórias e contando as travessuras de Nitolino. Aproveite e confira no blog as dicas de Psicologia, Educação, Direito, Teatro, Literatura e Música infantís, bem como as dicas e informações voltadas pra criançada com poemas, contação de história, recreações e atividades pedagógicas, além de artigos, resenhas, resumos e dicas e informações. Para conferir a reprise do programa online é só clicar aqui ou aqui.
VISITA
MEU CORPO & TEMPO –
Na antologia 26 Poetas Hoje
(Aeroplano, 2007), organizada pela ensaísta, escritora, editora, crítica
literária e pesquisadora Heloisa
Buarque de Hollanda, encontrei os poemas selecionados do poeta, ensaísta,
critico literário, professor, editor da revista Poesia Sempre da Fundação
Biblioteca Nacional e membro da Academia Brasileira de Letas, Antonio Carlos Secchin, autor de sete
livros publicados nas áres de poesia, ficção e ensaio. Entre os poemas
selecionados destaco O meu corpo se entrelaça: O meu corpo se entrelaça / ao suspiro, e gira e
caça / no concreto de um soluço / essa pele decifrada / pelo espaço de meu
sangue. / E com fúria e flama / não derrubo o que me abarca, / nem rebato à
minha posse / as premissas do que sinto: / eu devoro o meu amor, / arbitrário
como um cinco. Também é meritório de destaque o seu poema
Visita: O verso era um abraço salgado /
que os peixes telegrafaram. / Era um cisne louco / bicando o amor. / Era o
secreto frio / trancado na boca. / Era o tempo roendo os móveis, / os olhos, a
conta de gás. Por fim, o poema Tempo: saída & entrada: No tempo de minha avó, / meu feijão era mais
sério. / Havia um ou dois óculos / me espiando atrás / de molduras roídas. /
Mas eu era feliz, / dentro da criança / o outono dançava / enquanto pulgas
vadias / dividiam os óculos. / Dentro da criança, / as pulgas espiavam / o
outono vazio, / dividiam minhas molduras / roídas por óculos vadios. / No tempo
de meu feijão / minha avó era mais séria. Veja mais aqui.
A
TRAJETÓRIA DA DIVA –
Nunca é demais homenagear os mais de setenta anos de carreira da atriz, cantora
e diretora teatral Bibi Ferreira
(Abigail Izquierdo Ferreira, 1922), filha do ator Procópio Ferreira e da
bailarina Aída Izquierdo, que estreiou no teatro com apenas vinte dias de
nascida, na peça Manhã de Sol, de Oduvaldo Viana. A partir disso sua vida
passou a ser dividida entre o teatro, o cinema e a televisão. Sua primeira
participação no cinema foi com o filme Cidade Mulher (1936), de Humberto Mauro.
Torna-se apresentadora de TV em 1960, no programa Brasil 60, da TV Excelsior e,
depois, Bibi Sempre aos Domingos. Parte, então, para realização de musicais,
atuando tanto na interpretação como na direção, até ganhar o Premio Molière
pela personagem Joana, na peça teatral Gota D´Água, de Paulo Ponte e Chico
Buarque. É a partir de 1983 que apresenta a premiada peça Piaf – A Vida de uma
Estrela, na qual interpreta a cantora francesa Edith Piaf, contempla com
prêmios como o Molière, Mambembe, APCA. Governo do Estado e Pirandello. Em
2000, Bibi Vive Amália, personificando a fadista Amália Rodrigues. Depois
disso, os recitais Bibi In Concert e Bibi In Concert Pop, acompanha de
orquestra e coral. Em 2003, torna-se enredo A Viradouro canta e conta Bibi,
homenagem ao teatro brasileiro, do carnavalesco Mauro Quintaes. Em seguida
grava o cd/dvd Bibi Canta Piaf (Biscoito Fino, 2004) e D Tango, em parceria com
Miguel Proença (Biscoito Fino, 2005). Fonte: Funarte e Bibi Ferreira: a
trajetória solitária de uma atriz por seis décadas de teatro brasileiro,
dissertação de mestrado de Deolinda Vilhena (USP, 2000). Veja mais aqui.
LA
REINE MARGOT – O romance
histórico A Rainha Margot (La reine Margot, 1845), do romancista
francês Alexandre Dumas (Dumas Davy
de la Pailleterie – 1802-1870), é a primeira parte da coleção Os Romances de
Valois, compreendendo o período histórico do Renascimento na França do séc.
XVI, durante a perseguição aos huguenotes e a Noite de São Bartolomeu, contando
a história do casamento de Margarida de Valois com o futuro rei Henrique IV, no
meio de intrigas palacianas, assassinatos, massacres, tortura judiciária e
idílios. A história teve sua primeira adaptação para o cinema em 1954, dirigida
por Jean Dréville (1906-1997). Em 1994, ganhou uma segunda adaptação dirigida
pelo ator, cineasta, realizadador, encenador e produtor francês Patrice Chéreau
(1944-2013), com destaque para premiada e belíssima atriz francesa Isabelle Adjani no papel-título. Veja
mais aqui, aqui e aqui.
IMAGEM DO DIA
Todo dia é dia de homenagear a
premiadíssima cantora e atriz estadunidense Judy Garland (1922-1969), a eterna Dorothy de O Mágico de Oz.
TODO DIA É DIA DOS NAMORADOS!!!!!
Confira aqui. (Imagem Welington
Virgolino).
Veja mais sobre:
Betúlia, a belezura e os restos nos
confins do mundo,
Kadish de Allen Ginsberg, Porto calendário de Osório Alves
de Castro, Evolução do teatro de Francis Fergusson, a pintura de
Federico Beltrán Massés & Fayga Ostrower, a arte de Claudia Andujar, Iemanjá, Mãe D’Água de Petrolina – PE & a música
de Consuelo de Paula aqui.
E mais:
Terra do que sou, vida que me cabe, O vento geral de Thiago de Mello,
Elogio da madrasta de Mario Vargas Llosa, Galalaus & batorés de Mário Souto
Maior, a pintura de Natalia Goncharova, a videoinstalação de Rachel Mascarenhas & Ana Paula Pessoa, a fotografia de Yan Pierre, a música de Eduardo Ponti,
a arte de Shelley Bain & Taha Hassaballa
Malasi aqui.
Uivo & outros poemas de Allen
Ginsberg aqui.
Brincarte do Nitolino, Menino de engenho de José Lins do Rego,
Noite & neblina de Alain Resnais, a música de Charles Lecocq, Canção de
Allen Ginsberg, Signo Teatral, Choque das civilizações de Samuel P. Huntington,
a arte de Catherine Deneuve, a pintura de Raoul Dufy, Milton Nascimento &
Fernando Brant aqui.
Velho Chico, o Rio São Francisco, Virgulino Ferreira Lampião de Isabel
Lustosa, Violão Brasil de Turíbio Santos, Música & saúde de Even Ruud,
Sonetos de Cláudio Manuel da Costa, Amor em campo minado de Dias Gomes, Vai
trabalhar, vagabundo de Hugo Carvana, Paulette Goddard, a pintura de Natalia
Goncharova, a arte de Ítala Nandi & Neila Tavares aqui.
A surpresa no reino do amor aqui.
Por
um novo dia, O evangelho segundo Padre Bidião, Nada de
novo sob o Sol de Ayn Rand, Elucubrações pós-modernas de Christopher Hitchens,
Iconoclastia de Mirian Macedo & Os lixões das cidades aqui.
LAM na Educativa FM & Marco Antonio,
Tributos & direito tributário aqui.
A teoria política do individualismo
possessivo de Hobbes a Locke aqui.
Direito: teorias, interpretação e
aplicação aqui.
A qualidade na gestão escolar aqui.
Fecamepa no aluado mundo mágico aqui.
A poesia de Catarina Maul aqui.
A vida por uma peínha de nada, As mil & uma noites, A crise da
atualidade de Ivo Tonet, O leitor e a leitura de Roger Chartier, a pintura de
Umberto Boccioni, Violência & drogas de Necilda de Moura Santana, a
coreografia de Angelin Preljocaj, Um número de Caryl Churchill, a escultura de Kaleb Martyn, o cinema de Christine Jeffs & Alicia
Fulford-Wierzbicki, A gaia ciência de Friedrich Nietzsche, a música de Eveline
Hecker, a arte de Luciah Lopez & Sonho real amanhecido aqui.
Tem dia pra tudo, até pro que eu não sei, Uso & abuso da história de Moses Finley,
A mulher fenícia & os fenícios, A era do globalismo de Octavio Ianni, A
grande transformação de Karl Polanyi, Tarde demais de Antonio Tabuchi, Blasted
de Sarah Kane, a coreografia de Béjart Ballet Lausanne, Narradores de Javé de
Eliane Caffé, entrevista de Mano Melo, A gaia ciência de Friedrich Nietzsche, a
arte de Sueli Finoto, a música de Clara Sandroni, a pintura de Shahla Rosa
& Arthur Hunter-Blair aqui.
De perto ninguém é mesmo normal, O coração do homem de Erich Fromm, A
civilização dos astecas de Jean Marcilly, A carta roubada de Edgar
Allan Poe, Os sertões de Euclides da Cunha & José Celso Martinez
Corrêa, o cinema de Peter Greenaway & Federico Fellini, A gaia ciência de
Friedrich Nietzsche, a pintura de Paul-Albert Besnard, Jean-Paul Riopelle &
Beatriz Milhazes, a música de Maya Beiser, a coreografia de Martha Graham, a
escultura de Auguste Clésinger, a fotografia de Luiz
Garrido, entrevista de Geraldo Carneiro & As mil faces do disfarce aqui.
O equilíbrio mortevida do malabarista, A divina comédia de Dante Alighieri,
Educação & contemporaneidade de Antonio Dias Nascimento & Tânia Maria
Hetkowski, A autobiografia de Vladimir Maiakovski, A divina comédia de William
Blake, entrevista de Silviane Bellato, A gaia ciência de Friedrich Nietzsche, a
pintura de José Manuel Merello & Camila Soato, a arte de Victoria Soyanova,
a música de Nádia Figueiredo, a coreografia de Svetlana Zakharova, Teatro de
Anônimo, Billion Dollar Crop & Nega
Besta aqui.
Todo dia é dia da criança, Formação social da mente de Lev
Vygotsky, Escrita das crianças de Paulo Freire, Jogos infantis de Eliza Santa
Roza, Futuro de nossas crianças de Clara Bellar,
entrevista de Rachel de Oliveira Pereira Lucena, Crônica de amor por
ela, Esculturas de Protásio de Morais & Dona
Irinéia, a Galeria do Dim, a
xilogravura de Amaro Francisco, Bumerangue do Grop, art naif de Ronaldo Mendes, Teatro infantil & Lobisomem Zonzo
aqui.
Fecamepa –
quando o Brasil dá uma demonstração de que deve mesmo ser levado a sério aqui.
Cordel
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História da mulher: da antiguidade ao século
XXI aqui.
Palestras: Psicologia, Direito &
Educação aqui.
A croniqueta de antemão aqui.
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