quinta-feira, março 07, 2013

MURIEL SPARK, MEG CABOT, TAMMSAARE, EDWARD ABBEY & FECAMEPA



FECAMEPA

Luiz Alberto Machado

Gentamiga do meu Brasil aloprado de ladeira abaixo!
FECAMEPA – Festival de Cagadas Melando o País é uma cópia descarada do Febeapá – Festival de Besteiras Assolando o País -, do saudosíssimo escritor Sérgio Stanislaw Porto Ponte Preta. Tal festival quer malucamente passar a limpo a História do Brasil (eita!). Verdade, o negócio está desaprumado mesmo! E a gente precisa colocar as coisas nos eixos. E pra começar: dou meus pitacos. Em primeiro lugar, não houve descobrimento nenhum! O que houve, na verdade, foi um achamento e invasão das terras de Pindorama, quando há 500 anos a patriamada foi invadida, preada, tomada, roubada, colonizada e sacaneada, perseguindo essa sina que macula nosso destino e nação até hoje - e isso é, inclusive, admitido pelos historiadores portugueses de gabarito contemporâneos. Em segundo lugar: o étimo Brasil vem desde a antiguidade com a idéia de paraíso terrestre. Até os antigos hebreus falavam que queriam alcançar o Brasil – o mesmo que Eldorado, Canaã, éden terrestre. Em terceiro lugar: mesmo Caminha dizendo que em se plantando aqui tudo dá – menos eu, obviamente! -, os perós queriam era riqueza e, por isso, tascaram fé na cana-de-açúcar iniciando a tragédia dos índios e africanos, promovendo a era escravocrata – uma tragédia, diga-se de passagem, mantida até hoje! A partir disso, não foram os índios caetés que paparam Sardinha: ele foi assassinado a mando do governador geral, Duarte da Costa, e de seu filho, Álvaro. Afinal, todos, inclusive o bispo, estavam enrolados em corrupção e tramóias de arrepiar. Agora, guerra entre caetés e lusos realmente existiu. E muitas, por sinal. Mas os antropófagos caetés negociavam com franceses e holandeses tranqüilamente, entendeu? Ao longo dos séculos seguintes tudo era só roubalheira e safadeza. Dando um pulo, a independência de verdade foi um acordo milionário que a gente pagou a conta e, no frigir dos ovos, levamos na rabada para alegria de meia dúzia de gatos pingados que mandavam ver na patriamada. A proclamação da República, na verdade, foi um golpe de casacudo fazendo festa. Daí a República Velha era só formada pela oligarquia do café paulista e do leite mineiro. O Estado Novo veio para mudar tudo numa ditadura influenciada pela Carta Del Lavoro. Os quiprocós se avolumaram até 1964, quando os militares já tramavam desde 50, com apoio norte-americano, um golpe para salvar a pátria na onda dos consevadores e na marra ditatorial. O período de 1964 até 1985 foi, realmente, um dos mais negros e sombrios da história, onde muita corrupção e porralouquice comeu no centro. A redemocratização veio na marra, mas o povo ficou sempre de fora porque as decisões e definições constitucionais foram todas resolvidas nos gabinetes e escritórios dos lobistas. Aí o merdeiro entupiu tudo! E mesmo com uma Consituição Cidadã, tudo ia de ré-pra-trás mergulhado no estelionato, no arrombamento para arrumação deles mamadores, ajeitado daqui e dali, até chegar no governo FHC que foi um desastre: o cara prometia com pinta de estadista, mas não conseguiu se esquivar de escândalos cabeludos e de privatizar tudo a preço de meleca. Foi ai que veio o governo Lula com cara de redenção. Nada, o PT não era bem o que alardeava ser, pecou pela intransigência, incompetência e pela assimilação da cartilha velha. Aí o presidente LulInacio começou viajando na maionese, pensando que está certinho da Silva quando perdeu a noção de tudo. Eita! E agora? Com tudo isso e muito mais, a coisa está mais pro Samba do Crioulo Doido do Fedeapá do que para uma coisa séria que se prepare para o amanhã. Na verdade, a gente vive, desde 1500, um verdadeiro festival de cagadas melando o país, o FECAMEPA, onde a impunidade, o compadrio, a espórtula, a corrupção e a safadeza grassam desde que os portugueses (e todos os outros assaltantes europeus da época) acharam de vir dançar o arrebita por aqui. Patético e paradoxal. Isso é Brasilsilsilsilsilsilsil!!! Vamos aprumar a conversa & tataritaritatá!!!
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DITOS & DESDITOS - Nada é impossível, desde que se comece a pensar seriamente nisso. O aluno deve estar sóbrio, porque aprender é mais difícil do que ensinar. As palavras dos jovens não podem ser levadas muito a sério, porque são especialistas em pessoas más, principalmente quando a questão é sobre eles mesmos. Sofra com alegria, meu jovem, e o amor não virá se não houver dor. Ao escrever estas linhas, tenho certeza de que te amava antes de nos conhecermos, mas não sabia que era você quem eu amava... Pensamento do escritor estoniano Anton Hansen Tammsaare (1878-1940). Veja mais aqui.

 

ALGUÉM FALOU: Sem coragem, todas as outras virtudes são inúteis. Tudo o que temos, parece-me, é a beleza da arte, da natureza e da vida, e o amor que essa beleza inspira. A terra, como o sol, como o ar, pertence a todos - e a ninguém. O anarquismo é fundado na observação de que, uma vez que poucos homens são sábios o suficiente para governar a si mesmos, menos ainda são sábios o suficiente para governar os outros... Pensamento do ambientalista e escritor estadunidense Edward Abbey (1927-1989).

 

GAROTA ESTADUNIDENSE - [...] Meu coração está quebrado. É realmente. Todos os sinais estão lá. Não consigo dormir - nem mesmo hambúrgueres. Toda vez que o telefone toca, minha pulsação dispara... Mas nunca é para mim, nunca é para ele. [...] Porque quando você ama algo, você quer fazer isso o tempo todo, mesmo que ninguém esteja pagando por isso. Pelo menos era assim que eu me sentia em relação ao desenho. [...]. Trechos extraídos da obra All American Girl ( Harper Teen, 2008), da escritora e roteirista estadunidense Meg Cabot (pseudônimo de Jenny Carroll), autora da frase: Alguns livros são tão bons que queremos lê-los uma e outra vez. Afeiçoamo-nos a eles. Tornam-se… bom, tornam-se um pouco a nossa família...

 

O SAPATO SOLITÁRIO DEITADO NA ESTRADA - Um sapato triste que alguém provavelmente jogou \ fora de um carro ou caminhão. Por que apenas um? \ Isso acontece em média um ano \ em cada quatro. Mas sempre ao longo da minha \ vida, das minhas viagens, vejo isso como \ um memorando. Algo que \ esqueci de lembrar, \ que sempre há \ mistérios na vida. Que os sapatos \ nem sempre andam em pares, \ assim como nós. Esse se encaixa; \ o outro, não. Que as crianças podem jogar fora o sapato de alguém \ sem pensar e de maneira alegre , dividir a vida de alguém. \ Mas geralmente aquele sapato que vejo é de homem, velho, gasto, a sola partida no cabedal. \ Então por que o dono ficou com o outro... Poema da dramaturga e poeta britância Muriel Spark (2918-2006). Veja mais aqui.

 


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