sábado, junho 26, 2010

ROSEGGER, PREMCHAND, BAUDRILLARD, DÜRRENMATT, AGOSTINHO, DUMAS, LESLEY SANDERSON, KATE BUSH, ANTÔNIO CÂNDIDO, STERNHEIM & APRENDIZAGEM


 
A arte da artista malaia Lesley Sanderson.

SABE AQUELA... (DE UMA LEITURA DE PREMCHAND) – Estalou. Ao terminar a leitura da Pane de Dürrenmatt, uma insistente coisinha de um estalo e começou a remoer nas catracas da cachola feito uma cantiga de grilo insistente a me perseguir desde as indagações das primeiras páginas provocadoras da obra: o que há mais para contar? Se o seu teatro épico me impressionava, dele ficou: Uma história não está terminada até que algo tenha dado extremamente errado. Ah, mais uma vez, os labirintos dos paradoxos de Agostinho voltava à tona e eu me perdia em profundas elucubrações. Foi que nem bem havia começado a refletir, dei logo de cara com os escritos de Premchand. Quem? Aquele escritor hindu, o Munshi Premchand (1880-1936), para mim, bastante esclarecedor. Como ele era um vigoroso escritor que falava sobre homem do campo e seu povo, de pobreza e exploração, de castas e vida comunitária nas vilas, cortava com sua afiada pena a hipocrisia e a falsidade, facilitando a contextualização. Ao me deparar com suas expressões, logo fui me dando conta: De que grandeza eu tenho que preciso contar a alguém? Eu vivo como milhões de pessoas neste país; eu sou comum. Minha vida também é comum. Eu sou um professor de escola pobre sofrendo trabalhos familiares. Durante toda a minha vida, estive afundando com a esperança de poder me libertar de meus sofrimentos. Mas não fui capaz de me libertar do sofrimento. O que há de tão especial nesta vida que precisa ser contado a alguém? Até parecia que era carregado de interrogações. Até que ao final, ele trouxe seu categórico arremate: É dever de um escritor proteger e argumentar em favor daqueles que são oprimidos e sofredores, sejam indivíduos ou grupos privados. Ah, assim foi meu aprendizado no início da adolescência: a vida, o tempo, tantas voltas. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados.


DITOS & DESDITOS: Nunca teria havido ciências humanas nem psicanálise se tivesse sido milagrosamente possível reduzir o homem a comportamentos racionais. Pensamento do sociólogo francês Jean Baudrillard (1929-2007). Veja mais aqui.

ALGUÉM FALOU: Acho que uma das coisas mais sinistras da história da civilização ocidental é o famoso dito atribuído a Benjamim Franklin, ‘tempo é dinheiro’. Isso é uma monstruosidade. Tempo não é dinheiro. Tempo é o tecido da nossa vida, é esse minuto que está passando. Daqui a 10 minutos eu estou mais velho, daqui a 20 minutos eu estou mais próximo da morte. Portanto, eu tenho direito a esse tempo. Esse tempo pertence a meus afetos. É para amar a mulher que escolhi, para ser amado por ela. Para conviver com meus amigos, para ler Machado de Assis. Isso é o tempo. E justamente a luta pela instrução do trabalhador é a luta pela conquista do tempo como universo de realização própria. A luta pela justiça social começa por uma reivindicação do tempo: ‘eu quero aproveitar o meu tempo de forma que eu me humanize’. As bibliotecas, os livros, são uma grande necessidade de nossa vida humanizada. Temos que entender que tempo não é dinheiro. Essa é uma brutalidade que o capitalismo faz como se o capitalismo fosse o senhor do tempo. Tempo não é dinheiro. Tempo é o tecido da nossa vida. Pensamento do crítico literário e sociólogo Antônio Cândido (1918-2017). Veja mais aqui.


Curtindo a música da antor e compositora britânica Kate Bush, seus álbuns The Kick Inside (1978), Linhoeart (1978), Never for ever (1980), The dreaming (1982), Hounds of love (1985), The whole story (1986), The sensual world (1989), The woman’s work (1990), The red shoes (1993) e Aerial (2005).

DE AMOR, VIDA & TUDO MAIS – Em amor, não há último adeus, senão aquele que se não diz. Prefiro os canalhas aos imbecis. Os canalhas, pelo menos, descansam de vez em quando. Só os que padecem um extremo infortúnio estão aptos a usufruir uma extrema felicidade. É preciso ter querido morrer para saber o que vale a vida. As feridas morais têm sempre essa particularidade: ocultam-se, mas não se fecham nunca; sempre dolorosas, sempre prontas a sangrar quando se lhes toque, conservam-se, porém, no coração, vivas e abertas. Os homens verdadeiramente generosos mostram-se sempre indulgentes quando a desgraça do inimigo ultrapassa os limites de sua aversão. Expressões do escritor francês Alexandre Dumas, pai (1802-1870). Veja mais aqui.

UMA POESIA POR DIA, NEM SABE O BEM QUE LHE FARIAUm pouco mais de paz e um pouco menos de debate, / um pouco mais de bondade e um pouco menos de ódio, / um pouco mais de amor e esqueça o ciúme, / e mais da verdade – agora isso nos liberta! / Não tanto de luta, mas de paz a seguir, / não tanto de mim, mas um pouco mais de você, / não tenha medo nem desânimo, mas mais empresa / e força para agir – agora isso seria sensato! / Sem tristeza e escuridão, mas a luz vamos mostrar, / nenhum desejo ardente, mas um alegre desapego, / com muito mais flores para alegrar o destino, / e não apenas nos cemitérios – pois é tarde demais! Poema do poeta austríaco Peter Rosegger (1843-1918).

O CINEMA DE ALFREDO STERNHEIM
A arte do cineasta, diretor, jornalista, escritor e roteirista Alfredo Sternheim (1942-2018): Fêmeas que topam tudo (1987), Sexo doido (1986), Sexo em festa (1986), Borboletas & garanhões (1985), Sexo Livre (1985), Sexo dos anormais (1984), Sexo em Grupo (1984), Variações do sexo explícito (1984), Sacanagem (1983), Tensão e desejo (1983), Amor de perversão (1982), Brisas do amor (1982), As vigaristas do sexo (1982), As prostitutas do Dr. Alberto (1981), Violência na carne (1981), Corpo devasso (1980), Herança dos devassos (1979), Mulher desejada (1979), Lucíola, o anjo pecador (1975), Pureza proibida (1974), Anjo loiro (1973), Aguelhas mulheres (1973), Paixão na praia (1971), entre outros. Veja mais aqui, aqui & aqui.


ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM – O presente trabalho pretende abordar as questões acerca das estratégias de aprendizagem, seu conceito, indicadores, estilos e tipologia, a partir de Morales e Alfonso (2010), tendo em vista a importância da adoção e definição dessas estratégias por parte dos alunos, sendo, portanto, uma das mais importantes ações da prática docente. Pela importância dessas estratégias de aprendizagem se faz necessário que o professor esteja atendo para incentivar e promover a descoberta de preferências de aprendizagem para que o aluno adote as suas estratégias e, com isso, possa tornar a aprendizagem eficiente e eficaz. CONCEITO DE ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM - As estratégias de aprendizagem, conforme Morales e Alfonso (2011), são entendidas como processo de escolha, coordenação e execução das habilidades, procedimento adotado para desenvolvimento e realização de determinada tarefa e que refletem os processos utilizados pelo estudante para responder às demandas de uma situação de aprendizagem. Essas estratégias de aprendizagem são definidas, conforme Morales e Alfonso (2001, p. 1), como “[...] seqüências de procedimentos ou atividades que se escolhem com o propósito de facilitar a aquisição, o armazenamento e/ ou a utilização da informação”. São essas estratégias as formas de se lidar com as organizações dadas na situação de aprendizagem e apresentação das informações. Possuem as estratégias de aprendizagem a função de superar dificuldades e de discernir incompatibilidades entre as preferências individuais, a assimilação de organização da aprendizagem e a apresentação das informações, potencializando a aprendizagem para tornar-se mais eficiente. O objetivo principal da aprendizagem é ensinar a pensar, ao visar a busca pela autonomia, o senso critico e a independência do educando. Essas estratégias de aprendizagem envolvem estilos cognitivos no contexto de uma forma automática de resposta às informações e situações que se encontram presentes no ser humano desde o seu nascimento e que afetam seu comportamento individual e social. Envolvem essas estratégicas os estilos que definem o desempenho, interferindo na aprendizagem e no comportamento do ser humano diante da necessidade de resolução de problemas. Vê-se, portanto, que as estratégias de aprendizagem são dotadas de importante papel no rendimento escolar e no processo de aprendizagem porque definem a intencional e consciente tomada de decisão do aluno. Por essa razão, essas estratégias são fundamentais dependendo da forma que são assimiladas para a condução dos atos, a relação com o meio e a resolução de situações. INDICADORES PARA EXECUÇÃO DA ESTRATÉGIA DE APRENDIZAGEM - Encontra-se em Morales e Alfonso (2011) que os indicadores que definem as estratégias de aprendizagem, são a conscientização e a adaptabilidade. Entendem os autores como conscientização a ação estratégica representada no entendimento das conseqüências de uma escolha, ou seja, baseada na atividade metacognitiva que reflete na adoção e implementação do processo mental, assimilando a causa, conseqüências e efeitos. A adaptabilidade, para os autores em estudo, está na regulação do comportamento antecipadamente com o curso da ação logo após a tomada de decisão, antevendo e planejando o curso da ação para que se possa sentir firmeza, redesenhar quando houver necessidade, avaliar e, por conseqüência, corrigir, se necessário, os resultados desejados a serem alcançados. Esses comportamentos se encontram nas estratégias de aprendizagem como a capacidade de planejamento, antecipação e auto-regulação da atividade intelectual, expressos pela linguagem e comportamento externo, significando, assim, que o aluno tenha a capacidade de formular e verbalizar procedimentos que determinam conhecimento de causa das suas decisões tomadas. OS ESTILOS DE APRENDIZAGEM - Os estilos de aprendizagem são representados pelo método utilizado para aquisição de conhecimento, sendo, portanto, o modo de comportamento durante o aprendizado. Esses estilos são influenciados por diversos fatores em relação à seleção e representação das informações. A percepção desses estilos de aprendizagem pelo professor possibilitará a aquisição de indicadores de ensino que se tornarão úteis para melhor trabalhar a aprendizagem dos alunos. TIPOLOGIA DAS ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM - A tipologia das estratégias de aprendizagem compreende o aspecto disposicional da estratégia e suporte, o controle e contexto, busca e seleção de coleta de informações, processamento e utilização da informação adquirida, replicação de armazenamento, personalização e criatividade, e recuperação da informação. A estratégia disposicional do suporte, são aquelas estratégias que, segundo Morales e Alfonso (2011), procede ao andamento do processo, ajudando a sustentar o esforço, e dividem-se em emocionais e afetivo-auto-gestão, compreendendo a integração dos processo motivacionais, auto-estima, atitudes apropriadas, sendo de competência, relaxamento, ansiedade, redução de estresse, entre outras. A estratégia de controle se refere à criação de condições ambientais adequadas, controle de espaço, tempo, material, entre outras. As estratégias de busca e seleção de coleta de informações integram a localização, recolhimento e tratamento de informação, estabelecendo critérios e mecanismos de seleção. As estratégias de processamento e utilização da informação adquirida envolvem estratégias. de atendimento que objetivam controlar e focalizar a atenção na tarefa com a  codificação estratégica de desenvolvimento e organização das informações, controle dos processos de reestruturação e de personalização da informação, integração na estrutura cognitiva através de táticas como sublinhado, epigrafia, esboço, resumo, mapas conceituais, tabelas de resumo, entre outros. As estratégias de replicação de armazenamento controlam os processos de retenção na memória e de curto e longo prazo, por meio de táticas como a cópia, a repetição, dispositivos mnemônicos, que estabelece conexões significativas, entre outras. As estratégias de personalização e criatividade incluem o pensamento crítico, o reprocessamento de informações pessoais, propostas criativas, entre outras. As estratégias para recuperação de informação controlam os processos de recordação e de recuperação por meio de táticas, tais como exercícios de memória, a recuperação da informação seguindo a rota de conceitos relacionados, bem como as estratégias de comunicação e utilização de informações adquiridas, que podem usar efetivamente as informações recolhidas para o trabalho acadêmico e a vida cotidiana por meio de táticas, tais como relatórios, desenvolvimento de síntese de aprendizagem, testes de simulação, autoperguntas exercícios de aplicação e transferência, entre outras. Também como estratégias metacognitivas que regulam e controlam a avaliação do conhecimento e controle das várias estratégias e processos cognitivos, de acordo com os objetivos da tarefa e, dependendo do contexto. Contudo, tem-se encontrado inúmeros modelos de estratégias de aprendizagens que são utilizadas, tais como aprendizagem recíproca, treino estratégico e estratégias específicas, que apesar de se mostrarem numa variedade tipológica, todas convergem para a necessidade de adoção de modelo metodológico de estratégia de aprendizagem com o fito de superar deficiências e ajudar na execução de tarefas, situações e tomadas de decisão. CONCLUSÃO - O ensino de estratégias de aprendizagem garante ao processo educacional a busca pela aprendizagem eficiente e eficaz dos alunos, fomentando a sua autonomia, independência e cidadania. Esse ensino deve ser ministrado com o objetivo do aprender a aprender, acrescido da pratica de diferentes dinâmicas combinadas para despertar as preferências de aprendizagens. A importância da adoção de estratégias de aprendizagem é fundamental no processo instrucional, tendo em vista possibilitar a abertura de perspectivas que promovem a potencialização da aprendizagem, superando dificuldades, obstáculos e deficiências de natureza pessoal e ambiental, obtendo êxito no desenvolvimento das atividades escolares. Veja mais aqui, aqui & aqui.
REFERÊNCIAS
MORALES, D.; ALFONSO, Y. La importância de promover em el aula estratégias de aprendizaje para elevar el nível acadêmico em los estudiantes de Psicología. Revista Iberamericana de Educação, 2010. 




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quarta-feira, junho 16, 2010

PLUTARCO, YASMINA, ASSIS BRASIL, ADÃO FILHO, LUIS ALBERTO ABREU, MELGAREJO, ADAKER, LAFITTE, VIOLÊNCIA & FUTEBOL!


IH, SEI NÃO! ACHO QUE ESSA SELEÇÃO VAI MATAR GENTE DO CORAÇÃO - Pronto, entrei em campo com meus bacorejos. E quando vou pro jogo é pra ganhar, sem medo de perder. Empate é derrota pros dois.A distância entre ganhar ou perder é como o fio da navalha ou um cabelinho de sapo: qual? Quem estiver mais preparado, motivado, com a sorte em dia e a vontade pro que der e vier, não dá outra. Quem tem medo de cagar, não come. E morre de fome.Quando o Brasil começa a jogar pros lados, de banda, meio que sem graça, saquei logo o aguado. Desligo na hora e resolvo arrumar uma lavahem de roupa. Pra falta de garra, de raça e de mostrar pro que veio, melhor assobiar qualquer outra cantiga. Parece mais o ditado popular: quem tem furico, tem medo.Como qualquer melepeiro entende mais essa seleção que eu, encontrei uma curiosidade. Uma pesquisa feita por analistas do banco inglês Standard Chatered (ah, esses entendem mesmo do riscado!), baseada nos critérios metodológicos das análises de Monte Carlo, nos spreads dos swaps para default de crédito e na taxa de cambio real efetiva (como é que é?!?!), publicou um relatório reunido num catatau de 73 páginas, que o Brasil não ia ser campeão nessa Copa de 2010 de jeito nenhum. Novidade! Os 18 analistas de crédito e câmbio do Departamento de Análise de Risco da instituição financeira mencionada, chegaram nessa conclusão cientifica por meio de metodologias estatísticas que comprovam tintim por tintim, noves fora e prova dos nove. Babau! Para eles os campeões seriam ou Espanha, ou Alemanha, ou Inglaterra ou Argentina. E é? Quem foi mesmo? Num sei. Se eu tivesse no meio deles acrescentaria além desses qualquer um, debochando com uma risada boa. Outros que presumo serem raçudos especialistas no assunto são os videntes que flagrantemente sabem, além do futebol, toda obviedade nunca vista. Pois é, eles tambem adivinharam que o Brasil não ganharia. E lá vai a vidente Maca que apostou na Alemanha derrotando o Brasil na final. A Miss Knock diz que daria Gana. O feiticeiro Zulu Sebenzile Nsukwini sapecou na África do Sul. A Bete Strauss apostou na Espanha, Inglaterra, Italia, Alemanha ou França (só?). A cartomante Cinara Mattos diz que daria França. O bruxo mexicano Antonio Vásquez acha que o Brasil perderia na final para um selecionado europeu, indicando a Holanda. A numeróloga Fatima Cald foi de Espanha ou Itália. O espírita Ubirajara Pinheiro diz que a final seria entre Itália e Alemanha. Somente o nigeriano John Adatiri e o Pai Paulo de Oxalá apostaram que daria Brasil. Eita! Nessa penca de pitacos, também o adivinho presidenciável sempre preterido Doro, botou as mangas de fora e água na moringa vociferando seu borborigmo intelectual: daria Brasil. Isso, entre flatulências e coprólitos, ele bateu o pé dizendo que não adiantava olho gordo, secagem, macumba, vudu, urucubaca braba e esconjurada geral! E pra imunizar a nossa seleção o apaideguado tomou a providência fazer um arrumado com pena de bacurau, patuá, carranca, sino-salomão e cocar para enfunar o peito, saçaricando que o Brasil não ia voltar da África do Sul com os beiços com que mamou. Ia. Sei não. Gostaria muito que eu tivesse queimado minha língua – feito fiz com Felipão: meti o pau até o jogo da Inglaterra. Depois, fiquei na minha. Peru que não se emenda, melhor piar baixinho ou cair no mutismo. Mas digo lá: ih, acho que essa seleção vai matar muita gente do coração. Resta dizer mesmo com a orelha na frente da pulga: Avante, Brasil! Rumo ao hexa com Folia Caeté! Veja mais aqui.


Imagem: Orgasmo, do pintor, escritor e conferencista espanhol Miguel Ángel López Melgarejo.


Curtindo o álbum Reflections (Touché, 2001), do trompetista sueco Ulf Adåker. Veja mais aqui.

EPÍGRAFETodas as mulheres são iguais, enquanto se levantam as lâmpadas, frase atribuída ao historiador, biógrafo, ensaísta e filósofo grego Plutarco (Lucius Mestrius Plutarchus - 45-120dC). Veja mais aqui e aqui.

VOCABULÁRIO TÉCNICO DE LITERATURA – A obra Vocabulário técnico de Literatura (Tecnoprint, 1979), do escritor Assis Brasil, reúne verbetes e termos de uso corrente na história da Literatura, na crítica e no ensaio, tornando-se importante ferramenta de extrema utilidade para professores, alunos e interessados em assuntos literários, um verdadeiro manual de consulta e de informação. Veja mais aqui.

UMA DESOLAÇÃO – A obra Uma desolação (Rocco, 2001), da escritora, roteirista, dramaturga e atriz Yasmina Reza, traz um monólogo de um ancião dirigido a seu filho, condenado por ter perdido o vigor da juventude na mediocridade da multidão, ao mesmo tempo em que relembra os fracassos de sua própria vida. Trata-se de uma crítica violeta à sociedade contemporânea, evitando o niilismo juvenil numa prosa que não usa meias-palavras para expressar a visão de mundo pessimista do personagem. Da obra destaco o trecho: [..] um cantor expressou, com perspicácia, enquanto houver amor entre os homens, o mundo está salvo. Eu escuto isso, Geneviève, a palavra amor, a palavra esperança, lançadas no vazio, e só tenho um único desejo, ensanguentar o planeta. De um ponto de vista biológico, minha querida Geneviève, não suporto nenhum discurso virtuoso [...]. Veja mais aqui.

NÃO É DEFEITO BEBER – Entre os versos do folheto de cordel Não é defeito beber (Tipografia Chaves, 1927), do poeta popular José Adão Filho, destaco o trecho: [...] Antigamente quem bebia / era o negro ou o mulato, / mas hoje gente de trato / bebe de noite e de dia, / homem de categoria / tenho visto acontecer / na rua, tonto, pender / dando passadas sem prumo / se os grandes lhes dão consumo / não é defeito beber. / Muita gente da elite / só não bebe por capricho / gosta de matar o bicho / para abrir o apetite / depois a cana admite / para outro satisfazer / com vergonha de dizer / que também toma truaca / se a cabeça não ataca / não é defeito beber. Veja mais aqui e aqui.

UM TREM CHAMADO DESEJO – A peça teatral Um trem chamado desejo, do premiado dramaturgo Luis Alberto Abreu, conta a história que se passa no final dos anos 1920, quando palhaços decadentes e velhos atores mantêm em funcionamento a Companhia Aolcantil das Alterosas, com um repertorio de musicais que ainda atrai novos atores de uma classe media cheia de ilusões. Trata-se de um retrato do fim da uma era da inocência, feita de artistas mambembes em pequenos circos e trupes teatrais que vagavam pelo interior do Brasil, substituídos pelo cinema e outras formas de diversão. Veja mais aqui.

187 CÓDIGO DA VIOLÊNCIA – O drama 187 – Código da violência (1997), dirigido por Kevin Reynolds, conta a história que se passa em um colégio californiano dominado pela violência, quando um professor é esfaqueado por um aluno por se recursar aprova-lo nos exames. Recuperado e transformado, tem de enfrentar o desprezo dos alunos e o medo dos demais professores para persistir em sua heroica vocação de educador. Veja mais aqui.

IMAGEM DO DIA
 Todo dia é dia da atriz marroquina de nacionalidade francesa Yasmine Lafitte.




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