TODA VEZ QUE ACELERO MEU MOTOR,
A FUMAÇA DA GASOLINA SAI POR TRÁS!
A FUMAÇA DA GASOLINA SAI POR TRÁS!
Da bobina para o distribuidor
Há um cabo que passa uma centelha clara.
Meto o pé no arranco, ele dispara.
Toda vez que acelero meu motor,
O combustível entra no carburador,
A entrada de ar transforma o gás,
Com a compressão que ele faz,
Forma o jato, o êmbolo vai subindo
Vai queimar na cabeça do cilindo,
A fumaça da gasolina sai por trás.
Há um cabo que passa uma centelha clara.
Meto o pé no arranco, ele dispara.
Toda vez que acelero meu motor,
O combustível entra no carburador,
A entrada de ar transforma o gás,
Com a compressão que ele faz,
Forma o jato, o êmbolo vai subindo
Vai queimar na cabeça do cilindo,
A fumaça da gasolina sai por trás.
In: BENTEVI, Manoel. Desmanchando o nordeste em poesia. Palmares: Bagaço, 1986.
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MANOEL BENTEVI
POETAS DE PALMARES
FECAMEPA –
QUANDO O BRASIL DÁ UMA DEMONSTRAÇÃO DE QUE DEVE MESMO SER LEVADO A SÉRIO!!! - Gentamiga do meu Brasil varonil, o nosso país
resolveu dar uma demonstração de que deve ser mesmo levado a sério, nem
que seja no jeitinho, no baticum ou na porrada. Será? Isso mesmo, dando cabo
das ações escusas de afanadores do erário público e na defesa do patrimônio de
pobres, oprimidos, comprimidos e Fabos caboetas. Finalmente a esmagadora
população brasileira poderá constatar pela primeira e única vez, a condenação
dos facínoras e inimigos públicos número 001 da nação de Pindorama. Isso numa
indubitável iniciativa hercúlea de verdadeira operação mãos-limpas, o
Judiciário brasileiro resolveu julgar definitivamente todas as
megasuperhiperultra operações realizadas pela Polícia Federal de uma só vez,
juntando num balaio só as navalhas, xeque-mate, paraíso, pinóquio, tsunami,
ciclone, sanguessuga, alcatéia, guabiru, anaconda, pandora, saia-justa e o
escambau, todas realizadas de 2003 até 2007, sobrando os casos anteriores a
esta data, inclusive, os que foram antes disso porque não tem como pegar mais
os que já mudaram de nome, de domicilio e estão gozando fantasminha impune por
aí pelo meio do mundo. O negócio era para passar a limpo todas as maracutaias
ocorridas no nosso território desde o achamento e a invasão dos portugueses em
1500. Mas como seria uma laboriosa empreitada impossível de desenocegar tudo,
resolveram mesmo dar cabo só das mais recentes. O restante foi levado na base
da prescrição e validade vencida das tramóias. Finalmente, o catatau todo foi
encaminhado sob o maior segredo de justiça para uma comarcazinha isenta do
interior na cidade de Quiprocolândia, onde um juiz insone e ineivado tascou
condenação a todos os envolvidos e indiciados à pena máxima. Tei bei! A OAB em
peso ficou de cabelo em pé e insatisfeita com as condenações e alegando
cerceamento de defesa, recorreu da sentença em nome do direito da ampla defesa
e do contraditório, sendo inicialmente julgada procedente pelo Tribunal de
Justiça do Estado do Amapá. Chupa essa manga aí, vai! Mas a pendenga foi
engrossando e, utilizando-se de todos as brechas da processualísticas, os
causídicos contumazes em seguida impetraram novo recurso, também julgado
procedente pelo Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina sendo, ainda,
posteriormente, julgado unanimemente culpados em um por um de todos os
tribunais estaduais da federação, findando como bomba espoletada no plenário
tanto do STF como do STJ que levou o julgamento para a prorrogação, chegando
nos pênaltis e, por fim, foi tudo decidido na porrinha mesmo, resultando na
emissão da sentença conjunta sobre o calhamaço todo das duas superiores
instâncias judiciais. Como ninguém teve acesso ao resultado final da
lengalenga, muito menos ninguém comeu bosta de cigano para adivinhar os
envolvidos que estão nas pilhas dos processos acorrentados sob uns 5 mil
cadeados, o Doro, o repórter mais prestigiado do planeta, num golpe de mágica
insuplantável com os ajeitados de molha-mãos e outras escorregadias
participações de funcionários públicos, traz a relação dos condenados em
primeira mão: CONDENADOS: a perereca de Paranapiacaba, o bugio, a
jararaca-ilhoa, o mico-leão-preto, as cobras dormideira-da-queimada-grande,
macaco-prego-de-peito-amarelo, a jararaca-de-alcatrazes, o
mico-leão-de-cara-preta, o rato-candango, o peixe-boi-marinho, a
jiboia-de-cropan, a tartaruga-de-couro e a baleia azul. Kabum! Um escândalo.
Mas, tem mais: entre os indiciados uma ruma de suspeitos já com a condenação
pronta: o Saci-Pererê, o lobisomem-zonzo, João-Grilo, o Caipora, Macunaíma, o
Boitatá, João Ternura, Riobaldo e Diadorim, a mula-sem-cabeça, Cheiroso
Dolabela, a perna-cabeluda, Manuelzão e Miguilim, a cobra-grande, Biritoaldo, a
mãe-do-ouro, Tolinho e Bestinha, o papafigo, Urinácio, o Padre Bidião, Alamoa,
Anhangá, Mani, Matita-Perê, Urutau, Fudêncio, o Mané-Gostoso, o Nego-Bom, o 6º
Beatle, as vítimas do Césio 147, as vítimas dos edifícios-do-Sérgio-Naya, o
Visconde de Sabugosa, o louro José, o cartola e fanfarrão Zico Góis, o mestre
Fiorda do Pânico, o empresário João Ponês, o baixinho da Kaiser, o Carlinhos da
Bombril, os que se lascaram no Bateau Mouche e a tonga da mironga do kabuletê. Agora
sim, agora vai! Com essa demonstração de firmeza jurídica, de democracia
consolidada e freio-de-arrumação nas mazelas brasileiras, agora, sim, ninguém
mais neste planeta poderá mangar que o Brasil não deve ser levado a sério. E o
brasileiro, finalmente, pode dormir com a alma lavada. E vamos aprumar a
conversa & tataritaritatá. Veja mais aqui.
UM SINHÔ
COMPOSITOR – Curtindo o álbum duplo Um Sinhô compositor (Independente,
2010), projeto realizado e produzido por Luiz Henrique, reunindo a obra do
compositor, instrumentista e sambista brasileiro Sinhô (José Barbosa da Silva, 1888-1930), do qual destaco a sua
belíssima Amar a uma só mulher: Amar a uma só mulher deixando
as outras todas sempre em vão Pois a uma só a gente quer com todo fervor do
coração Quem pintou o amor foi um ceguinho mas não disse a cor que ele tem
Penso que só Deus dizer-nos vem ensinando com carinho a pura cor do querer bem
Quem pintou o amor foi bem querido Decorou também a ingratidão e deixou
rascunhos da paixão como lema preferido a uma só no coração.
OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO COMO EXTENSÕES DO HOMEM – Na obra Os meios de comunicação como extensões do
homem (Cultrix, 1964), do educador, filósofo e teórico da comunicação
canadense Marshal McLuhan
(1911-1980), destaco o trecho para reflexão: Depois de três mil anos de explosão, graças às tecnologias
fragmentárias e mecânicas, o mundo ocidental está implodindo. Hoje, depois de
mais de um século de tecnologia elétrica, projetamos nosso próprio sistema
nervoso central num abraço global, abolindo tempo e espaço (pelo menos naquilo
que concerne ao nosso planeta). [...] O
exame da origem e do desenvolvimento das extensões individuais do homem deve
ser precedido de um lance de olhos sobre alguns aspectos gerais dos meios e
veículos – extensões do homem – a começar pelo jamais explicado entorpecimento
que cada uma das extensões acarreta no individuo e na sociedade. Veja mais
aqui.
PARAFILIA & DESVIOS SEXUAIS – O desvio sexual ou
parafilia é o comportamento sexual que não segue os padrões mais comuns de um
povo em uma determinada época. O desvio geralmente é uma conduta sexual
minoritária no convívio social e está ligado a um comportamento sexual
diferencia, se relacionando diretamente com a preferência sexual, sua relação
de desejo, fantasias e as formas de percepção do prazer sexual. As parafilias
surgem com as descobertas sexuais e as respectivas experiências. A presença do
objetos na prática sexual ou utilização de animais, o relacionamento com
pessoas como crianças ou idosos, o uso da violência ou associada à dor, a
atração especial por roupas íntimas, observar ou ser observado nas práticas
sexuais, a observação ou exposição dos órgãos sexuais, desejo por pessoas do
mesmo sexo, vestir-se com roupas do sexo oposto, entre outros, são alguns dos
exemplos que são identificados como desvio sexual. Esse desvio se caracteriza
pela condição de fixação do desejo em uma determina situação, passando a ser a
forma ideal para obtenção do prazer. Veja mais aqui.
A ÓPERA MALDITA – No livro A
ópera maldita (Bertrand Brasil, 2004), do aclamado escritor e diretor
teatral italiano Andrea Camileri,
conta a história de uma ópera que na noite da inauguração de um teatro em uma
pequena cidade, ocorre a revolta com vandalismo por parte dos habitantes,
transformando todo o lugar, utilizando-se na narrativa dos mais diferentes
dialetos de sua língua, definido com teores culturais, sociais e características
psicológicas de cada personagem. Da obra destaco o trecho: [...] Mas o que entendeu Sua Excelência? Falar latim,
aqui na Sicilia, significa ficar claro. E quando quiserem um falar obscuro? Falamos
em siciliano, Excelência. Então vá em frente com o latim. Excelência, por que
insiste em querer empinar esse papagaio do Birralo exatamente em Vigàta, onde
há ventos contrários? Creia-me [...] isso
não dará boa coisa.
DILÚVIO EM TEMPOS DE SECA – Quando tive oportunidade de
assistis em 2004, no Sesc Consolação, em São Paulo, à montagem da peça Dilúvio em tempos de seca, de Marcelo
Pereira, apreciei bastante a performance da atriz Giulia Gam. A peça conta a historia de um encontro entre um homem e
uma mulher numa noite de chuva torrencial e inundação da cidade, sós e carentes
de afeto. Veja mais aqui.
AMOR MOLESTO – O filme Amor molesto (1995), dirigido por Mario
Martone, conta a historia de uma mulher que morre misteriosamente e ninguém
sabe com que ela estava na noite fatal. A sua filha a considerava uma pessoa
leviana e inconseqüente e sabia que a mãe era uma mulher insatisfeita e que
escapava da vigilância obsessiva do marido para ter casos secretos e arriscaos.
O destaque do filme fica por conta da atriz italiana Anna Bonaiuto.
Veja
mais sobre:
Se o
mundo deu o créu, sorria!, Maria Clara Machado, Fridrich
Witt, Bram Stocker, Susanne Barner, Darren
Aronofsky, Aldemir Martins, Artur Griz, Ellen Burstyn, Claudia Andujar &
Holismo, ecologia e espiritualidade aqui.
E mais:
Dicionário
Tataritaritatá aqui.
A arte
de Silvili aqui.
Validivar,
Psicanálise, Miolo de Pote & Zé-corninho
aqui.
As
trelas do Doro, o bacharel das chapuletadas aqui.
Cordel A moça que bateu na mãe e virou cachorra,
de Rodolfo Coelho Cavalcanti aqui.
Fecamepa
& Fabo Esporte Clube aqui.
Palestras:
Psicologia, Direito & Educação aqui.
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
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